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Porto Alegre finaliza os preparativos para o Sul-Americano de Optmist

Porto Alegre recebe entre os dias 21 e 31 de março o Campeonato Sul-americano de Optimist. Com realização do Veleiros do Sul em conjunto com a Associação Internacional da Classe Optimist (IODA) a competição contará com cerca de 140 participantes de 14 países que chegam a Capital nas próximas semanas. Argentina, Antilhas Holandesas, Bermudas, Brasil, Colômbia, Chile, Equador, Estados Unidos, Ilhas Virgens Americanas, Honduras, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela contarão com representantes na raia do Cristal, no Guaíba. O clube Veleiros do Sul foi o local escolhido para a competição que integra diversas culturas e une jovens velejadores de diversos países.

Criada na década de 1960, o Optimist é uma das classes mais populares da vela por ser o ponto de partida, onde as crianças aprendem a velejar e competir no barco pequeno de proa plana, formato que retém a velocidade e dá segurança.

Integram a classe jovens velejadores com idades de 10 a 15 anos que passaram por seletivas em seus países para poderem disputar o sul-americano. No Veleiros do Sul quatro velejadores obtiveram a classificação para o campeonato no Brasileiro de Optimist, realizado em janeiro: o vice-campeão Gabriel Lopes, Tiago Quevedo, Erik Hoffmann e Ana Paula Lutz do Canto.

O Clube trabalha na organização do evento há um ano, quando foi escolhido como sede na última edição da competição realizada na Argentina. O Veleiros do Sul irá oferecer aos atletas serviço completo, que vai de recepção, com transfer do aeroporto ao local da competição, hospedagem em alojamentos internos e externos até a alimentação para a garotada. O Clube também disponibiliza rede wi-fi liberada para que os atletas possam se comunicar via internet com facilidade, o que dá tranquilidade aos pais que ficam na torcida de longe. Recentemente a comodoria ampliou os alojamentos passando a comportar até 90 velejadores na própria sede evitando desgaste com deslocamentos.

Às vésperas do campeonato, o comodoro Cícero Hartmann comenta sobre o desafio de sediar uma competição de porte continental: “Um campeonato de optimist desta magnitude exige muita organização e planejamento. Acompanhamos o trabalho e o esforço de nossa equipe esportiva e administrativa desde outubro de 2012. Sem dúvidas o Veleiros do Sul está apto para realizar esse evento. O legado dessa competição será o despertar das crianças para o esporte da vela. Vale a pena conferir a coragem dos pequenos velejadores e torcer pelos nossos “grandes” representantes da Flotilha Minuano, qualificada como a melhor do Brasil em 2013”, orgulha-se.

No site www.optisulam2013.com.br os atletas e o público em geral poderão encontrar informações sobre o campeonato e resultados, contatar a organização e se atualizar com as últimas fotos, vídeos e notícias de cada dia de competição.

Da assessoria do VDS

Scheidt segue invicto na Laser Europa Cup em Riva del Garda

O velejador venceu as duas regatas do dia e lidera a competição com 3 pontos perdidos

Scheidt é o líder da competição

Scheidt é o líder da competição

São Paulo – Três regatas, três vitórias. Robert Scheidt continua com 100% de aproveitamento na 17ª Laser Europa Cup, que será disputada até domingo (17), no Lago de Garda, na Itália. O bicampeão olímpico venceu as duas regatas desta sexta-feira (15) e é o líder da competição com apenas 3 pontos perdidos. Devido ao elevado número de competidores (mais de 100), os barcos estão divididos em duas flotilhas até o terceiro dia de provas. Os melhores velejadores integrarão o grupo ‘ouro’, no quarto e último dia de competição, quando brigam pelas primeiras posições.

“Hoje houve muitas oscilações de vento, que tornaram as regatas bem difíceis. Mas eu fui bem, mantive boa velocidade”, comemorou Robert Scheidt. A velocidade do vento ficou entre 12 e 16 nós, bem inferior aos 30 do primeiro dia de competição. Mas os velejadores ainda sofreram com a baixa temperatura, em torno de 4 graus na Itália.

Apesar do bom aproveitamento inicial, o velejador brasileiro mantém cautela. “A pontuação ainda está bem apertada. No sábado teremos mais duas ou três regatas e tudo pode mudar. Os suecos também estão na briga pelo título”, disse Robert Scheidt, referindo-se principalmente a Emil Cedergardh. No primeiro dia de prova, o adversário da Suécia disputou a mesma flotilha de Scheidt, ficando em segundo lugar. Nas regatas desta sexta-feira, competindo na outra flotilha, o sueco obteve a primeiro e segunda posições.

Desde que voltou à Laser, em setembro de 2012, Scheidt conquistou o Campeonato Italiano de Classes Olímpicas e o Brasileiro da categoria, seu 12º título nacional, além da Semana Brasileira de Vela, sua última competição, em fevereiro, na Baia de Guanabara. Na ocasião, ele venceu nove das 10 regatas disputadas, chegando próxima à perfeição.

A disputa na Itália é mais uma oportunidade para o velejador testar sua habilidade na categoria em que o consagrou, após oito anos de parceria com Bruno Prada na Star. O velejador retornou à Laser após a Star ter sido excluída do programa olímpico. A competição mais importante do ano, no entanto, será o Mundial de Omã, nos Emirados Árabes, em novembro.

Classificação da 17ª Laser Europa Laser após três regatas 

1. Robert Scheidt (Brasil) – 3 pontos perdidos ( 1 + 1+ 1)
2. Emil Cedergardh (Suécia) – 5 pp (2 + 1 + 2)
3. Lorenzo Chiavarini (Grã Bretanha) – 12 pp ( 5 + 5 + 2)
4. Francesco Marrai (Itália) – 13 pp ( 8 + 2 + 3)
5. Alessio Spadoni (itália) – 13 pp ( 3 + 4 + 6)
6. Mattias Lindfors (Finlândia) – 14 pp ( 3 + 2 + 9)
7. Enrico Strazzera (Itália) – 16 pp (2 + 10 + 4)
8. Philip Claesson (Suécia) – 18 pp (4 + 8 + 6)
9. Phillip Kasueske (Alemanha) – 19 pp ( 5 + 3 + 11)
10. Holger Tidemand (Suécia) – 20 pp (4 + 6 + 10)

Da Local

Travessia do Atlântico de Beto Pandiani e Igor Bely deve começar nesta terça-feira

O catamarã sem cabine, que levará a dupla para a aventura da África do Sul ao Brasil, já está na água. Equipe de terra faz últimos ajustes antes da partida

Betão e Igor já treinam a bordo do Picolé

Betão e Igor já treinam a bordo do Picolé

São Paulo (SP) – O primeiro contato do barco Picolé, que levará Beto Pandiani e Igor Bely para a Travessia do Atlântico, com o mar encheu a dupla de expectativa e confiança para a aventura. O teste foi realizado nesta quinta-feira (14) no local da partida. Mesmo com muito trabalho a fazer na África do Sul, incluindo testes nas novíssimas velas do catamarã sem cabine, a previsão para a largada é terça-feira (19). Os dois saem da África para mais de 30 dias ininterruptos de velejada pelo Oceano Atlântico até chegar em Ilhabela, no litoral norte paulista.

Os desafios da viagem são enormes, a começar pela distância: 4.000 milhas náuticas. Os ventos também devem ser fortes no percurso, média de 25 nós, o que deve exigir mais do veleiro Picolé, construído exclusivamente para a expedição. Por isso, Betão e seu parceiro acreditam que os treinos e as avaliações iniciais, ainda em águas africanas, são fundamentais para o sucesso.

O experiente velejador falou sobre as primeiras impressões sobre o catamarã no mar: “A minha maior curiosidade com o Picolé era com o leme, pois ele é a alma do barco. Felizmente estava leve. O barco não ficou tão leve como o esperado, mas navegou gostoso. Está mais alto em relação a água, ou seja, esperamos velejar mais secos. A vela balão assimétrica não foi usada, pois esta na veleria sofrendo uma pequena adaptação e chega neste sábado (16). Só então vamos saber.”

“Por serem novas, ainda foi difícil levantar as velas até o topo. Se continuarem assim, vamos chegar muito fortes no Brasil. Na primeira velejada do Picolé, o vento estava fraco como deveria ser na primeira vez. Mar liso, Sol quente e água gelada de 12 graus”, disse Beto Pandiani.

A música Águas de março, de Tom Jobim e Elis Regina, foi a trilha sonora da estreia do Picolé, após dois anos de projeto. O barco tem 24 pés (oito metros) e é feito todo em carbono para suportar condições adversas. O pequeno veleiro de dois cascos foi construído no estaleiro alemão Eaglecat. O modelo é adaptado às experiências de viagem da dupla e é híbrido, ou seja, não existe outro igual no mundo.

“Os barcos modernos, em fibra de carbono, são basicamente feitos de fios. Tudo em um barco a vela é isso. Claro, combinado com resina, espuma, e algumas peças de aço. Mas tem outras coisas que precisam acontecer para um barco como este ir para a água. Foram quase dois anos de reuniões, milhares de e-mails, consultas, projetos, centenas de visitas, horas e horas de tráfego em São Paulo, centenas de estacionamentos caríssimos, noites e noites imaginando, envolvimento de várias pessoas, doações de amigos, parceria com empresas, boa alimentação, firmeza emocional, muita força interna e, sobretudo, não ter medo que tudo dê errado. Pois bem, no dia da primeira velejada tudo isso convergiu.”

A primeira velejada do Picolé foi ainda mais especial por causa das companhias de peso. “Mais de 15 baleias francas austral vieram brincar e, a cada minuto, uma levantava mostrando seu dorso ou mergulhando e exibindo sua calda. Já no fim da velejada, uma delas veio em direção ao Picolé e passou a dois metros do nosso barco. Foi lindo ver um animal daquele porte nadar tão suavemente e pertinho de nós”, recordou Betão Pandiani. “A vontade era de pular na água e abraçar a baleia. O Picolé começou bem a sua vida no mar, já logo fazendo amigos. Temos muito a navegar juntos, e esperamos vivenciar muitas coisas durante a viagem”.

A Travessia do Atlântico tem o patrocínio de Semp Toshiba, apoio de Mitsubishi, Red Bull e Certisign. Os colaboradores são Reebok, BL3, Sta Constância, Azula, North Sails e Track and Field.

Da ZDL

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