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Rumo ao Rio 2016, velejadores em campanha olímpica disputam o Match Race Brasil

Equipe de Gigante Haddad busca o tri

Equipe de Gigante Haddad busca o tri

Rio de Janeiro (RJ) – Nomes consagrados da vela brasileira contribuíram para consolidar no País o conceito da disputa barco contra barco, com suas participações no Match Race Brasil ao longo dos últimos 11 anos. O formato de competição, até então, conhecido apenas pela America’s Cup, ganhou projeção nacional com os duelos entre campeões olímpicos como Torben Grael, Marcelo Ferreira, Robert Scheidt, Alex Welter, Eduardo Penido e Marcos Soares, além de outros medalhistas e campeões mundiais.

Paralelamente ao desfile de ídolos, o Match Race Brasil 2013 começa nesta sexta-feira (29), com sede no Iate Clube do Rio de Janeiro, levando para a Baía de Guanabara o talento de uma geração promissora para a própria evolução do match race e também para a vela olímpica, de olho no Rio-2016. Um duelo já está estabelecido. O gaúcho Philipp Grochtmann, de apenas 19 anos, comandante do Veleiros do Sul, aparece como um dos principais adversários do também jovem Henrique Haddad, o Gigante, que vai lutar pelo tricampeonato defendendo o Iate Clube do Rio de Janeiro.

Phillip conquistou no último final de semana a medalha de prata no Campeonato Brasileiro de Match Race, em Porto Alegre. É apontado pelo coordenador técnico do Match Race Brasil, Nelson Ilha, como nome certo para representar o País nas competições internacionais da modalidade. Nelson, especialista em match race, ficou com o título no duelo contra Philipp no Rio Guaíba. Gigante, de 26 anos, desenvolve campanha olímpica na classe 470. O atual bicampeão traz uma novidade neste ano. Após os títulos de 2011 e 2012 pela Comissão Desportiva da Marinha (CDM), Gigante e sua tripulação passam a representar o clube anfitrião.

“A pressão de ser a equipe a ser batida não me incomoda. Nosso grupo está entrosado, mas entendo que esta será a edição mais equilibrada e disputada da história do Match Race Brasil. O barco J24 é menor do que o utilizado nos outros anos e nivela as seis equipes participantes. Tanto que, além do time gaúcho, temos duas equipes femininas que deverão velejar bem e meu irmão, Felipe, está com parte do meu time bicampeão na Marinha este ano”, analisa.

Otimismo das mulheres – Na categoria feminina, as projeções para o futuro também são promissoras entre as tripulações do Match Race Brasil Brasil 2013 e o duelo entre as mulheres está garantido. A equipe do Iate Clube Brasileiro, comandada por Juliana Senfft, leva para a raia o título de campeã da Nations Cup da Dinamarca, uma das principais competições match race da vela mundial. O Rio Yacht Club, também de Niterói, terá o comando de Renata Decnop, que faz campanha olímpica na classe 470 ao lado da medalhista dos Jogos de Pequim, Isabel Swan.

“Estamos bem treinadas e está será nossa terceira competição de match race no ano e temos chance de fazer um bom papel porque o barco é menor. Mas, sem dúvida, a equipe do Gigante é franca favorita”, despista Juliana Senfft, que comandou o time brasileiro que ficou com o bronze na Argentina, em março, e conquistou o título na Dinamarca, em agosto.

Renata Decnop, comandante do outro grupo de mulheres, também está otimista. “Se tivermos ventos fracos e médios temos chance de fazer bons resultados, pois o nível de exigência física nos iguala aos homens”, analisa. As duas equipes femininas treinaram na manhã desta quinta-feira na Baía de Guanabara, enquanto os times masculinos fizeram o reconhecimento à tarde.

Juíza norueguesa no comando – Além da participação de Nelson Ilha, velejador e consagrado juiz internacional com cinco olimpíadas, o Match Race Brasil contará novamente com a experiência de Marianne Middelthon, que tem vindo anualmente ao Rio de Janeiro para dirigir a Comissão de Regatas. A norueguesa esteve há duas semanas em Florianópolis, onde foi a responsável pela arbitragem na etapa decisiva do Extreme Sailing Series, circuito mundial de velozes catamarãs.

O Match Race Brasil tem seis clubes inscritos: Veleiros do Sul (VDS), de Porto Alegre, comandado por Philipp Grotchmann; Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ), Henrique ‘Gigante’ Haddad; Rio Yacht Club (RYC), de Niterói, Renata Decnop; Iate Clube Brasileiro (ICB), de Niterói, Juliana Senfft; Clube Naval Charitas (CDC), de Niteroi, Rafael Pariz e Comissão Desportiva da Marinha (CDM), Felipe Haddad.

Os times são formados por quatro velejadores, mais um convidado. A premiação total é de 100 mil reais, divididos entre os oito primeiros colocados. A equipe campeã recebe 26 mil reais. Está em disputa o troféu de posse transitória Roger Wright.

Para esta sexta-feira (29) estão previstos os confrontos da fase classificatória, no formato round robin (todos contra todos). As regatas devem ser realizadas entre 10 e 17 horas, na raia montada próxima ao Aterro do Flamengo. Serão regatas curtas, com duração entre 15 a 20 minutos cada. Para o sábado, a partir de 10 horas, a programação prevê as disputas semifinais e o Pro-Am (regatas para convidados). As finais serão realizadas no domingo, também a partir de 10 horas, além do Pro-Am.

Da ZDL

Scheidt e Prada enfrentam duplas americanas na Star Sailors League

Dupla brasileira vai enfrentar seis barcos americanos a partir de 3 de dezembro em busca de título inédito nas Bahamas

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São Paulo – Com o maior número de velejadores classificados no ranking da Star Sailors League, os Estados Unidos estarão representados por seis duplas na primeira edição do campeonato organizado pelo Yacht Club Nassau, nas Bahamas. Um desafio a mais para os tricampeões mundiais de Star, Robert Scheidt e Bruno Prada, que retornam à classe depois de vencerem a Semana de Vela de Ilhabela, em julho deste ano. O Yacht Club Nassau receberá uma flotilha de 18 embarcações entre os dias 3 e 8 de dezembro, na primeira competição de Scheidt após a conquista do Mundial de Laser no Omã.

A esquadra americana composta por 12 velejadores em seis embarcações representa um terço da flotilha do campeonato exclusivo para convidados que contribuíram e ainda contribuem para que a Star seja considerada como mais técnica das classes olímpicas em todos os tempos. Entre as celebridades, Paul Cayard compete como convidado especial, ao lado de Austin Sperry (37º no ranking na SSL). Scheidt e Cayard foram adversários em uma única oportunidade, quando o americano foi ao Rio de Janeiro para correr a Nestlé Match Cup, em 2009. O brasileiro venceu o único confronto entre ambos e Cayard foi vice-campeão, perdendo a final para o gaúcho Daniel Glomb.

Cayard dedicou a maior parte de sua carreira à America’s Cup, intercalando campanhas olímpicas de Star e participações na Regata Volta ao Mundo. Foi campeão da Louis Vuitton Cup em 1992. Nunca escondeu, porém, que o barco Star é sua paixão na vela e por esse motivo considera o título mundial de 1988 como um dos mais valorizados de sua ampla coleção. A última participação pela classe em Olimpíadas foi nos Jogos de Atenas, onde representou os Estados Unidos, em 2004.

O velejador americano, vivendo a expectativa pelo início da competição em Nassau, aprovou o formato de disputa proposto pela Star Sailors League. “Eu acho que é uma ideia fantástica. Se existe uma classe no esporte da vela que merece um ‘Final Masters’ no encerramento de cada temporada, estou certo de que é a Star”, afirmou Cayard diante da perspectiva de que os velejadores somem pontos ao longo do ano e os melhores do ranking se classifiquem para a final mundial, como na Copa Masters de Tênis em relação à ATP.

O legado de Paul Cayard

A força americana na SSL não está limitada ao carisma de Cayard, outras cinco duplas do país estão confirmadas para competir nas Bahamas: Mark Mendelblatt e Brian Fatih, líderes do ranking da SSL; George Szabo, campeão mundial de Star, que irá correr ao lado de Craig Moss; Augie Diaz e John von Schwarz, além do mais jovem velejador da flotilha, Tomas Hornos, que terá como parceiro Joshua Revkin e da dupla Mark Strube e Eivind Melleby. Entre os 2.400 velejadores da SSL, 550 são americanos.

Mark Mendelblatt, além de ter passado por várias classes olímpicas até o ingresso na Star, venceu a Louis Vuitton Cup em 2007, como tático do Emirates Team New Zealand. Para vencer a Bacardi Cup de Star em 1986, em Miami, teve de superar outros grandes velejadores como o brasileiro Lars Grael e o francês Xavier Rohart. “É muito bom continuar velejando na classe no mais alto nível, apesar de não fazer parte da próxima olimpíada. O sistema da SSL, com regatas ao redor do mundo para se estabelecer um ranking e depois partir para a grande final, é uma ótima maneira para se manter os melhores velejadores juntos ao longo do ano”.

Para George Szabo a escolha do local para se organizar a competição inaugural da Star Sailors League não poderia ser mais adequada. “Mal posso esperar para velejar novamente na bela paisagem das Bahamas. Nassau é uma das melhores raias de vela do mundo. Um cenário paradisíaco que mescla lanchas, veleiros, esquiadores em belas praias com vento, ondas, pessoas animadas… é simplesmente fantástico”.

A premiação total da Star Sailors League é de 200 mil dólares, incluindo o ‘Skipper do Ano’ (melhor comandante da temporada). A dupla eleita como a mais eficiente de 2013, levará o “Simpson Memorial Trophy”, troféu em homenagem ao britânico Andrew ‘Bart’ Simpson, campeão olímpico de Star em Pequim, vítima fatal de um acidente com o barco sueco Artemis, durante treino para a America’s Cup deste ano na Baía de São Francisco (EUA).

Patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex, Prada e Deloitte, Scheidt conta com os apoios do COB e da CBVela na campanha olímpica para 2016. Ao lado Bruno Prada, conquistou o tricampeonato mundial de Star e duas medalhas olímpicas, prata em Pequim e bronze em Londres. Bruno, que tem os patrocínios do Banco do Brasil, Oakley, Zhik, Club Athletico Paulistano, COB e CBVela. Retornou à classe Finn após a Semana de Vela de Ilhabela.

Da Local

Vídeo: Extreme Sailing Series 2014 começa em Cingapura em fevereiro

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