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#ihdeumerda. Das grandes. Comigo. E quase morri (e matei meu filho e um amigo).

Em Cabo Frio o Velamar 32 "Fratelli" e meu filho Pedro em sua primeira (e quase última) travessia a vela.

Em Cabo Frio o Velamar 32 “Fratelli” e meu filho Pedro em sua primeira (e quase última) travessia a vela.

Bom dia amigos e amigas, hoje escrevo porque sinto que tenho o dever de compartilhar com todos o que aconteceu comigo, com meu grande amigo Fábio Collichio e com meu filho Pedro na noite de sábado. Mais precisamente por volta da 12:06 de domingo.

Fábio, meu melhor amigo em Cabo Frio, companheiro de inúmeras velejadas de Micro 19 e o feliz proprietário de um novo (para ele, claro) Velamar 32, o “Fratelli”, me chamou para trazer o barco de Cabo Frio para o Rio neste sábado para subi-lo no Clube Naval Charitas e fazer a pintura de fundo do veleiro, que ele estava terminando de reformar. Convoquei meu filho Pedro, de 13 anos, para fazer sua primeira travessia no oceano e por volta de 7:30 da manhã partimos do píer internacional de Cabo Frio.

Fábio havia me dito que soubera de um aviso de mar grosso no Rio, que, por rádio, tentamos confirmar com a atalaia de Cabo Frio, mas a moça nos disse que havia expirado, pois era de 24 horas. Eu, como navegador que sou, havia estudado a previsão e sabia que os ventos seriam de, no máximo, 14 nós, de E-NE, e haveria um swell grande residual da grande tempestade que tinha passado 48 horas antes pela costa do Rio. Mas nada muito preocupante já que tudo iria nos empurrar para o destino final. Zarpamos.

A viagem, apesar de lenta, por conta do casco sujo, dos ventos fracos no início e do motor que sempre procuramos deixar em uma rotação mais baixa (havia sido reformado há pouco), seguia tranquila. Pedrinho, depois da excitação inicial, como é típico dos adolescentes, foi para a cabine dormir. E fora um ou outro momento, passou boa parte do dia lá dentro, no sofá “da sala”, cochilando o tempo todo.

Eu e Fábio nos revezávamos no timão e assim foram passando as agradáveis horas do sábado nublado com sol esparso. Fomos por dentro do Boqueirão, em Arraial do Cabo, o que é sempre lindo. Pouco antes de Saquarema o vento aumentou e desligamos o motor. Velejávamos com o vento pela popa a 5 nós de média (com picos de 6,5) e como não tínhamos balão íamos ziguezagueando e jaibando para manter o vento pela alheta e a velocidade por aí mesmo. Tudo seguiu na paz dos deuses.

Já de noite, no contorno das ilhas Maricás eu verifiquei a carta (nesta altura no Navionics do iPhone, pois o iPad já estava sem bateria. E sim, tínhamos a carta em papel também e outro GPS reserva) umas três vezes pois sei que à noite as distâncias enganam e tal. Passamos a sotavento das ilhas (com o perigo à barla) e seguimos com a proa em Niterói, nas ilhas do Pai e da Mãe. Nosso ETA (hora prevista de chegada) estava por volta de uma da manhã na entrada da baía de Guanabara. Normal.

Ao chegarmos às proximidades de Itacoatiara o mar ficou mais mexido e mais desconfortável e resolvemos ligar novamente o motor e baixar a genoa para ir só de grande e com o possante, o que daria mais segurança e nos permitiria ir direto ao ponto, sem jaibear ou manobrar muito. Claro que tivemos um probleminha com a refrigeração do motor, mas Fábio safou tudo e lá fomos nós na boa.

Meu plano inicial era passar entre as ilhas do Pai e da Mãe e ir direto para a boca da barra. Como o mar estava bem chatinho, com o swell mais alto, resolvi entrar logo entre a Mãe e o continente para ficar mais abrigado e aproveitar um pouco o embate das ilhas. Além do mais, já havia corrido “trocentas” regatas que montam o Pai e a Mãe, passara por ali dezenas (centenas?…) de vezes e aquilo não era mistério algum.

Depois de mais de 16 horas navegando, precisamente às 12:04, pois lembro que Fábio me disse as horas (e depois verifiquei no celular), resolvi ligar para meu filho mais velho, Gabriel, que fazia 25 anos no dia 8/12 e por tradição sempre nos falamos logo depois da meia noite. O telefonema foi super agradável, óbvio, e me lembro de ter dito a ele que: “só falta agora montar a Mãe, dobrar a última esquina e depois baía de Guanabara e casa”.

No meio da ligação Fábio me interrompeu dizendo que vira uma rebentação e que parecia uma laje. Eu, automaticamente e tirando onda (o arrogante sempre se ferra. E merece!), respondi que já havia montado aquela ilha em regata um monte de vezes, que tinha uma laje sim, mas que ele não se preocupasse. Gabriel ouviu minha bazófia pelo telefone e também nem deu muita importância. Mas aquilo ficou na minha cabeça. Sem perder tempo desliguei rapidinho e comecei a olhar em volta.

Demorei talvez uns 40 segundos ou um minuto para tentar me localizar, pois o celular, claro, havia me distraído bastante. Estava perto demais da ilha? Da laje? Uma linha de espuma a nosso bombordo confirmou. Estava do lado da laje!! Falei com Fábio que estávamos ali, ele reclamou que havia me avisado, nem tive tempo de responder. Guinei fortemente o barco para boreste. Neste momento uma parede íngreme de água de quase 3 metros (havia sim um aviso de ressaca no Rio e o swell vinha de 2 a 3 metros mesmo) nos pegou em cheio pelo través (de lado certinho, a pior condição possível para qualquer embarcação). Ainda sentimos que quando a onda sugou a água para quebrar, nossa quilha deu uma batida seca na pedra no fundo. Tudo apagou.

Na minha próxima lembrança já estou embaixo d´água lutando contra cabos e velas (e também o mastro quebrado, eu perceberia depois) para subir à superfície. Lutando pela minha vida. Na minha cabeça esses foram intermináveis momentos de angústia total. Lembro-me que só pensava: “eu não posso morrer aqui, pois tenho que salvar meu filho que está dentro da cabine”. Para mim foi uma eternidade a ponto de me lembrar de Horacinho Carabelli, dias antes, no Match Race Brasil, me contando como Andrew Simpson morreu no acidente do “Artemis”, na Copa América, preso embaixo do barco. O terror! O horror!!

Não tenho a memória de como voltei a bordo. Apagou. Mas me recordo de estar no cockpit novamente, na gaiúta principal, gritando pelo Pedro. Ele tinha acordado na confusão e, ainda atordoado, me perguntava o que tinha acontecido. Respondi que tínhamos capotado, mas estava tudo bem. A água, dentro da cabine, estava na cintura dele e demos a mão para que ele saísse. Nesta altura Fábio já me ajudava a tirar o Pedro de dentro do barco e vi que estava tudo bem com ele também. Graças a Deus!

Pusemos o menino sentado no cockpit, imediatamente vestimos um colete nele, outros em nós e eu expliquei que se tivéssemos que abandonar o barco iríamos nos amarrar os três juntos e derivar para a praia de Camboinhas ou Piratininga em frente (apontei as luzes) ou tentar subir na ilha ao lado. Por sorte, não foi preciso.

O “Fratelli” era o próprio caos. O mastro quebrado, caído para bombordo, uma zona total de cabos e estais, a gaiutinha do topo da cabine estourada, uma rachadura grande no topo da cabine à bombordo, outra no costado no encontro do casco e do convés, as vigias de bombordo da cabine quebradas, o bimini retorcido e nós ainda em cima da laje recebendo onda atrás de onda pela proa. Para piorar, a noite nublada e, claro, as baterias mortas embaixo d´água, deixavam tudo no breu total. E ainda tive tempo de ver nossa lanterna, acesa, afundando.

Fábio entrou na cabine e percebemos que a água não estava subindo. Vi que ainda tínhamos leme e tentamos, no instinto (jamais daria certo, claro), ligar o motor. Amarrei outro colete salva-vidas no Pedrinho e falei com ele que ficasse tranquilo, pois a água era quente e poderíamos boiar horas sem problemas, se fosse preciso. Meu filho me deu uma lição de bravura. Jamais entrou em pânico, nos ajudou no que foi necessário, até nos consolou dizendo que estava tudo bem e que ficaríamos bem também e disse que estava preparado para fazer o que fosse preciso. Choro só de lembrar…

Pedro também, milagrosamente (mesmo!), achou meu celular. Como, não sei. Pois acho que caí no mar com ele na mão. Enfim. Peguei o telefone, que tinha uma capa à prova d´água recém-adquirida para minha travessia do Atlântico, e liguei novamente para Gabriel apesar dos 4% de bateria. Apenas 6 minutos depois do primeiro telefonema (às 12:11, sendo que o primeiro telefonema durou um minuto). Disse o que havia acontecido, nossa localização, a possibilidade de termos que “abandonar o navio” e para onde iríamos possivelmente e pedi que ele avisasse a Marinha, os bombeiros, Vanessa, mãe do Pedro (com quem havia falado duas horas antes dizendo que estava tudo ótimo), minha tia (que é minha mãe).

Fábio havia me mandando um SMS antes de irmos, pedindo para eu levar meu VHF portátil à prova d´água. Levei. Sorte! Logo que percebi que tudo estava relativamente bem, com todos a bordo sãos e salvos, antes mesmo de tentar achar o celular, já peguei o radinho e comecei a ladainha no canal 16: “mayday, mayday, veleiro Fratelli capotado na laje da ilha da Mãe, 3 tripulantes a bordo, uma criança, preciso de socorro imediato. Mayday, mayday”. Os minutos de silêncio antes de achar meu telefone foram angustiantes. Nem uma resposta sequer.

Claro que um rádio portátil tem um alcance limitado, mas como explicar que uma hora depois eu falava alto e claro, ainda do barco, com Rio Rádio por aquele mesmo aparelho e também com a lancha da Marinha? Lembro que quase uma hora depois do acidente, um cara identificado como Mar Dive fazia uma ponte desesperada no rádio, gritando que nós precisávamos de socorro e que já havia passado muito tempo, que tinha criança a bordo e ninguém respondia. Foi aí que a moça da Rio Rádio entrou na fonia. Nesta altura, agradeci, disse que havia falado com a Marinha e que uma lancha da capitania vinha nos resgatar.

Com o veleiro aparentemente não fazendo água (ou muito pouca) eu e Fábio tentamos ajeitar as coisas a bordo. Colocamos o mastro mais para cima e o amarramos para evitar que ficasse batendo contra o casco. As ondas já haviam nos empurrado para fora da laje e estávamos à deriva, bem no embate da ilha, indo para fora. Resolvi lançar o ferro e ficamos ali, protegidos do vento e das ondas, por mais de duas horas no fim.

Pouco depois das duas da manhã tivemos a visão reconfortante das sirenes da lancha “Anchova” da Marinha do Brasil. Pelo VHF consegui os orientar e eles vieram até nossa popa. Passei imediatamente o Pedro e pela primeira vez pude sentir a dimensão da tragédia que poderia ter acontecido ao meu filho. Mas não tínhamos tempo a perder. Fábio, que havia posto sua roupa de neoprene (e até catado os pés de pato para o caso de termos de nadar), voltou para dentro da cabine para tentar resgatar nossas carteiras, mochilas, etc. Paradoxalmente só conseguiu achar a minha e a do Pedro. Nada seu…

Ele não conseguiu localizar as outras lanternas que estavam a bordo e a lancha da marinha não tinha uma lanterna sequer. Tentamos jogar a luz do holofote da lancha para dentro da cabine, mas estava tudo muito difícil com o mar mais batido. Com a ajuda da “Anchova” rebocando tentamos trazer o mastro mais para cima. Mas adiantou muito pouco e ainda serviu para afastar o barco da ilha e deixá-lo mais desabrigado de mar.

O mestre da lancha (que soube depois foi quem, no peito e na raça, mesmo com a impraticabilidade do porto pelo aviso de ressaca, resolveu sair) nos avisou que sua missão era salvar vidas e que devíamos abandonar o barco e ir. Foi o que fizemos. Antes, porém, demos o máximo de cabo possível no ferro e deixamos o “Fratelli” sozinho fundeado e avariado para trás. A visão mais triste do mundo para mim e, especialmente, para o Fábio que tanto esforço fizera para ter aquele barco e reformá-lo.

Na lancha, Pedrinho nos consolava e nem a visão do seu Playstation e seu DS (o cara é viciado em games) encharcados na mochila o atrapalhava. Um menino de ouro. Eu só conseguia abraçar meu amigo e meu filho e pedir desculpas, desculpas, desculpas pelo meu erro crasso e quase fatal para nós. Algo que um navegador digno do nome (eu não sou!) jamais poderia ter cometido.

Chegamos por volta de 4 da manhã ao píer do ICRJ onde Vanessa e os Gabrieis, meu filho e o marido de minha sobrinha Juliana que havia trazido Vanessa, nos aguardavam. Viemos para minha casa no Posto 6, tomamos um banho, colocamos roupas secas, deixei Fábio descansando com minha tia e comecei minha peregrinação para tentar rebocar o barco.

Fui ao Salvamar e nada (“nossa lancha não pode sair com aviso de ressaca e nossa prioridade não é o patrimônio e sim vidas”). Fui à capitania, onde agradeci a todo aquele plantão (não lembro os nomes, me perdoem) por nos ter salvado, mas soube que eles não podem mesmo fazer qualquer tipo de reboque. Resolvi ir ao Charitas, em Niterói, e tentar algo por lá. Tive que esperar até 7 horas quando chegam os marinheiros e o Josué, chefe da náutica, foi nota dez. Liguei para meu amigo Ricardo Ermel, que logo, como bom homem de Marinha, safou minha onça e convocou o comandante Carvalho para a faina.

Carvalhão chegou ao clube e após os ajustes necessários, que a lei de Murphy sempre proporciona, conseguiu me levar na sua lancha até a ilha da mãe por volta de 9 da manhã. O comandante Ralph Rosa, grande velejador e amigo, me emprestou o alicatão para cortar os brandais e estais (que todos sempre devem ter a bordo. Nós não tínhamos.), pegamos um cabo de reboque, um pneu para ajudar a fazer a catenária (a “barriga” do cabo de reboque) por conta do mar grosso e lá fomos nós. Minha ideia era tentar salvar o mastro, mas se não fosse possível, cortar tudo e deixar ir ao fundo. Tentei ainda arrumar uma moto-bomba ou bomba elétrica com extensão, mas não consegui (a bomba manual do barco não pôde ser acionada por falta do manete – ou algo parecido – que sumiu na confusão. E fez muita falta!)

Por volta de nove e meia do domingo, ainda sem pregar um olho, tive a segunda visão mais triste da minha vida. O “Fratelli” não estava mais lá. Uma garrafa de mate pela metade boiando (era nossa, com certeza!) e outros objetos que estavam dentro da cabine, à deriva na direção de Camboinhas foram o indício de que o veleiro tinha afundado. E há pouco tempo. Como? Não sei. Talvez um pequeno vazamento pela quilha, talvez um registro ou mangueira abaixo da linha d´água que com a pressão aumentada pelas toneladas de águas na cabine se rompeu, talvez o mar, sempre ele, batendo contra o costado que havia rachado a bombordo foi embarcando paulatinamente mais água. Não sei.

Agora estou aqui aguardando os mergulhadores que devem tentar localizar e, se houver condições, retirar o barco do fundo. Fábio voltou, arrasado, para Cabo Frio. Sem documentos, sem seus papeis, seu notebook, seu celular, sem a bíblia de sua falecida mãe, sem seu barco, com roupas emprestadas e com o sonho desfeito (mas vamos ter “nosso” Velamar 32 de volta, meu amigo, nem que seja outro. Eu prometo!). Pedro nem queria ir ao hospital fazer exames. Mas a mãe o obrigou e, apesar da pancada no quadril e no queixo que deixaram marcas, está tudo bem.

Eu… Bem eu, estou aqui refletindo sobre como pude ser tão estúpido e cometer o erro mais idiota e simples que um navegador jamais deve cometer: achar que está no ponto A, enquanto, na verdade, está no ponto B. Na era do GPS algo inadmissível. Tenho vontade de dormir e não acordar nunca mais!! Mas não posso, tenho que viver para ressarcir meu amigo de todos os prejuízos que lhe causei.

Fica o relato e a reflexão sobre o que deu errado. Primeiro e acima de tudo, acho que o celular é realmente algo que, a mim especialmente, distrai muito (rebocando, de “Lady Lou”, os clássicos 6M de Lars e Torben para Angra uma vez, saí 90 graus do rumo por conta de um torpedinho. Noutra, bati meu carro). Se eu não estivesse tão desatento, provavelmente não estaria escrevendo esta história hoje. Como pude verificar com tanta atenção a montagem das ilhas Maricás, por sotavento, e dar apenas uma conferidinha boba na carta, minutos antes, ao montar a ilha da Mãe (com sua laje), por barlavento? Por que confiei, em uma noite escura, apenas na minha visão com tantos instrumentos a bordo? Por que fui tão arrogante e babaca quando Fábio me alertou, momentos antes, sobre a laje? Jamais saberei. Claro que o fato de ser um lugar conhecido ajudou, mas jamais poderia ter entrado naquele canal estreito, com mar grosso e perigo a sotavento, sem o auxílio da carta. Jamais!

Acho que independentemente do que tenha causado o episódio inicial do acidente, o que se passou depois pode servir também a todos que navegam. Não tínhamos uma bolsa de abandono preparada (faltou uma faca decente, lanternas, o manete da bomba manual… E poderia faltar água, biscoitos, uma roupa quente, etc.). Depois que o barco deu o 360° na laje (e em qualquer capotamento, mesmo em mar aberto) a cabine vira o caos e, portanto, se você tiver ferramentas, documentos e outras coisas importantes trancadas em um armário que não se abra facilmente, alto e acessível, vai ajudar muito (nossas manicacas sumiram e não pudemos usar as catracas para auxiliar em nada, p.ex. Perdemos todos os nossos cartões e documentos. Não achamos as lanternas e por aí vai…). Quando sair, mesmo em uma aparente velejadinha simples, verifique sempre as condições de vento e mar na rota (eu sabia que havia o swell grande, mas jamais soube que era uma ressaca na barra do Rio de Janeiro porque simplesmente vi os GRIBs e a carta sinótica e não entrei na página da Marinha para ver os avisos de mau tempo. Essa desinformação não causou o acidente, mas atrapalhou o resgate). Não confie que apenas lançar um Mayday no rádio vai ser suficiente, se puder, tenha um EPIRB a bordo e o acione imediatamente. E, por fim, se estiver próximo à costa tenha um celular com bateria e capa protetora sempre à mão e amarrado (o meu não estava e foi um milagre tê-lo achado). Espero que você jamais passe pelo que passamos, mas, se for o caso, esteja preparado!

É com um gosto amargo na boca que escrevo isso tudo e sinto profunda vergonha pelo erro que cometi. Ao meu amigo querido e ao meu amado filho só posso pedir desculpas pelo risco que os fiz passar, pela minha falha e prometer jamais repeti-la. Saber que o prejuízo foi apenas material ajuda, mas não aplaca a tristeza e a desonra. Espero que Netuno, Éolo, Iemanjá, Nossa Senhora dos Navegantes, Iara e tantas outras entidades do mar e das águas continuem a nos proteger. Mas espero mesmo que todos usem sempre a ciência e os incríveis instrumentos tecnológicos que temos hoje para navegar com mais segurança. E que sempre, sempre que estiverem no timão de um barco estejam com 100% de sua atenção voltada para isso. Eu não o fiz. Quase morri. E quase matei meu filho e um grande amigo.

Murillo Novaes

 

99 Comentários Comente
  1. Ai Murilo que perrengue cara mas acontece o importante e estarem todos para contar esta historia incrivel, e erros sao cometidos para nos ensinar e só isso.Escrever este relato e muito importante e assim aprendemos.Feliz natal a você e a sua tripulação. Bejundas

    09/12/2013
  2. Boris #

    Pabens pela coragem .nao sao todos que assumem a culpa sem procurar atenuantes,Isso vai ajudar a outros que estiverem em situacao parecida .

    09/12/2013
  3. Victor hugo Figari #

    O mi amigo desconocido mas de mi corazon de navegante No puedo creer mas es la pura verdad, no te podes distraer . Hace muchos años perdi un amigo cerca del marciano en el canal mitre.  No se puede creer mas es la pura verdad  Lamento lo material y felicidades por estar vivitos y coleando. Ya te imaginas que tanto vos como tu hijo y tu amigo tienen una buena historia para contar a los nietitos  Grande abraço desde Floripa 

    Victor Hugo

    09/12/2013
  4. Hubner Júnior (Biné) Veleiro Catamarã FREVO #

    Caro Murillo, de fato um episódio deste deixa qualquer um de baixo astral, mas pode acontecer com qualquer um. A vida continua e bola pra frente, daqui a pouco aparece outro barco na jogada e vocês vão voltar a curtir logo emas velejadas.
    Pelo menos por aqui em Recife meu “FREVO” está a disposição dos amigos para velejarem quando quiserem, Abraço, Biné.

    09/12/2013
  5. Jose Alfredo da Justa. #

    Murillo , acabo de ler esse relato e estou emocionado , o Pedro é muito amigo do meu filho (e adoro ele) , inclusive passou um fds conosco em angra , no meu barco . Se serve de consolo , grandes navegadores quando estão chegando ¨em casa¨ , após grandes navegadas , dão uma relaxada e passam por situações como essa. Amyr Klink chegando de sua invernada , a 60 milhas de parati , deu cochilada,e por poucos metros não foi abalroado por um navio. Bola pra frente ….

    09/12/2013
  6. Murillo, que perrengue, hein? Tudo que posso dizer, amigo, é que estas coisas acontecem. Sei perfeitamente como vc está se sentindo. Vc sabe bem o que rolou comigo, não? Deu bobeira recebe troco na hora: tapa na cara pra gente aprender. Aprendi muito com meu acidente e sei que vc tb aprendeu com o seu. Abraço amigo e solidário. Até breve.

    09/12/2013
  7. Adriana #

    Obrigada pelo seu relato cuidadoso. Eu, que tb sou vítima das distrações causadas pelos gadgets, terei um motivo a mais para redobrar meus cuidados daqui pra frente. Seu filho estuda na sala da Malu, minha filha mais velha, e temos grande carinho por ele. Que vcs todas saiam mais unidos e fortalecidos dessa experiência. Grande abraço.

    09/12/2013
  8. Caro Murilo,

    Lamento muito o ocorrido, mas fico feliz que ninguém tenha se ferido gravemente. Com seu desabafo, aprendi muito e certamente ajudará outros a não passar por problemas semelhantes.

    Abraços
    Ubiracy

    09/12/2013
  9. Karen Riecken #

    Quem não navega não tem histórias…é simples assim. Fica de lição para outros, nada é em vão. A dor passa e o navegador se torna mais forte, mais esperto nesses momentos…sinto muito e sei exatamente o seu sentimento…já salvei algumas vezes o Mistralis de perrengues…um em especial na Ilha do Mel e me lembro bem quando nosso mastro quebrou em Sergipe, ficamos desesperados, perdemos todo o material, mas depois deu tudo certo, recuperamos tudo e ainda mais forte e melhor, o que deu oportunidade do barco ir para o Horn neste ano, viagem que nao pude ir, mas ficou muito feliz de ter visto o veleiro superar todo o mal tempo do extremo sul.

    Um abraço, força e sempre bons ventos…estamos aqui para isso!

    09/12/2013
  10. Fábio #

    Olá Murilo.
    Grande abraço por estarem vivos e sãos e parabéns pela lucidez que mantiveram depois do desastre! Tua coragem de assumir e expor os erros e suas consequências é um exemplo para todos nós e ainda por cima nos ajuda muitíssimo a ter mais cuidados. Eu tive também um acidente muito sério navegando e embora seja de conhecimento de muitos aqui no sul, até hoje não me encorajei a escrever sobre ele.
    Que bom saber que todos estão bem, as perdas materiais podem ser recuperadas e mais uma vez obrigado pelo exemplo de desprendimento e coragem!
    Fábio/Val/CDJ

    09/12/2013
  11. Jurandir Custódio Gonzaga #

    Bravo, amigo, bravo, infelizmente, esses perrengues, por qual passamos, serve muitas vezes para aprendizados futuros. solidarizo, com você. Passei recentemente por duas situações, quase que semelhantes. à ponto de quase abandonar de vez, meu, único e grande prazer, que é Navegar e Velejar. Mas depois com mais calma, e já com total domínio da situação, chego a conclusão de que Nossas vidas, nossos rumos, nossos futuros, estão todos marcados. Caso contrario; já mais iria querer saber, ou mesmo falar em Mar, etc e tal

    09/12/2013
  12. Valeu Murilo, errar é humano “confessar” (nao tenho palavra melhor) o erro e ainda contar para todo mundo, é nobre e nos dá o feed back para nós descermos do pedestal sem ter que passar pelo que voce passou. Muito obrigado e muito bons ventos!

    Feliz Natal e um bom ano novo!

    Theodoro (Grilo)

    09/12/2013
  13. Sergio Cabral Peres #

    Alguém disse certa vez… os erros, quando vistos de maneira correta, servem para nosso crescimento… Percebo que vc sabe disso… Dá um nó na garganta, mas respire fundo e se perdoe, mesmo que pareça algo impossível. Se perdoe. Pois todos somos passíveis de cometer erros, por mais simples que sejam.
    Não tenho veleiro… sou um navegante da imaginação… apenas acompanho, leio e ouço as histórias dos que se arriscam. Não me acho capaz de tal proeza… talvez um dia, quem sabe…
    Felicidade e um natal de renascimento pleno…

    09/12/2013
  14. Marcílio de Novaes Costa #

    Talvez de parentesco remoto mas até aqui desconhecido, acompanho há muito teus relatos sobre as aventuras desse mágico e surpreendente mundo da vela. Ao receber teu relato em minha caixa postal passei a ler atentamente cada linha na certeza de que o pior não havia acontecido e, felizmente, conclui a leitura com a confirmação de que bravos navegadores permanecem conosco para novas aventuras. Hoje, antes de ler tua mensagem, compartilhei no facebook artigo de autoria do prof. Marcelo Gleiser publicado na Folha de ontem e que dizia: “Os celulares tornaram-se parte integral de nossa existência, um apêndice tecnológico que nos define como indivíduos. Tornaram-se um vício, como verificamos assim que pousa um avião e todo mundo se precipita para ligar seu iPhone ou seu Galaxy, como se naquele voo de 45 minutos a história do mundo tivesse se transformado de forma profunda e aquele e-mail que mudará a sua vida tivesse finalmente chegado. Não nos permitimos mais espaço para a contemplação.” Cuidado! Em terra, no ar ou no mar, estamos com uma arma em nossas mãos que pode nos vitimar a qualquer instante por qualquer distração.
    Fica a lição, obviamente.
    Que bons ventos os tragam novamente ao mar. Felicidades!
    Marcílio de Novaes Costa, também de Floripa.

    09/12/2013
  15. Por mais que se tenha culpa do erro, errar é humano reconhecer o erro é nobre. e por pior que tenha sido, seu filho ganhou uma experiencia que nenhum garoto da idade dele tem, claro que qualquer pai prefere ver o filho em segurança, mas o fato que esta experiencia vai faze-lo ver a si próprio sempre como uma pessoa muito forte e segura de si, e com certeza isto vai ajuda-lo por toda a vida,

    09/12/2013
  16. Jackie Goulart #

    Minha solidariedade pelos momentos difíceis e parabéns pela coragem do relato. Jackie Goulart

    09/12/2013
  17. Pô Murilo, que perrengue.. mas fico feliz por estarem bem..
    Realmente uma pequena distração , excesso de confiança e cansaço no mar, pode dar merda mesmo…Eu mesmo uma vez num delivery de Ilhabela/Rj..Apos não vencer um Leste forte, arribei da laje da Marambaia e demandei a baia das Palmas(Ilha Grande) por volta das 00:30..
    Apos horas de ventos fortes e mar grande, ja no abrigo da Baia das Palmas, me senti seguro e aliviado por estar no abrigo…Deixei o barco no piloto e fui preparar a ancora para o fundeio..
    E nesse momento de relaxamento e confiança, por ser um local onde estou acostumado a navegar nos mais diversos horarios..Por pouco, não colidir com uma pequena Ilha; com o barco a 8 nos de velocidade..
    Tive sorte amigo e graças a Deus vi a tempo..Todos nos estamos sujeitos a erros no mar e como vc relata..Fica a lição para redobrarmos a atenção e sempre nos prepararmos melhor para nos lançarmos ao mar..
    Grande abraço a toda tripulação
    nos cruzamos por esses mares..
    Abraço

    09/12/2013
    • Adrion Santos #

      estão todos vivos…
      barcos afundam…
      bola pra frente !

      09/12/2013
  18. pqp, gelei só de ler. Man, desonra nunca. Te mandaram uma lição com todos as apostilas, testes e tal. Você passou.

    Saúde sempre. Bons Ventos. E sorte você já tem.

    abraço daqui da Austrália.

    Fernando

    09/12/2013
  19. Grande Murillo! Sua generosidade em compartilhar sua falhas, que são iguais as nossas, mostra o grande comandante que vc é! Alguns tem mais sorte e não acontece nada, outros tem bem menos sorte que vcs…! abs e vida longa aos três!

    09/12/2013
  20. Maria Alice Zarif #

    Querido Murilo!Gracas a Deus,vcs estão bem!Qual velejador nao tem muitas estórias para contar?!Todos acertamos e erramos!Mas,aprendemos sempre!bjs

    09/12/2013
  21. Celia Auler #

    No mar estamos sempre aprendendo, uma grande lição, passamos por um perrengue grande voltando da viagem ate as Ilhas da AVBC no ultimo feriado então consigo entender seu relato, Quando tudo acaba bem vc otimo, mas quando tudo dá errado a culpa não é nossa
    pense que poderia ter sido pior, barco é um sonho, mas um bem material, a vida é mais importante e todos estão bem!
    Não somos infalíveis e o mar é como uma loira deslumbrante, fascinante porem traiçoeiro!

    09/12/2013
  22. Sinéa Barbosa de Oliveira #

    Isso me fez reviver o que nos aconteceu na Lagoa de Araruama a bordo do Eco. Matheus tb estava na cabine como Pedrinho. Foi apavorante. Perdi o folego lendo seu relato e me entristecendo pelo ocorrido. Pra Fábio ainda resta o Eco e a lição. Bj

    09/12/2013
  23. Air Pires #

    Melhoras velejadoras. Agradeço pelas informações

    10/12/2013
  24. Obrigado pelo relato.

    Espero conseguir aprender com o seu sofrimento e evitar cair na mesma cilada. Velejo sempre com minha esposa num microtoner 19 e sempre trago para mim a responsabilidade por determinar trajetos e segurança. Depois dessa leitura vou passar a dividir isso com ela. Porque uma pessoa erra, Duas é mais difícil (mas não impossível).

    Desejo que supere a dor da perda material com a mesma nobreza e altivez que demonstrou ao usar a situação adversa como lição para o futuro e não castigo pelo passado.

    Abraço e bons ventos.

    10/12/2013
    • fico feliz com a certeza que deus estava no comando zelando por suas vidas pois é fiel sempre

      28/01/2017
  25. Prezado Murilo,
    não o conheço , mas primeiramente devo parabenizá-lo por sua coragem moral de assumir seu erro , nem todos homens do mar tem essa humildade.
    Que bom que Deus os guardou para nos trazer essa história e ensinamentos, pois como dizia Rui Barbosa ” O mar é um curso de força e uma escola de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos frivolamente” .
    Que este episódio só te fortaleça ainda mais para continuar sendo um verdadeiro marinheiro.
    Um grande abraço
    João Marcos

    10/12/2013
  26. Marcia Branchini #

    Da vida a bordo a passeios de curtas horas tanto as alegrias, momentos incríveis , qto perigos e perrengues estao por um fio para acontecerem. Muito obrigada por ter nos dado uma liçao de boas praticas, onde tudo deve ser checado antes de qualquer mero passeio e que o mar e navegaçoes precisam ser respeitadas e feitas com atençao durante 24 horas por dia. Nem todos tem coragem de compartilhar erros, mas te admiro pela coragem que teve e esta tendo. Força, a vida continua e muitos momentos bons estao aguardando para serem vividos. Abraço. Marcia e Rodrigo do Veleiro Cavalo Marinho

    10/12/2013
  27. adriana bocaiuva #

    Obrigada pelo util relato. Repassando para o marido e amigos que, apesar de serem “lancheiros” experientes, cometem os mesmos erros por excesso de confianca.

    10/12/2013
  28. Marco Arza #

    Murillo eu pertenço ao mundo da vela esportiva (laser e Hobby), mas há anos que não navego. Posso disser que adicione vc no face por acidente, pois quando me mudei pra balneario camboriu adicione um monte de gente relacionada com a vela que eu não conhecia. Só quero disser que é uma honra ter te adicionado, admiro tua humildade, e sei que d´aqui a pouco teu amigo Fabio será ressarcido, o importante e ter sobrevivido a aventura, estreitar a amizade com a batalha pela vida, e descobrir que sem querer somos responsáveis por outras vidas, e não to falando só do erro, estou falando da responsabilidade de ser paé de um filho maravilhoso, pois o caráter do pedrinho não venho a toa, é a pegada que deixa ter um paé navegador. Um grande abraço pra vc meu irmão, obrigado por compartilhar a experiencia

    10/12/2013
  29. Guilherme Eduardo Hernandez #

    Há cerca de uns 20/25 anos atrás um grupo de velejadores de Santos vinha trazendo um veleiro de Angra para Santos, a noite la por umas 23 horas, já no canal de Ilhabela, vento leste constante, veleando a uns 4 a 5 nós com a genoa a bombordo bem folgada, passamos pela balsa encostado do lado de São Sebastião.

    O grupo todo vinha batendo papo no cockpit, e eu estava ao lado do timoneiro, no que ele virou para mim e falou, “toca o timão, que eu vou lá embaixo pegar um agasalho”.

    Assumi o timão, ao mesmo tempo que tentava otimizar a genoa, continuei prestando atenção no papo com todo mundo animadamente, eis poucos minutos depois (menos de 5 minutos), saiu por trás da genoa, por questão de uns 10 metros do lado de bombordo, a “Pedra dos Moleques”.

    Não aconteceu nada (anjo da guarda do bobos estava de plantão), passamos sem bater em nada, porem até hoje eu não me esqueço da da imagem da Pedra dos Moleques aparecendo por trás das genoa,,e da sensação de idiota que eu senti.

    Portanto em menos de 5 minutos tinha cometido vários erros: quando assumi o timão,
    – Não dei uma geral na situação que se encontrava o veleiro, antes de assumir o timão,
    – Fiquei preocupado em otimizar a velocidade do veleiro
    – E prestando a atenção no papo do cockpit.

    10/12/2013
  30. Parabéns pela coragem, não sou velejador, ando somente de caiaque, sei o que é não ter atenção à carta náutica (http://www.caiaquebrasil.net/t9049-sp-ilha-do-tamandua-i-o-comeco).
    Pesquise pelo post de José Henrique lá também deixo minha história.

    Por isso acredito que você acabou de salvar muitas vidas, mais do que pode imaginar, pois sua história, com riqueza de verdade e detalhes, sem mascarar as falhas, as agonias, irão com certeza influenciar tantos outros a tomar os cuidados que você indicou, poupando-lhes de passar por momentos temerosos como os reportados.

    Que Deus abençoe à todos, seu filho, seu amigo, e a você um verdadeiro NOBRE, pois tornar a reviver essa história para ajudar o próximo é mais nobre que tudo.

    Saudações e que as velejadas sejam em Mar de Almirante sempre.

    abs.

    10/12/2013
  31. .Murilo, não o conheço e sequer velejo, apenas tenho alguns amigos que o fazem, mas devo dizer que fiquei ligada no seu emocionante e emocionado depoimento daquilo que poderia ser totalmente irreversível (três vidas)…e no entanto o acaso, a competência, ou sei lá o quê, fez com que, no final, os três pudessem contar, cada um a seu modo, tudo por que passaram…
    Penso que o resgate maior e mais bem sucedido dessa estória tenha sido a sua capacidade de fazer uma autocrítica tão honesta, despir-se do ego que muitas vezes nos atrapalha tanto e, ao narrar tudo que aconteceu, lembrar mais uma vez aos desportistas, sejam do mar, do ar, das montanhas, que experiência é coisa cumulativa, e que se morre pelos detalhes…
    Que bom que pude, de alguma forma, partilhar dessa aventura meio, digamos, tão mal e tão bem sucedida…

    10/12/2013
    • Tânia, suas palavras foram muitos felizes em expressar os sentimentos envolvidos no fato narrado. Se me permites, as compartilho contigo em mensagem ao nobre, honesto e generoso velejador Murilo. Faustino (veleiro Lumar – Lagoa dos Patos/RS)

      20/02/2014
  32. Guilherme Pacheco #

    Murillo, o relato é impressionante. Mas antes de tudo é uma lição que deve ser conhecida por quem navega. Parabéns pela iniciativa corajosa e humilde em relatar esta terrível experiência, um dever de velejador e de jornalista. Ainda bem que estão todos bem. Abraço no Pedro.

    10/12/2013
  33. Amigo, reconhecer o erro é a melhor maneira de se tornar uma pessoa cada vez melhor. Muito obrigado pela coragem e humildade de seu depoimento, os prejuízos foram poucos, pois a vida humana foi preservada. Que sirva de lição para todos nós, bons ventos sempre – ulisses Schimmels – VELEIRO CAULIMARA – SAMOA 36 – http://www.samoa36.com

    10/12/2013
  34. Francesco Schettino #

    VADA A BORDO CAZZO !

    10/12/2013
  35. alexandre granhão #

    Caro amigo, os acidentes acontecem quando menos se espera (ou não fossem acidentes!).
    Tudo terminou em bem e o filhote ficou com uma recordação “magica” para contar aos netos!
    Um abraço para todos voces!
    Bom mar e ventos à feição
    alexandre granhão
    ANR – Associação Nautica de Recreio
    Portugal

    10/12/2013
  36. joel gonzaga #

    É…amigo, o mal da gente é a alta confiança, pois a gente pensa que acontece só com os outros e não conosco, a vida é um aprendizado, um abraço, Joel.

    10/12/2013
  37. Cid Faria #

    Caro Murillo,
    Enchi os os olhos dágua com seu relato. Parabéns por reconhecer o erro e ,principalmente, por alertar os velejadores do perigo do excesso de confiança. Abraço, Cid

    10/12/2013
  38. airton viegas #

    Murillo, não nos conhecemos, mas entendo exatamente como você está se sentindo. Quando perdi meu Catamarã “Discoverer” nas pedras da praia de Ponta do Mel, me sentia exatamente assim. Pensei em abandonar a vela pra sempre, etc..etc.. mas depois rebobinei e estou de volta com outro catamarã, o Proteus.
    Erros, só os cometem os que se aventuram, e o excesso de confiança é o ingrediente vital.
    Mas o tempo tudo cura e tudo resolve, e fica a experiencia para compartilhar com os amigos.
    Obrigado pela sua coragem em divulgar com detalhes sua experiencia que com certeza ajudará centenas de velejadores por esse Brasil afora.

    10/12/2013
  39. Patricia Jardim #

    Nossa, Murillo! Ainda bem que ficou no “quase”! Há uns 40 anos, velejando com meus pais e irmãos (meu pai é Rubens Coelho, antigo dono da Aquarius, que fabricava os Brasílias), também capotamos com nosso barquinho da época, um Petrel construído nos fundos de casa… Lembro da esquisita sensação de estar de cabeça para baixo, dentro da cabine. Obarquinho virou perto de Niterói, a ponte nem estava pronta ainda! Também ficamos no “quase”!!!

    10/12/2013
  40. Depois dos erros, um mea culpa que deve ser lido por todo navegador. Qualquer um pode passar por um pesadelo desses: basta embarcar. Parabéns ao Murillo pelo relato.

    10/12/2013
  41. Valter Feital Jr. #

    Importante relato que deve servir como exemplo, tanto pela sua honestidade quanto pela lição a ser passada a nós que amamos a navegação. Parabéns Murillo.

    10/12/2013
  42. Vinicius Amaral #

    Prezado Murillo; vcs foram mal até o momento do acidente mas a partir daí se tranformaram em bravos homens do mar resolvendo o segundo e derradeiro problema; salvar suas vidas! Sei o que está passando nessa hora porque já perdí uma filha na estrada e vc passou bem perto disso mas o mais importante é teve tenacidade para fazer a diferença e mudar seu destino. O tempo meu amigo, só o tempo irá aplacar o que está sentindo, e pode estar certo que a partir de agora vc será outra pessoa principalmente qdo estiver a bordo. Parabéns por sua humildade e reconhecimento dos erros cometidos; poucos conseguem ser tão sinceros e corajosos! Abraço fraterno! Vinicius Amaral – Veleiro Irish Rose

    10/12/2013
  43. Maria Elisa Dalia #

    Sofreu com seus erros, aprendeu; Teve a humildade de relatar tudo isso e sei que já agradeceu muito a Deus por estarem salvos. Agora se livre da culpa! Todos erramos, somos humanos e bola pra frente, sem culpa, para novas conquistas!!!!

    10/12/2013
  44. Fábio Atanes #

    Murillo, o mar não é para amadores e tenho a certeza que vocês só saíram dessa “armadilha da vida”, pois foram muito controlados emocionalmente e profissionais da Vela. Parabéns para os três guerreiros e um especial para o futuro comandante. A parte material, vocês ainda terão muito tempo para reconstruir, graças a Deus.

    Navegar é preciso meu amigo!!

    10/12/2013
  45. murillo, em primeiro lugar, agradeça aos deuses por eles terem permitido a vocês estarem aqui para contar a história.

    depois, parabéns pela honestidade de fazer esse mea-culpa sem aliviar nem procurar desculpas/pretextos.

    lição apreendida – o mar não admite distrações nem desaforos.

    grande abraço e “bola prá frente”.

    10/12/2013
  46. Gilberto Leite #

    Seu relato é de grande ensinamento. Certamente ajudará outros a evitar situação tão perigosa ! Assumir a responsabilidade, é demonstração de humildade e coragem. Graças a Deus todos estão vivos e saudáveis, e o sonho continua…

    10/12/2013
  47. Sérgio Pastl #

    Prezado Sr Murillo

    Deus é bom, V. Sa., seu filho e amigo estão bem, a Gu da Marinha foi raçuda, sair com um mar agitado daqueles. Tudo está bem, acidentes acontecem apenas com quem navega, é normal e temos que aprender com eles, e sei vocês irão recuperar as coisas materiais. obrigado pela lição que nos deixas.
    Forte abraço.
    Sérgio Pastl
    Veleiro Ana Claci-Tapes

    10/12/2013
  48. Oi Pessoal.

    Também viví um momento especial no Mar, como o devocês, acompanhado da minha Família: Filho, Mulher, Amiga com seu Filho pequeno. A embarcação que me socorreu foi a mesma e eles são CAMPEÕES!

    O Mar estava bem alto e não deveria ter saído com tantos tripulantes e só eu de velejador, foi um grande erro. Ainda mais com Crianças a bordo. Porém confiava tanto no Acalanto, que acabei indo. Aundo Poitei na praia, começou a dar água na Cabine e a Bomba de porão não funcionou, liguei a manual e nada. Desci para retirar a água e, quando percebi, estava na rebentação. Neste momento cometi o segundo erro, em vez de cortar o cabo do ferro e sair de popa, resolví salvar o ferro. Quando uma onda pegou o barco de bambordo e o leme quebrou.

    Ainda bom que estávamos bem perto da praia, joguei as Crianças no mar orientando as mulheres que as levassem até a praia. Fiquei no barco pedindo ajuda pelo rádio. Demorou e o barco encalhou na areia. Ainda bem que eu tnha um ferro de reserva com um cabo muito longo. Os pescadores me ajudaram e levaram o ferro com os seus barcos para fora da rebentação. Assim o barco ficou afilado às ondas, prejudicando menos a estrutura da fibra.

    Liguei para o meu cunhado e pedí que socorresse as Meninas e as Crianças por terra. Fiquei esperando o socorro no barco, como qualquer Comandante.

    Chegou finalmente! Os pescadores ajudaram novamente e levaram outro cabo até a embarcação do Salva Mar. Eles aceleraram diversas vezes até conseguir desencalhar o Acalanto. Finalmente estávamos no Mar em direção à Marina de Glória.

    No caminho, Eu no cockpit, só percebia que a cabine estava dando água. Quando chegamos no Canal, com ondas de até 2 m. o barco dançava de um lado para o outro (sem leme) e o cabo estava arrebentando. Ao passar pelo canal, em fim na Bahia de Guanabara, percebi que dos dez filamentos do cabo, só sobraram três.

    Chegamos na Marina da Glória, que já estava nos aguardando com bombas d’gua e todo o suporte necessário para que a Embarcação não fosse perdida totalmente. Graças a Deus, minha Mulher e meu Filho, além do meu Cunhado, estavam lá nos aguardando.

    Agradeço ao Corpo de Bompbeiro, ao Tenete Natividade, aos Pescadores, a Marina da Glória e a todos que ajudaram neste processo.

    Márcio

    10/12/2013
  49. Sérgio #

    Caro Murilo,

    Não o conheço, mas li seu texto com tristeza e orgulho. Tristeza por tudo que aconteceu com você, seu filho e seu amigo. E orgulho por perceber que a raça humana ainda tem jeito, pois Homens como você ainda existem. Em um mundo tão conturbado em seus valores, onde “homens” são os comedores, bem-sucedidos ou poderosos, poder ler o testemunho de sua humildade é gratificante. Tenha certeza que as coisas materiais se resolverão e permita-me cumprimentá-lo por atitude tão nobre. Um abraço, Sérgio

    10/12/2013
  50. Guilherme Camacho #

    Obrigado pelos ensinamentos; através do erros também aprendemos. Infelizmente, na navegação, podem ser os últimos… Tenho por norma não atender celular, a última vez que o fiz, quase custou meu veleiro. Mas não desanimes, avante!

    10/12/2013
  51. Claudio Lisboa #

    Parabéns pela coragem física durante a emergência e na condução da crise e pela coragem moral em compartilhar o fato. As lições aprendidas e dicas apresentadas são uma excelente contribuição em prol da segurança.

    10/12/2013
  52. André #

    Parabéns pela coragem em assumir os erros e mais ainda por nos alertar.

    10/12/2013
  53. Lavínia #

    Nossa Murillo, que história chocante! Que bom que vocês estão bem! Seja bem vindo de volta à terra firme e obrigada por compartilhar a experiênciave as suas reflexões sobre ela, certamente contrubuiu para o aprendizado de todos nós! Bjs

    10/12/2013
  54. Luiz Lima Saraiva #

    Meu Bom Murilo.

    Coragem ao relatar episódio, assumir toda a culpa ,

    por consequência alerta e/ou ensina
    outros companheiros velejadores .

    O comentário(em respostas) que acidentes incidem com alguma frequência em situações de alívio de cumprir mais uma perna ( como prestes a ¨lançar ferros ¨)
    Também é uma boa compreensão ,no asfalto por ex acontecem acidentes quando está-se na rua em que se mora .

    Obrigado por partilhar a experiência ,

    Os mais importantes , vocês Murilo, Pedro e Fábio , estão aqui.

    Bons Ventos .

    Luiz Saraiva

    CRG – Flotilha Guanabara

    11/12/2013
  55. grande homem grande coragem a todos os níveis obrigado pelo seu relato não tenho veleiro mas tenho um barco meu coração está convosco.

    11/12/2013
  56. Thiago #

    Murilo, vc sabe se esse barco era o ex- moleques do sul?
    Teve um casco vermelho.

    11/12/2013
    • murillonovaes #

      Acho que não Thiago. Era um casco branco… Bons ventos, Murillo

      11/12/2013
  57. Marcelo Caldeira #

    Conheço Fabio Cilichio, e graças a Deus suas vidas foram preservadas, pois mesmo cometendo e asumindo o erro, talvez sem a sua experiencia e de Fabio talvez isso não fosse possivel. Que esse episódio seja mais uma lição adiquirida nessa jornada que é a VIDA. Bons ventos…

    11/12/2013
  58. Victor Neubern #

    Murillo,

    Fiquei estupefato ao saber do acontecido pelo meu amigo Cássio, que me telefonou assim que recebeu o seu email. Logo me disse que estavam bem, e passou a contar-me os detalhes, que li há pouco com o coração acelerado.
    Para mostrar-nos as lições e verdades da vida, as entidades da natureza fazem escolhas além da nossa compreensão muitas vezes, e nos perguntamos “por que comigo?”, “por que agora”, ” por que aqui?”. Nesse caso, talvez tenham escolhido você pelo seu caráter e pelo que você representa para o mundo da vela, para tornar-se um exemplo. Acredito que, ao nos por a integridade em perigo querem, paradoxalmente, nos ensinar a salvar a própria vida e a valorizá-la, para que nos logremos safos nas provas futuras que o destino nos reserva.
    Das lições de navegação e de sobrevivência, que podem parecer efêmeras, essa acidente nos deixa seu exemplo de humildade, coragem e, porque não, de fraternidade, por ter-nos compartilhado essa experiência. A partir de agora, muitos de nós estarão mais alertas às causas de distração e atentos mesmo quando navegarmos em águas conhecidas.

    Um grande abraço a você, seu filho e seu amigo.
    Victor Neubern

    11/12/2013
  59. Cesar #

    “IHDEUMERDA”, O título induz a possibilidade de enxergarmos como um acidente ou fatalidade, mas não foi mesmo. Na verdade o título deveria ser “FIZMERDA”.

    11/12/2013
    • murillonovaes #

      Cesar, o título é pq no meu FaceBook sempre publico fotos de problemas no mar e coloco na retranca/tag #ihdeumerda. Foi só para manter a formatação. Se vc der uma busca lá vai ver o que estou falando. De qq forma, acho que quem lê o texto sabe o qto eu fiz merda. E assumo isso. De todo modo, agradeço o toque e a crítica. Bons ventos, Murillo

      11/12/2013
  60. André Luiz Pinto Wandemberg #

    Murilo, tenho um veleiro pequeno, 20 pés e sempre saio da baía para dar um rolé em mar aberto, aqui próximo mesmo. Seu relato foi um grande alerta pra mim porque algumas vezes me vi em apuros por sair da baía sem conferir a previsão do tempo. Fiquei super tocado, mas jamais voce pode se sentir fracassado, voces conseguiram se salvar e vida não tem preço, numa situação como essa, normalmente o final é sempre trágico. No seu caso foi o contrário.
    Para mim levo como lição a calma, o controle emocional e da habilidade de voces, inclusive o jovem tripulante.

    11/12/2013
  61. Adriano de Lima #

    Vida.Bem Maior.Algumas situações nos faz lembrar de quanto ela é importante para nós e
    quem nos ama.
    Celebre a vida neste fim de ano homem do mar.E volte a ele quando puder.
    O mar nos ensina alguns valores as vezes esquecidos,amizade,humildade,honra e isto torna
    aqueles que nele se aventuram pessoas diferentes. Construa sua próxima embarcação com
    cavername de coragem e leme das experiencias passadas e bom retorno.Sim retorno pois fazes parte de um grupo és um NAVEGADOR.

    Bons Ventos.

    11/12/2013
  62. Carraca #

    Quando ouvimos a chamada velho lobo do mar, não temos a ideia de com quantos perrengues se forma um navegador.
    Mas quando vimos as palavras corajosas, humildes e sinceras, despojadas de exibicionismo e com a capacidade de quem com o relato e a ‘mea culpa’, ainda alerta, orienta e ensina o que devemos e o que podemos, no mar e na terra, temos a ideia de com quantas palavras se forma um cidadão náutico.
    Você é capaz, forte e corajoso… Há! e tem sorte e amigos.
    Marinheiro experimentado = “Lobo do Mar”.
    Bons ventos pra matilha, com estrelas por barlavento

    11/12/2013
  63. pérsio ayres #

    Errar é humano, devemos sempre guardá as lições que nossos erros nos ensin. Hoje em dia, eu acho que, O celular provoca mais acidente quê o álcool

    11/12/2013
  64. Sérgio Nogueira #

    é… mais uma grande lição do verdadeiro sentido da frase NAVEGAR É PRECISO, VIVER NÃO É PRECISO…
    felicidades!

    11/12/2013
  65. Murillo, meus parabéns pelo Pedrinho, se mostrou um excelente tripulante. Quanto ao ocorrido, NÃO se culpe, uma FATALIDADE, e claro, como a grande maioria, uma seqüência de erros, ACONTECE COM QUALQUER UM, em terra ou no mar. Poderia ter sido numa rodovia (terrestre) com um automóvel, ou um desmoronamento de uma casa “mal construída”, muita coisa pode (“poderia”) ser evitada, MAS não adianta se culpar por fatalidades… como disse, seqüência de erros, muitas variáveis, você e seu amigo (Fábio), ambos tiveram suas “parcelas” de falta de atenção e/ou imperícia no ocorrido, mas o IMPORTANTE, e o que DEVE SER MOTIVO DE COMEMORAÇÃO, e que o PRINCIPAL foi preservado, A VIDA DE TODOS OS EMBARCADOS!!!
    Confesso que foi muito duro ler todo o seu relato. Parei algumas vezes, cai no choro, me colocando em seu lugar. Mas você se provou um grande navegador, e muito mais que isso, UM GRANDE HOMEM, de ter a humildade e a honra de compartilhar essa dolorosa experiência com a gente. Eu particularmente aprendi bastante com muitos dos detalhes que você compartilhou aqui.
    ENFIM, meu barco, ironicamente meu primeiro veleiro e que se tornará minha casa (e da minha família o que inclui, além da esposa, meus dois filhos, André de 2 anos e meio e Laura de 7 meses), será lançado ao MAR nos próximos dias. Em breve (provavelmente em Fevereiro de 2014) terei uma grande travessia para completar, que é trazer o barco (e a tripulação) em segurança de São Luís (MA) para RJ/SP… sinta-se convidado para travessia!! Ou, se não for possível embarcar com a gente nesta empreitada, venha pelo menos nos visitar a bordo do nosso barco/casa.
    Um grande abraço, pra você, pro Pedrinho e para seu amigo Fábio.
    Fernando Previdi

    11/12/2013
  66. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir. O perdão não é simplesmente um ato de sentimento, é um ato de inteligência. Ninguém pode mudar aquilo que já passou, mas pode trabalhar para melhorar aquilo que está por vir.

    11/12/2013
  67. mario franco #

    Seu caso Murilo como vários outros parecidos , são normais na navegação amadora principalmente em lugares que achamos que conhecemos e não a necessidade de tanta atenção. Tenho um amigo Japones que vivia numa pequena baia nos EUA ele sempre navegava por la tava cansado de entrar e sair da baia onde tinha umas lages semi encoberta, comprou um beneton 43 e saio para uma volta ao mundo após 3 anos retornou a sua baia e justo ai montou a Lage o barco ficou quase todo destruído. Foi justo onde ele mais conhecia o lugar que foi se acidentar, acho talvez pela euforia da chegada e já era noite e por achar que conhecia o lugar . já passei por certas avarias em meu veleiro que estar no Charitas clube naval lugar de destino do velamar 32. por achar que conhecia o lugar e não merecia tanta atenção . ai e que mora o perigo. Não desamine de navegar. Eu por exemplo já tive inúmeros acidente de motocicleta quase fatais e não deixo
    de andar e viajar com elas.

    há ± um minuto · Curtir

    12/12/2013
  68. zinneck #

    Atenção é tudo que precisamos sempre, sempre precisamos de atenção, ate mesmo com os mais experts.

    12/12/2013
  69. Reinaldo Giovannetti #

    Murillo, meu irmão. apesar de não termos contato pessoalmente somos irmãos de mar, de vento e de vela.
    O acidente foi grande, mas não é maior que seu caráter, que sua hombridade. Poucos navegadores teriam a humildade que vc teve em relatar o acidente na primeira pessoa, como vc o fez.
    Amigo saiba que sua experiência, dolorida é verdade, servirá como exemplo a muitos que se fazem ao mar, em especial a este seu mais novo admirador…..obrigado comandante!
    Ditado que aprendi há muitos anos na caserna: “A melhor maneira de se comandar é pelo exemplo”.
    Seu exemplo de humildade só reflete o comandante que é.
    Abs,
    Reinaldo Giovannetti
    Mythos

    12/12/2013
  70. Giuliano Fontoura #

    Murillo,
    Nossa, que aperto e desespero que vocês passaram, ainda bem que teve um desfecho feliz tudo isso. Estou estudando sobre o tema já a algum tempo e lhe pergunto, se fosse um catamaram vocês teriam ficado numa situação melhor quando houve o acidente ou não tem nada a ver isso?
    Abraço,

    Giuliano

    13/12/2013
    • murillonovaes #

      Oi Giuliano, obrigado pelas boas palavras. Olha, é difícil afirmar qq coisa, mas um cat tem menos calado e mais estabilidade. Talvez (e um grande talvez, ok!) a onda o empurasse por cima da laje, em pé, com o mastro em cima, e ele saísse do outro lado e desse tudo certo. Mas se virasse, certamente seria muito pior pq o cat não volta sozinho e fica virado, né? Enfim… Difícil dizer. Abço, Murillo

      13/12/2013
  71. Ragner Vianna #

    Murilo, o que você acha de levantarmos uma campanha para restabelecer o veleiro do Fábio?
    Desde já, digo que estarei dentro da campanha, divulgando-a entre muitos dos seus amigos.
    Acho que, diante do acontecido, todo mundo está consternado pela perda do Fábio.

    Que tal se pedirmos para que o Fábio abra uma conta específica para isso, que indique precisamente quais valores forem sendo depositados, até que seu sonho possa ser re-alimentado.

    Sou amigo de infância do Fábio, irmão mesmo que a vida me deu. Sei, que o maior sonho dele é sem dúvida alguma, a vela.

    É muito, mas muito triste mesmo o que aconteceu e sei que ele deve estar se sentido sem chão.

    Gostaria muito de ajudar.

    Como você é um velejador muito conhecido, se encampar essa empreitada acho que podemos.

    Gostaria de saber, ainda, qual é o valor de um barco similar.

    O que você acha?
    Vamos abraçar essa ideia?

    Abraço,
    Ragner Vianna

    16/12/2013
    • murillonovaes #

      Oi Ragner, Acho a ideia ótima, mas o Fábio não quer e me disse isso expressamente. Vou resolver sozinho por eqto e depois, no meu próprio nome, faço uma rifa ou algo do gênero. O Lars Grael me disse para eu sortear uma velejada com ele. De qq forma, nosso amigo vai ser ressarcido e vai continuar a velejar de Velamar 32. Valeu pelas palavras! Gde baço, Murillo

      16/12/2013
      • Ragner Vianna #

        Ok, vou conversar com ele a respeito.
        De qualquer forma, conte comigo e vou acompanhar suas publicações para poder contribuir de alguma maneira no momento adequado.
        Hoje em dia é cada vez mais raro as pessoas assumirem responsabilidade pelos próprios atos.
        Por isso, faço questão de elogiar expressamente sua atitude e reiterar que estou disposto a ajudar, direta ou indiretamente.
        Você disse que talvez não fosse digno de ser considerado “navegador”.
        Em resposta eu te digo: errar, todos erramos.
        Manter-se presente, assumir consequências e ser responsável, são atitudes apenas de quem é digno de ser chamado de “Homem”.
        Conte comigo.
        Ab,
        Ragner

        16/12/2013
  72. F.Laport #

    Murillo,

    Acho que nos conhecemos, senão de vista. Velejo há mais de 40 anos. Tenho atualmente um Arpege- Fuga9 que também fica no ICRJ…descansando em Angra, na subsede,,,
    Grande relato de uma grande experiência…tive uma parecida em Abrolhos, com um Fast 395, indo para a Refeno em Noronha….o qual sobrou pouco – tenho de lembrança apenas o salvavidas….!!!!
    Escrevo pelo seu último parágrafo do qual não gostei…Vergonha? Vergonha de que?
    Quem deve se envergonhar é quem passa a vida em um sofá vendo novela…
    Essas experiências dão valor a vida e se não nos matar, nos torna mais fortes…!!!! 🙂
    Boas velejadas e um grande abraço…

    Francisco Laport

    16/12/2013
  73. Conte comigo para ajudar nesta campanha. Ubiracy – Macaé

    18/12/2013
  74. Fernando Antonio Fortes #

    Somente agora li seu relato. Quando um acidente aplaca o nosso sentimento de culpa, isso dói. Mas só sente essa dor aqueles que tem hombridade para assumir os próprios erros. Que seu relato sirva para outros tantos que apenas uma vez, e basta só uma vez, evitem uma cagada monstro. Já era admirador dos seus relatos como velejador e mais agora pelo seus sentimentos de carinho com seu filho e com seu amigo. Conte comigo para ajudar na campanha.

    24/12/2013
  75. Sidirley de Jesus Barreto #

    Boa Noite

    Meu caro Murilo, não nos conhecemos, mas eu e Fábio somos lobos da mesma matilha, como ele me disse uma vez. Fico feliz que tanta gente esteja se mobilizando para colaborar com a aquisiçãode um novo barco, que não será o Fratelli, mas talvez, mais importante que o Fratelli, pois será a prova concreta da solidariedade humana, da graça divina e da necessidade de prudência.
    Moro em Blumenau desde 93, mas quando Secretário de Esporte e Lazer de Cabo Frio, juntamente com o nosso saudoso brother “Marquinho” que já foi para o andar superior, ajudamos a levar várias regatas para Cabo Frio e Búzios, que na ocasião pertencia a Cabo Frio, com o Rio Apa.
    Estava agendando ir a Cabo Frio, mas agora tenho uma razão a mais, pois o “mano” precisa de apoio.
    Dentro do possível e quando for necessário avise, para poder ajudar também.
    Passei pela enchente de 2008 aqui, sei o que é ter perda real e simbólica.

    VIVA A VIDA e cuide ainda mais do seu filho.

    31/12/2013
    • murillonovaes #

      Valeu, Sidirley! Vamos resolver isso, sim. Gde baço e sucesso em 2014! Murillo

      01/01/2014
  76. Grande Murilo… Cara só o que tenho a dizer é que vc é um nobre. Parabéns pela coragem da narrativa.
    Grande abraço pra vc e família.
    Juarez (Ex Wendy)

    29/01/2014
    • murillonovaes #

      Oi Juarez, valeu pelas boas palavras. Obrigado!! Como ficou o Wendy? Gde abço, Murillo

      30/01/2014
  77. robinson #

    Caro Murillo

    não o conheço pessoalmente sou do ICRJ e tenho um pequeno veleiro que brinco de vez em quando, assim , as histórias daqueles que estão no mar ajudam aqueles que ainda estão em terra, MUITO OBRIGADO pelo relato e por externar sua experidência e sinceramente você está de PARABÉNS, não se desesperou, fez o melhor que pode naquela situação, todas as vidas foram salvas, seu filho terá ainda mais orgulho de seu pai, quem nunca cometeu um erro acidental na vida ?? quantos assumem o erro em público ?? tudo de bom para você e familiares, fiquem sempre com Deus, bons ventos !!!
    ser rolar uma rifa, uma quermesse, uma vaquinha avise….

    09/03/2014
    • murillonovaes #

      Valeu! Muito obrigado pelas boas palavras!

      10/03/2014
  78. Douglas Almeida #

    Oi Murillo apoio a ideia do Ragner, conte com minha ajuda. Bons Ventos, pois sorte você tem.

    31/01/2015
  79. Bernardo Targa Martins #

    Obrigado por comartilhar a experiência. Passei bem perto com o Ayty semana pasada indo de Cabo frio para Mangaratiba.
    Todos cometemos erros mas nem todos compartilham para torná-los aprendizados.
    Bernardo Targa Martins
    Veleiro Ayty

    28/01/2017
    • murillonovaes #

      Valeu, Bernardo! Vi o Ayty lá no canal em CF, moro ali pertinho! Bons ventos!!

      30/01/2017
  80. Ari Lima #

    Murillo… teu relato emocionante e cuidadoso sobre o acidente certamente vai deixar outros velejadores mais alertas e preparados, mesmo que para curtas velejadas. Parabéns pela coragem e principalmente humildade para reconhecer teus desafios. Um grande abraço!

    31/01/2017
    • murillonovaes #

      Obrigado, Ari. Tamo junto! 😉

      13/02/2017
  81. Moro em Itacoatiara, conheço o trecho e sei do grau de mar que ronda naquela curva… Amigo, estarem vivos já foi uma grande vitória… A gente aprende com os erros, e felizmente você terá a chance de tentar novamente… Obrigado por compartilhar sua trágica experiência.
    Bons Ventos
    capitão Luiz Coelho

    07/02/2017
    • murillonovaes #

      Eu que agradeço, capitão! Bons ventos!!

      13/02/2017
  82. JUAN SOBRAL #

    Murilo, aborrecimento ocorreu em 2013, mas seu relato continua salvando muitas vidas, desde então. As pessoas que passam por aqui e aprendem alguma coisa com a sua experiência amarga. Eu aprendi que “experiência” quer dizer “ter passado pelo perigo”. Mas também já aprendi com o erro de outros. Parabéns pela coragem e espero que tudo tenha se resolvido desde então.

    08/03/2018

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