Putz grila!! Oracle vence, faz 8 a 3, e decisão da 34ª Copa América fica adiada de novo!

Ontem o TNZ saiu na frente duas vezes para perder duas. Uma, contra o relógio, outra, contra os defensores.
Bom dia querido amigo e mais que querida amiga, de volta ao covil do Posto 6 neste Rio de eterno janeiro, feliz como um poeta que volta aos seios da amada, vamos atualizando você com a quentíssima disputa da 34ª copa da escuna América que vê a nave neozelandesa a apenas uma vitória do triunfo máximo há dias. E os defensores americanos, por competência e acaso, salvando uma atrás da outra. Tenso!!
Comecemos pela quinta-feira de primeira na baía do santo Francisco de las califórnicas madres, pelo visto, o padroeiro das inovações hi-tech que fazem os já voadores catamarãs aeroespaciais da contenda voarem ainda mais e melhor.
Eu explico. É que o OracleUSA conseguiu o que parecia impossível até na teoria, voar sobre os fólios no contravento! Isso mesmo, os caras agora fazem as quase 6 toneladas do seu AC72 só tocarem as águas em poucos centímetros de bolina e leme velejando contra o vento a mais de 30 nós em ventos reais de 20 nós(!?). Help me Mr. Einstein, pleaseee!
Com isso, a velocidade deles chegou a ser quase 8 nós superior à dos neozelandeses na única perna de barlavento do percurso deste ano e, juntando-se a isso, com o domínio na pré-largada, o resultado final foi um delta até modesto de 31 segundos na linha final.
Ainda na quinta-feira, o vento passou dos famigerados 22,6 nós e a Comissão de Regatas cancelou a segunda do dia para alívio dos kiwis que não acreditaram no que viram, assim como boa parte da audiência global deste que é o 5º maior evento televisivo (Copa, Olimpíadas, F1, UEFA e regata) do planeta mundo.
Já na sexta-feira do verão franciscano, sob um frio de rachar (sempre) e com neblina espessa, a coisa foi totalmente diferente. Pela primeira vez o vento estava merrecado por lá e também por la prima volta neste 2013 tanto Team New Zealand quanto Oracle iriam usar as imensas velas de proa que atendem pelo singelo nome de código zero (Code 0). Ansiedade e expectativa no que reservaria a regata! Dentes rangendo, corações tremendo!
Bem, o que rolou foi um show de tática e manobras do TNZ e uma diferença de quase 1km sobre os americanos que pareciam apontar o caminho certo da nona e necessária vitória para pegar o trem de volta pra casa com a canequinha prateada nos braços e o sorrisão aberto na cara. Só que… Deu ruim!
Com o merrecol imperando na baía e a corrente quase parando os barcos em certos momentos, a velocidade média foi lá no chão e, quando os kiwis se aproximavam da última boia do percurso, o tempo-limite de 40 minutos máximos para cada prova foi atingido. Caraca! Que decepção! Volta tudo…
E voltou. A CR armou novamente a raia, o vento deu uma refrescadinha para 10 nós e soou o gongo de um novo assalto nesta briga de pesos pesados que navegam leves feito plumas. E quem venceu foi… Foi??… O OracleUSA! Deuses maoris de todos os kiwis polinésios de Aotearoa, que fizestes vós pelos seus filhos alados dos oceanos? Provação atrás de provação!
E foi com requintes de crueldade já que o TNZ venceu a pré-largada, saiu na frente e acabou tomando uma penalidade mais tarde. Ainda rolou uma confusãozinha em uma montagem de boia para atrapalhar mais ainda os planos neozelandeses. Dean Barker e companhia, viram os adversários marcarem 8 a 3 no placar (na real, 8 a 5 no total, porque os ianques pagaram 2 pontos pela desonestidade prévia) e tiveram que (não) dormir mais esta noite para tentar conseguir hoje a tão suada última vitória neste desafio. Quem viver verá!!
Tem mais, meu povo! Às 17:15 na ESPN+ ou no YouTube. Vai ferver!!
Fui!! Com o coração na mão…
Murillo Novaes