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Semana de Vela de Ilhabela 2015 já tem data marcada

Disputada neste ano por 130 barcos e considerada uma das melhores edições da história, Ilhabela Sailing Week já tem data marcada para 2015: entre os dias 4 e 11 de julho

Equipe do Zeus comemora a vitória na classe C30

Equipe do Zeus comemora a vitória na classe C30

Ilhabela (SP) – A 41ª edição da Ilhabela Sailing Week trouxe novamente medalhistas olímpicos e campeões mundiais de diversas classes às raias de Ilhabela. Torben e Lars Grael, Bruno Prada, Reinaldo Conrad, Maurício Santa Cruz, André Fonseca, o argentino Santiago Lange ajudaram a elevar o nível da competição e já sabem que em 2015 a principal competição de oceano do País será disputada entre os dias 4 e 11 de julho.

“Parabéns a todos que participaram da Ilhabela Sailing Week. Agradeço aos apoiadores e aos velejadores que proporcionam a festa no mar e na terra. Espero ver todos novamente em 2015”, pronunciou o comodoro do Yacht Club de Ilhabela (YCI), José Yunes, na tradicional festa de encerramento em que o palco preparado para a Banda Tom Cats foi transformado em pódio para receber os campeões de cada classe, antes do show que embalou as tripulações até o início da madrugada de domingo (27).

A festa foi considerada a melhor da história das 41 edições da Ilhabela Sailing Week. A banda tocou mais de três horas, com um repertório baseado em sucessos do rock dos anos 70, 80 e 90. O público não queria permitir que o show terminasse e a melhor definição foi do tripulante do BL3 Urca, o engenheiro civil Osvaldo Ferraz: “Parecia aquela festa de formatura do colégio em que ninguém queria que acabasse e todos se confraternizavam no fim, entre alegres e tristes, porque não se encontrariam diariamente a partir do dia seguinte”.

O diretor de Vela do YCI, Carlos Eduardo Souza e Silva, expressou a satisfação por ter recebido cerca de mil velejadores durante a semana. “Estou super feliz com o resultado. Por mais um ano conseguimos manter o padrão Yacht Clube de Ilhabela. Um dos objetivos para 2015 é aprimorar a Regata por Equipes, transformando-a em um interclubes ou em uma disputa regional que possa estimular as tripulações”. Neste ano de estreia, a competição movimentou 16 barcos de quatro equipes: Escola Naval (RJ), que foi a campeã, Santos, Ilhabela e Clube Naval Charitas, de Niterói.

“Evoluímos muito na organização dentro do clube nos últimos anos. Queremos expandir a longo prazo para, por exemplo, estabelecer parcerias com o Iate Clube de Santos, Pindá Iate Clube, envolver a programação cultural e musical da cidade com a esportiva e fortalecer o turismo de inverno em Ilhabela”, considerou Kalu.

Esta edição já teve um importante apoio da Prefeitura que montou uma das melhores programações culturais dos últimos anos, com destaque para os shows do Ira, Zeca Baleiro e Arnaldo Antunes. Segundo dados da secretaria de turismo de Ilhabela, a Ilhabela Sailing Week contribuiu para que cinco mil pessoas estivessem na cidade durante o evento.

Depois de um mês de junho muito fraco, na opinião geral dos comerciantes, a Ilhabela Sailing Week colaborou para incrementar o turismo de inverno. “Nossa pousada (a Armação dos Ventos) estava com 95% de ocupação e a escola de vela BL3 trabalhou com 100%, tanto que tivemos dois barcos competindo com tripulação completa. Para melhorar ainda mais, fomos campeões na classe RGS-Cruiser”, explicou Pedro Rodrigues. “Entendo que esta edição foi uma das melhores pela integração de vários aspectos, qualidade de regatas na água, atendimento dos velejadores e convidados no YCI após as provas, além da boa programação cultural da Vila”, completou.

Eficiência na terra e no mar – Na parte técnica, que inclui Comissão de Regata (CR), juízes e velejadores, a avaliação feita pelo diretor da CR, Carlos Sodré, é mais uma vez positivo. “Houve um respeito mútuo entre juízes e tripulações, o que contribui diretamente para fortalecer as ações na água e elevar o nível do campeonato disputado pela elite da vela do Brasil”.

Encerrada a Ilhabela Sailing Week, os velejadores em campanha olímpica para os Jogos do Rio mudam o foco para o Evento Teste que será disputado a partir do dia 2 de agosto nas raias das regatas de 2016. Entre eles, Bruno Prada, Marco Grael, Henrique Haddad, Samuel Albrecht, Gustavo Thiesen e Geison Mendes.

Consciência olímpica – O medalhista olímpico Lars Grael, campeão sul-americano de Star ao lado de Samuel Gonçalves na Ilhabela Sailing Week, analisa prós e contras para os brasileiros que estarão competindo em casa. “É bom você conhecer a pista, a quadra, a raia, a piscina, mas tem atletas que conseguem usar a torcida a favor e outros que sentem a pressão. Não adianta também esperar que os locais de disputa tenham um efeito La Bombonera”, aconselha.

Na vela especificamente, Lars recomenda que os brasileiros não se atenham exclusivamente no conhecimento da raia. “Em 1996, nos Jogos de Atlanta, o Brasil foi o melhor país na vela em uma raia dificílima de Savana. Os americanos, que possuíam as informações mais detalhadas, ganharam apenas dois bronzes. Priorizaram os dados e deixaram de lado a intuição”.

Em relação à equipe brasileira, Lars considera que existe um equilíbrio entre os mais experientes e a nova geração. “Existe uma expectativa muito grande sobre a Martine e a Kahena na classe 49erFX, que têm obtido resultados importantes em competições internacionais e por outro lado você tem o Robert Scheidt que pode conquistar a sexta medalha”.

Ciente de que não há mágica existente para se despoluir a Baia de Guanabara em até 80%, como foi vendido durante a campanha do Rio para se tornar sede dos Jogos, Lars aconselha que se atue dentro da realidade. “Pior do que aceitar, é negar a existência do problema. As regatas serão disputadas na raia mais degradada da história olímpica. Agora é preciso mostrar força de vontade e agir com decência. Ninguém vai resolver nada até 2016, mas podemos amenizar a situação”.

Espírito de equipe – A principal novidade da 41ª edição da Ilhabela Sailing Week, a Regata por Equipes contemplou o Grêmio de Vela da Escola Naval, do Rio de Janeiro. Os representantes da Marinha venceram com os barcos: Brekelé, Quiricomba, Dourado e Bijupirá, das classes ORC e RGS.

“É uma vocação natural da Marinha do Brasil, alimentar o espírito de equipe. Foi uma vantagem nossa sobre os outros três times. Para 2015 vamos nos preparar ainda melhor para a defesa do Troféu Pen Duick II, de posse transitória”, antecipa Ricardo Lebreiro, o Riquinha, há 30 anos professor de vela na Escola Naval. Aos nove anos já velejava na classe Pinguim. “Tem aluno meu que hoje é almirante”, orgulha-se com humildade o instrutor de 61 anos.

Campeões da 41a. edição

S40 – Pajero (Sérgio Rocha)
C30 – Zeus (Inacio Vandresen)
HPE – Ginga (Breno Chvaicer)
ORC A – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)
ORC B – Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa)
ORC C -Bravísismo 4 (Ian Muniz)
ORC Geral – Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)
IRC – Rudá (Guilherme Hernandes)
RGS A – Montecristo (Julio Cechetto)
RGS B – Total Balance (Sérgio Klepacz)
RGS C – Azulão (Marcelo Polonio)
RGS Cruiser – BL3 (Clauberto Andrade)
RGS Geral – Azulão (Marcelo Polonio)
Por equipes – Escola Naval (Bijupirá/Breklé/Dourado/Quiricomba)
Sul-Americano de Star – Lars Grael/Samuel Gonçalves
Sul-Americano de ORC 500 – Seu Tatá (Paulo César Haddad)
Sul-Americano de ORC 600 – Orson (Carlos Eduardo Souza e Silva)

Resultados completos no site oficial:

http://www.ilhabelasw.com.br/2014/resultados/#tit

Da assessoria

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