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Marcelo Fuchs e Ronie Seifert, em 5º, são a melhor dupla brasileira no Mundial de Star

A flotilha de 92 barcos no Mundial de Star

A flotilha de 92 barcos no Mundial de Star

Terminou no último sábado, 5, em Malcesine, na Itália, o Mundial de Star. Apesar de um campeonato controverso, com muitos erros da Comissão de Regatas, o Brasil terminou com duas duplas entre as dez melhores um proeiro no pódio: Bruno Prada foi terceiro com o norueguês Eividin Meleby, Marcelo Fuchs e Ronie Seifert foram quintos colocados, e Torben Grael e Guilherme Almeida ficaram em nono. O título ficou com os alemães Robert Stanjek e Kleen Frithjof.

A competição tinha tudo para ser perfeita. O lugar é lindo, normalmente o vento está presente em forte intensidade e a flotilha, de 92 barcos, é uma das mais fortes do mundo, com diversos campeões mundiais e olímpicos. No primeiro dia de regatas, no entanto, a Comissão desclassificou nada menos que 24 barcos por terem largado escapado. Nesta leva estavam os brasileiros Lars Grael e Samuca Gonçalves, Marcelo Bellotti e Arthur Lopes, Admar Gonzaga e Alexandre Freitas, Frederico Viegas e Tinha Moura, André Luiz Reis e Antonio Moreira. O que a CR não considerou, no entanto, foi que parte destes velejadores não estava realmente acima da linha quando foi dado o tiro, fato mostrado pelo GPS instalado pela organização em cada barco.

No dia seguinte, a CR cancelou a regata com Torben a 400 metros da linha de chegada.

No terceiro dia, vitória de Lars e Samuca, com Marcelo e Ronie em quarto e Dino Pascolato e Maguila em nono.

No quarto dia de regatas, mais problemas. Lars e Samuca venceram mais uma regata, com Marcelo novamente em quarto e Torben em nono, mas, na segunda do dia, novamente bandeira preta para os brasileiros Lars, Dino e Frederico Viegas, que estava velejando com Renato ‘Tinha’ Moura na proa. Apesar das duas vitórias, Lars e Samuca viram o sonho do título ir embora e a responsabilidade do pódio brasileiro ficou nas mãos de Marcelo e Ronie.

Os dois cumpriram o seu papel e continuaram velejando entre os líderes. Na quinta regata, Lars foi terceiro colocado, Torben sexto e Marcelo, oitavo.

Na sexta e última regata, Torben ficou em sexto, Lars, em nono e Marcelo em 14º, para assegurar a quinta colocação geral na sua primeira participação em Mundiais de Star.

“Obrigado a todos vocês brasileiros que nos trataram muito bem durante todos esses dias. Sem duvida vocês são os melhores”, disse o timoneiro campeão Robert Stanjek, se referindo à flotilha brasileira, que era a mais unida e animada da competição.

“Errei em provavelmente ousar demais no posicionamento de partida, mas a arbitragem amadora e a organização local abusaram nos erros de largadas, montagem de percursos e sinalizações”, disse Lars, lamentando não poder brigar pelo título por conta de erros da CR.

Resultado final do Mundial de Star após seis regatas e um descarte:

1.Robert Stanjek e Kleen Frithjof, ALE, 25 pontos perdidos
2.Diego Negri e Sergio Labertenghi, ITA, 27 pp
3.Eividin Melleby e Bruno Prada, NOR/BRA, 27 pp
4.Augie Diaz e Arnis Baltins, USA, 30 pp
5.Marcelo Fuchs e Ronie Seifert, BRA, 40 pp
9.Torben Grael e Guilherme Almeida, BRA, 44 pp
19.Lars Grael e Samuel Gonçalves, BRA, 102 pp
29.Dino Pascolato e Henry ‘Maguila’ Boening, BRA, 156 pp
31.Admar Gonzaga e Alexandre Freitas, BRA, 175 pp
32.André Reis e Antonio Moreira, BRA, 178 pp
43.Marcelo Bellotti e Arthur Lopes, BRA, 204 pp
83.Frederico Viegas e Renato ‘Tinha’ Moura, BRA, 345 pp

 

 

Vídeo: Europeu de RS:X

 

Team Alvimedica e equipe espanhola anunciam mais tripulantes para a Volvo Ocean Race

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Oito novos nomes foram divulgados nesta segunda-feira (7) pelos times que participam, a partir de outubro, da Volta ao Mundo
Caras novas na Volvo Ocean Race. As equipes do Alvimedica e da Espanha confirmaram novos tripulantes para a disputada da Volvo Ocean Race. Só nesta segunda-feira (7), oito velejadores foram anunciados. Será uma mistura de atletas experientes como Will Oxley para o Alvimedica e de estrantes como o espanhol Rafa Trujillo.

O Team Alvimedica contará com o italiano Alberto Bolzan, o norte-americano Nick Dana, o australiano Will Oxley e os neozelandeses Ryan Houston e Dave Swete. Outro norte-americano na equipe será Amory Ross, que fará a função de repórter a bordo. Eles se juntam a Charlie Enright e Mark Towill no barco de bandeira turca/norte-americana.

O time do Alvimedica manteve quase intacta sua base de escolher apenas velejadores de 30 anos. A única exceção por enquanto é Will Oxley, de 49 anos. O navagador já exerceu essa função em outras duas edições da Volvo Ocean Race.

O italiano Alberto Bolzan estreia na regata, mas tem um currículo vasto na vela olímpica. Ele é o único italiano por enquanto nessa edição. Os outros quatro velejadores convocados pelo Team Alvimedica competiram na última Volvo Ocean Race. “A configuração do novo barco indica que cada função a bordo é vital”, disse Charles Enright. “Habilidade é o requisito principal, mas também é importante a química entre a equipe, pois eles precisam ter capacidade de trabalhar em conjunto em um espaço confinado por 38.000 milhas ao redor do mundo”.

A equipe deixa Newport nesta quarta-feira (9) para um treino pelo transatlântico até o Reino Unido.

Já o time espanhol, que ainda não anunciou seus principais patrocinadores, terá os espanhóis Rafa Trujillo e Antonio ‘Neti’ Cuervas-Mons, além do francês Nicolas Lunven, na tripulação. A campanha ibérica foi a última anunciada para correr a Volvo Ocean Race e os organizadores trabalham contra o tempo.

Porém, a ajuda de Neti Cuervas-Mons, por exemplo, será fundamental. O atleta vai para sua terceira Volvo Ocean Race. Ele tem apenas 32 anos. “Além de ser uma peça chave na equipe, Neti também é responsável por cuidar do mastro. O velejador vai treinar os mais jovens”, disse Xabi Fernández.

Rafa Trujillo, de 38 anos, é medalhista olímpico na classe Finn (prata em Atenas-2004). Além disso, o velejador competiu na America´s Cup. Ele fará sua estreia.

Frenchman ‘Nico’ Lunven, de 31 anos, venceu a tradicional regata em solitário Solitaire du Figaro, em 2009. Ele será o responsável pela navegação da equipe espanhola.

Por Flavio Perez

Vídeo: Behind the scenes, com Eduardo de Souza Ramos e seu Time Phoenix

Arquipélago de Alcatrazes liberado para regata de abertura da Ilhabela Sailing Week

Ofício do Ministério do Meio Ambiente autoriza velejadores a contornar o arquipélago na tradicional Regata Alcatrazes por Boreste, no próximo dia 20

O arquipélago de ALcatrazes

O arquipélago de ALcatrazes

São Paulo (SP) – A mais longa regata da 41ª Ilhabela Sailing Week está oficialmente confirmada para o dia 20 de julho. Cerca de mil tripulantes, embarcados em mais de 130 veleiros participam da abertura do maior evento náutico da América Latinam sendo que as embarcações de determinadas classes disputarão a Regata Alcatrazes por Boreste, em homenagem à Marinha do Brasil. O contorno do arquipélago está oficialmente autorizado pela Estação Ecológica (ESEC) Tupinambás, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.

Principal atração da regata, o Arquipélago de Alcatrazes, a 45 km da costa de São Sebastião, concentra o maior viveiro de aves marinhas do Atlântico Sul. Várias espécies de répteis e uma flora única também se espalham pela ilha principal, além dos cardumes que habitam as águas que envolvem as 11 lajes e as ilhotas que compõem a chamada “Galápagos Brasileira”, devido à formação estimada há mais de dez mil anos. A ESEC Tupinambás foi criada justamente para proteger essa biodiversidade e atua como Unidade de Conservação federal sob a gestão do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pelos programas de pesquisa, proteção e preservação da biodiversidade, com poder de polícia ambiental.

“Considerando-se a extrema importância e sensibilidade do Arquipélago de Alcatrazes, é importante que os velejadores estejam cientes das consequências de possíveis distúrbios e impactos na vida marinha e terrestre do local, mantendo condutas ambientalmente corretas”, recomenda o analista ambiental, chefe da ESEC Tupinambás, Edilson Esteves. A Unidade de Conservação criada em 1987 também é responsável pelas atividades de educação ambiental.

A ESEC completará 27 anos de atividades no próximo dia 20, mesma data da Regata Alcatrazes por Boreste regata, em meio à expectativa da transformação do arquipélago em Parque Nacional Marinho. O projeto, em andamento no Ministério do Meio Ambiente com a finalidade de expandir a área protegida, conta com o apoio dos velejadores. Sob jurisdição da Marinha do Brasil, a formação é rodeada por águas transparentes, com visibilidade de até 20 metros no verão, o que permite a visualização de diversas cavernas e grutas submersas.

A Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil tem percurso de 60 milhas náuticas e o tempo dos vencedores apresenta variações extremas, de acordo com a intensidade do vento. O recorde da prova pertence ao veleiro argentino Cusi 5, que estabeleceu 6h12m26 em 2009, enquanto o vencedor da última edição, em 2013, o barco gaúcho Crioula, percorreu a mesma rota em 14h22m02, tornando-se o Fita Azul da regata.

A Ilhabela Sailing Week tem a organização do Yacht Club de Ilhabela e os patrocínios de Mitsubishi, Banco do Brasil e Correios. As regatas no Canal de São Sebastião reunirão embarcações das classes S40, ORC, IRC, C30, HPE-25, RGS, RGS Cruiser, Clássicos e Star, sendo que as regatas de ORC e Star também serão válidas pelo Campeonato Sul-americano de ambas as classes. As inscrições estão abertas no site oficial (www.ilhabelasw.com.br) e seguem até 13 de julho.

Da assessoria

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