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Regatas de percurso longo serão o primeiro desafio da Rolex Ilhabela Sailing Week

Regata mais exigente e árdua da competição volta a ser disputada depois de anos. Novas classes são novidade na raia

Ilhabela (SP) – – A esperada Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil é o primeiro desafio da Rolex Ilhabela Sailing Week/2013. Às 9h30 deste domingo (7), mais de 1000 velejadores se reúnem no Canal de São Sebastião, em frente ao Yacht Club de Ilhabela, e levam a bordo a expectativa de toda a preparação desenvolvida especificamente para a maior competição da vela oceânica da América Latina. Chegou a hora do verdadeiro teste para barcos, equipamentos e tripulações que trabalharam e treinaram durante o último ano pensando em Ilhabela.

A mais longa regata do programa, com 60 milhas náuticas (111 km), volta ser disputada depois de dois anos. Em 2012 o excesso de vento impediu que os veleiros tivessem condições de segurança para navegar rumo ao arquipélago. Desde 2009, estreia da classe no evento, os barcos S40 dominaram a prova de abertura. Neste ano, o bicampeão olímpico Torben Grael comanda o S40 Magia V/Energisa e terá como adversários na classe dos veleiros mais velozes o Carioca, Crioula 29, Vesper IV e Super Matanga , de tripulação argentina.

O recorde da regata à Alcatrazes pertence ao argentino Cusi 5, que aproveitou o vento de 25 nós para estabelecer o tempo de 6h12m29, em 2009. O chileno Pisco Sour venceu a última regata em 2011. Um ano antes, a tripulação de Eduardo Souza Ramos levou o Pajero ao primeiro lugar.

Homenagem – As vitórias em Alcatrazes e os nove títulos na Rolex Ilhabela Sailing Week levaram o Yacht Club de Ilhabela a homenagear o velejador Eduardo Souza Ramos. O primeiro a cruzar a linha de chegada na regata de abertura receberá na noite de quinta-feira (20 horas) , no YCI, uma placa com o nome de um dos maiores incentivadores da vela no País.

Nesta cerimônia serão premiados também os vencedores de cada classe. A homenagem foi uma iniciativa de Marco Fanucchi, comodoro do Yacht Club de Ilhabela, e de Alberto Gaidys e Carlos Eduardo Souza e Silva, da comissão organizadora do evento.

Previsão do tempo para o domingo – Estão inscritos 134 veleiros de sete classes, o que garante à regata a adrenalina que todos os envolvidos com a competição, não apenas os velejadores, esperam de uma disputa oceânica. “A largada para Alcatrazes é, sem dúvida, o momento mais empolgante da competição. Exige muita atenção porque você tem na mesma linha de partida 80 barcos de 25 a 95 pés e que pesam desde 1,5 até 90 toneladas, todo cuidado é pouco”, alerta o presidente da Comissão de Regatas Carlos Eduardo Sodré, o Cuca. “Enquanto não houver condições perfeitas, não largamos. A segurança é prioridade”.

Para este domingo, a previsão indica que os ventos não serão tão exigentes com as tripulações. O início da regata deve ser mais lento. À tarde, porém, a situação pode ficar um pouco mais favorável. “Pela manhã esperamos um norte-nordeste em torno de 5 nós. Ao meio-dia é provável que predomine uma calmaria até que a direção vire para sul e traga rajadas com intensidade de 9 ou 10 nós”, prevê o mestre em meteorologia formado pela USP, João Hackerott, também velejador e tripulante do Miragem.

Novidades na raia – Entre as classes participantes da Rolex Ilhabela Sailing Week, alguns barcos de acordo com as respectivas características não seguem à Alcatrazes. Cumprem um percurso mais curto. As classes Star e HPE disputam a Regata Renato Frankhental, de 18 milhas (33 km), com destaque para o duelo entre as duplas Robert Scheidt/Bruno Prada e Lars Grael/Samuel Gonçalves na Star. A regata marca o retorno de Robert e Bruno à classe, desde a conquista do bronze nos Jogos Olímpicos de Londres há quase um ano.

Enquanto vive a expectativa da volta ao programa de vela para os Jogos do Rio em 2016, a Star, considerada a mais técnica entre as classes olímpicas, leva 11 barcos para a raia. A consolidada Classe HPE promete emoção e equilíbrio com 25 monotipos se enfrentando sem favoritismo, em condições de igualdade.

Alguns barcos das classes ORC e RGS fazem um percurso intermediário de 30 milhas (56 km), de ida e volta até Toque -Toque.

Na permanente ação de incentivo à evolução da vela, Ilhabela traz neste ano como novidade, a Classe IRC, regra francesa que abrange ainda alguns veleiros da ORC e contará com 21 tripulações. As duas classes juntas reúnem ao todo 35 barcos. A mais numerosa, como acontece a cada ano é a RGS, com 48 inscrições. A veloz Classe C30 conta com 9 veleiros com destaque para o atual campeão e novamente favorito Loyal, comandado por Marcelo Massa e que leva a bordo a experiência do velejador olímpico André Fonseca, o Bochecha.

Outros campeonatos – A Rolex Ilhabela Sailing Week inclui nesta edição os campeonatos brasileiros de C30 e de Skipper e o Sul-Americano da Classe ORC, que teve a primeira etapa deste ano disputada em Punta del Este pelo Circuito Rolex Atlântico Sul. O vencedor no Uruguai foi o argentino Bachajo, seguido pelo brasileiro V8 Nitro. Ambos estão em Ilhabela. Todas essas disputas simultâneas ao evento terão seus campeões definidos com os resultados somados até as regatas de sexta-feira. O sábado fica reservado à decisão da Rolex Ilhabela Sailin Week.

Da ZDL

Luna Rossa irá boicotar a primeira regata da Louis Vuitton Cup

Na tarde deste sábado o Luna Rossa publicou uma nota dizendo que não disputará a primeira regata da Louis Vuitton em protesto às decisões do Diretor de Regata em relação à segurança da competição.

Stephen Barclay, diretor executivo da competição se diz surpreso com a atitude, uma vez que a equipe italiana estava velejando no próprio sábado. “Não se trata de não poder competir e sim de não querer”, disse ele.

Para o Emirates Team New Zealand, primeiro adversário do Luna Rossa, basta completar a regata programada para as 12h45 (horário local) para somar o primeiro ponto da competição.

Emirates Team New Zealand soma o primeiro ponto da Louis Vuitton Cup

ETNZ voando baixo em São Francisco

ETNZ voando baixo em São Francisco

Começou neste domingo em São Francisco a Louis Vuitton Cup. O Emirates Team New Zealand foi a primeira a equipe a pontuar, após completar o percurso de 16 milhas náuticas em 46 minutos e 27 segundos. Em protesto às regras de segurança da competição, o Luna Rossa não foi para a água, perdendo por W.O. O vento estava em torno dos 15 nós e o ETNZ chegou a velejar a impressionantes 42,8 nós, velocidade nunca antes alcançada nesta competição. A velocidade média foi de 20,7 nós.

Dupla de Brasília surpreende e vence a regata Renato Frankenthal

Fred Hoffmann registrou a flotilha boiando em Ilhabela

Fred Hoffmann registrou a flotilha boiando em Ilhabela

 

Ilhabela (SP) – A dupla do Iate Clube de Brasília, Luiz André de Almeida Reis e Alexandre Figueiredo de Freitas, venceu a Regata Renato Frankenthal, prova que abriu a 40ª Rolex Ilhabela Sailing Week para as classes Star e HPE. Os veleiros “monotipo” tiveram muita dificuldade para cumprir o percurso de 14 milhas (26 km) entre o Yacht Club de Ilhabela (YCI) e a Ponta da Sela (extremo sul de Ilhabela). Sem vento, os veleiros que escolheram a parte da ilha se deram bem e o mais sortudo foi o barco da capital federal, que chegou até a liderar a flotilha aproveitando o ‘terral’, ou seja, o vento que sopra da terra para o mar.

“Dedico a vitória ao José Romariz Filho, comandante do barco Palmares e diretor do YCI, que conhece todo o regime de ventos da ilha. As dicas dele antes da regata foram ousadas e deram certo. Na largada, nosso barco foi um dos únicos a sair pelo lado da praia. Percorremos a maior parte do percurso sem sofrer os impactos da corrente marinha. O dia foi tão interessante, que até a Ilha das Cabras nós éramos o Fita-Azul da regata. Lideramos toda a flotilha passando até os velozes S40. A vantagem foi tanta que até erramos uma montagem de boia”.

O Star é duas vezes menor do que o S40 – veleiro mais rápido e com área vélica maior. “A vitória foi histórica, ainda mais com os velejadores que estão na competição, como Robert Scheidt e Lars Grael. Nossa dupla chegou em Ilhabela sem pretensão de resultado e já ganhou a primeira regata”, comemorou Luiz André Almeida Reis, que teve como proeiro Alexandre Freitas. “Estamos pensando em embalar o barco e levá-lo de volta para Brasília”, brincou o velejador. “Foi tudo muito especial”.

Desde a largada o vento fraco entre 4 e 5 nós (menos de 10 km/h) impediu que as duplas dessem velocidade a seus barcos. Mesmo soprando de norte, direção a favor porque empurrava os veleiros pela popa, o deslocamento da flotilha no Canal de São Sebastião era quase imperceptível. Na estreante classe Star, com 11 duplas inscritas, os velejadores radicados no Lago Paranoá aproveitaram a situação para assumir o primeiro lugar. Em segundo ficou a parceria entre Reinaldo Conrad e Ubiratan de Oliveira e na sequência apareceram Alessandro Pascolato e Henri Boening.

A Regata Renato Frankhental marcou o retorno da dupla Robert Scheidt e Bruno Prada à classe após a conquista do bronze olímpico nos Jogos de Londres em agosto de 2012. “A regata deste domingo foi mais um festival. Mas a partir de terça-feira, com as provas barla-sota é possível controlar a flotilha, trabalhar com os ângulos e o entrosamento pode fazer a diferença”, explicou o medalhista olímpico Bruno Prada. “Vamos usar a segunda-feira (8) para treinar e conseguir os resultados que esperamos”.

Classe HPE também sofreu com a falta de vento – O barco campeão de 2011, Atrevido, enfrentou as mesmas dificuldades para vencer a primeira regata em Ilhabela, a Renato Frankhental. Com 25 veleiros na raia, o comandante Fábio Bocciarelli conseguiu o melhor desempenho. A escolha pelo melhor lado do vento deu o tom da regata de médio percurso na categoria. Quem migrou para o lado da ilha se deu bem. Mas quem optou pelo rumo de São Sebastião literalmente empacou.

“Vou pra casa comemorar o resultado. Pelo menos vou ser líder por dois dias da regata”, falou rapidamente o apressado comandante Fábio Bocciarelli, que levou o Atrevido para a vitória na regata. Na sequência apareceram Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) e Artemis (Luis Castellari), respectivamente.

A regata marcou a primeira participação do barco Hot Spot (Richard Adams). Os velejadores do Reino Unido vieram para o Brasil para conhecer a classe, uma das mais ativas da vela oceânica nacional. “Eu gostei de velejar em Ilhabela e na HPE. É um barco equilibrado e com uma flotilha bastante competitiva. Nossa jornada será difícil até o final do campeonato. Depois de um dia sem vento, esperamos melhorar a partir da terça-feira”, analisou o britânico Richard Adams, comandante do Hot Spot, que fez sua estreia em Ilhabela na classe HPE.

As classes Star e HPE voltam à raia na próxima terça-feira (9) para correr a segunda regata do programa previsto até o próximo sábado (13). Será um percurso barla-sota, demarcado por duas boias , exigindo que os barcos velejem contra o vento e de vento em popa.

Falta de vento – A abertura da Rolex Ilhabela Sailing Week, maior evento náutico da América Latina, teve mais duas provas para as outras categorias (ORC, C30, RGS e IRC): A Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil, de quase 60 milhas (111 km), e a Regata Ilha de Toque-Toque, de 30 milhas (56 km).

Por causa da falta de vento, os barcos encontram dificuldade para completar o percurso e os primeiros só devem chegar ao Yacht Club de Ilhabela (YCI) na madrugada desta segunda-feira. O líder no início da prova foi Magia V/Energisa do comandante Torben Grael, da classe S40.

Apesar de não ter previsão de chegada, existe limite de tempo para que os barcos cruzem a linha e varia de acordo com a classe. Na ORC, será às 9h30 desta segunda-feira. Na S40, ao meio-dia, e os barcos da RGS não podem ultrapassar as 16h.

Resultados Star:
1º – Luiz André Reis/Alexandre Freitas
2º – Reinaldo Conrad/Ubiratan de Oliveira
3º – Alessandro Pascolato/Henri Boening
4º – Marcelo Fuchs/Ronald Seifert
5º – Robert Scheidt/Bruno Prada
6º – Fábio Bruggioni/Marcelo Sansonev
7º – Lars Grael/Samuel Gonçalves
Os veleiros:Dupla de Dois, Los Rolingas, Mareio X e Surfin Bird não completaram a regata.

Resultados HPE:
1º – Atrevido (Fabio Bocciarelli)
2º – Fit to Fly (Eduardo Mangabeira)
3º – Artemis (Luis Castellari)
4º – Ginga (José Vicente Mello Monteiro)
5º – Magoo (Augusto Falletti)
6º – Ser Glass (Marcelo Bellotti)
7º – Fuguinha (Otavio Cravo)
8º – Conquest (Marco Hidalgo)
9º – Atik (Escola Naval)
10º – Hot Spot (Richard Adams)

da ZDL

Com vídeo: Martine Grael e Kahena Kunze são vice-campeãs europeias de 49erFX

Terminou neste domingo em Aarhus, na Noruega, o Europeu de 49er. O Brasil teve um excelente resultado com a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, que terminaram o evento na segunda colocação. As campeãs foram as dinamarquesas Ida Marie Baad Nielsen, Marie Thusgaard Olsen. Juju Senfft e Gabi Nicolino também estavam lá e terminaram em 14º da flotilha prata.

Entre os homens, a melhor dupla brasileira foi Marco Grael e Gabriel Borges, em 12º da flotilha prata. Dante Bianchi e Thomas Low Beer ficaram em 3º da flotilha bronze.

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