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Circuito Atlantico Sur começa com presença de brasileiros

Começou nesta terça-feira, dia 14 de janeiro, o Circuito Atlántico Sur Rolex Cup 2014. Válido como primeira etapa do Campeonato Sul-Americano da classe ORC, o evento reúne velejadores brasileiros, argentinos, uruguaios e chilenos e teve início com a largada da tradicional regata Buenos Aires-Punta del Este, em uma tarde de pouco vento e muito calor na capital argentina. A prova tem um percurso de  174 milhas náuticas (323 quilômetros) e reúne 51 barcos, em três classes (ORC Internacional, ORC Club e IRC). Entre eles, o San Chico 3, do comandante Chico Freitas, do Clube dos Jangadeiros, que compete na ORC Internacional.

Além do comandante e de seu filho, o vice-comodoro Esportivo do Jangadeiros, Francisco Freitas, integram a tripulação do San Chico 3: Fernando Thode, Damien Bercht, Pedro Mota, Rodrigo Campos, Marcio Campos da Rosa, Fernando Campello, João Pedro Beccon, Marcelo Escobar e Matheus Teixeira. “Apenas dois barcos brasileiros vão disputar esta competição, nós e o Malbec 36 Orson, do Carlos Eduardo Souza e Silva, de Ilhabela”, conta Xico Freitas, destacando os caras novas de sua tripulação: “O João Pedro, o Marcelo e o Matheus são antigos alunos da Escola de Vela Barra Limpa e ex-integrantes da Flotilha da Jangada, do Jangadeiros. Já fui técnico deles e agora os trouxe para tripulação do San Chico 3”.

A previsão é de que os veleiros cheguem a Punta del Este nesta quarta-feira, dia 15. Em águas uruguaias, as tripulações disputarão regatas até o dia 21 de janeiro, quando serão conhecidos os campeões do Circuito Atlántico Sur Rolex Cup 2014.

Da assessoria

Maserati bate o recorde da Cape 2 Rio

A travessia a bordo do Maserati

A travessia a bordo do Maserati

Foram 10 dias, 11 horas, 29 minutos e 57 segundos no mar. Este foi o tempo necessário para que o Maserati completasse o percurso de 3.300 milhas da regata Cape 2 Rio estabelecendo um novo recorde. O antigo, estabelecido em 2000, pertencia ao Zephyrus e era de 12 dias, 16 horas e 49 minutos. A equipe de Giovanni Soldini chegou ao Rio de Janeiro no início da noite desta terça-feira e foi recebida ainda no mar por velejadores brasileiros.

Brasileiro de Standard e 4.7 começa com duplo empate

Começou nesta quarta-feira em Maria Farinha o Brasileiro de Laser Standard e Radial. Neste primeiro dia foram realizadas duas regatas, com vento entre 10 e 12 nós. Na Standard, Matheus Dellagnelo, que derrotou Scheidt na medal race da Copa Brasil de Vela, lidera com a mesma quantidade de pontos que João Pedro Oliveira. Na 4.7 o líder é Martin Lowy, que também tem a mesma pontuação de Yuri Reithler.

CBVela muda critério para definir velejadores na Rio2016

Fred "sempre ele" Hoffmann captou a velocidade com que Martine Grael e Kahena Kunze se mantiveram no topo do 49erFX na Copa Brasil de Vela.

Fred “sempre ele” Hoffmann captou a velocidade com que Martine Grael e Kahena Kunze se mantiveram no topo do 49erFX na Copa Brasil de Vela.

Por Felipe Mendes, do Lance!

Depois de seguidos ciclos olímpicos com seletivas nacionais para a definição dos representantes da vela brasileira em Jogos Olímpicos, a regra mudou para a Rio-2016. Por decisão da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), o critério agora será a indicação após análise do desempenho dos atletas nas competições internacionais.

– Todas as maneiras têm suas vantagens e desvantagens. Nenhuma é perfeita. Vários países têm optado por esse modo com sucesso. Como esse é um ciclo olímpico especial, em que devemos ter mais recursos do que o normal, optamos por essa maneira – explicou o velejador Torben Grael, contratado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) para ser o técnico-chefe da modalidade até os Jogos de 2016.

A Olimpíada do Rio terá dez classes, com uma vaga por país em cada uma. Disputada em Niterói (RJ) na última semana, a Copa Brasil de Vela definiu a Equipe Brasileira de Vela para 2014 e deu o pontapé para a briga pelas vagas nos Jogos.

Esses velejadores – dois representantes por classe – receberão apoio da CBVela durante o ano para a participação em competições internacionais. Mas nada impede que outros atletas entrem na disputa pelas vagas na Olimpíada.

Pelo critério da CBVela, um comitê técnico foi criado para escolher os velejadores. Torben lidera o grupo, que deverá ter mais quatro ou cinco pessoas. A ideia é ter a equipe definida no fim de 2015.

Para Londres-2012, os velejadores que classificaram suas classes para a Olimpíada no Mundial de Perth (AUS), em 2011, e depois venceram a seletiva nacional em Búzios (RJ), no início de 2012, se garantiram na Olimpíada. Somente a 470 feminina precisou de um desempate no Troféu Princesa Sofia, em Palma de Mallorca (ESP).

Para 2016, o Brasil tem a vaga garantida em todas as dez classes.

Equipe formada para 2014

Se a escolha dos velejadores para 2016 teve seu critério alterado, o mesmo aconteceu na formação da Equipe Brasileira de Vela. Em vez dos tradicionais Brasileiros de cada classe, a CBVela optou por reunir as classes num único evento.

– As classes olímpicas não são muito populares. Quando fazemos separado, fica difícil atrair a mídia, conseguir patrocinadores. Com todas as classes juntas, valendo como o Brasileiro, fica bem melhor de trabalhar – afirmou Torben Grael.

Em 2014, os velejadores receberão apoio da CBVela para a disputa das etapas da Copa do Mundo e para o Mundial da Federação Internacional de Vela (Isaf), em Santander (ESP), entre 8 e 21 de setembro.

Com a palavra:

Bruno Prada
Velejador da classe Finn e colunista do LANCE!Net

Esse sistema de escolha é bom porque não vai ter eliminatória, um confronto direto. Os velejadores precisam trabalhar para velejar muito bem nas competições internacionais. E assim mostrar para a confederação que um é melhor do que o outro.

Claro que escolher os representantes de acordo com os resultados em etapas da Copa do Mundo, Mundial, entre outras, é algo subjetivo. Mas no final das contas vai ser uma escolha matemática. Vai ser difícil não ter alguma classe com alguém se destacando.

O projeto para 2016 é legal pois a confederação está ajudando os dois primeiros colocados. Já começa a ser mais um processo de equipe. Antes era um monte de gente tentando se virar individualmente.

Claro que o atleta que tem mais dinheiro para comprar equipamentos, contratar técnico, ir em viagens, teoricamente, tem uma chance maior. Isso é normal. Na Fórmula 1, a Red Bull gasta milhões e tem um carro melhor. Mas já vi velejador com menos recurso surpreender quem tem mais.

Equipe Brasileira de Vela em 2014:

RS:X feminino
Patricia Freitas e Bruna Martinelli.

RS:X masculino
Ricardo Winicki e Albert de Carvalho.

Finn
Jorge Zarif e Bruno Prada.

Laser Standard
Robert Scheidt, Matheus Dellagnelo e Bruno Fontes. Segundo Torben, são três velejadores porque a classe é a que tem os melhores resultados do Brasil e por ser uma das mais baratas.

Laser Radial
Fernanda Decnop e Odile Ginaid.

470 feminino
Renata Decnop/Isabel Swan e Leticia Nicolino/Mareana Gouvea. A medalhista olímpica Fernanda Oliveira, que foi mãe recentemente e está no top 10 da classe, também tem apoio garantido pela confederação.

470 masculino
Henrique Haddad/Bruno Bethlem e Geison Mendes/Gustavo Thiesen

49er
Dante Bianchi/Thomas Low Beer e Andre Fonseca/Mario Tinoco (filho de Torben ficou em terceiro)

49er FX
Martine Grael/Kahena Kunze e Juliana Senfft/Gabriela Nicolino.

Nacra 17
Clinio de Freitas/Claudia Swan e Samuel Albrecht/Geórgia Rodrigues.

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