
Os seis Elliotts 6m já estão prontos para serem velejados
Os seis barcos da classe olímpica Elliott 6M adquiridos pelo Veleiros do Sul chegaram nesta sexta-feira (7) na sede do clube em Porto Alegre. Construídos na China, eles foram descarregados dos containeres e em seguida iníciou o processo de montagem que foi concluído no sábado. O clube gaúcho tornou-se o primeiro da América do Sul a receber esta classe olímpica, destinada às competições de match race feminino nos Jogos Olímpicos de Londres em 2012. Dos 80 barcos existentes, quase 10% da flotilha mundial agora está sediada no Veleiros do Sul.
Os barcos foram adquiridos do estaleiro neozelandês Elliott Marine ao valor de R$ 102 mil cada unidade completa, através da Lei de Incentivo ao Esporte. O Projeto incentivado do VDS teve início no final de 2008 e contou com a parceria do Ministério do Esporte e das empresas Bradesco e Unifertil. O Veleiros do Sul abriga atualmente um Núcleo de Vela de Alto Rendimento, homologado pela Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), que nas suas atribuições estão os treinamentos de velejadores da Equipe Brasileira de Vela Olímpica , das tripulações Pan-americanas e de Vela Jovem.
Pela parceria firmada entre o VDS e a CBVM os barcos Elliott 6M ficarão a disposição das equipes femininas olímpicas em Porto Alegre e no Rio de Janeiro para treinamento e aperfeiçoamento na modalidade de match race. Mas o clube também já recebeu solicitações de tripulações de outros países, como Argentina, Uruguai e Chile para participar de clínicas de vela. A seletiva regional da América do Sul para a Grand Final da Nation’s Cup 2011 que será disputada de 19 a 26 de março no VDS será com os Elliott para as mulheres. Também estão previstas clínicas de match race.
O Núcleo de Vela do VDS possui uma estrutura com barcos, velas e material de apoio, e academia de ginástica, além de promover clínicas de treinamentos com técnicos e velejadores olímpicos. O Clube fez investimentos nesta área com recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte, aprovados pelo Ministério do Esporte.
A lei permite que patrocínios e doações para a realização de projetos desportivos sejam descontados do imposto de renda de pessoa física e jurídica. O VDS teve mais dois projetos incentivados aprovados no final de 2010 junto ao Ministério do Esporte e que já conta com importantes parceiros na captação de valores, como o Grupo Randon. Marcopolo S.A. Banrisul e pessoas fisicas.
Os barcos Elliott 6M
Desenhado pelo neozelandês Greg Elliott, o Elliott 6 metros é um barco de alto desempenho, responde bem em todos os pontos de manobras e acelera rapidamente. Ao ser escolhido para um barco olímpico feminino em 2008 teve algumas alterações no seu equipamento original, como a área vélica reduzida para melhor velejar em uma maior faixa de condições de vento e com peso máximo da tripulação de 204 kg.
Desde que foi lançado em 2000, o Elliott 6 servia como barco de treino para jovens velejadores da Flotilha Real Neozelandesa, substituindo o velho Elliott 5.9 de mais de 20 anos atrás. O mais significativo entre os designs neozelandeses, ele superou os Ynglings como o barco usado pelas flotilhas femininas para treinamento olímpico. Acabou por substituí-lo totalmente quando foi adotado pela ISAF para o match race após os Jogos de Pequim.
Segundo Greg Elliott, a concepção do Elliott foi de um barco com maior abrangência nas competições. “Quando comecei a desenvolver o projeto, eu pensei em fazer um barco diferente, como um baralho para jogar diferentes jogos”. Ele acreditava que o seu barco de dez anos atrás poderia originar uma nova classe, semelhante à simplicidade de um dingue, mas mais técnico que o Yngling.
Na Olimpíada o Elliott 6M vai navegar com uma tripulação de três mulheres, cada uma pesando em torno de 68 kg. Isto vai deixar a competição mais acirrada, principalmente em ventos entre 8 e 10 nós. “Ele tem uma mastreação simples. Cinco estais dão suporte ao mastro, não há muitos apetrechos envolvidos. Favorece técnica e habilidade”, diz Greg.
Os barcos têm mastro e retrancas de fibra de carbono e área vélica levemente menor que o modelo original, favorecendo a navegação com ventos acima de 25 nós. Tem quilha removível para poder ser facilmente transportado. O convés tem bordas mais elevadas para que a tripulação tenha mobilidade no caso de vento muito forte ou inclinação acentuada, o que é fundamental para a velocidade do barco. O calado é de 1m66cm, com comprimento de 6 metros e largura de 2m35cm. Que seja bem vindo!!
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