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Com largada no Iate Clube de Santa Catarina, Volta à Ilha chega a quadragésima quinta edição

Gabriel Heusi registrou a largada da regata em 2012

Gabriel Heusi registrou a largada da regata em 2012

A temporada de 2013 chega ao fim e no próximo dia 14, sábado, o Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha – recebe uma das provas mais tradicionais e aguardadas do calendário náutico do estado: a Volta à Ilha. Em sua quadragésima quinta edição, a regata ao redor da Ilha de Florianópolis tem um percurso de aproximadamente 120km, repleto de desafios e emoções.

A largada da prova acontece na Sede Central do Iate Clube de Santa Catarina, às 10h, entre uma bóia e a Comissão de Regata, e a Ilha de Florianópolsi é contornada a bombordo, ou seja, com sentido para o lado esquerdo, em direção ao Sul.

“Chegando a sua quadragésima quinta edição, a Regata Volta à Ilha de Santa Catarina está em destaque no calendário da Confederação Brasileira de Vela. Além de receber embarcações de todo Brasil, a regata atrai veleiros do Uruguai e Argentina, o que aumenta ainda mais o prestígio e a competitividade entre os participantes”, ressalta Lucas Reis, diretor de eventos náuticos do Iate Clube de Santa Catarina.

Em 2012, o título ficou com os cariocas do ZING II, liderados pelo comandante Eduardo Penido. Na ocasião, a tripulação do Rio de Janeiro venceu a prova em 12h16min35seg. No entanto, a marca alcançada pela embarcação ficou longe do recorde da competição, estabelecido em 2011, pelo veleiro Mano’s Champs, de Florianópolis: 8h43min10seg.

“Devido a grande dificuldade e dificeis condições, além de toda a beleza natural da Ilha fizeram com que o evento fosse muito bem aceito por comandantes e velejadores de todo país”, enfatiza Lucas.

Dentre as classes aptas a participar do evento estão ORC Geral, C30, RGS A, RGS B, RGS C, RGS Cruzeiro, Proa Rasa e Visitante.

Catuana e Mano’s Champs dominam as regatas na última década:

Passados quarenta e cinco anos, a Volta à Ilha tornou-se um dos grandes eventos náuticos do Brasil, devido sua importância. Tal fato acabou influenciando na vinda de grandes velejadores, como foi o caso da tripulação carioca do ZING II, atual campeã do evento.

No entanto, nos últimos anos a prova tem sido dominada por duas equipes, que venceram nove das últimas dez edições: Catuana Kim – cinco vezes – e Mano’s Champs – quatro.

Em 2003, comandandos por Paulo Cocchi, a equipe do Catuana venceu a primeira de três provas em sequencia, dominando as regatas até 2005. Inclusive, foi no primeiro dos três títulos consecutivos que o veleiro cravou a marca de 09h13min00seg, tempo que ficou como recorde durante oito temporadas.

Em 2006, o comandante Avelino Alvarez liderou a tripualção do Mano’s Champs para a primeira vitória. De 2007 a 2009, as duas equipes se alternaram na liderança, com duas vitórias para o Catuana (2007 e 2009) e uma para o Mano’s Champs, em 2008.

Após a última vitória do Catuana, a embarcação de Avelino Alvarez retomou o posto de número um, com vitórias nos anos de 2010 e 2011, sendo que nesta última a equipe estabeleceu a incrível marca de 08h43min10seg, sendo o primeiro veleiro a completar o percurso em menos de 09h. Já na última edição, o domínio catarinense chegou ao fim, com a vitória do ZING II.

 Da assessoria

Robert e Bruno vencem a Star Sailors League

Dupla tricampeã mundial mantém a hegemonia na classe Star superando os melhores velejadores do mundo na primeira final mundial da Liga em Nassau

Carlo Borlenghi registrou a dupla após receber a medalha de ouro da SSL

Carlo Borlenghi registrou a dupla após receber a medalha de ouro da SSL

Nassau (BAH) – Robert Scheidt fecha a temporada de 2013 de forma perfeita, da forma como teria encomendado, se houvesse a possibilidade. Em novembro, a conquista do Mundial de Laser em Omã. Um mês depois, a vitória na principal competição de Star do ano, a Star Sailors Legue Finals, em Nassau, nas Bahamas, ao lado de Bruno Prada. Nas três regatas decisivas deste sábado (7), os brasileiros chegaram em quarto lugar nas quartas de final e venceram a semifinal e a final. Os poloneses Mateus Kusznierewicz e Dominik Zycki ficaram com a prata, e os americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih garantiram o bronze.

Na véspera da decisão, Scheidt desejava que o vento estivesse forte, em torno de 15 nós. O dia ofereceu a condição pretendida. “Confiamos em nossa velocidade, mas se o vento estiver fraco vai nivelar todo mundo”, que conta com os patrocínios do Banco do Brasil, Rolex, Prada e Deloitte, além dos apoios do COB e da CBVela na campanha olímpica para os Jogos do Rio de Janeiro/2016. Com as rajadas de sueste próximas dos 14 nós (25 km/h), os brasileiros fizeram uma largada conservadora nas quartas de final. Precisavam chegar no máximo em sétimo, entre os dez barcos da flotilha, para seguir à semifinal.

No primeiro contravento da regata de 1,2 milha (2 km), Scheidt e Prada estiveram na sétima colocação, mas foram ganhando com tranquilidade uma posição a cada perna, até cruzarem a linha de chegada em quarto lugar. Três barcos foram eliminados. Os sete classificados partiram para mais uma largada, a semifinal, que excluiria do campeonato outros três barcos.

Os tricampeões mundiais de Star se mantiveram entre os quatro durante toda a prova, até assumirem a liderança com ultrapassagens sobre os italianos Negri e Lambertenghi e em cima dos americanos Mendelblatt e Fatih. O primeiro lugar e a classificação para a semifinal estava garantida. Os poloneses Kusznierewicz e Zycki também passaram à decisão.

Domínio na regata final

Na prova final, Scheidt e Prada impuseram-se do começo ao fim. No melhor estilo ‘match race’, a dupla largou estrategicamente junto à boia e deixou a linha aberta à direita para os outros três barcos. Os adversários foram deslocados para o extremo da raia sem opção para reagir, e foram literalmente encurralados devido à tática precisa adotada pelos brasileiros. Os poloneses esboçaram uma ameaça na segunda marca de contravento, mas no vento em popa Scheidt e Prada voltaram a abrir vantagem e a sustentaram até o final. Polônia e Estados Unidos completaram o pódio.

“Foi um campeonato e uma final espetaculares. É um dos dias mais felizes da minha vida. Estou feliz com o título e com o sucesso da Star Sailors League”, comemorou Scheidt pouco antes de receber a medalha de ouro das mãos do velejador americano Dennis Conner, cinco vezes campeão da America’s Cup.

Com as medalhas douradas no peito, Scheidt e Prada escalaram o topo do pódio para ouvir o hino brasileiro enquanto a bandeira verde e amarela tremulava no alto do mastro, às margens do canal de Nova Providência, a ilha onde está o Nassau Yacht Club, sede da primeira edição da Star Sailors League Final. A competição distribuiu premiação total de 200 mil dólares, sendo 40 mil aos campeões.

Retrospecto

O domínio de Robert Scheidt e Bruno Prada na Star Sailors League Finals mostrou-se logo no primeiro dia, quando os dois assumiram a liderança, sustentando a ponta durante toda a fase classificatória. Com quatro vitórias e três segundos lugares, um terceiro e um quarto lugar, somaram 13 pontos perdidos, com vantagem de 18 sobre os vice-líderes, os norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih. O momento mais emocionante veio na sexta-feira (6), quando Scheidt e o norte-americano Paul Cayard, duas das maiores estrelas da SSL Finals, fizeram uma disputa casco a casco, já na reta final da oitava regata, também vencida pelo brasileiro.

Da Local

Copa Suzuki chega ao seu final se consolidando como um dos principais eventos de oceano do país

Depois de um final de semana com ventos médios, calor e muito sol, favoritos confirmam os títulos de 2013 em Ilhabela

ALine Bassi registrou a festa do Jazz

ALine Bassi registrou a festa do Jazz

Ilhabela (SP) – O final de semana que encerrou a Copa Suzuki Jimny 2013 foi perfeito em vários aspectos: na água, regatas de alto nível, com vento entre 15 e 20 nós, sempre com sol e calor. Em terra, confraternização com a canoa de cerveja, premiações da Regata Volta à Ilha, Dia do Marinheiro, quarta etapa e a geral do ano. Os favoritos confirmaram os títulos, consolidando a competição como o circuito de vela oceânica mais importante do País, com média de 40 barcos em cada fase.

Neste domingo (8) a Comissão de Regatas montou novamente a raia na Ponta das Canas, no norte de Ilhabela e realizou duas regatas para a classe HPE e uma para as demais. A classificação da etapa e do campeonato praticamente não sofreram mudanças.

Na classe ORC, nenhuma surpresa. Na divisão A o Tangaroa, de James Bellini, garantiu a etapa e o título geral, depois de uma boa disputa com o Navega Brasil/Lexus. Na B, o Sextante enfrentou o Colin com larga vantagem e repetiu a dose do Tangaroa.

A ausência do campeão da temporada, o Loyal, de Marcelo Massa, permitiu que o Caballo Loco dominasse a raia da classe C30 nos últimos dois finais de semana. A tripulação de Mauro Dottori saiu invicta na quarta e última fase da competição e comemorou bastante o feito. O Loyal já havia assegurado o título, depois de vencer as três primeiras etapas.

HPE tem novo dono – Depois de três títulos seguidos, o Ginga teve de abrir mão da hegemonia na HPE. Mesmo com uma vitória e um segundo lugares neste domingo, o time de Breno Chvaicer foi superado pela maior regularidade do Relaxa Next/CAIXA, comandado por Roberto Mangabeira e reforçado pelo tetracampeão mundial de J24, Maurício Santa Cruz, o “Santinha”, que garantiu o ambicionado título, numa das classes mais disputadas da vela oceânica brasileira. A etapa final foi vencida pela incrível performance do Bixiga, de Pino di Segni, com quatro vitórias em cinco provas.

“Corremos tranquilos neste domingo, sabendo que o título estava na mão. O segredo foi a regularidade durante o ano inteiro, pois a competição é longa. O objetivo era chegar bem e não só ganhar. Para 2014, o grupo deve se manter e vamos buscar o Brasileiro e a Semana de Vela, os únicos campeonatos que ainda não ganhamos”, analisou o timoneiro do Relaxa Next/Caixa, que está em busca de patrocínio para lutar ano que vem pelo pentacampeonato mundial de J24.

As mulheres do Jazz vencem na RGS A – O Maria Preta deu show neste final de semana em Ilhabela. Ganhou duas regatas e empatou em primeiro em outra com o Inaê/Transbrasa. Com isso, garantiu o título da quarta etapa, mas não foi suficiente para alcançar o Jazz na classificação geral do campeonato. O time de Valéria Ravani velejou com tranquilidade nestes dois finais de semana, pois a taça já estava praticamente assegurada. Depois do vice-campeonato em 2012 chegou a vez de comemorar o lugar mais alto do pódio.

“Estou muito feliz pelo equilíbrio que a classe demonstrou nesta temporada, refletida pela mudança da liderança ao longo das etapas. Isso incentiva os velejadores e mostra como a classe está forte. Gostei muito de ter velejado com sete mulheres e dois homens, redistribuí as funções e organizei de forma que a equipe rendesse. Quero dar o exemplo para incentivar mais mulheres a velejar,” afirmou a comandante Valéria Ravani.

Quem também festejou, depois do vice no ano passado, foi o Asbar na RGS B. A equipe de Sérgio Klepacz nem foi para a água neste domingo, ficou no Yacht Club de Ilhabela saboreando o título. Com isso, o Kanibal, de Martin Bonato, se aproveitou e, depois de uma boa disputa com o Suduca, de Marcelo Claro, faturou a quarta etapa.

O Rainha/Empresta Capital, de Leonardo Pacheco, não teve adversários em 2013. Dominou a RGS C e conquistou o título, assegurado com antecedência. Ganhou as quatro etapas do final de semana e foi para o Yach Club de Ilhabela aproveitar a canoa de cerveja.

A classe RGS Cruiser teve uma disputa forte nos dois finais de semana. O Anequim, de Mitsuo Shibata, dominou este sábado e domingo, com quatro vitórias, mas a ausência na Regata Volta à Ilha, na semana passada, foi fatal. O BL3/Wind Náutica, de Clauberto Andrade, ganhou a última etapa do ano na somatória das cinco provas. Regular o ano inteiro, o Boccaluppo, de Cláudio Melaragano, comemorou o título de 2013.

Para fechar a programação do domingo, foi realizada no final da tarde, a premiação dos ganhadores da última fase da temporada. Estes receberam, além de medalhas, um belo troféu em madeira com a imagem estilizada do Farol dos Moleques, que fica no meio do Canal, entre São Sebastião e Ilhabela. A obra foi feita pelo artesão da ilha, Davi Borges. No encerramento, foi sorteada uma bicicleta da Suzuki. O ganhador, Márcio Gonçalves, tripulante do Kanibal, já saiu pedalando da premiação.

O ponto alto do final de semana, fora da água, acabou sendo o show do conjunto de Ilhabela, Tom Cats, que revisitou o rock dos anos 60 a 80, para a vibração de uma plateia entusiasmada. Depois vários bis e mais de 2h30 de show, o Tom Cats se despediu do Yacht Club de Ilhabela, com a certeza de ter feito o melhor show da temporada.

“O ano teve quatro etapas excelentes e procuramos intensificar a programação social , importante para manter os velejadores unidos e integrar os patrocinadores com a comunidade náutica. No sábado passado tivemos o dia mais bonito da competição, tanto na água como no clube. Tivemos uma boa média de barcos ao longo da temporada, o que mostra que o circuito continua sendo o mais importante da vela naciona”, resumiu Carlos Eduardo Souza e Silva, comandando do Orson/Mapfre, terceiro colocado na ORC A e diretor de vela do Yach Club de Ilhabela.

Vencedores da quarta etapa 

ORC A – Tangaroa (James Bellini)

ORC B – Sextante (Thomaz Shaw)

C30 – Caballo Loco (Mauro Dottori)

HPE – Bixiga (Pino di Segni)

RGS A – Maria Preta (Alberto Barreti)

RGS B – Kanibal (Martin Bonato)

RGS C – Rainha (Leonardo Pacheco)

RGS Cruiser – BL3/Wind Náutica (Clauberto Andrade)

Classificação final de 2013

ORC A

1º – Tangaroa (James Bellini) – 15 pontos perdidos
2º – Lexus/Chroma (Luiz Gustavo de Crescenzo) – 25 pp
3º – Orson/Mapfre (Carlos Eduardo Souza e Silva) – 38 pp

ORC B

1º – Sextante (Thomaz Shaw) – 14 pp
2º – Colin (Sebastian Menendez) – 31 pp
3º – Zeppa (Diego Zaragoza) – 35 pp

C30

1º – Loyal (Marcelo Massa) – 19 pp
2º – Barracuda (Humberto Diniz) – 35 pp
3º – Caballo Loco (Mauro Dottori) – 43 pp

HPE

1º – Relaxa Next/Caixa (Roberto Mangabeira) – 48 pp
2º – Ginga (Breno Chvaicer) – 59 pp
3º – Jimny/Bond Girl (Rique Wanderley) – 76 pp
4º – Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) – 76 pp
5º – Bixiga (Pino di Segni) – 81 pp

RGS A

1º – Jazz (Valéria Ravani) – 24 pp
2º – Maria Preta (Alberto Barreti) – 40,5 pp
3º – Urca/BL3 (Pedro Rodrigues) – 45pp

RGS B

1º – Asbar II (Sergio Klepacz) – 18,5 pp
2º – Suduca (Marcelo Claro) – 26 pp
3º – Kanibal (Martin Bonato) – 30,5 pp

RGS C

1º – Rainha (Leonardo Pacheco) – 14 pp
2º – Ariel (Andreas Kugler) – 28 pp

RGS Cruiser

1º – Boccalupo (Claudio Melaragno) – 20 pp
2º – Cocoon (Luiz Caggiano) – 29 pp
3º – Brazuca (José Rubens Bueno) – 48 pp

Da ZDL

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