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Equipe de Gigante Haddad é tricampeã do Match Race Brasil

Tripulação da Iate Clube do Rio de Janeiro vence a equipe feminina, comandada por Juliana Senfft, num disputada equilibrada. Veleiros do Sul completou o pódio

Regata equilibrada na baía de Guanabara

Regata equilibrada na baía de Guanabara

Rio de Janeiro(RJ) – Numa final histórica, prevaleceu a experiência de Henrique Haddad, o “Gigante”. A equipe do Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) conquistou o título do Match Race Brasil 2013, na tarde deste domingo (1/12), após vencer na final, por 2 a 1 (melhor de três regatas), o Iate Clube Basileiro (ICB), comandado por Juliana Senfft. Pela primeira vez em 11 anos, um time feminino chegou à decisão. O resultado garantiu ao Gigante o tricampeonato, já que venceu nas duas últimas edições pela Marinha do Brasil.

O terceiro lugar ficou com o time do Veleiros do Sul, de Philipp Grotchmann, que levou a melhor sobre o Clube Desportivo da Marinha, de Felipe Haddad, irmão mais novo de Gigante. O Match Race Brasil é a disputa barco a barco mais importante da América do Sul e distribuiu R$ 96 mil reais de prêmos, sendo R$ 35 mil à equipe campeã, que também recebeu a posse transitória do troféu Roger Wright.

Com a disputa final empatada em 1 a 1, Henrique Haddad teve a tranqüilidade necessária para induzir o time de Juliana Senfft ao erro no final da última regata. As meninas, que estavam em vantagem desde a largada, acabaram se posicionando mal em algumas manobras, o que definiu o título a favor da equipe do Gigante nos últimos dez metros da prova.

“Usamos a estratégia de manter o barco o mais próximo possível ao veleiro delas para induzí-las ao erro. Conseguimos fazê-las tomar a decisão equivocada e garantir a vitória”, comemorou Gigante, que teve como tripulantes Pedro Caldas, Victor Demaison e Mário Trindade. “O nosso maior mérito foi saber velejar atrás e buscar o resultado com tranqüilidade”, acrescentou.

Segundo o velejador de 26 anos, que em 2011 chegou a 23. do ranking mundial, a melhor classificação de um laitno-americano na história da classe, o campeonato, no formato barco contra barco, não foi prejudicado pelo tempo chuvoso e pelo pouco vento deste domingo. “O tempo só torna a condição mais difícil de velejar. Como esta edição reuniu barcos pequenos (veleiros da classe J24), acabou sendo bastante nivelada e decidida nos detalhes”, completou Henrique, que agora se dedicará à campanha olímpica na classe 470, ao formar dupla com Bruno Benthlem.

A força das mulheres – Juliana Senfft, que ocupa a 12ª colocação no ranking mundial feminino de match race, não estava decepcionada com o resultado, mas admitiu que poderia ter sido ainda melhor. Na semifinal, o seu time desbancou a equipe da Marinha, comandado por Felipe Haddad, irmão mais novo do Gigante.

“O match race é uma regata que não permite erros. Nós erramos na decisão e pagamos o preço, infelizmente. Nos instantes finais, tomamos decisões incorretas. Velejamos bem a semana toda e não poderíamos ter cometido esses vacilos”, admitiu Juliana, que velejou com Gabriela Nicoline, Luciana Kopschitz e Mareana Gouveia. Ao lado de Gabriela, ela fará campanha olímpica na classe 49FX e busca patrocínio para a dupla.

Já Philipp Grotchmann, do Veleiros do Sul, terceiro colocado, disse que a meta era vencer, mas ficou satisfeito com o desempenho de seu grupo. “O time terminou a competição bem mais entrosado, o que nos deixa felizes”, destacou.

Classificação final e premiação:

1- Iate Clube do Rio de Janeiro (ICRJ) – Henrique Haddad, Pedro Caldas, Victor Demaison e Mário Trindade – R$ 35 mil
2- Iate Clube Braisleiro (ICB), Juliana Senfft, Gabriela Nicolini, Luciana Kopschitz e Mareana Gouveia – R$ 20 mil
3- Veleiros do Sul (VDS), Philipp Grotchmann, Frederico Sidou, Vilnei Goldmeier e Rodolfo Streibel – R$ 15 mil
4- Clube Desportivo da Marinha (CDM), Felipe Haddad, Bernardo Assis, Guilherme Hammelmann e Alfredo Rovere – R$ 10 mil
5- Rio Yacht Club (RYC), Renata Decnop, Fernanda Decnop, Isabel Swan e Larissa Juk – R$ 9 mil
6- Clube Naval Charitas (CNC), Rafael Pariz, Daniel Pariz, Caio Brandão e Felipe Ilha – R$ 7 mil

O Match Race Brasil 2013 teve o patrocínio de Volvo, Sportv, Lorenzetti e TIM. A promoção foi da IMX, com apoios da Marinha do Brasil e do Iate Clube do Rio de Janeiro. O projeto foi viabilizado pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte. A realização foi da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro.

Da ZDL

Ventos fracos marcam o primeiro final de semana da última etapa da Copa Suzuki Jimny

Regata mais longa do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica, Volta à Ilha durou quase 11 horas com o Lexus/Chroma tornando-se o ‘Fita Azul’, primeiro a cruzar a linha de chegada

O Lexus/Chroma liderando a regata

O Lexus/Chroma liderando a regata

Ilhabela (SP) – A regata mais longa e mais esperada da Copa Suzuki Jimny teve o equilíbrio entre as embarcações como principal característica em sua 12ª edição, condição rara para uma disputa de 40 milhas náuticas (70 km). Os seis primeiros cruzaram a linha de chegada em um período de apenas 15 minutos. O ‘Fita Azul’ Lexus/Chroma concluiu a prova às 21h31, depois de velejar durante 8h31m48. A vantagem sobre o Caballo Loco foi de 54 segundos. O Barracuda chegou logo em seguida, após 1m48.

No tempo corrigido, o Caballo Loco venceu a classe C30, à frente do Barracuda e do Caiçara/Porshe. Na ORC, o líder da classe Tangaroa levou a melhor sobre Orson/Mapfre e Lexus/Chroma. Na RGS geral, o Suduca comemorou a vitória sobre Infinity e Kanibal, segundo e terceiro colocados, respectivamente. O Boccalupo fechou a raia às 23h38 de sábado (30), depois de quase 11 horas de regata.

“O sul-sueste lá fora (mar aberto) deixou a regata muito técnica. O mais legal é que a flotilha se manteve compacta, o que não é comum numa travessia tão longa. Os 22 barcos cruzaram a linha de chegada em um intervalo de apenas duas horas”, analisou o diretor da Comissão de Regatas (CR) Cuca Sodré, que só retornou ao Yacht Club de Ilhabela (YCI) com o barco da CR na madrugada de domingo.

Apesar do desgaste da regata com chuva e ventos que mal ultrapassaram os dez nós, a tripulação do Suduca não dispensou a comemoração que se estendeu até a madrugada na varanda do YCI. No dia seguinte, o comandante Marcelo Claro ainda estava radiante. “Fizemos tudo certo do começo ao fim, o mais simples possível. Observei que andávamos mais rápido com a genoa (vela de proa) em relação aos barcos que usavam a vela-balão. Os barcos maiores no nosso visual, logo à frente, nos davam a referência do que fazer”.

A tática adotada pela experiente tripulação do Suduca fez a diferença durante as 9h18 em que o barco se manteve em regata. “O mar próximo à ilha estava muito batido, o que interfere no rendimento da embarcação. Quando nos afastamos da costa encontramos um canal de vento e nos aproximamos do pelotão da frente”, considerou Marcelo Claro. Atribuo essa vitória ao timoneiro, Plínio Romeiro, que conduziu o Suduca com perfeição.

No Lexus/Chroma, o tático e timoneiro Alexandre Marin assumiu também o comando do veleiro na ausência de Luiz Crescenzo. “A Volta à Ilha foi muito empolgante. Ficou todo mundo meio junto. Estávamos bem na frente, mas caímos em um ‘buraco’ de vento e fomos ultrapassados. Só conseguimos recuperar a ponta a 300 metros da chegada depois de um duelo com o Caballo Loco. Vamos com tudo para brigar com o Tangaroa, líder da ORC, no próximo fim de semana”. A tripulação de Santos incorporou ao barco o nome Navega Brasil, lei de incentivo fiscal que permite a formação de novos velejadores.

Legado de Peter Blake – A bióloga Iris Poffo correu a regata Volta à Ilha – Sir Peter Blake como proeira do Infinity. Fez questão de lembrar da ideologia do velejador neozelandês que antes de ser assassinado na Amazônia, navegou a costa brasileira com o veleiro Seamaster mapeando a fauna e a flora do litoral do País. “Peter Blake adquiriu uma ampla visão da natureza por todos os países onde passou, muito além da nossa dimensão urbana. Sentiu a necessidade de voltarmos a nos integrar ao meio ambiente”.

O bicampeão da America’s Cup deu o nome à Regata Volta à Ilha depois de correr a prova e fazer a entrega de prêmios aos vencedores em 2002, quando atracou o Seamaster no pier flutuante do Yacht Club de Ilhabela. “Hoje, o contato com o cimento nos afastou da natureza, mas para o velejador é essencial estabelecer essa sintonia com o mar, o vento, e os elementos que lhe fornecem subsídios para correr uma regata. O velejador que observa a natureza, veleja melhor”, recomendou a bióloga.

Iris destaca também a oportunidade da gestão ambiental que um barco oferece aos seus tripulantes. “Quando se está a bordo, é preciso gerenciar a água potável, os resíduos, o tipo de alimentação. É sempre melhor optar por alimentos naturais em vez de congelados. Você muda a forma de descarte de lixo. Só se cria consciência, quando se percebe que um saco plástico jogado no mar pode matar um golfinho ou uma tartaruga, por exemplo”.

Faltou vento – As regatas que estavam previstas para este domingo (1º/12) foram canceladas pela falta de vento. A Comissão de Regatas partiu rumo à Ponta das Canas com a esperança da entrada do vento leste. Aguardou até às 14h e oficializou a cancelamento das provas. A vontade não satisfeita de as tripulações velejarem, foi compensada pela antecipação da tradicional canoa de cerveja. As regatas da quarta e decisiva etapa da Copa Suzuki Jimny voltam a ser disputadas no próximo final de semana (7 e 8/12), quando os campeões do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica de 2013 serão conhecidos.

Regata Volta à Ilha – Sir Peter Blake

ORC
1º – Tangaroa, 2º – Orson/Mapfre, 3º – Lexus/Chroma

C30
1º – Caballo Loco, 2º – Barracuda, 3º – Caiçara/Porshe

RGS geral
1º – Suduca, 2º – Infinity, 3º – Kanibal

IRC
1º – Tangaroa, 2º – Orson/Mapfre, 3º – Maria Preta

Da ZDL

Benoit Marie vence a Mini Transat

Depois de 18 dias, 46 minutos e 5 segundos, Benoit Marie cruzou a linha de chegada da Mini Transat em Point-a-Pitre e garatiu a vitória da competição. Duas horas e 55 minutos depois foi a vez de Giancarlo Pedote fazer o mesmo.

“Este ano foi muito difícil. A espera foi muito desmotivadora e quanto mais esperávamos, mais complicado ficava para entrar em modo de regata. Tomei cuidado para não deixar isso me prejudicar”, disse Benoit, que só ficou sabendo da vitória após um barco que estava assistindo a regata o comunicar.

Oman Air Musandam vence a primeira regata inport da história da Transat Jacques Vabre

O barco Oman Air Musandam, comandado pelo francês Sidney Gavignet e pelo irlandês Demian Foxall, venceu, neste sábado (30), a Inport Race ou Regata do Porto de Itajaí da Transat Jacques Vabre. A prova, que fui disputada pela primeira vez nos 20 anos de evento, teve 55 quilômetros entre Itajaí e Piçarras. O trimarã árabe precisou de quase 1h30 para ganhar a regata e foi seguido de perto pelo Edmond de Rothschild, também da classe . “Correr uma prova perto do público é muito importante para a vela, pois todos podem assistir de perto. Já participei de várias regatas inport race, inclusive na Volvo Ocean Race e é sempre muito emocionante”, disse  Demian Foxall. “A regata é diferente da clássica Transat Jacques Vabre, que sai da França e para no Brasil. Aqui podemos levar convidados a bordo e nos divertir mais”.

O trimarã Oman Air Musandam fez a Inport Race com 10 convidados a bordo. A tripulação pegou rajadas de até 46 km/h. As outras classes também contaram com VIPS nas embarcações. “Nós precisamos de regatas como essa para impulsionar a vela. Certamente as próximas edições terão a mesma prova. O percurso próximo à costa atrai o público, que poderia ter sido até maior se não fosse a chuva”, disse Christophe Gaumont, um dos diretores de prova.

Os ventos de 27 km/h e a chuva ininterrupta em Santa Catarina fizeram com que a comissão mudasse o percurso para os outros barcos das classes Multi50 e IMOCA 60, que percorreram apenas 27 quilômetros pelo mar de Itajaí. Os vencedores foram Actual, na Multi 50, e Cheminées Poujoulat, na IMOCA.

O velejadores serão premiados pelo prefeito de Itajaí, Jandir Bellini, pelo prefeito de Balneário Piçarras, Leonel José Martins, pelo diretor da área de café da Mondelez Internacional, Jacques Rosio, e pelo organizador da Transat Jacques Vabre, Gildas Gautier.

Da assessoria

Alunos do Projeto Grael são campeões brasileiros de Ranger 22

Fred Hoffmann registrou a comemoração dos alunos do Projeto Grael

Fred Hoffmann registrou a comemoração dos alunos do Projeto Grael

Terminou neste domingo no Rio de Janeiro o Brasileiro de Ranger 22. Depois de oito regatas o veleiro Barão Vermelho, tripulado por Alex Sandro Carvalho, Gilcimar de Almeira, Ramon Nascimento e Jeferson, alunos do Projeto Grael, ficou com o título, cinco pontos à frente do segundo colocado, o Set Point, que contou com o reforço de ex-alunos do Projeto. Em terceiro ficou o Catraio, de Luiz Beckman. O resultado final pode ser conferido aqui.

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