Scheidt e Prada se juntam novamente na Star durante a Rolex Ilhabela Sailing Week
Mesmo com indefinição sobre volta da classe Star para a Olimpíada, em 2016, a dupla tricampeã mundial e com duas medalhas olímpicas se junta para disputar o maior evento de vela oceânica da América Latina. Confira os campeões do evento de 1985 a 2012
Ilhabela (SP) – Os maiores vencedores da vela nacional nos últimos anos voltam a competir juntos na classe Star depois de conquistarem a medalha de bronze em Londres/2012 e o tricampeonato mundial. Robert Scheidt e Bruno Prada participam da Rolex Ilhabela Sailing Week, evento que é considerado o maior da modalidade na América Latina e chega à sua 40ª edição entre os dias 6 e 13 de julho no Yacht Club de Ilhabela (YCI). Para comemorar a marca, a organização incluiu a categoria mais vitoriosa da vela nacional para 2013.
“Gosto muito de competir na Rolex Ilhabela Sailing Week e já estava com saudade da Star, após a Olimpíada de Londres. Com o convite para a classe Star participar nesse ano, tenho certeza que a edição será mais do que especial”, diz Robert Scheidt. Ele e seu proeiro Bruno Prada chegam no dia 5 de julho ao litoral norte paulista para preparar o barco e treinar no dia seguinte para a regata de abertura no dia 7 (domingo). Em classes diferentes, os dois disputaram, na semana passada, a Semana de Kiel, na Alemanha. Robert ficou com o vice-campeonato da Laser e Bruno terminou em nono lugar na Finn. Bruno está treinando esta semana no Lago de Garda, na Itália, enquanto Robert passou rapidamente por Garda e logo depois seguiu com a família para a Lituânia, antes de vir ao Brasil.
A indefinição em relação à volta da categoria para os Jogos do Rio de Janeiro, em 2016, fez com que os dois retornassem às suas antigas classes, seguindo caminhos diferentes. Desde a volta à Laser, em setembro de 2012, Scheidt conquistou o Campeonato Italiano de Classes Olímpicas, o Brasileiro da categoria, seu 12º título nacional, a Semana Brasileira de Vela, em fevereiro, e a Laser Europa Cup, em março. Os resultados somam-se a dez títulos mundiais, um deles juvenil, além de três medalhas olímpicas (ouro em Atlanta/1996 e Atenas/2004, prata em Sydney/2000). Já Prada passou por um longo processo de readaptação à Finn, durante o qual conquistou o título da Semana de Vela do Rio de Janeiro e ficou com o bronze na Semana Brasileira de Vela.
“Nosso sonho é competir os Jogos de 2016 em nosso País. Claro que correr de Star é a nossa intenção e vamos esperar que a categoria volte ao calendário dos Jogos. Como essa definição será no final do ano, cada um está na sua classe de origem”, explica Robert Scheidt, que tem outras duas medalhas olímpicas na Star (prata em Pequim/2008 e bronze em Londres/2012).
Bruno Prada também comenta a situação olímpica da Star. “A vela precisa construir heróis. No tênis, quem eu procuro assistir? Rafael Nadal e Roger Federer. Se eles não estão no torneio, o evento não tem tanto interesse. Na nossa modalidade não é diferente e o Robert Scheidt é um desses ídolos mundiais. A Star é uma evolução na vela e tem tradição de mais de 100 anos”, analisa Bruno Prada.
Da ZDL