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Emirates Team New Zealand vence e está com uma mão na taça

12/09/2013 - San Francisco (USA,CA) - 34th America's Cup - Final Match - Day 4

A quinta-feira em São Francisco, nos Estados Unidos, onde está rolando a America´s Cup, foi mais um dia feliz para a equipe de Dean Barker. O Emirates Team New Zealand venceu as duas regatas do dia, com vantagem de 47 segundos na primeira regata e mais de um minuto na segunda.

Largando atrás ou na frente o Aotearoa, barco do ETNZ, tem se mostrado superior ao do Oracle, assim como seus táticos. Na equipe americana, John Kostechi, parceiro de longa data de James Spithill, chegou a ser substituído por Ben Ainslie, mas nem assim a equipe velejou melhor.

Para a sorte da comunidade náutica mundial, os neozelandeses estão com uma mão na taça, precisando vencer apenas mais três regatas para levar o título, enquanto os americanos precisam vencer 10 provas, algo que parece improvável se formos analisar a performance de cada um ultimamente. Caso o ETNZ vença, o mundo espera que a competição possa voltar ao normal, com barcos, digamos, normais, monocascos, em que seja possível fazer match race como se deve,

New Zealand faz 6 a 0 na Copa América e a entrega da Auld Mug na Oceania parece questão de tempo

Tá fácil pros kiwis

Tá fácil pros kiwis acenarem para a galera em São Francisco.

Bom dia querido amigo e muito mais que querida amiga, nesta hibernal sexta-feira de sol no Rio de eterno janeiro, vamos direto para o verão São Franciscano porque ontem, no calorzinho de 16 graus na baía homônima a cidade, os kiwis deram mais um sacode no time local. Freguesia máxima nas águas da Califórnia.

As manchetes da manhã de quinta-feira na copa da escuna América foram quase todas unânimes quando as listas de tripulantes do dia foram liberadas. O defensor, OracleUSA, havia mudado de tático, inserindo o britânico quatro vezes medalhista de ouro olímpico Ben Ainslie no lugar do antigo campeão desta mesma copa John Kostecki. E com a lenda Ainslie a bordo o que se viu de diferente foi… O nome na camisa do tático!

No final do dia mais uma vez, era o desafiante Emirates Team New Zealand que roubava a cena vencendo as regatas 6 e 7 para pavimentar dois terços do caminho para ganhar novamente o troféu mais antigo do esporte internacional. O TNZ lidera a série por 6 a 0 depois de vencer a 6ª regata por 47 segundos e a 7ª por 01:06. Sem perdão!

O vencedor da Copa América de número 34 será o primeiro time a ganhar 9 pontos. Para os Kiwis isto significa três vitórias adicionais e para o oráculo ianque significa ter que vencer ‘apenas’ dez vezes, já que devido a uma penalidade imposta pelo júri internacional por conta da falta de honestidade deles ainda nos tempos do AC45, os caras entraram na competição com menos dois pontos. E, como sabemos, já venceram uma regata para manter o zero no placar e ainda continuar devendo uma na série. Bem feito pra quem acredita em mão peluda!

“Estamos muito satisfeitos com o dia, é bom ter mais dois pontos, mas ainda há um longo caminho a percorrer “, disse o skipper dos neozelandeses, Dean Barker. “É apenas dois terços do caminho para realmente ganhar a Copa. Você tem que fazer 9 pontos. Mais três regatas é um monte de trabalho duro e nós sabemos que está longe de terminar. Um dia ruim lá fora e as coisas podem ser bem diferentes. Estamos sem nenhuma ilusão, ainda há um caminho muito difícil pela frente”, despistou o cara.

A estrada do TNZ é certamente menos esburacada por conta de seu singelo veleirinho AC72, Aotearoa. O catamarã de 72 pés de comprimento e 48 pés de largura mostrou mais uma vez que é sólido e rápido em uma ampla gama de condições de vento e mar. Ontem Éolo soprou de 10 a 18 nós e foi um mamão kiwi para os caras.

Na regata 6 Barker disse que “estava dormindo” durante toda a pré-largada. Mas, mesmo assim, em um cenário semelhante ao 5º match, a equipe chegou atrás na perna de contravento e passou passando para vencer de forma contundente no final. Na humilde opinião deste navegador, fora a questão das manobras e da suposta diminuição de arrasto causada pelos fólios mesmo no contravento, acho que a informação sobre as complicadas correntes da baía de SF estão sendo melhor processadas nas cabecinhas neozelandesas, do que nas dos, ditos, locais. E, por sorte deles, no novo formato que inventaram só rola um contravento por regata. Se não já viu…

A vitória do TNZ na Regata 7 foi um desempenho ainda mais acachapante. Os kiwis ganharam o barlavento do Oracle logo na pré-largada, aceleraram antes e cruzaram a linha em seus hidrofólios a cerca de 38 nós e já em posição de controle sobre o adversário. Montaram a primeira marca na liderança e nunca foram ameaçados no resto da prova. Simples assim!

Ontem o TNZ foi irreprochável nas pernas de contravento. Na 6ª regata os caras ganharam 55 segundo na perna de apenas 3 milhas náuticas e 50 segundo na 7ª prova. Nada mau. “A coisa boa para nós é que estamos muito felizes com o barco, muito confiantes no caminho que tudo está indo e quanto mais regatas fazemos, mais aprendemos em relação aos outros caras”, disse Barker.

Já o skipper dos americanos, Jimmy Spithill, falou: “não sabíamos sobre os projetos antes do jogo começar. As equipes gastaram muito tempo e energia focadas em si mesmas e onde cada um estaria. Eu acho chocante eles terem tanta vantagem contra o vento embora, potencialmente, tenhamos a vantagem a favor do vento”, ponderou.

Essa desvantagem de velocidade (e manobras…) no contravento fez os americanos pirarem o cabeção e mudarem o seu tomador de decisões táticas, que aliás, no barco das estrelas e listras é um grinder também (fica girando manivela, lá sem parar). E como bem disse nosso amigo Pará Ferrari na boa transmissão da ESPN+ ontem, “ou o cara olha para a raia ou para dentro do barco. Os dois é complicado”.

Kostecki , que ajudou Spithill na vitória na 33ª Copa, em 2010 , abriu da parte detrás do barco, depois de cinco matchs. “Claro que fizemos uma mudança no afterguard. John e Ben são velejadores fantásticos, dois dos melhores do mundo. Estamos felizes de poder fazer um rodízio como esse. Mas vamos ter que estudar os dados, de qualquer forma, e ver o que podemos fazer para mudar o barco para sábado”.

“Nós ainda não vimos algumas condições de vento. Os caras têm uma vantagem, mas nós ainda não tivemos ventos fracos e ainda não vimos os os Code Zero funcionando”, disse Spithill. Como diz o povo, a esperança é a última que morre. Por isso não convém ter sogra chamada Esperança…

No sábado, rolam mais duas a partir das 17:15 hora de Brasília. Quem viver, verá!!

Dados da 6ª Regata (de um total de 17 possíveis)

Percurso : 5 pernas/10,14 milhas náuticas
Tempo decorrido: ETNZ – 31:39 , OTUSA – 32:26
Delta : ETNZ +: 47
Distância total navegada : ETNZ – 12,3mn , OTUSA – 12,3mn
Velocidade Média : ETNZ – 23,43 nós , OTUSA – 22,91 nós
Veloc. Máxima: ETNZ – 38,55 nós , OTUSA – 40,21 nós
Vento : Média – 11,6 nós, pico – 13,4 nós
Número de cambadas / jaibes : ETNZ – 14/8 , OTUSA – 15/7

Dados da 7ª Regata

Percurso: 5 pernas/10,14 milhas náuticas
Tempo decorrido: ETNZ – 24:48 , OTUSA – 25:54
Delta : ETNZ +1:06
Distância total navegada: ETNZ – 11,6mn , OTUSA – 12,0mn
Velocidade Média: ETNZ – 28,32 nós , OTUSA – 27,86 nós
Veloc. Máxima: ETNZ – 44,73 nós , OTUSA – 41,00 nós
Vento : média – 16,3 nós, pico – 17,8 nós
Número de cambadas / jaibes: ETNZ – 7/7 , OTUSA – 10/8

Fui!!

Murillo Novaes

Regata Grandes Mestres da classe Snipe serve como treino de luxo para o Mundial

Neste final de semana o Iate Clube do Rio de Janeiro irá promover a regata Grandes Mestres da classe Snipe. O evento será disputado na mesma raia do Mundial, que começa na segunda-feira. Estão programadas quatro regatas, sendo no máximo duas por dia. As inscrições devem ser feitas na secretaria náutica do clube. 

Henri Lloid quebra recorde de velocidade na Clipper Race

A edição 2013-14 da Clipper Race acabou de começar, mas o recorde de velocidade da competição já foi quebrado. O barco Henri Lloyd, um Clipper 70, chegou a 30,7 nós na segunda etapa da primeira perna, durante a travessia do Atlântico na vinda para o Brasil. O antigo recorde era de 27 nós e foi estabelecido na edição passada pelo Visit Finland durante a sexta perna da maior regata de volta ao mundo para amadores.

“Velejamos com o balão pesado durante a noite a uma velocidade bastante rápida. De manhã baixamos o balão, pois estávamos nos aproximando muito rápido do Cabo Finisterre. Com o barco ia mais devagar, decidi descer para descansar um pouco e achei que o recorde não poderia ser quebrado, mas senti o barco acelerando. Dava para ouvir o spray no casco e, então, ouvi a tripulação comemorando que havíamos passado os 30 nós”, disse Eric Holden, skipper do barco.

Após pouco mais de três dias na água a equipe lidera a flotilha.

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