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Wild Oats lidera a Sidney Hobart

E a "Aveia Selvagem" está novamente à frente da flotilha da legendária Sydney-Hobart.

E a “Aveia Selvagem” está novamente à frente da flotilha da legendária Sydney-Hobart.

Depois de pouco menos de 48 horas depois da largada da Rolex Sidney Hobart, o Wild Oats lidera a flotilha rumo à linha de chegada. Durante a madrugada uma calmaria passou pelos barcos e, com uma tática melhor, o veleiro de Bob Oatley assumiu a ponta e abriu quase 30 milhas de vantagem sobre o Perpetual Loyal, de Anthony Bell, que aparece em segundo, praticamente empatado com o Ragamiffin 100, de Syd Fischer. O tracking dos barcos pode ser visto clicando aqui

Após Transat Jacques Vabre, Cheminées Poujoulat afunda na volta para casa

Bernard Stamm naufragou no Atlântico seu IMOCA60.

Bernard Stamm naufragou no Atlântico seu IMOCA60.

Depois de disputar a Transat Jacques Vabre, o suíço Bernard Stamm e seu tripulante Damien Guillou estavam voltando para casa a bordo do veleiro de bandeira francesa Cheminées Poujoulat quando às 22h do dia 23 para o dia 24, acionaram o dispositivo de emergência. Uma embarcação de 50 pés chegou a manter contato, porém os ventos de 35 nós e o mar revolto impossibilitaram o resgate na madrugada. Os dois acabaram sendo salvos por um navio cargueiro às 7h30 desta terça-feira. O veleiro foi abandonado e acabou afundando.  Clique aqui (http://bit.ly/19pbV2z) e leia o report em inglês.

Gaúchos dominam o Norte-Nordeste de Optmist

A flotilha Minuano, do Veleiros do Sul, iniciou e terminou o ano nos pódios dos principais campeonatos da temporada. A última conquista de 2013 foi o Campeonato Norte-Nordeste de Optimist realizado de sexta-feira a domingo na sede do Cabanga Iate Clube, em Marinha Farinha, Pernambuco. Tiago Quevedo foi o campeão, após liderar durante todo o campeonato, e Gabriel Lopes ficou em terceiro lugar. A flotilha do Veleiros do Sul foi acompanhada por Philipp Grotchmann e o técnico Geison Mendes.

“Foi bom o campeonato para nos ambientarmos com a raia do brasileiro e principalmente para pegar ritmo de campeonato. Nossa flotilha encarou com a seriedade necessária para obter mais um ótimo resultado neste evento. Todos os envolvidos, principalmente os velejadores, estão de parabéns, comentou Geison. O Norte-Nordeste teve a participação de 40 velejadores de seis estados. A partir de 4 de janeiro inicia na mesma raia o 42º Campeonato Brasileiro da classe Optimist que vai até o dia 12 em Maria Farinha.

Da assessoria

Bruno Fontes termina 2013 como o terceiro melhor velejador de Laser do mundo


O ano de 2013 chega ao fim de maneira extremamente positiva para o velejador Bruno Fontes (UNIMED/ AGE DO BRASIL). Após conquistar os Sul-Americano e Sulbrasileiro, o atleta foi apontado pela ISAF (Federação Internacional de Vela – sigla em inglês) como terceiro lugar no novo ranking mundial divulgado pela entidade, completando a melhor temporada de toda sua carreira com êxito

“Com certeza este ano foi muito especial para mim. Consegui excelentes resultados nas etapas de Copa do Mundo, sempre fazendo final e ficando entre os primeiros, além do título Sul-Americano e do top-8 no Mundial. A terceira posição no ranking mundial da ISAF me dá ainda mais motivação para buscar resultados ainda melhores na temporada 2014”, revela Bruno Fontes.

Após encarar uma temporada repleta de desafios, o velejador Bruno Fontes não terá muito tempo de descanso neste fim de ano. Na primeira semana de janeiro, entre os dias 04 e 11, a cidade de Niterói sedia a Copa Brasil de Vela, um dos torneios nacionais mais importantes da próxima temporada. Além disso, ainda no mês de janeiro, Bruno viaja para Miami, para as disputas da etapa da Copa do Mundo de Vela.

“A temporada 2014 começa com duas competições importantes. A Copa Brasil contará com os melhores atletas do país e alguns estrageiros e logo em seguida tem a viagem pra Miami, que é uma competição da qual gosto muito e venho alcançando bons resultados nos últimos anos. Estou bastante confiante para iniciar o ano de 2014 de forma positiva e buscar resultados ainda melhores que os deste ano”, enfatizou Bruno.

Da assessoria do velejador

Novidades no front do meu #ihdeumerda e feliz natal para todos.

Edu Penido, no timão, Gui Hamelmann na proa, a onda sobre a laje da ilha da Mãe, a pontinha da ilha, o "Zing3"  e este manza assistindo a tudo com um nó na garganta. Deu certo. Menos de uma semana depois passei velejando por ali novamente, Foi duro!

Edu Penido, no timão, Gui Hamelmann na proa, a onda sobre a laje da ilha da Mãe, a pontinha da ilha, o “Zing3” e este manza assistindo a tudo com um nó na garganta. Deu certo. Menos de uma semana depois passei velejando por ali novamente, Foi duro, mas foi bom!

Boa tarde querido amigo e mais que querida amiga. Neste pré-natal do ano da graça de 2013 – e que graça recebi, meus queridos, minha própria vida! –, vamos atualizando você com as notícias destas duas semanas que se passaram depois que rolamos em cima daquela laje, na ilha da Mãe.

Antes de mais nada, porém, quero agradecer de coração às centenas (isso mesmo!!) de manifestações que recebi via celular, email, Facebook, Whatsapp, etc., etc. Das mais de 500 pessoas que me procuraram, apenas duas o fizeram de maneira ruim. Uma, apócrifa (ah, os covardes….) e outra, muito má, baixa, mesquinha e agressiva de uma velejadora de oceano que nem merece ter seu nome citado aqui. Que os deuses possam olhar por ela como fizeram por mim! De verdade!

Jamais imaginei, quando escrevi o relato do acidente, que isso fosse causar tanta comoção. Quis apenas desabafar, com a maior sinceridade possível, e usar a escrita, minha forma natural de expressão, como meio de tentar entender tudo que havia me acontecido e compartilhar um pouco dos meus erros com os amigos para tentar ajudar a evitar outros semelhantes. Apenas…

As infinitas reações de carinho que recebi, de todos os quadrantes, podem ter certeza foi o que me fez erguer a cabeça e seguir adiante com a certeza de que cometerei novos erros, mas jamais repetirei os antigos. Muito, muito, muito obrigado meus amigos queridos!! Eu não mereço tanto! E se não consegui responder a todos ainda é apenas por uma questão de tempo, já que estive totalmente dedicado às buscas nestes últimos dias. Me perdoem!

Não posso deixar de citar aqui o Nelson, do blog “Diário do Avoante”, que com seu texto com rasgados elogios (muito exagerados, penso eu!) me fez ir às lágrimas e relembrar toda minha vida e minha trajetória na luta política desde o Diretório Central do Estudantes na velha Universidade de Brasília. Quando sermos socialistas (querer olhar para o outro em detrimento de si próprio, resgatar os desvalidos,  dedicar-se aos miseráveis, buscar uma sociedade mais justa e equânime, blindar-se contra o individualismo, o consumismo, a ganância e o egoísmo) não era visto como algo infantil, impossível, ruim ou risível. Mas isso é outro papo…

De todo modo, fico feliz em poder ter contribuído de alguma forma, mesmo que involuntariamente, com a noção de ética, algo tão escasso nos nossos dias. Não me reconheço em suas palavras, Nelson querido, mas reconheço que hoje em dia fazer apenas o normal (o certo, o correto, o digno) é algo que, infelizmente, se tornou muito raro e fico imensamente feliz em ser citado como exemplo. Valeu mesmo! Obrigado!

O barco – Bem, dito isto, vamos aos fatos. O primeiro e mais importante, o “Fratelli” sumiu. Isso mesmo! Nestas duas semanas foram feitos mergulhos, passadas garateias, sondas e nada. Varreduras nas areias de Camboinhas e Piratininga também resultaram em frustração. Nem um vestígio sequer. Deste modo, segundo gente da própria Marinha, a hipótese mais provável, pasmem, é que o barco tenha sido roubado.

A princípio relutei em acreditar nesta possibilidade. Que espécie de “espírito de porco” faria tal coisa? O fato de termos pedido socorro e passado nossa localização em fonia aberta no VHF, canal 16, pode ter ajudado. E como me disse um sargento: “hoje em dia tem vagabundo para tudo!”.  De qualquer forma prefiro acreditar que o barco derivou e afundou em local ignorado. Embora o fato de não encontrarmos nem uma boia ou outro objeto sequer me deixe intrigado, claro. Fora que, aparentemente, nas duas horas que ficamos a bordo depois da capotagem a água não subiu na cabine (ou subiu muito pouco). Enfim…

Para mim, e especialmente para o Fábio, acho, o fato de não acharmos nada é muito angustiante. Fica uma sensação de um ciclo que não se completou. De algo inacabado. Além dos muitos objetos perdidos (de valor sentimental também) que poderiam ter sido salvos. Mas a vida tem que seguir adiante. E sendo assim, já localizei em Angra um veleiro do mesmo ano e do mesmo modelo, Velamar 32 desenho de Sparkman&Stephens, super bem cuidado que o dono, já com desconto, fez por R$ 80 mil. Não é o “Fratelli”, mas é um barco similar (até mais bem equipado em alguns aspectos) e que, tenho certeza, vai dar muitas alegrias ao meu amigo ainda. Só preciso que ele aceite! Porque o cara está todo triste, deprimido e relutante e nem quer saber de mais nada. Mas vai passar! Espero!

Vaquinha – Aqui já adianto aos amigos que sugeriram (e não foram poucos) que fizéssemos um crowdfunding (para os anglófilos), financiamento coletivo (para os modernos) ou a velha e boa vaquinha mesmo, que fico muito feliz com a oferta de ajuda.  E aceito de bom grado, claro. Afinal, não sou milionário e, mesmo sabendo que o erro é todo meu e portanto o prejuízo também, a ideia de que a comunidade da vela ajude coletivamente é sempre linda, generosa, muito bacana e bem-vinda. Veremos!

De qualquer modo, o Lars Grael se ofereceu para sortearmos uma velejada com ele. Torben se ofereceu para sortearmos o “Lobos do Mar”, livro que foi best-seller à época e narra a história do Brasil 1 na regata de volta ao mundo, autografado por ele (e por mim, né?). Isabella Nicolas também ofereceu DVDs autografados do seu documentário “Senhores do Vento”, também sobre o Brasil 1, que fez o maior sucesso, e exemplares do seu livro sobre a história do cinema brasileiro. Merci!

E até amigos fora da vela ofereceram “prêmios” também. Tem um super músico (não cito o nome porque preciso confirmar ainda) e produtor musical que pode sortear uma ida ao seu lendário estúdio para acompanhar uma gravação (o cara produz todo mundo: Gil, Jorge Benjor, Lulu Santos, O Rappa, Vanessa da Mata, Titãs, Skank, Jota Quest, etc., etc., etc). Bruno Mazzeo disse que poderíamos sortear ingressos autografados de sua peça “Sexo, Drogas & Rock’n Roll.  Minha prima, Joana Jabace, que é diretora de novelas na Globo (Avenida Brasil, Joia Rara…), disse que rola uma visitinha no Projac e tal. E por aí vai. Fique ligado que quando (e se…) rolar a rifa da quermesse eu aviso a todos!! Participe e ajude o natal sem fome da família Novaes! 😉

Mais erros – Revisando o texto que escrevi no calor dos acontecimentos percebi que algumas coisas ditas ali, depois de mais lembranças e reflexões, estão incompletas ou incorretas. Primeiro e mais importante, a previsão do tempo (no caso aqui, o estado de mar). Para um navegador, na função específica e até mesmo no termo genérico, a meteorologia é tudo. Ou deveria ser. O fato é que havia um aviso de ressaca no Rio que ouvi “de orelhada”, mal confirmei com a atalaia de Cabo Frio (que errou), e ignorei.

Quando recebi as fotos do Carlos Burle surfando seu “secret spot” no Rio, a laje da ilha da Mãe na ressaca(!!), fiquei arrepiado. Ali a pedra vai descendo lentamente, vai longe por baixo d’água e forma o fundo perfeito para subir uma onda enorme, potente (o lip grosso lembra o de Teahupoo, no Taiti) e longa. Eu sei disso na prática! Ufa!!

Mas é claro que a distração no celular foi a cereja deste bolo de gosto amargo. Se eu estivesse com o plotter (no caso o iPhone) ligado e atento à ele passaria muito mais colado na ilha da Filha (colado em terra, no caso, né?) e provavelmente nada aconteceria. Ou como diriam os antigos: “entre o Pai e Mãe prefira a Mãe. Entre a Mãe e a filha, a Filha”. Mas, na real, com aquele mar eu deveria era ter ido por fora de tudo mesmo… E, por ironia, entrei logo ali justamente para me abrigar mais. Depois que acontece é fácil dizer…

Segundo, não creio que o barco tenha realmente dado um 360° completo na laje. Pela posição que o mastro ficou (a bombordo) acho que o barco foi e voltou. E sendo assim, também não creio que eu tenha caído do veleiro. Na verdade, acho que fiquei preso embaixo do cockpit, com cabos, toldo (Bimini) quebrado, paneiro, etc. e que a sensação desesperadora de não conseguir me livrar e achar a superfície era isso. Toda hora eu batia em algo que me impedia de nadar. E demorou, demorou… No fim aquilo tudo que me prendeu, foi o que me levou para cima também quando o barco desvirou. E eu, na confusão, tive a sensação de que havia finalmente chegado à tona. Não lembro direito de qualquer forma! Fábio ficou segurando a escota do grande e lembra de ter voltado com ela quando o barco desvirou. Deve ter acontecido o mesmo comigo, só que involuntariamente. Obrigado, meu Deus!

Fora a falta de tudo (lanternas, bolsa de abandono, facas apropriadas, manicacas, manete da bomba manual, etc.) depois da capotagem, o que poderia ter nos salvado (e nem mencionei no texto anterior) eram simples baldes. Se tivéssemos nos concentrado em localizar os baldes (até tentamos…) e nas duas horas até o resgate tivéssemos ficado tirando água, muito provavelmente o “Fratelli” ainda estaria entre nós (isso se não foi roubado mesmo, né?). De todo modo, na hora do nervoso pensamos nas bombas e nem demos muita importância aos meios “tradicionais”. Até canequinhas feitas de garrafa PET cortadas, com três pessoas trabalhando direto, tiram centenas de litros d’água em duas horas. #ficaadica

Para aqueles que perguntaram sobre os aspectos legais, já adianto que se você quiser fazer tudo pelo procedimento-padrão do resgate de barcos naufragados vai ser caro, lento e burocrático. O melhor, segundo alguns amigos que entendem do assunto, seria resgatarmos o barco nós mesmo e depois comunicar às autoridades. E isso, claro, se o barco estivesse em uma situação que, na boa vontade, amadoristicamente, conseguíssemos salvá-lo nós mesmos e os amigos. Só um “alvará” para mergulho em naufrágio, equipe de resgate e tudo o mais é uma eternidade em tempo, dinheiro e burocracia. Haja custo-Brasil!

Mesmo assim, um “processo” foi aberto, é claro, para que expliquemos o acidente, a necessidade do resgate feito pela lancha da Marinha e outros fatos relevantes. Uma simples carta detalhada à delegacia da Capitania em Cabo Frio, local de registro do barco, já enviada pelo proprietário, parece que será o suficiente para dar baixa no registro. E como não havia seguro, e portanto valores e interesses de terceiros envolvidos, a coisa deve fluir sem maiores percalços. Aguardemos…

Pedro – Para aqueles que se preocuparam como Pedro, meu filho de 13 anos que estava na cabine, o próprio manda avisar que está tudo bem. Nenhum sinal de trauma ou ansiedade. E também, segundo o próprio, ele virou uma espécie de celebridade na turma do colégio com a aventura inédita e está até animado com sua incipiente vida amorosa (“Pai, há males que vem para bem”). Na verdade, acho que ele jamais realizou realmente o risco que corremos (ainda bem!) e como logo que olhou para cima já me viu ali, aparentemente numa boa, e depois saiu do “Fratelli” direto para a lancha “Anchova”, no nosso contrabordo, das minhas mãos para as do marinheiro, ficou na memória mais o susto mesmo! Ou como diria São Tomás de Aquino: “o conhecimento traz sofrimento”. Já o desconhecimento… Amém!!

Volta aos velejos – Apenas seis dias depois, no sábado seguinte, na regata que homenageia o patriarca da família Schmidt Grael, Preben Schmidt, do Rio “Sailing” Yacht Club claro, tive a oportunidade de montar novamente a ilha da Mãe e sua laje. A convite do nosso medalhista de ouro em Moscou, Edu Penido, e do comandante Sérgio Andrade, fui o navegador (que risco eles correram!) da máquina de regatas “Zing3”, o barco mais moderno e radical do Brasil hoje (um Tuzé 55 pés, quilha basculante, bolinas/fólios assimétricos, tanques de lastro, tudo em fibra de carbono, etc., etc.). Valeu Edu!! Inesquecível!!

Não preciso dizer que não tirei os olhos da carta no plotter (meu velho e sobrevivente iPhone) e para meu desespero, sugeri que cambássemos por precaução e o Edu, que timoneava o barco na montagem da Mãe, falou: “deixa comigo! E fica tranquilo!”. Palavras inócuas. Com os olhos grudados no ecobatímetro eu via a profundidade abaixo da quilha (de 3,5m) ir caindo até menos de 4 metros. Quando voltou a subir confesso que senti um alívio irresistível e uma alegria enorme.

E na hora mesmo, com as ondas (pequenas, no dia) quebrando ali do lado, não passava nem pensamento… Enfim, deu certo! Voltei, velejei, naveguei e me diverti. E isso graças a todos vocês que, com sua boa energia, carinho e até mesmo algumas confissões de cagadas semelhantes, me fizeram perceber que o mar é nossa casa e a despeito de tudo que aconteceu é nele onde temos que ficar mesmo. Mais agradecimentos e mais emoção!! Valeu por tudo, meus amigos!!

Humor – Para finalizar não posso deixar de comentar as piadinhas que já surgiram com o episódio, já que velejador é um ser sacana e bem-humorado mesmo. A começar por um aí, que no dia do acidente, poucas horas depois, enquanto eu tentava arrumar uma lancha para ir rebocar o barco, já mandou essa no Charitas: “Murillão, tu agora é medalha de ouro no freestyle! Deu um 360 em cima da pedra!”. Eu mereço!!

Torben já disse que na Instrução de Regata da Preben 2014 o percurso vai ser: “Largada nas proximidades do clube. Contornar a laje do Murillo, montar não porque o cara já fez isso. Montar a ilha da Mãe e do Pai por boreste…”. E o que teve de neguinho me cumprimento com um “Murillo on the rocks, por favor!” não foi moleza. Mas tudo com carinho e numa boa. Melhor rir do que chorar!! Nem que seja de nervoso…

Próximos capítulos – Agora é tocar para frente e desenrolar o barco novo do amigo. No dia 5 de janeiro vou ver o barco “novo” em Angra e pretendo fechar o negócio assim que puder e levar (com seguro feito e muita atenção, é claro!) o veleiro para Cabo Frio. Meus filhos Pedro e Gabriel, que foi parte preponderante do resgate, devem ir junto. Espero, sinceramente, que este episódio lamentável e tão doloroso para nós possa ter servido de alguma forma para ajudar você em suas navegadas por aí a ficar mais atento e preparado.

O fato de poder estar aqui comentando e até eventualmente rindo do que aconteceu não exime a minha culpa e responsabilidade. E nunca trará de volta tudo o que Fábio perdeu naquele dia. E jamais me tirará da lembrança a possibilidade de ter morrido e matado um filho e um amigo por pura inépcia e distração. Fica a lição aprendida da forma mais dura e cruel! E enquanto eu respirar (como é bom respirar!) vou lembrar daquela noite e daqueles momentos de aflição embaixo do barco.

Desejo a você e a todos os seus um natal de muita paz e um 2014 de muito sucesso e conquistas! Que os deuses e deusas dos mares e das águas possam continuar a nos abençoar eternamente e que os ventos sempre nos sejam favoráveis!

Feliz tudo, querido amigo e queridíssima amiga!! Obrigado mais uma vez!

Fui!!!

Murillo Novaes

Isaf divulga AR do Mundial de Santander

A partir do dia 8 de setembro quase 1500 velejadores do mundo inteiro estarão reunidos em Santander, na Espanha, para tentar garantir a vaga para o seu país nos Jogos do Rio 2016. Na ocasião serão definidas 50% das vagas.

O formato da competição será o mesmo do Rio 2016, com uma série inicial de classificação, seguido pela fase final, com os dez primeiros passando para a medal race. O Ar pode ser visto clicando aqui.

Slideshow: Regata Preben Schmidt por Fred Hoffmann

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Copa Brasil de Vela: Scheidt e Prada se reencontram na primeira competição de 2014 na raia de 2016

Evento que será válido como Campeonato Brasileiro de Classes Olímpicas será disputado entre 4 e 11 de janeiro em São Francisco, Niterói

Scheidt volta a competir na Laser

Scheidt volta a competir na Laser. Foto por Fred Hoffmann

Rio de Janeiro – O paulista Robert Scheidt pode ser considerado hoje em dia um dos maiores velejadores do mundo. Nos últimos dois meses ele adicionou no seu currículo nada menos que o título mundial de Laser (o 11º da carreira na classe) e o título da Star Sailors League, conquistado ao lado do parceiro de duas olimpíadas Bruno Prada. E entre os duas 4  e 11 de janeiro ele terá mais um desafio: a disputa da Copa Brasil de Vela, válida como Campeonato Brasileiro das classes Olímpicas.

O evento será disputado na baía de Guanabara, raia dos Jogos Olímpicos de 2016, e terá como sede a praia de São Francisco. Com um formato inovador, a CBVela e a Prefeitura de Niterói uniram as regatas à eventos sociais na areia abertos ao público, como shows e provas de remo, canoagem e Stand Up Paddle.

“Este tem tudo para ser um belo evento. Já tem alguns nomes estrangeiros confirmados, assim como os maiores velejadores do país. Durante o Mundial em Omã alguns atletas vieram perguntar da competição e este interesse engrandece ainda mais o evento e aumenta o nível da competição. É mais um grande treino na raia olímpica”, disse Robert, que tenta ir para a sua sexta olimpíada.

Quem também estará na água é o ex-parceiro de Robert na classe Star, Bruno Prada. O paulista está em busca de uma vaga na Finn, classe em que tem a medalha de ouro no Pan de Winnipeg (Canadá, 1999). Mas se Scheidt é considerado o favorito, Bruno sabe que sua vida não será assim tão fácil. Ele terá que vencer o amigo e pupilo Jorginho Zarif, atual campeão mundial Junior e Sênior.

“Nós somos muito amigos, treinamos juntos ao menos quatro vezes por semana, temos o mesmo preparador físico, fisioterapeuta… Fora que somos os únicos brasileiro que levamos o treino na classe Finn a sério, que estamos realmente em campanha olímpica, então acredito que o título deverá ficar ou comigo ou com ele”, disse Jorginho.

Apesar de ter apenas 21 anos, Jorginho têm a experiência da participação em duas olimpíadas. Atualmente é considerado o grande destaque da classe Finn e já está sendo cotado como um dos possíveis medalhistas no Rio 2016.

Para ele, velejar na baía de Guanabara é como velejar em casa: “Eu gosto bastante da raia do Rio de Janeiro. Tenho competido lá desde a época do Optimist, quando ainda era uma criança. A vista é linda e as condições de vento médio me agradam muito. Fora quem para quem conhece e está acostumado a velejar por lá, fica mais simples, já que esta não é uma raia fácil.”

Até 2016 a cidade de Niterói e a baía de Guanabara serão palco da Copa Brasil de Vela. A partir de 2017 o evento passa a rodar o país. A Copa Brasil de Vela tem organização da CBVela e da Prefeitura de Niterói e conta com o patrocínio do Bradesco e das Águas de Niterói.

Jorginho Zarif vence o prêmio de melhor atleta do ano

Poliana e Jorginho com o troféu de melhor do ano

Poliana e Jorginho com o troféu de melhor do ano

Nesta terça-feira o COB entregou o prêmio aos melhores atletas do ano. E o paulista Jorginho Zarif foi o eleito entre os homens. Entre as mulheres, a nadadora Poliana Okimoto foi a campeã. Jorginho competiu contra o ginasta Artur Zaneti e o nadador Cesa Cielo. Em 2013 Jorginho conquistou nada menos que o Mundial Jr e o Mundial Sênior da classe Finn, acabando com um jejum de mais de 70 anos.

Nota de falecimento: Conny van Rietschoten

Faleceu nesta quarta-feira Conny van Rietschoten, o único skipper a vencer duas vezes a Volvo Ocean Race. Conhecido como o Holandês Voador, Rietschoten tinha 87 anos e foi vítima de um infarto. Ele disputou a segunda e a terceira edições da Withbread a bordo do Flyer em 1977-78 e a bordo do Flyer II em 1981-82. 

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