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Niterói recebe o Brasileiro de Vela Adaptada a partir do dia 28

O momento mais esperado do ano de 2013 para a Vela Adaptada brasileira está próximo. Nos dias 28, 29 e 30 de novembro, o Clube Naval Charitas (Niterói-RJ) sediará o Campeonato Brasileiro da modalidade, que receberá 21 atletas de seis equipes – serão representados os estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e o Distrito Federal. A competição conta com duas categorias: SONAR (barco de 7m de comprimento e três tripulantes) e 2.4mR (barco de 4m de comprimento com um tripulante). Serão promovidas três regatas por dia, a primeira delas com início às 11h.

Um dos pontos altos da competição é que os iatistas disputarão as regatas na mesma raia que será palco dos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016.

“Estou muito entusiasmado para a competição. Espero que chegue logo o dia. O lugar é lindo, nunca velejei no mar e quando penso que poderei velejar numa raia que poderemos competir no em 2016, a ansiosidade só aumenta”, destaca o brasiliense Paulo Roberto Galvão.

Ex-praticante de mountain bike, estilo downhill, Gustavo Richter, não espera a hora de competir. “Estou muito nervoso, cada dia cresce a vontade de chegar logo tentar ganhar a prova, ainda mais porque nunca competi no Rio de Janeiro”, afirma Ritchter.

A Confederação Brasileira de Vela Adaptada também estará presente no Festival de Vela, exposição náutica que ocorrerá entre os dias 28 de novembro e 1º de dezembro no Clube Naval Charitas.
Da assessoria

Nelson Ilha é campeão brasileiro de Match Race

O 5º Porto Alegre Match Cup – Campeonato Brasileiro de Match Race – teve uma final entre equipes gaúchas. O título ficou com Nelson Ilha após vencer Philipp Grochtmann por 2 a 1 na série de melhor de três regatas da divisão Open, realizada neste domingo no rio Guaíba em Porto Alegre. Na terceira colocação ficou a tripulação argentina de Pablo Volker que ganhou por 2 a 0 da equipe da Marinha Brasileira, comandada por Fernanda Demétrio Decnop (RJ).

Nelson Ilha contou na sua tripulação com as velejadoras Ana Barbachan e Geórgia da Silva. As regatas finais foram as mais disputadas de todo o campeonato com os barcos velejando muito parelhos. Mas prevaleceu a experiência de Nelson Ilha, que também é juiz internacional de match race. Ele saiu na frente no placar ao vencer o primeiro confronto quase em cima da linha de chegada. Grochtmann liderou a regata, pagou um pênalti e manteve sua posição, mas no final cometeu erros nos jaibes que lhe custaram a vitória. No segundo confronto Grochtmann empatou a série ao velejar muito bem e com Nelson Ilha bem próximo do seu barco. E na última regata foi a vez de Nelson Ilha cometer um pênalti, na pré- largada, e sair em desvantagem. No entanto no segundo contravento ele assumiu à frente deu o 360º na raia e conseguiu continuar na liderança até o final.

“Entrei no campeonato despreocupado, pois não tinha intenção de correr. O match race também é uma disputa de jogo de nervos e quem está mais concentrado pode levar vantagem na regata. O Grotchmann é um timoneiro que está mostrando seu valor e acho que ele perdeu para ele mesmo por ter sido precipitado em algumas táticas e manobras”, disse Nelson Ilha, 56 anos. “Durante a competição tive que revezar meus tripulantes porque eu não tinha um time definido. Corri com metade dos velejadores do campeonato, inclusive com o Grochtmann. E isso foi uma experiência bacana, pois me ajudaram muito”, finalizou.

A final do Brasileiro confirmou o Veleiros do Sul como um dos mais atuantes centros de match race, competição de barco contra barco, no país. Philipp Grochtmann, 19 anos, ficou na vice-colocação com sua equipe formada por Frederico Sidou e Rodolfo Streibel. “Cometemos alguns erros, acho que faltou tranquilidade, mas velejamos muito bem todo o campeonato, terminamos em primeiro na fase round robin e por isso estou satisfeito com a tripulação”, avaliou Grochtmann. A partir de quinta-feira ele comanda a tripulação do Veleiros do Sul no Match Race Brasil, que completa 11 anos, e reúne os principais nomes da vela nacional. Em 2012 o Veleiros do Sul foi vice-campeão e neste ano o primeiro clube a se inscrever para o evento que ocorrerá na sede do Iate Clube do Rio de Janeiro. A tripulação é composta por Philipp Grotchmann, Frederico Sidou e Vilnei Goldmeier, o quarto tripulante ainda será definido.

O 5º Porto Alegre Match Cup – Brasileiro de Match Race – teve a participação de oito equipes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Argentina. A semifinal ocorreu no sábado e a equipe de Grochtmann derrotou Pablo Volker, da Argentina por 2 x 0. O mesmo placar obteve Ilha que eliminou a equipe da Marinha do Brasil, da comandante Fernanda Demétrio Decnop, do Rio de Janeiro.

No sábado também foram realizadas as regatas finais das divisões: Feminina e Júnior. A equipe da Marinha do Brasil, com Fernanda Demétrio Decnop, Larissa Juk e Tatiana Ribeiro (RJ) venceu por 2 a 0 as gaúchas Ana Barbachan, Amanda Rodrigues da Silva e Geórgia Rodrigues da Silva (RS) e ficou com o título das mulheres. Na divisão Júnior, até 21 anos, Antônio Cavalcanti Rosa, Marília Bassoa e Marcelo Gallicchio derrotaram por 2 a 0 Thiago Ribas, Luís Gustavo Melger e Philipp Rump, ambos do Veleiros do Sul.

O 5º Porto Alegre Match Cup – Campeonato Brasileiro de Match Race – teve a participação de oito equipes do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Argentina e contou com o patrocínio do Banrisul.

Da assessoria

Tripulação feminina promete brigar pelo título do Match Race Brasil

Velejadoras em campanha olímpica prometem competir no mesmo nível dos homens nas regatas barco contra barco na Baía de Guanabara

Isabel e Renata, em campanha na classe 470

Isabel e Renata, em campanha na classe 470

São Paulo (SP) – A vela é um esporte em que a força física do tripulante torna-se fundamental para que os equipamentos sejam ajustados e impulsionem o barco conforme a intensidade e a pressão exercida pelo vento. Nada impede que essa força seja aprimorada pela exclusiva percepção feminina. Essa mescla será a arma da tripulação do Rio Yacht Club, formada apenas por mulheres, para enfrentar os homens no Match Race Brasil entre os dias 28/11 e 1º/12 na Baía de Guanabara.

A tripulação feminina terá a seu favor a experiência das quatro velejadoras. Elas competiram no Rio em 2012 e estão em campanha para a inédita olimpíada brasileira, em 2016. A comandante Renata Decnop está treinando na classe 470 com a trimmer, Isabel Swan, bronze nos Jogos de Pequim, em 2008. A responsável pela tática, Fernanda, irmã de Renata, busca a classificação na Laser, mesma classe que acaba de ganhar Larissa Juk, a proeira, como nova candidata brasileira.

“Meu Laser acabou de chegar da Austrália, está zerinho. Consegui comprar graças a uma bem sucedida ‘vaquinha’ pela internet. O barco chegou aqui em Porto Alegre, mas vou levá-lo para iniciar os treinos em Florianópolis”, conta radiante, a velejadora catarinense que disputou o Brasileiro de Match Race no Veleiros do Sul, ao lado de Fernanda, como preparação para o Match Race Brasil. Renata e Isabel seguem treinando de 470 no Rio. As outras três são cariocas.

“A competição aqui no Guaíba terminou domingo (24). Chegamos à semifinal e nesta segunda já estaremos no Rio treinando de J-24. Estamos mais acostumadas a esse barco e o teremos bem mais na mão do que o Beneteau 40.7, modelo muito maior, utilizado em 2012. Teremos melhor desempenho porque ganhamos confiança. Se o vento estiver fraco, também vai ajudar. Somos bem mais leves do que as tripulações masculinas”, considera Larissa.

Na edição anterior do Match Race Brasil, que neste ano completa a 11ª temporada, a tripulação feminina contou com oito velejadoras e representou o Ciaga – Centro de Instrução Almirante Graça Aranha, da Marinha do Brasil. As corajosas velejadores venceram a equipe do Búzios Vela Clube. “Ganhamos o respeito que merecíamos e foi bem legal porque não terminamos o campeonato em último”, lembra Renata Decnop, que mais uma vez estará no leme, responsável pelo rumo a ser tomado pelas mulheres.

“Acredito que nesse ano, por velejarmos na classe J24, teremos chances de competir de igual para igual com os homens, diferentemente do ano passado com o Beneteau 40.7, bem maior e exigia muito fisicamente. Tivemos bastante dificuldade em dominar o barco”, avalia a comandante da tripulação feminina, animada também com o a evolução em busca de uma vaga para os Jogos de 2016. “Eu e a Isabel estamos juntas há um ano em campanha olímpica. O entrosamento vai ajudar. Montamos um time muito competente de profissionais e patrocinadores que nos apoiam, como, Embratel, Nissan e Marinha do Brasil, além da CBVela e do Time Brasil. Já alcançamos a marca de ‘Top 15’ do ranking mundial de 470”, enfatiza Renata.

Reta final de inscrições – As inscrições para o Match Race Brasil 2013 acabam nesta segunda-feira (25) e devem ser solicitadas pelos clubes. Os times são formados por quatro velejadores, mais um convidado. A premiação total será de 100 mil reais, divididos entre os oito primeiros colocados, e estará em disputa o troféu de posse transitória Roger Wright. A equipe campeã será premiada com um total de 26 mil reais.

O grande desafio da edição será quebrar o domínio dos aspirantes da Escola Naval da Marinha do Brasil, que conquistaram o bicampeonato nos anos de 2011 e 2012, com uma tripulação comandada pelo jovem Henrique Haddad, de 26 anos, que neste ano comandará a tripulação do Iate Clube do Rio de Janeiro. Na última edição, o Veleiros do Sul, com o timoneiro Samuel Albrecht, ficou em segundo lugar e a família Grael, sob comando do filho de Torben, Marco, terminou na terceira posição representando o Rio Yacht Club.

Classificação em 2012:
1º – Marinha do Brasil – Henrique Haddad
2º – Veleiros do Sul – Samuel Albrecht
3º – Rio Yacht Club – Marco Grael
4º – Búzios Vela Clube – Alexandre Saldanha
5º – Yacht Club Ilhabela – Maurício Santa Cruz
6º – Iate Clube do Rio de Janeiro – Thomas Low-Beer
7º – Ciaga – Renata Decnop
8º – Clube Naval Charitas – Rafael Pariz

O Match Race Brasil 2013 tem o patrocínio de Volvo, Sportv, Lorenzetti e TIM. A promoção é da IMX, com apoios da Marinha do Brasil e do Iate Clube do Rio de Janeiro. O projeto foi viabilizado pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte. A realização é da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro.

Mais informações : www.matchracebrasil.com.br

Da ZDL

Crioula Sailing Team fecha o ano com a conquista do Brasileiro de S40

Gaúchos encerram ano vencendo cinco em seis campeonatos disputados

Equipe comemora o título em Angra
Equipe comemora o título em Angra

 

Encerrando um ano brilhante o Crioula Sailing Team, equipe de vela composta por velejadores formados pelo Veleiros do Sul, conquistou neste final de semana a Taça Eduardo Souza Ramos em Angra dos Reis, também válida como Campeonato Brasileiro de Soto 40. A disputa foi composta por duas etapas, uma em Búzios e esta em Angra dos Reis. Em segundo lugar ficou o Carioca e em terceiro o barco Energisa, comandado por Torben Grael.

Comandados por Samuel Albrecht, os gaúchos Geison Mendes, Gustavo Thiesen, Guilherme Fasolo, Mathias Mellecchi, Alexandre Rimoli, Renato e Eduardo Plass, Alexandre Rosa e Fabricio Streppel encerraram o campeonato com uma vitória em uma das duas regatas disputadas no dia, vencendo a etapa e garantindo o título brasileiro.Samuca conta que a vitória veio em uma disputa suada. “Nas duas disputadas hoje, vencemos a primeira regata e na segunda, que a gente vinha em segundo lugar, vacilamos e acabamos em quarto, mas de qualquer forma a gente já tinha garantido a vitória da etapa, porque tínhamos uma vantagem sobre o Carioca e chegando uma posição atrás deles, já venceríamos”, disse.

“Nós ficamos muito contentes, velejamos bem, evoluímos muito nesse ano e mostramos entrosamento. Em vento fraco que não era nossa especialidade, nós evoluímos claramente. A tripulação está de parabéns, foi um ano espetacular onde participamos de seis campeonatos e ganhamos cinco deles”, comemora Samuca Albrecht.

Além do título brasileiro e da vitória nesta Etapa na Taça Souza Ramos, o Crioula Sailing Team também levou nesse ano os títulos de S40 da Búzios Sailing Week, Rolex Ilhabela Sailing Week e do 44º Circuito Rio. “Ganhamos tudo e estamos muito contentes, renovarmos e viemos com força total, sempre com uma tripulação feita em casa, com velejadores do Clube”, afirmou o tático.

Para Samuca, a vitória teve um gosto maior, já que é o segundo título brasileiro conquistado em uma semana, pois no último domingo o velejador olímpico também já havia levado o Campeonato Brasileiro de J24 disputado em Porto Alegre no Veleiros do Sul. “Fico particularmente muito feliz por somar mais essa vitória em menos de uma semana em duas classes tão diferenciadas como o S40 e o J24”, vibrou o velejador que também está em campanha olímpica no Nacra 17 formando dupla com Caroline Boening pelo Veleiros do Sul.

 Da assessoria

Vila da Transat Jacques Vabre já está agitada em Itajaí

Brasileiros aparecem em peso na premiação da regata

Brasileiros aparecem em peso na premiação da regata

A cidade de Itajaí acompanhou neste domingo (24) a chegada dos primeiros barcos da classe IMOCA, veleiros de 60 pés ultramodernos e preparados para velejadores darem a volta ao mundo em solitário. Depois de quase 10 mil quilômetros da França até o sul do Brasil, as embarcações mostraram que são prontas e seguras para esse desafio. Apenas um problema mais sério estrutural foi registrado com o MACIF. O primeiro a chegar a Itajaí (SC) foi o PRB, que fez o percurso em 17 dias. Na sequência apareceram Safran e Maître CoQ.

Os barcos ficam ancorados no píer da Vila da Regata ou na nova estrutura montada no Saco da Fazenda para que os fãs da vela oceânica vejam de perto os IMOCA e os demais veleiros que participam da Transat Jacques Vabre. A imprensa internacional, principalmente a francesa, destacou a regata da classe IMOCA com bastante atenção. Afinal de contas, comandar um modelo de 60 pés na Transat Jacques Vabre ou numa Vandée Globe é como chegar à alta patente nas forças armadas, por exemplo. “Quem me dera se pudesse participar de uma travessia transatlântica em um barco de 60 pés com menos idade”, disse o campeão Vicent Riou, do PRB, campeão da Transat Jacques Vabre.

O velejador é um dos mais experientes do mundo e um verdadeiro ídolo na França. Vicent Riou se tornou referência para outros nomes da modalidade como Francois Gobbart, que também foi campeão de uma volta ao mundo em solitário. “A vela é muito especial. Quando comecei a praticar a modalidade entre os 14 e 15 anos de idade, eu lia tudo a respeito dos velejadores. Depois de 10 anos eu comecei a correr regatas com e contra os meus ídolos. A vida útil de um velejador é diferente dos atletas das outras modalidades”, completou.

No Brasil, a classe IMOCA (International Monohull Open Class Association) não tem representante e a chegada dos primeiros barcos a Itajaí torna ainda mais especial o evento. Os barcos de 60 pés ou 18,28 metros foram idealizados a partir de 1991 e se tornaram máquinas rápidas e sofisticadas. A nova geração e os mais antigos, como o próprio Vicent Riou, agitam a categoria.

Terceiro colocado da Multi 50 chega nesta terça: 

O muiticasco Rennes Metropole / Saint-Malo Agglomeration completa nesta terça-feira (26) a Transat Jacques Vabre após 19 dias de velejada entre Le Havre, na França, e Itajaí, no Brasil. O barco da Multi50 será o terceiro da categoria a cruzar a linha de chegada e a organização espera receber a dupla entre 19h e 21h.

O Rennes Metropole, comandado pelo francês Gilles Lamiré e pelo italiano Andrea Mura, ficará com a medalha de bronze da Multi50. Na linha reta de Itajaí (SC), a embarcação acelera com média de 23 km/h nas últimas 24 horas. Faltam menos de 200 quilômetros para o fim.

O próximo e último multicasco a terminar a aventura de quase 10 mil quilômetros será o Vers um Monde sans SIDA, que percorre o litoral paulista nesta terça-feira. A tendência é que o barco termine a prova às 9h desta quarta-feira (27).

Os primeiros a chegar foram FenêtréA Cardial e Actual, que cruzaram a linha no domingo (24). A classe largou com seis multicascos, mas dois acabaram desistindo: Arkema, que capotou perto de Portugal, e Maître Jacques, com uma perfuração no casco direito.

Da assessoria

Após mais um título mundial, Scheidt disputa Star Sailors League em Nassau

Bicampeão olímpico vai duelar com o lendário americano Paul Cayard e os melhores do mundo na classe, entre os dias 3 e 8 de dezembro, nas Bahamas

Scheidt comemora mais um título mundial na Laser

Scheidt comemora mais um título mundial na Laser

São Paulo – A primeira edição da Star Sailors League (SSL) reunirá os melhores velejadores do mundo na classe Star em Nassau, Bahamas, pela primeira vez desde os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012. Entre os dias 3 e 8 de dezembro, Robert Scheidt e Bruno Prada vão representar o Brasil em uma flotilha de 18 barcos com várias das duplas mais bem colocadas no ranking mundial da classe.

A última competição disputada pelo bicampeão olímpico na Star, ao lado de Bruno Prada, foi a Rolex Ilhabela Sailing Week, em julho, no litoral norte de São Paulo. A dupla comemorou o reencontro, após a medalha de bronze nos Jogos de Londres, em 2012, com o título da competição organizada pelo Yacht Club de Ilhabela.

“Vamos para a competição sem um grande preparo. Teremos três dias para treinar, mas não haverá pressão por resultados”, explica Scheidt. “Além disso, não dá para prever muito em termos de performance, porque é um evento profissional que está começando agora. Estamos indo para apoiar a competição, que será muito interessante, com a presença dos melhores do mundo, velejadores com quem disputamos em Londres.”

Scheidt e Prada se mantiveram na liderança do ranking mundial da Star por 21 meses, entre julho de 2010 e abril de 2012 (apenas durante o mês de dezembro de 2011, por não competirem, deixaram o posto). O domínio da classe tornou-se ainda mais evidente em abril de 2012, quando os dois somaram apenas primeiros lugares entre os sete resultados mais importantes para a classificação no ranking – um feito inédito na história da vela no mundo. Em maio daquele ano, em Hyères, os dois venceram o Mundial da Star e entraram para a história da vela brasileira como os primeiros tricampeões mundiais da classe. Além deles, só uma dupla, os italianos Agostino Straulino e Nicolo Rode, ganhou, velejando junta, três títulos mundiais (1952, 1953 e 1956).

Os brasileiros terão adversários à altura, entre as duplas de 11 países que disputarão a Star Sailors League (SSL), como o lendário americano Paul Cayard, sete vezes campeão mundial e vencedor da Louis Vuitton Cup. Além deles, estarão presentes o francês Xavier Rohart, o sueco Freddy Loof, o suíço Flávio Marazzi, o norueguês Eivind Melleby e o também americano Mark Mendelblat.

A novidade da Star Sailors League é o regulamento. Nos três primeiros dias, serão disputadas nove regatas. No quarto e decisivo, as dez melhores duplas disputam as três últimas provas: quartas de final, semifinal e final, eliminando-se três barcos por largada até a definição dos quatro finalistas. O campeão receberá quatro mil pontos no ranking da SSL.

A premiação total é de 200 mil dólares, incluindo o ‘Skipper do Ano’ (melhor comandante da temporada). A dupla eleita como a mais eficiente de 2013, levará o “Simpson Memorial Trophy”, troféu em homenagem ao britânico Andrew ‘Bart’ Simpson, campeão olímpico de Star em Pequim, vítima fatal de um acidente com o barco sueco Artemis, durante treino para a America’s Cup deste ano na Baía de São Francisco (EUA).

Movimento dos velejadores de Star

A Star Sailors League Final no Yacht Club Nassau será considerada como o lançamento oficial das atividades da nova liga. O objetivo da competição é fazer com que o talento dos velejadores prevaleça sobre o desempenho das embarcações. A SSL foi fundada em janeiro deste ano, concretizando um antigo desejo de velejadores olímpicos e amadores dispostos a elaborar um circuito internacional que promovesse os atletas da classe e valorizasse suas habilidades.

Batizada de Star Sailors League, a organização define um novo ranking mundial, com base no modelo da ATP, criada pelos tênistas profissionais em 1972. A SSL já conta com 2.400 velejadores ranqueados. A intenção dos atletas é de que a Star Sailors League Final seja disputada anualmente, a exemplo do que acontece com o Master de tênis, que reúne os melhores do ano ao final de cada temporada.

Da Local

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