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Regata Volta à Ilha marca encerramento da Copa Suzuki

Barcos contornam Ilhabela em homenagem ao neozelandês Peter Blake, presente no Yacht Club de Ilhabela na primeira edição, em 2000

Largada da regata em 2013

Largada da regata em 2013

São Paulo – Os desafios oferecidos pela Volta à Ilha – Sir Peter Blake fazem da regata a mais esperada entre os velejadores de oceano que disputam o ano inteiro a Copa Suzuki Jimny, válida pelo Circuito Ilhabela. Neste ano, a prova que proporciona a rara oportunidade de se contemplar a exuberância da ilha em 360 graus está prevista para o sábado, dia 29 de novembro, abertura da quarta e decisiva etapa da competição, que será complementada no dia seguinte (30) e no primeiro final de semana de dezembro (6 e 7).

A regata homenageia o neozelandês Sir Peter Blake, bicampeão da America’s Cup e recordista da Whitbread Volta ao Mundo, entre outras conquistas, e por justa razão exige perícia dos velejadores quase sempre testados em várias condições de vento e de correnteza. “Tudo pode acontecer, desde a linha de largada, que depende da direção do vento para ser montada, até a chegada. Contravento, popa, vento forte, vento fraco, buraco de vento são situações a serem enfrentadas e superadas em uma velejada de 360 graus em volta da Ilha”, alerta Carlos Sodré, o Cuca, diretor da Comissão de Regatas (CR).

A prova pode ser disputada no sentido horário (boreste), se o vento estiver de leste, direção predominante na região, com largada na Ponta das Canas (norte de Ilhabela) e chegada na Ponta da Sela, com percurso em torno de 40 milhas (74 km). Se houver entrada de frente fria e o vento estiver na direção sul, a opção da CR é pelo sentido anti-horário (bombordo), com largada em frente ao Yacht Club de Ilhabela e chegada na Ponta das Canas, aumentando a rota para cerca de 50 milhas (92 km). É a única prova da Copa Suzuki Jimny em mar aberto, a exemplo da Alcatrazes na Ilhabela Sailing Week.

Belezas naturais no visual – Na Volta à Ilhabela os velejadores podem contemplar os quatro faróis da cidade: Ponta do Boi, Ponta Grossa, Ponta da Sela e Ponta das Canas. A visão privilegiada inclui praias e enseadas da costa de Ilhabela voltada para o mar aberto, a face leste, muitas delas acessíveis apenas por rota marítima. As passagens pelas ilhas Calhetas e Serraria, assim como as praias de Jabaquara, Castelhanos e Bonete, também estão no roteiro.

“O lado de fora de Ilhabela possui uma beleza natural que raramente temos oportunidade de contemplar. É possível ainda receber a ‘visita’ de um cardume de golfinhos durante a regata. E depois de velejar durante nove ou dez horas, cruzar a linha de chegada é bem emocionante”, relata o bicampeão pan-americano da classe Lightning, Mário Buckup, presente em todas as edições da Volta à Ilha em diferentes embarcações.

Em 2013, o Fita Azul, primeiro a cruzar a linha de chegada, foi o Lexus Chroma, com 8h31m48, apenas 54 segundos à frente do Caballo Loco, vencedor da classe C30 no tempo corrigido. Na primeira edição, em 2000, Peter Blake estava de passagem por Ilhabela, participou da prova com seu veleiro de alumínio Polar Seamaster e entregou os prêmios aos vencedores no Yacht Club de Ilhabela (YCI), junto com o então comodoro Ivan Lopes. No ano seguinte foi assassinado por piratas no Amapá, enquanto desenvolvia projeto ecológico na Amazônia. A partir de 2002 a regata passou a homenagear um dos maiores navegadores do mundo.

Inscrições para a quarta etapa da Copa Suzuki Jimny – Serão feitas no YCI, nos dias 28 e 29 de novembro (28/10 das 18h às 21h e 29/10 das 8h às 11h) na secretaria do evento ao valor de R$ 85,00 por tripulante (exceto tripulante-mirim, isento de taxa). A 14ª Regata Volta à Ilhabela Sir Peter Blake reunirá veleiros das classes: ORC, IRC, C30, BRA-RGS A e B, e RGS Cruiser. Os barcos das classes HPE e BRA-RGS C, correrão regata de percurso médio ou barla-sota (entre boias) no Canal de São Sebastião ou imediações do farol da Ponta das Canas, conforme decisão da CR. As três etapas anteriores da temporada foram disputadas nos meses de março, junho e setembro.

Resultados acumulados após três etapas, considerando-se os descartes:

C30
1º – CA Technologies (Marcelo Massa) – 12 pp
2º – Caballo Loco (Mauro Dottori) – 18 pp
3º – Caiçara Porsche (Marcos de Oliveira Cesar) – 26 pp

HPE
1º – Ginga (Breno Chvaicer) – 15 pp
2º – Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) – 35 pp
3º – Suzuki Bond Girl (Rique Wanderley) – 39 pp

RGS A
1º – BL3 Urca (Pedro Rodrigues) – 12 pp
2º – Montecristo (Julio Cechetto) – 17 pp
3º – Fram (Felipe Aidar) – 20 pp

RGS B
1º – Asbar II (Sergio Klepacz) – 8 pp
2º – Kanibal (Martin Bonato) – 18 pp
3º – Helios (Marcos Gama Lobo) – 20 pp

RGS C
1º – Zeppa (Diego Zaragoza) – 18 pp
2º – Rainha (Leonardo Pacheco) – 23 pp
3º – Sextante (Thomas Shaw) – 28 pp

RGS Cruiser
1º – BL3 Wind Náutica (Clauberto Andrade) – 8 pp
2º – Jambock (Marco Aleixo) – 11 pp
3º – Cocoon (Luiz Caggiano) – 20 pp

IRC
1º – Rudá (Mario Martinez) – 4 pp
2º – Orson (Carlos E. S. Silva) – 7 pp
3º – Mussulo III (José Guilherme Caldas) – 12 pp

Troféu Cayru de Oceano acontece dias 22 e 23 de novembro

A Competição, que acontece nos dias 22 e 23 de novembro, também será válida pela primeira etapa do Campeonato Estadual.

O XXIV Troféu Cayru vai reunir as classes ORC Internacionais, RGS, RGS Cruiser, J24, M19, HPE25 e começa no sábado, dia 22 de novembro, com as regatas de percurso longo. A competição tem largada em frente ao acesso ao clube, segue com a tradicional Volta na Ilha das Pombas e tem chegada prevista na Ponta Grossa. O percurso da regata para as classes ORC e RGS é estimado em 36, 2 milhas, de acordo com a comissão de regatas. No domingo, o segundo dia do campeonato encerra com o percurso em barla sota, que será realizado na raia da Pedra Redonda. O dia é marcado também pela realização da Regata Solitário, para os velejadores que competem sozinho, e a Regata Velejaço, destinada para os Cruzeiristas. Uma das novidades desta edição é a volta da classe ORC Internacional, que teve a sua última disputa realizada em 2010, já que nos anos seguintes a competição foi realizada apenas para a classe RGS. O campeão da edição passada foi o Caco Moré (foto anexa), com o seu barco Abaquar.​ Participam da competição velejadores do Jangadeiros, Veleiros do Sul, Sava Clube e do Iate Clube Guaíba.

Da assessoria

Ciclones, pirataria, brasileiro e muito mais! Foi dada a largada para a segunda etapa da Volvo Ocean Race

A regata inport da Cidade do Cabo foi assim. Nesta quarta será dada a largada da segunda perna

A regata inport da Cidade do Cabo foi assim. Nesta quarta será dada a largada da segunda perna

Os sete barcos da Volvo Ocean Race partem, nesta quarta-feira (19), para a segunda etapa da Volta ao Mundo. O caminho da Cidade do Cabo, na África do Sul, até Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, promete ser bastante diversificado com a previsão de ciclones no começo da prova e, mais para o final, falta de vento no escaldante Golfo Pérsico. Serão mais de 11 mil quilômetros e os barcos devem demorar até 30 dias para chegar ao destino.

A boa notícia é que a organização do evento não teme ação de piratas, atividade que já assustou as autoridades na costa leste africana, mas que perdeu força, segundo especialistas em segurança. Mesmo assim, os veleiros vão ter zonas de exclusão para evitar na região.

A segunda perna marca também a tentativa de recuperação da equipe MAPFRE, que tem o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca, como destaque. “Será uma etapa difícil, principalmente no primeiro dia, com as tempestades. Vamos sair com ventos variando entre 25 e 30 nós e tentaremos se afastar da costa rapidamente. Os primeiros oito dias serão de muito frio e vento. Depois, mais ao norte, o calor aparece e o vento fica um pouco mais calmo”, explicou o brasileiro. “Será uma etapa longa, talvez poderá chegar a um mês de travessia”.

André ‘Bochecha’ Fonseca quer ajudar seu time, o espanhol MAPFRE, a recuperar posições. O barco é o lanterninha da Volvo Ocean Race após a sétima posição na primeira etapa. “Vamos ir pouco a pouco. Não é do dia pra noite que tudo será resolvido. Estamos com dois tripulantes novos e vamos aprender e melhorar mais”.

No papel, o Brasil tem só o André ‘Bochecha’ Fonseca como tripulante na Volvo Ocean Race. Porém, podemos escalar a holandesa Carolijn Brouwer como brazuca também. A atleta do Team SCA, equipe 100% feminina, morou mais de 10 anos no País. A velejadora explica como será a etapa.

“Será uma etapa totalmente ao contrário da primeira e os velejadores terão muitas oportunidades. O percurso ainda é um pouco desconhecido para muitos. Vamos lutar até o fim por um melhor resultado”, disse Carolijn Brouwer. “Em relação à pirataria, a organização da Volvo Ocean Race fez bem ao colocar zonas de exclusão. Tivemos um briefing detalhado sobre o assunto. Apesar de estar diminuindo, não queremos correr riscos”.

A competição é liderada pelo Abu Dhabi, vencedor da primeira etapa, seguido por Dongfeng e Team Brunel.

Da assessoria

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