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Extreme Sailing Series: Equipe Brasileira faz os primeiros treinos em Floripa

Barco brasileiro começa a treinar com tripulação completa na próxima segunda-feira (11), com André Mirsky no comando

André Mirsky é o líder do time dentro d'água. Foto por Emanuel Galafassi / Divulgação

André Mirsky é o líder do time dentro d’água. Foto por Emanuel Galafassi / Divulgação

Florianópolis (SC) – Apesar do pouco tempo para a adaptação ao catamarã ‘Extreme 40’, a tripulação brasileira mostra otimismo para velejar na inédita arena do Trapiche, à Av. Beira Mar, entre 14 e 17 de novembro, no Act 8 Florianópolis do Extreme Sailing Series™, apresentado por Land Rover. A disputa será contra outros sete catamarãs idênticos nas regatas que definirão o time campeão da temporada 2013.

A montagem do barco do Team Brazil foi concluída nesta semana no Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha, o que permitiu o primeiro contato, na água, entre os velejadores que irão representar o País e o barco que, além do vento, será movido pela torcida brasileira. “Poderíamos ter iniciado os treinos na terça-feira (5), mas não seria prudente porque os ventos estavam acima dos 20 nós (40 km/h)”, ponderou André Mirsky, que além de tático, será o comandante da equipe nacional.

No dia seguinte, com as condições de mar e de vento mais adequadas, o Team Brazil velejou com o apoio do britânico Adam Pigott, responsável pela montagem do veleiro. “Foi importante estar com ele a bordo para recebermos o máximo de informações sobre o barco que é uma novidade. O Marcel D’Almeida e o José Dauden levaram um velocímetro porque queriam ver como o barco andava. Com o vento em torno de 14 nós, velejamos acima dos 20. Treinamos muitas manobras porque é o que faz a diferença na hora da regata”, analisou o carioca Mirsky.

Os velejadores catarinenses André Chang, Marcel D’Almeida e José Dauden, acostumados aos veleiros de casco duplo, com o ‘Extreme 40’ completam a tripulação durante os treinos desta semana, enquanto o timoneiro Clínio de Freitas e sua esposa Cláudia, assim como Bruno di Bernardi, disputam o Sul-Americano da classe olímpica Nacra 17, em Porto Alegre. André Chang permanecerá entre os titulares. A partir de segunda-feira (11) a equipe, que tem coordenação de Lars Grael, receberá também o reforço de Daniel Santiago.

Em 2012, o Extreme Sailing Series™ veio pela primeira vez ao Brasil e as competições foram disputadas na Baía de Guanabara. Mirsky e Santiago correram pelo Team Brazil. “Logo no primeiro treino aqui em Florianópolis já conseguimos velejar bem. O time é forte e vamos aproveitar os próximos dias para praticar bastante,” considerou o comandante brasileiro.

Apesar de consciente quanto ao entrosamento das outras equipes, em ritmo de competição desde março, quando o campeonato foi aberto em Muscat (Omã), Mirsky está animado sobre o desempenho do Brasil. “No ano passado notei que estávamos despreparados em relação à flotilha, nossa tripulação mudou de um dia para o outro. Desta vez estaremos mais bem preparados porque estamos treinando. Temos de pensar em uma média do terceiro ao quinto lugar. E talvez, quem sabe, ganhar pelo menos uma regata. Correr em arena é totalmente diferente. Dá pra sentir a torcida e teremos de dar uma resposta”, projetou o experiente velejador de oceano.

O catarinense Bruno di Bernardi também está empolgado pela oportunidade de vivenciar a experiência única de velejar em uma arena no ‘quintal’ de sua própria casa. “A organização não poderia ter escolhido lugar melhor para a competição. O Trapiche é um ponto de grande circulação na cidade e com certeza terá grande visibilidade. É uma disputa muito bonita de se ver. Acredito que esse seja o futuro da Vela. Regatas que atraem público e geram mídia, apesar de que, para nós velejadores, é muito difícil correr tantas regatas curtas em apenas um dia. O nível de exigência é muito alto”.

Entrevista coletiva – Além dos velejadores André Mirsky e André Chang, autoridades locais como a secretária de Turismo de Florianópolis, Maria Cláudia Evangelista, participaram da entrevista coletiva no Iate Clube de Santa Catarina. Maria Claudia ratificou a ideia de assumir compromisso permanente com o evento internacional. “O Extreme Sailing Series™ é importante para a cidade alcançar a meta de fomentar o turismo náutico. Queremos que se torne permanente em nosso calendário. Agradeço OC Sport e a Mais Brasil pela escolha de Florianópolis e com certeza iremos retribuir em receptividade”.

O diretor da Mais Brasil, Carlos Col, que também acompanhou a cerimônia de apresentação do barco brasileiro, endossou o pensamento da secretária de Turismo. “O esforço de trazer o Extreme Sailig Series™ para o Brasil foi e ainda tem sido um esforço muito grande, mas está sendo plenamente recompensado. Florianópolis tem todos os ingredientes necessários para realizar um grande evento, além dos recursos naturais como a orla, o mar e o vento. Agradeço ao Iate Clube de Santa Catarina, à Prefeitura e ao Governo do Estado”.

O coordenador do Team Brazil, Lars Grael, também participou da entrevista, via internet, pois tinha compromisso no Rio de Janeiro. Feliz em participar pela segunda vez do Team Brazil no Extreme Sailing Series™, Lars acredita que o time deste ano tem mais chances de obter um bom resultado. “O grupo que montamos é bem experiente e, desta vez, terá mais tempo para treinar. Por isso estamos otimistas que deixaremos a torcida brasileira muito contente”, finalizou.

Da ZDL

ICRJ promove regata da Amizade neste final de semana

Nos dias 9 e 10 o ICRJ irá promover a Regata da Amizade para as classes HPE, J24, Ranger 22, Snipe, Laser e Finn. Estão programadas até quatro regatas, sendo no máximo duas por dia, com largada às 13h. As inscrições devem ser feitas na sala de vela.

Regata Volta à Ilha é a mais desafiadora da Copa Suzuki Jimny

Barcos irão contornar Ilhabela no próximo dia 30, na abertura da etapa decisiva da competição de vela oceânica iniciada em abril

Foto por Edu Grigaitis

Foto por Edu Grigaitis

São Paulo – A Copa Suzuki Jimny, uma das principais competições da vela oceânica no País, começa a ser decidida no último final de semana de novembro com a esperada Regata Volta à Ilha – Sir Peter Blake, incluída na programação do Circuito Ilhabela em 2002, justamente para homenagear a passagem do lendário velejador neozelandês pelo litoral norte paulista e que inclusive visitou o Yacht Club de Ilhabela no ano anterior. São 38 milhas, sob as mais variadas condições de mar e de vento.

Tripulações de barcos como o Tangaroa (ORC), Loyal (C30) e Jazz (RGS), terão a oportunidade de ampliar a vantagem na liderança de suas respectivas classes e se aproximarem do título da temporada. Os campeões de 2013 serão conhecidos ao final da quarta e última etapa, com as regatas decisivas nos dias 30/11, 1º, 7 e 8/12. A classe HPE 25, com o veleiro Relaxa/Next Caixa liderando a maior flotilha da competição, deve correr uma prova alternativa ‘de percurso’, no Canal de São Sebastião. A instrução de regata impede que barcos com menos de 30 pés contornem a Ilha.

“Essa regata é disputada só uma vez por ano e pelos desafios que oferece, costuma atrair barcos maiores que são inscritos apenas para disputá-la. Nas edições mais recentes, tivemos as inscrições do S40 Carioca, Sessentão, Montecristo e do Torben Grael com o Magia/Energisa. Outro atrativo é a bela paisagem das praias e da Mata Atlântica no em torno de Ilhabela”, descreve o juiz internacional Cuca Sodré, responsável pela Comissão de Regatas na Copa Suzuki Jimny. “Não é apenas a mais longa e técnica, mas também a mais bonita regata do circuito”.

Em 2012, o Fita Azul da regata “Volta à Ilha – Sir Peter Blake”, válida pela 12ª edição da Copa Suzuki Jimny, foi o veleiro Lexus/Chroma, de Santos, com o tempo de 9h51m05, seguido pelo Loyal, com o Montecristo em terceiro lugar no tempo real. A regata larga tradicionalmente na Ponta das Canas, extremo norte do Canal de São Sebastião, com chegada prevista na Ponta da Sela, ao sul, no sentido horário. 

Inscrições – O Yacht Club de Ilhabela deverá receber novamente mais de 40 tripulações. As inscrições serão feitas nos dias 29 (18h às 21h) e 30 de novembro (8h às 11h) na secretaria do evento no YCI, ao valor de R$ 80,00 por tripulante. Os velejadores mirins estão isentos de taxa.

Pontuação acumulada após três etapas (considerando-se os descartes)

ORC
1º – Tangaroa (James Bellini) – 11 pontos perdidos
2º – Lexus/Chroma (Luiz de Crescenzo) – 17 pp
3º – Orson/Mapfre (Carlos Eduardo S. Silva) – 27 pp

C30
1º – Loyal (Marcelo Massa) – 14 pp
2º – Barracuda (Humberto Diniz) – 27 pp
3º – Caballo Loco (Mauro Dottori) – 39 pp

HPE
1º – Relaxa/Next Caixa (Tomas Mangabeira) – 33 pp
2º – Ginga (Breno Chvaicer) – 41 pp
3º – SER Glass (Marcelo Bellotti) – 50 pp

RGS A
1º – Jazz (Valéria Ravani) – 14 pp
2º – Urca/BL3 (Pedro Rodrigues) – 31pp
3º – Maria Preta (Alberto Barreti) – 34 pp

RGS B
1º – Asbar II (Sergio Klepacz) – 12,5 pp
2º – Suduca (Marcelo Claro) – 18 pp
3º – Kanibal (Martin Bonato) – 22,5 pp

RGS C
1º – Rainha (Leonardo Pacheco) – 11 pp
2º – Ariel (Andreas Kugler) – 20 pp

RGS Cruiser
1º – Boccalupo (Claudio Melaragno) – 12 pp
2º – Cocoon (Luiz Caggiano) – 19 pp
3º – Brazuca (José Rubens Bueno) – 28 pp

Velejadores se divertem nos primeiros dias da Transat Jacques Vabre

Raramente em uma regata oceânica de 5 mil milhas os barcos ficam próximos uns aos outros trocando de posição. Afinal de contas, há espaço de sobra no oceano para encontrar a melhor rajada ou a melhor direção. Mas, na Transat Jacques Vabre 2013, os barcos da Classe 40 protagonizaram UM duelo e tanto até a parada de Roscoff (única na travessia). O pit stop da categoria na cidade francesa foi obrigatório para evitar danos maiores causados pela tempestade que passará pelo Canal da Mancha nas próximas horas.

A disputa eletrizante pelos primeiros lugares animou a dupla do TALES Santander 2014 formada pelos espanhóis Alex Pella e Pablo Santurde. “Nunca vi nada parecido numa regata de oceano. Diversão total até a parada em Roscoff. As 24 horas passaram voando mesmo com muito vento e chuva em alguns trechos”, contou Alex Pella, que chegou em segundo lugar atrás do GDF SUEZ.

Os barcos da Classe 40 aguardam até a manhã deste domingo (10) para seguir viagem rumo ao Brasil. A agência MétéoFrance informou que a situação meteorológica na Baia Biscaya (Gascone para os franceses e Vizcaya para os espanhóis) deve se agravar com ventos de até 100 km/h, ondas e correnteza acima da média.

“Agora será outra regata. Com a proa para o Atlântico, os barcos terão mais opções para escolher. Certamente não teremos contato com a flotilha como foi nos primeiros quilômetros”, explicou Alex Pella, que não vê a hora de partir para Itajaí (SC) destino final da Transat Jacques Vabre.

Da assessoria

Ventos de mais de 50 nós obrigam Clipper Race a resgatar tripulante

A terceira etapa da Clipper Race começou emocionante. Com menos de uma semana no mar, a organização foi obrigada a resgatar a inglesa Michelle Porter com suspeita de braço quebrado. Ela continua a bordo do Derry-Londonderry-Doire, que está seguindo rumo a Port Elisabeth. Lá ela será resgatada pela Guarda Costeira Sul-africana. A flotilha está passando pela região dos roaries forties, área com ventos de mais de 50 nós nos mares do sul. 

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