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Campeões da Copa Brasil de Vela são definidos com regatas próximas à praia

Campeões da Copa Brasil de Vela são definidos com regatas próximas à praia de São Francisco

Primeiro evento do ano na raia olímpica reuniu brasileiros e estrangeiros já visando os Jogos Olímpicos Rio 2016

Fred Hoffmann registrou o pódio da RS:X masculina

Fred Hoffmann registrou o pódio da RS:X masculina

Niterói – Com regatas próximas ao público, foram definidos neste sábado os campeões da Copa Brasil de Vela. O evento, realizado desde o dia 4 na praia de São Francisco, em Niterói, contou com a presença de brasileiros e estrangeiros que buscam a tão sonhada vaga para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016. Diferente dos outros dias, quando as regatas foram disputadas nas futuras raias dos Jogos, dentro e fora da baía de Guanabara, neste sábado as finais foram feitas na enseada de São Francisco, bem próximas ao público. E quem esteve presente pôde ver de perto grandes nomes do iatismo mundial como Robert Scheidt, Bruno Prada e a inglesa Marit Bowmeester, medalhista de prata na classe Laser Radial em Londres.

Estrela da festa, o vento mais uma vez demorou a aparecer em Niterói e a espera em terra foi grande. As largadas das primeiras regatas foram dadas depois das 15h, com o vento fraco e bastante rondado.

Os primeiros a velejar foram as meninas do 49er FX e os meninos do Laser Standard. Entre as mulheres, a briga foi muito acirrada entre a dupla Martine Grael e Kahena Kunze e as inglesas Frances Peters e Hayling , com marcação cerrada e troca de bordos bem próximas à praia.  No final, vitória apertada para o Brasil.

“A regata hoje foi muito emocionante e exigiu muito do nosso preparo físico porque o vento foi bem inconstante. Ficamos muito próximos do público hoje e fizemos manobras bem pertinho dos banhistas, dava para escutar o narrador comentando a regata e foi legal para caramba, ainda mais com esse desfecho. A organização do evento está de parabéns porque é muito interessante ter esse contato com o público, muita gente talvez nem soubesse o que era o esporte e, quando saímos da água, começaram a comemorar e gritar Brasil. Foi muito bom”, disse Martine Grael.

Na Laser Standard, Robert Scheidt foi terceiro colocado na única regata do dia, mas garantiu o primeiro título de 2014 graças à vantagem acumulada na fase classificatória. O vencedor da regata da medalha foi o catarinense Matheus Dellagnelo, seguido pelo inglês Nick Thompson.

“O vento estava muito rondado e diminuiu muito na terceira perna. Consegui segurar os outros velejadores e fazer uma regata perfeita. Regata da medalha tem dessas coisas”, disse Matheus, comemorando a vitória sobre Scheidt. “É sempre bom ganhar dele. Ele dominou a semana inteira, hoje foi a minha vez”, completou Matheus.

Na regata do 49er, os ingleses Dyla Fletcher e Alain Sign já tinham garantido o ouro durante a fase classificatória, porém o vento na baía de São Francisco não colaborou e apenas duas duplas brasileiras completaram a regata. Com a soma dos resultados, os brasileiros Dante Bianchi e Thomas Low Beer ficaram com a prata e André Fonseca e Mario Tinoco, com o bronze.

Na Laser Radial, pódio 100% internacional. A holandesa Marit Bowmeester, sétima colocada na regata da medalha, garantiu o título da competição, seguida pela inglesa Erika Reineke e pela americana Hannah Snellgrove. Fernanda Decnop, de Niterói, foi a primeira brasileira na classificação e comemora o bom resultado do dia: “Eu larguei em primeiro e optei por administrar a regata. Tinha que marcar algumas velejadoras para garantir o quarto lugar geral, então outras acabaram me passando. No final, terminei em terceiro, bem pertinho da segunda”, disse Fernanda.

Na Nacra, vitória do casal Clinio Freitas e Cacau Swan tanto na regata da medalha quanto no acumulado do campeonato. “O vento estava completamente maluco e nós demos sorte em pegar as rajadas certas”, disse ela, que participou dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992.

Na classe 470, em que homens e mulheres excepcionalmente correram juntos, a vitória foi dos franceses Sofian Bouvet e Jeremie Mion. Eles ficaram em quartos lugar na regata da medalha, abrindo três pontos sobre os argentinos Maria Fernanda Sesto e Juan de La Fuente. Henrique Haddad e Bruno Bethlem foram os primeiros brasileiros, na terceira colocação geral, e em segundo lugar na regata da medalha. “Ficamos muito contentes e surpresos com o resultado, das nove regatas nós só perdemos duas para os brasileiros. Estávamos ansiosos no começo e agora chegaremos mais tranquilos na nossa próxima competição, em Miami, daqui duas semanas. Este resultado foi importante, pois de agora em diante contaremos não só com o apoio da Marinha do Brasil, como também com o da CBVela”, disse Haddad.

Na Finn, mais um pódio internacional. Os ingleses dominaram a classe com Giles Scott em primeiro, Andrew Mills em segundo e Mark Andrews em terceiro. Jorginho Zarif, atual campeão mundial da classe, foi o primeiro brasileiro, na quarta colocação, a apenas dois pontos do pódio.

Entre os RS:X, Patrícia Freitas já havia garantido a vitória por antecipação, na sexta-feira, último dia da fase classificatória. Ricardo ‘Bimba’ Winicki também conquistou o título, invicto, após a disputa da regata da medalha.

A Copa Brasil de Vela tem organização da CBVela e da Prefeitura de Niterói e conta com o patrocínio do Bradesco, das Águas de Niterói e da Unimed Leste Fluminense, e com o apoio do Polo Orla Gastronomia. A CBVela recebe verbas provenientes da Lei Piva via COB, da Lei de Incentivo fiscal do Ministério do Esporte e conta com o patrocínio oficial do Bradesco e apoio da Slam.

Resultados:

RS:X feminino – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Patricia Freitas – BRA – (0)+0+0+0+0+0+0+0+0, 0 pontos perdidos
  2. Bruna Martinelli – BRA – (2)+2+2+2+2+2+2+2+4, 18 pp
  3. Carmen Rosas – BRA – (3)+3+3+3+3+3+3+3+6, 27  pp

RS:X masculino – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Ricardo Winicki – BRA – (0)+0+0+0+0+0+0+0+0, 0 pontos perdidos
  2. Albert Carvalho – BRA – (3)+3+2+2+3+2+2+2+4, 20 pp
  3. Gabriel Bastos – BRA – 2+2+4+(9)+2+4+5+3+8, 30 pp

Finn – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Giles Scott – GBR – 0+2+0+(3)+2+0+0+0+6, 10 pontos perdidos
  2.  Andrew Mills – GBR – 2+0+3+2+0+2+(4)+2+10, 21 pp
  3. Mark Andrews – GBR – 5+3+2+(6)+4+3+3+3+0, 23 pp

Nacra 17 – 13 regatas e 1 descarte:

  1. Clinio Freitas e Cacau Swan – BRA – 2+2+2+(9DSQ)+0+2+0+0+0+0+3+0, 14 pontos perdidos
  2. Samuel Albrecht e Georgia Rodrigues – BRA – 0+0+(6)+2+2+0+3+2+3+3+0+8, 24 pp
  3. Marcos Ferrari e Caroline Sylvestre – BRA – 3+3+0+3+(4)+3+2+4+2+2+4, 29 pp

Laser Standard – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Robert Scheidt – BRA – 0+(2)+0+0+0+0+0+0+6, 6 pontos perdidos
  2. Nick Thompson – GBR – 2+(22DNF)+2+3+2+2+3+2+4, 20 pp
  3. Matheus Dellagnelo – BRA – (6)+6+5+6+4+4+6+4+0, 35 pp

Laser Radial – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Marit Bowmeester – NED – 0+3+0+0+0+0+0+(13OCS)+ 14, 17 pontos perdidos
  2. Erika Reineke – USA – 2+2+4+3+4+4+3+(13OCS)+0, 22 pp
  3. Hannah Snellgrove – GBR – (7)+6+2+2+2+2+4+2+4, 24 pp

49er – 13 regatas e 1 descarte:

  1. Dylan Fletcher e Alain Sign – GBR – 0+0+0+2+0+3+0+0+2+4+0+3+14DNF, 24 pontos perdidos
  2. Dante Bianchi e Thomas Low Beer – BRA – (5)+3+3+3+2+5+3+2+0+0+5+5+4, 35 pp
  3. André Fonseca e Mario Tinoco – BRA – 2+5+5+0+5+4+4+4+4+(6)+4+4+0, 41 pp.

49er FX – 13 regatas e 1 descarte:

  1. Martine Grael e Kahena Kunze – BRA – 3+3+3+3+0+(5)+0+2+0+0+3+3+0, 20 pontos perdidos
  2. Frances Peters e Nicola Groves – GBR – 2+0+2+0+(3)+2++2+3+3+2+2+2+4, 21 pp
  3. Charlotte Dobson e Sophie Ainsuworth – GBR – 0+2+0+(5)+2+3+3+2+0+3+0+3+10, 28 pp

470 geral – 9 regatas e 1 descarte:

  1. Sofian Bouvet e Jeremie Mion – FRA – 0+0+3+0+0+0+(4)+2+ 8, 13 pontos perdidos
  2. Maria Fernanda Sesto e Juan de La Fuente – ARG – 4+5+2+2+2+4+2+0+0, 16 pp
  3. Henrique Haddad e Bruno Bethlem – BRA – 2+ (11DSQ)+0+4+3+2+3+3+4, 21 pp

Da PecciCom

Tiago Quevedo é campeão brasileiro de OP

O velejador  Tiago Quevedo, do Veleiros do Sul, venceu o 42º Campeonato Brasileiro da classe Optimist encerrado neste domingo (12/01) em Maria Farinha, Pernambuco.  Ele liderou a competição do início ao fim e fez a melhor média de resultados do Brasileiro nos últimos tempos, com oito vitórias em 12 regatas.

“Foi importante eu ter iniciado bem no campeonato. Ao acumular uma invencibilidade nas seis primeiras regatas me deu mais tranqüilidade para velejar e manter a liderança no Brasileiro. A vitória foi o resultado de muito treino e apoio de toda a flotilha Minuano e o incentivo do Clube”, comentou Tiago, de 13 anos.

Ele terminou o campeonato com uma diferença de 26 pontos sob o segundo colocado. “Fui com a intenção de ganhar, mas não esperava abrir esta pontuação já que o nível dos velejadores aqui em Pernambuco estava bem forte”, destacou Tiago que ainda competirá na Optimist até os 15 anos, idade limite da classe.  Na segunda colocação do Brasileiro ficou Gustavo Abdulklech, do Rio de Janeiro. O Brasileiro de Optimist iniciou na terça-feira e encerrou neste domingo no Cabanga Iate Clube com a participação de 136 velejadores de nove estados.

A flotilha Minuano do Veleiros do Sul teve ainda a participação no Brasileiro com Gabriel Lopes, 4º lugar, Erik Hoffmann, em 13º e Ana Paula do Canto em 42º. O técnico foi Philipp Grochtmann e Cássio do Canto, Team Leader. A Classe Optimist do VDS vem se destacando no cenário nacional desde 2013, quando foi vice-campeã brasileira com Gabriel Lopes, e eleita a melhor flotilha do campeonato, realizado em janeiro em São Paulo, e março do mesmo ano ganhou o título Sul-americano, também com Gabriel Lopes, em Porto Alegre.

Da assessoria do VDS

Regata Salvador Cairu marca inauguração da Marina Tinharé

Mais de 150 velejadores participaram da I Regata Salvador Cairu, no último sábado (4). A largada aconteceu na raia montada em frente ao Farol da Barra, com destino á cidade de Cairu, no Arquipélago de Tinharé, Baixo Sul da Bahia. A competição, primeira do gênero na cidade, marcou a inauguração da Marina Tinharé.

Depois de 5h da saída, o catamarã Trisquel, do comandante Rogério Peleteiro foi o primeiro a cruzar a linha de chegada.  Os 22 barcos, tipo veleiros de oceano, percorreram um trajeto de 35 milhas náuticas até a raia de chegada, montada na praia da Gamboa, em frente ao Clube de Velas do Morro de São Paulo.

Além dos competidores integrantes da regata, o evento contou com barcos que participaram apenas do raly náutico.  O trajeto foi feito com vento sudoeste, e a chegada com vento nordeste, de aproximadamente 10 nós. O vento e as condições do mar ajudaram os participantes velejadores, que após a competição, seguiram para a cidade de Cairu.

A festa em Cairu comprovou a vocação do município para o turismo náutico. A população recebeu os atletas na Marina, instalada na orla sul da cidade, às margens do estuário de Tinharé, aos pés da igreja matriz de Nossa Senhora do Rosário.

A solenidade de premiação aconteceu no início da noite e contou com a presença da comunidade local. O prefeito Fernando Brito destacou a importância de investimentos na qualificação da infraestrutura náutica no município. “Estamos revivendo um momento histórico de retomada da vocação natural de Cairu para a náutica. Este foi apenas um pontapé inicial de outros eventos que estão por vir”, afirmou.

A consolidação de uma política voltada ao investimento turismo náutico foi lembrada pelo secretário municipal de Turismo, Bruno Wendling. “Os turistas já esperavam por este investimento, sem dúvidas, teremos um público de velejadores constantes em nossa cidade”, destacou.

Segundo Tarcísio Meireles, proprietário da Marina Tinharé, mais de 1.500 veleiros passam na costa do município por ano.  A expectativa do empresário é acolher pelo menos 10% deste fluxo.

A Marina, recém inaugurada é uma base de apoio náutico, com píer exclusivo para atracação de veleiros, receptivo turístico dotado de toda infraestrutura para atender o turista comum, a comunidade local e os velejadores. O equipamento possui 150 metros de faces para atracação, ponto de abastecimentos de água, energia e combustível, sanitários, loja de conveniência e segurança.

No domingo, os velejadores participaram dos festejos do reisado de São Benedito, uma festa religiosa, com base cultural secular. Mais de 20 grupos culturais com suas cores, sons e alegria participam da festa, que nasceu no Brasil colônia e resiste até os dias atuais.

Da assessoria

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