Resumito da copa: New Zealand abre 7 a 1, mas Oracle vence duas no finde.

O AC72 “Aotearoa” quase viu tudo ao contrário no sábado. No fim, dos males o menor, apenas perdeu a regata.
Olá querido amigo e mais que querida amiga, depois de um final de semana de sonho no Cabo Frio, com velejadinha no ventão de 20 nós, ontem, vamos atualizando as informações sobre a Copa América porque o finde não foi menos intenso e carregado de emoções na baía do seu Francisco.
E não é que o Oracle venceu duas, uma no sábado e outra no domingo e já conta até com um pontinho na tabela que mostra agora 7 a 1 para os neozelandeses (na real, 7 a 3). Lembrando que os americanos tinham que pagar a penitência de duas vitórias (2 pts) porque foram maus meninos e roubaram dos coleguinhas ainda na ACWS, a pré-temporada desta grande ópera éolica.
Vamos de trás para diante. Ontem, no domingão de sol norte-californiano rolaram duas regatinhas. Na primeira, o Oracle, agora manobrando bem melhor e com Ben Ainslie de tático mais inspirado que John Kostecki, venceu de ponta a ponta. O skipper Jimmy Spithill fez uma pré-largada perfeita e montou a primeira boia 4 segundos à frente. Depois fugiu do adversário, ganhando tempo em cada perna do percurso com ânimo renovado depois da vitória na única regata do dia anterior (sábado) quando o TNZ quase capotou e ele ultrapassou.
No entanto, o show viria na segunda prova do domingo, no que pode se classificar como uma das regatas mais interessantes de toda a Copa. Aquilo que se prometera sobre esta 34ª disputa foi entregue em boa parte ontem na 10ª regata. O roteiro foi de primeira: a liderança mudou de mãos quatro vezes na prova de 10 milhas náuticas, com deltas, nas montagens de boia de: 3 segundos, 11 segundos, 1 segundo e 11 segundos, respectivamente. Apenas no único contravento do percurso deste 2013 de nosso senhor a liderança mudou de mãos três vezes, em três milhas náuticas. Uhuu!
“Se você não gostou da regata de hoje, você provavelmente deve ver outro esporte”, disse Dean Barker, comandante do TNZ que está competindo em sua quarta Copa América. A vitória trouxe alívio máximo para Barker & Cia., uma vez que o Oracle vinha de duas vitórias consecutivas.
No sábado, depois da incrível quase capotada do TNZ e da vitória ianque, até deram largada para mais uma regata e o TNZ vinha na frente, mas como o vento ultrapassou 22,6 nós, o limite máximo pelas regras deste ano (o porquê destes 0,6 não me perguntem…), a prova foi cancelada. Sorte dos funcionários de Mr. Ellison.
Nesta terça rolam mais duas regatinhas e se o New Zealand vencê-las fará os nove pontos necessários para levar a taça. Para os americanos faltam só oito vitórias. Mas, mesmo assim, o povo do Oracle está animado. “Eu posso dizer honestamente que esta foi a velejada mais divertida e emocionante que eu participei”, disse o tático dos caras, Ben Ainslie, quatro vezes medalhista de ouro olímpico. Seguidas… E se ele diz isso, quem sou eu para dizer algo em contrário?
Foi bunituuu!!
Dados da 9ª Regata
Percurso: 5 pernas/10.02 milhas náuticas
Tempo decorrido: OTUSA – 21:53 , ETNZ – 22:40
Delta: OTUSA +: 47
Distância total navegada: OTUSA – 11,3 NM , ETNZ – 11,5 NM
Velocidade média: OTUSA – 31,63 nós , ETNZ – 31,32 nós
Veloc. máxima: OTUSA – 42,52 nós , ETNZ – 42,54 nós
Vento: média – 17,6 nós, pico – 20,8 nós
Número de cambadas / jaibes: OTUSA – 8/6 , ETNZ – 8/8
Dados da 10ª Regata
Percurso: 5 pernas/10.02 milhas náuticas
Tempo decorrido: ETNZ – 22:00 , OTUSA – 22:16
Delta: ETNZ +: 16
Distância total navegada: ETNZ – 11,8 NM, OTUSA – 11,7 NM
Velocidade média: ETNZ – 32,25 nós, OTUSA – 31,76 nós
Veloc. máxima: ETNZ – 43,01 nós, OTUSA – 44,98 nós
Vento: média – 18,3 nós, pico – 22,3 nós
Número de cambadas / jaibes: ETNZ – 7/7 , OTUSA – 7/7
Fui!!
Murillo Novaes