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Mini Trasant deverá largar novamente nesta terça-feira

Lá se foram 13 dias desde a partida prevista da Mini Transat. Os velejadores solitários estão esperando em Sada para fazer a maior perna da história da competição, com quase 3 mil milhas. A previsão é de que eles partam nesta terça-feira rumo a Pointe-à-Pintre. Haverá um gate em Lanzarote e os velejadores que quiserem poderão parar nas ilhas Canárias para um pit stop. 

Quebras e desistências marcam os primeiros dias da Transat Jacques Vabre

A regata Transat Jacques Vabre entra no seu quarto dia de disputas com ritmo acelerado e muitas surpresas. A travessia de Le Havre, na França, até Itajaí, no Brasil, confirmou a fama de ser uma das mais difíceis do calendário da vela oceânica. Logo de cara, os 88 velejadores que participam do evento pegaram ventos fortes e mar pesado. Após a passagem pela Cabo Finesterra, a condição meteorológica se acalmou e diminuiu a tensão a bordo. Mas algumas equipes tiveram problemas.

A equipe do Arkema, barco da classe Multi50, tomou um susto na noite deste domingo (10), quando cruzava a costa de Portugal, 210 quilômetros a oeste de Cascais. O multicasco virou às 22h30 (19h30 pelo horário de Brasília) velejando com média de 20 nós de velocidade. Os velejadores da França Lalou Roucayrol e Mayeul Riffet seguiram todos os procedimentos de segurança e estão seguros dentro do trimarã.

O Arkema disputava a liderança da categoria e estava próximo do FenêtréA Cardinal. E foram os adversários que avisaram a organização da Transat Jacques Vabre do acidente.

“O Mayeul Riffet fez uma chamada pelo rádio VHF e nos informou sobre a virada. Perguntei se queria ajuda e ele disse que não precisava. Acho que deve haver um problema técnico”, disse Yann Eliès, do FenêtréA Cardinal. “Estamos muito decepcionados e tristes pelos caras. A batalha pela liderança estava muito interessante”.

A capotada do Arkema ocorreu justamente num local considerado seguro. Entre Le Havre, na França, e Itajaí, no Brasil, a Baia Biscaía e o Canal da Mancha são os trechos mais perigosos de toda a travessia.

Integrantes da equipe de terra do Arkema estão a caminho de Portugal para tentar fazer o reboque do Multi50. Foi o segundo problema mais sério com um barco da categoria na Transat Jacques Vabre. O Maître Jacques abandonou a disputa após um problema no casco dianteiro na tarde anterior.

Líder da classe IMOCA na Transat Jacques Vabre, o MACIFtambém teve problemas e foi obrigado a fazer uma parada técnica em Peniche, em Portugal, para solucionar um problema no leme de estibordo. O desempenho da dupla era quase perfeito até colidir com um objeto não identificado. O barco ficou mais de duas horas parado e os adversários voltaram para a briga.

“A saída do canal e a travessia da Baía de Biscaia foram praticamente como a gente esperava: rápida, molhada e desafiadora. Agora estamos navegando na direção do vento ao longo da costa portuguesa. Tivemos alguns problemas técnicos, mas nada muito grave. Vamos ao nosso ataque”, disse Marc Guillemot, skipper de Safran.

Na Multi50, o Maître Jacques anunciou que está fora da travessia. O barco, que estava passando por reparos em La Coruña, na Espanha, não voltará à disputa após identificar um problema no casco dianteiro direito do trimarã.

A agitação também tomou conta dos barcos da Classe 40, que voltaram à competição na madrugada de domingo (10), após uma pausa na região da Bretanha, na França. O pit stop foi obrigatório para todas as embarcações da categoria, a fim de evitar acidentes em meio à tempestade. A categoria conta com 26 veleiros e o líder é o GDF Suez, que foi o primeiro a chegar no porto de Roscoff, na sexta-feira. Neste domingo, boa parte da flotilha se encontra na Baía Biscaia, ponto mais perigoso da viagem. A previsão é de ventos de 12 a 18 nós para a segunda-feira (11).

“Tivemos uma série de manobras para fazer e literalmente contornar as rajadas. Nós fomos mais ao sul e o Oman mais ao centro. A vantagem para um multicasco é sempre pequena, pois os barcos são rápidos e a liderança pode ser perdida num minuto”, disse Charles Caudrelier, do Edmond de Rothschild.

A posição dos barcos pode ser vista em tempo real pelo site http://tracking.transat-jacques-vabre.com/fr/

Da assessoria

Cacau e Clínio Freitas são campeões sul-americanos de Nacra

Ricardo Pedebos registrou a flotilha de Nacra no Guaíba

Ricardo Pedebos registrou a flotilha de Nacra no Guaíba

Com um beijo na linha de chegada na última regata, Clínio de Freitas e Cláudia Swan comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra17 que encerrou neste domingo no Veleiros do Sul, em Porto Alegre. Eles haviam perdido a liderança da competição no sábado, mas se recuperaram ao vencerem as duas regatas de hoje e deixaram os argentinos Esteban Blando e Eugenia Bosco na segunda colocação.

“Estou muito feliz por termos conseguido vencer o campeonato, só lamentei o desfecho”, disse Clínio, se referindo à última regata que foi atingida por um forte vento, seguido de temporal, que causou algumas viradas de barcos na raia do Guaíba. A dupla do Rio de Janeiro velejou a última perna da regata sem a vela balão, que sempre é usada com vento a favor. “Não quis me arriscar, quando vi o pessoal capotando na raia e deu certo”, comentou o timoneiro.

Clínio de Freitas e Cláudia Swam foram também os campeões do primeiro campeonato brasileiro, realizado em julho no Rio de Janeiro, e únicos representantes do país no Mundial da Holanda, também em julho.

“Gostei do que vi aqui, a flotilha brasileira está evoluindo nesta classe que é nova para quase todo mundo. O parâmetro foi o argentino Esteban que possui um pouco mais de experiência por ter feito a temporada européia”, disse Clínio 49 anos, medalha de bronze com Lars Grael, na classe Tornado na Olimpíada de Seul, em 1988.

Os argentinos Esteban Blando, 38 anos, e Eugenia Bosco,16, terminaram em segundo lugar, mas saíram satisfeitos com o desempenho no campeonato, apesar do malogro no último dia. “Foi uma competição dura e hoje começamos bem, com um segundo lugar, mas na regata seguinte íamos na frente e depois viramos o barco, conseguimos voltar para a regata, porém chegamos em quinto lugar. Nossa meta é continuarmos com a campanha olímpica na Argentina, falou Esteban, que veleja na cidade de Rosário.

Os gaúchos melhores posicionados foram Marcos Pinto Ribeiro, 46 anos, e Valéria Fabiano, 26, do Veleiros do Sul, que terminaram em quinto lugar. Para quem não conta com patrocinador nem apoio técnico, o resultado foi muito bom.

“Nós mostramos que temos técnica e potencial, nem tivemos oportunidade de treinar fomos direto para o campeonato. Até cinco dias atrás era um sonho estarmos velejando neste barco. Foi um esforço grande, pois não somos profissionais da vela, avaliou Marcos Ribeiro. “Nosso objetivo era não ficar em último e não virar e conseguimos mais do que isso. Um confia no trabalho do outro e isto nós dá segurança na hora de velejar”, disse a proeira Valéria.

O Sul-americano começou tranqüilo neste domingo com vento fraco pelo meio-dia. O céu estava encoberto com nuvens que trouxeram uma chuva fraca. Após a disputa da primeira regata do dia os barcos voltaram para o Clube. Por volta das 15 horas retornaram para a raia. O início da última regata foi com vento fraco, mas uma formação de nuvens de sudoeste veio com força total e fez soprar um vento de 30 nós de intensidade que fez virar alguns barcos exigiu muita prudência das tripulações por se tratar de um catamarã extremado e muito veloz.  

O Sul-americano contou com a participação de nove tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai.

Classificação final com 10 regatas realizadas (veja a súmula completa)

1º Clínio de Freitas e Claudia Swan (BRA/RJ) 19 (pontos perdidos)
2º Esteban Blando e Eugenia Bosco (ARG) 22
3º Pablo Defazio e Mariana Foglia (URU) 27
4º Bruno de Bernardi e Juliana Mota (BRA/SC) 29
5º Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano (BRA/RS) 42
6º João Bulhões e Tatiana Ribeiro (BRA/RJ) 43
7º Samuel Albrecht e Caroline Boening (BRA/RS) 60
8º Adriana Kostiw e Jucyan Okretic (BRA/SP) 69
9º Patricia Gatti e Rodrigo Fernandes (BRA/DF) 73

Da assessoria

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