Pular para o conteúdo

Arquivo de

Copa Brasil de Vela: Com presença de campeão mundial, Classe Nacra terá disputa acirrada entre brasileiros

Competição será realizada na praia de São Francisco, em Niterói, a partir deste sábado, 13

Regata de Nacra na raia da ponte. Foto: Fred Hoffmann/CBVela

Regata de Nacra na raia da ponte. Foto: Fred Hoffmann/CBVela

A classe Nacra 17 é nova no programa olímpico. Fará a sua estreia no Rio 2016. Porém será uma das mais disputadas entre os brasileiros que estarão em Niterói de 13 a 20 de dezembro para a Copa Brasil de Vela. O evento, que terá como sede a praia de São Francisco, em Niterói, reunirá as dez classes que fazem parte do programa olímpico, nas cinco raias que serão usadas nos Jogos.

Diferente de classes como a 49er FX, por exemplo, em que a vaga na equipe olímpica já está definida com as líderes do ranking, campeãs mundiais e melhores velejadoras do mundo Martine Grael e Kahena Kunze, a Nacra não tem um favorito. Até o momento a dupla gaúcha Samuel Albrecht e Georgia Silva é a primeira no ranking nacional, porém outras duplas poderão surpreender na competição.

“Nós temos uma expectativa boa em fazer um bom resultado e estar entre os primeiros do Brasil. Sabemos que tem muita gente boa que está treinando e que a disputa vai ser grande. Acredito que a Nacra é a classe que tem mais gente disputando a vaga, então por isso treinamos e nos preparamos o máximo que deu dentro da nossa realidade”, disse Samuel, que disputou os Jogos de Pequim na classe 470.

Até esta segunda-feira, 17 equipes já confirmaram a sua participação na competição, incluindo os franceses Billy Bresson e Marie Riou, campeões mundiais, os argentinos Santiago Lange e Cecilia Carranza, vice-campeões mundiais e os neozelandeses Gemma Jones e Jason Saunders, quintos colocados no Mundial. O Brasil será representado por seis duplas. Além de Samuel e Georgia, estarão na água Clínio de Freitas (medalha de bronze em Seul 1988 na classe Tornado com Lars Grael) e Gabriela Nicolino, Martin Lowy e Adriana Overgoor, João Siemsen e Juliana Mota, Patricia Raulino e Felipe Sasaki e Fabio Pilar (que foi para Pequim ao lado de Samuel na classe 470) e Tatiana Almeida.

“Para nós a presença de tantos estrangeiros é muito boa, já que aumenta o nível da competição. São velejadores que já estão há mais tempo na classe e que estão um nível acima. Velejar contra eles é como ter um campeonato no exterior, mas aqui na nossa casa. Antes da Copa Brasil nós vamos disputar o Sul-Americano, que começa nesta terça-feira. Os dois eventos terão os mesmos participantes e contarão com basicamente os dez primeiros no Mundial da Federação Internacional (Isaf). Todos os estrangeiros estão buscando conhecer melhor a raia onde será disputada a olimpíada”, completou Samuel.

Bruno Fontes já está pronto para a Copa Brasil de Vela

Após um ano de muitas competições, viagens ao redor do mundo e bastante treinamento, a temporada 2014 chega ao seu momento final com um dos compromissos mais importantes do calendário para o velejador Bruno Fontes: A Copa Brasil de Vela.

O evento reúne, mais uma vez, os melhores competidores do Brasil e alguns atletas estrangeiros para as disputas na Baía de Guanabara, sede das Olimpíadas de 2016. Essa é a quarta competição de Bruno no ano na sede dos Jogos Olímpicos.

“Com a proximidade das Olimpíadas no Rio é natural que aconteçam diversos torneios e fases de treinamento. Por se tratar de um ciclo olímpico em nosso país, as visitas ao local são ainda mais frequentes. É muito bom poder competir na raia, ainda mais com velejadores de alto nível”, explica Bruno.

E na preparação para a última competição do ano o velejador mostrou uma grande evolução técnica. Além disso, Bruno contou com a companhia de atletas estrangeiros, como o espanhol Jesus Rogel, Cy Thompson, das Ilhas Virgens, e Andrew Lewis, de Trinidad e Tobago, todos em campanha olímpica.

“Com certeza essa foi a minha melhor preparação do ano. Consegui velejar muito bem e tive a oportunidade de fazer um pequeno “intercâmbio” com atletas muito bons de fora do país”, define Bruno.

O velejador viaja na próxima semana para o Rio de Janeiro para treinar na raia antes do início da competição.

O velejador Bruno Fontes tem os patrocínios da Unimed, CBVela, Marinha do Brasil, Governo do Estado do Paraná e AGE do Brasil e conta com o apoio do COB – Comitê Olímpico Brasileiro e Vita Essência.

Da assessoria

Com destino a Itajaí, Transat Jacques Vabre parte no dia 25 de outubro de 2015

O dia 25 de outubro de 2015 será o dia da largada da 12ª edição da Transat Jacques Vabre, que terá o Brasil como destino final. Após um pouco mais de uma semana de festa em torno da marina Paul Vatine em Le Havre, as quatro classes presentes na aventura largam para um desafio de 5.400 milhas. O evento é disputado de dois em dois anos e tem a América sempre como destino final. Como manda a regra, os barcos devem ser tripulados por apenas dois velejadores, que torna a disputa ainda mais interessante.

Le Havre – Itajaí, uma regata – duas cidades
Há 22 anos que a cidade de Le Havre, na Normandia, sedia a largada da Transat Jacques Vabre. “Para a cidade de Le Havre, a Transat Jacques Vabre é, a cada dois anos, uma imensa festa náutica e um evento incontornável. Este ano ainda, a cidade de Le Havre fará o máximo para receber os 350.000 visitantes em torno da bacia Paul Vatine, do dia 17 ao dia 25 de outubro de 2015” declara Edouard Philippe, Deputado Federal e Prefeito de Le Havre.

Pela segunda vez, a linha de chegada da Transat Jacques Vabre será em Itajaí, no Brasil. “Itajaí insere definitivamente seu nome no cenário dos grandes eventos esportivos internacionais ao voltar a receber a Regata Transat Jacques Vabre, uma das mais importantes provas náuticas do mundo. Nos sentimos honrados e felizes, agradecemos a organização do evento pela confiança em nosso trabalho e esperamos por todos na nossa cidade!” explica Jandir Bellini, Prefeito de Itajaí.

4 classes – 4 tripulações vencedoras – 5.400 milhas para uma regata
Em 2015, a Transat Jacques Vabre reunirá quatro classes de monocascos e de multicascos, de 12,18 metros a 32 metros. São elas Class40, Multi50, Imoca e Ultimate. “O evento vai receber os barcos de alto-nível da vela oceânica. A 12ª edição promete ser muito empolgante”, explica Manfred Ramspacher, organizador da regata.

As inscrições estão abertas
As inscrições para a 12ª edição da Transat Jacques Vabre estão abertas. Os velejadores terão até o dia 12 de julho para confirmar sua participação.

Da assessoria

Jorginho Zarif e Maguila ficam em 4º e Scheidt e Prada terminam a Star Sailors League na 5ª colocação

Ao lado de Bruno Prada, o bicampeão olímpico defendia o título de 2013, conquistado neste ano pela dupla norte-americana Mendelblatt e Fatih

Robert e Bruno ficaram na quinta colocação.  Foto de Troels Lykke

Robert e Bruno ficaram na quinta colocação. Foto de Troels Lykke

Nassau (BAH) – Robert Scheidt e Bruno Prada iniciaram a Star Sailors League Finals nesta semana em Nassau, nas Bahamas, como a dupla a ser batida. Na primeira edição, em 2013, conquistaram os três troféus possíveis: campeões, melhor timoneiro e melhor proeiro. Neste ano chegaram à fase semifinal e acabaram em quinto lugar. Os americanos Mendelblatt e Fatih são os campeões. Venceram a semifinal e a regata decisiva, enquanto o sueco Freddy Loof, campeão olímpico de Star em Londres ficou em segundo ao lado de Elkstrom. Os poloneses Kusznierewicz e Zycki ficaram em terceiro lugar.

Os melhores brasileiros foram os estreantes Jorginho Zarif e Henry Boening, o Maguila, chegando à final para ficar com o quarto lugar. Em relação ao pódio de 2013, só faltou Robert. Na primeira edição, Mendelblatt foi bronze e Kusznierewicz, prata. Neste ensolarado sábado (6) em Nassau, o vento nordeste variou entre 15 e 20 nós (27 a 36 km/h). Nas quartas de final, Robert foi o quinto, sendo que os seis primeiros seguiriam adiante, mas na semifinal repetiu a colocação, enquanto necessitava ficar entre os quatro melhores para ir à final.

“Foi bom ter corrido o campeonato para manter contato com a classe. Nas regatas deste ano, alternamos bons e maus momentos. Na semifinal, optamos pela direita da raia e o vento rondou para a esquerda. O nível está ainda mais alto com a presença dos melhores velejadores do mundo. Um evento espetacular”, avaliou Robert que seguirá para Niterói, logo após o retorno a São Paulo, para continuar a campanha olímpica de Laser na Copa Brasil. Maior atleta olímpico brasileiro da história, Robert possui cinco medalhas (dois ouros, duas pratas e um bronze) e 14 títulos mundiais entre Laser e Star. É patrocinado pelo Banco do Brasil, Rolex e Deloitte, com os apoios de Audi, COB e CBVela.em

Parceiro de Robert há nove anos na classe Star, Bruno também leva do Nassau Yacht Club (NYC) a sensação de missão cumprida. “Pessoalmente gostaria de ter ido melhor, e dava para ser melhor, mas o quinto lugar me mantém pelo segundo ano seguido na liderança do ranking da SSL, como o melhor proeiro da temporada. É ótimo ser o melhor do mundo no que a gente faz”. Bruno está em campanha olímpica para o Rio 2016 na classe Finn.

A dupla mais regular – O proeiro campeão, Brian Fatih, estava radiante com a conquista e se emocionou quando o hino dos Estados Unidos ecoou pelo NYC. “Nós queríamos vencer, mas sabíamos que o campeonato seria muito difícil, como realmente foi. É ótimo estar no pódio novamente, dois degraus acima em relação a 2013”, considerou Fatih, parceiro de Mark Mendelblatt desde os Jogos Olímpicos de Londres. “Gostaria de aproveitar para dizer que o Zarif (Jorginho) é um velejador fantástico”, elogiou Fatih.

Jorginho manteve a cautela durante os quatro dias da SSL. Aos 22 anos, mesmo sendo o mais jovem entre 40 velejadores demonstrou maturidade. “Estou muito satisfeito. Pude velejar e me divertir, sem a pressão que teria na classe Finn. Eu e o Maguila evoluímos durante o campeonato, fomos nos ajustando até chegarmos à final”, contou o campeão mundial de Finn, que a exemplo de Bruno também faz campanha olímpica para o Rio 2016.

As outras duas duplas brasileiras não chegaram à segunda fase. Marcelo Fuchs e Ronie Seifert, assim como Torben Grael e Guilherme de Almeida tiveram problemas com seus barcos. “Estou praticamente parado desde 2004. Voltei a velejar neste ano com o Guilherme. É preciso ter ritmo para velejar com velocidade em um campeonato com nível de um mundial. A maioria dos participantes está em campanha olímpica enquanto eu sou técnico da CBVela, Não dá para comparar”, declarou Torben.

Disputada pelo segundo ano nas Bahamas, a SSL FInals recebeu aprovação do bicampeão olímpico, pela primeira vez no evento. “O campeonato é muito bom. A própria ISAF (Federação Internacional de Vela) gostaria de adotar esse sistema com as demais classes, mas não está tão bem estruturada como a equipe do Michel”, referiu-se Torben ao criador da SSL, o empresário suíço Michel Nicklaus.

Bahamas pela terceira vez – “Faremos a terceira edição da SSL Finals no próximo ano novamente em Nassau. Nossa ideia é priorizar os atletas, isentos de política ou de qualquer emoção. Queremos que os próprios velejadores sejam os gestores da classe, sem conflito com qualquer entidade. Também queremos promover a vela junto aos jovens bahamenses”, justificou Michel. Além de estar estrategicamente localizada entre a Europa e os Estados Unidos, Bahamas possui condição especial de vento, constante e raramente abaixo de dez nós (18 km/h).

Neste ano, com o nível ainda mais elevado, a competição reuniu 20 duplas que levaram para a raia de Paradise Island, 20 medalhas olímpicas e 73 conquistadas em campeonatos mundiais de várias classes. A SSL Finals distribuiu 200 mil dólares em prêmio, sendo que os campeões receberam 40 mil dólares e quatro mil pontos no ranking da liga. As 20 duplas foram premiadas em de acordo com suas classificações. Medalhas e troféus foram entregues no NYC pelo americano Dennis Conner, quatro vezes ganhador da America’s Cup e bicampeão mundial de Star.

Classificação da SSL Finals

1. Mendelblatt/Fatih (EUA)
2. Loof/Ekstrom (SUE)
3. Kusznierewicz/Zycki (POL)
4. Zarif/Boening (BRA)
5. Scheidt/Prada (BRA)
6. Rohart/Ponsot (FRA)

Da assessoria

Definidos os campeões da Copa Suzuki Jimny, em Ilhabela

Final de semana perfeito finalizou a 14a. edição do principal circuito de vela oceânica do País

Disputa na classe C30. Foto de Marcos Mendez/SailStation

Disputa na classe C30. Foto de Marcos Mendez/SailStation

Ilhabela (SP) – Quatro etapas ao longo de 2014, 27 regatas, muita disputa no mar, várias confraternizações em canoas de cerveja no Yacht Club de Ilhabela. Este é o resumo da Copa Suzuki Jimny/Circuito Ilhabela, encerrada neste final de semana (6 e 7), com dois dias perfeitos de sol e ventos médios no Canal de São Sebastião e na Ponta das Canas, no norte de Ilhabela. A 14a. edição do principal circuito de vela oceânica do País teve média de 42 barcos em quatro classes (C30, IRC, HPE e RGS).

A classe C30 apresentou uma disputa acirrada entre o CA Technologies, de Marcelo Massa, e Caballo Loco, de Mauro Dottori. No final, a equipe de Massa venceu por um ponto, 28 a 29. A IRC também ficou entre duas tripulações e terminou com a mesma diferença: Rudá, de Mario Martinez, ganhou do Orson, de Carlos Eduardo Souza e Silva, por 6 a 7.

A HPE confirmou o favoritismo do Ginga, de Breno Chvaicer, imbatível nas águas do Litoral Norte neste ano – conquistou também a Ilhabela Sailing Week. Fechou a temporada com 25 pontos contra 52 do Fit to Fly, de Eduardo Mangabeira.

O título da RGS A ficou com o Montecristo, de Julio Cechetto, que acumulou 23 pontos, um a menos do que o BL3 Urca, de Pedro Rodrigues. Na RGS B a supremacia foi do Asbar II/Sérgio Klepacz, (14 pontos) sobre o Helios/Marcos Gama Lobo (25 pontos). O Zeppa, de Diego Zaragoza, foi o campeão da divisão C com 10 pontos, seguido do Sextante, de Thomaz Shaw, com 14. Na Cruiser, o BL3 Wind Nautica somou 14 pontos e superou o Jambock, de Marco Aleixo, com 18.

Quarta etapa – A quarta etapa foi encerrada neste domingo (7), com duas regatas para C30 e HPE e uma regata para as demais classes. Mais um belo dia para velejar, com ventos no quadrante leste, entre 12 e 15 nós, com raia montada na Ponta das Canas.

A somatória de resultados da Volta à Ilha, disputada no dia 29 de novembro, e as provas realizadas no sábado (6) e neste domingo (7) definiram os campeões da última etapa da Copa Suzuki.

O Caballo Loco ganhou na C30, o Ginga confirmou na HPE, o Orson venceu na IRC, o Montecristo, que marcou o menor tempo da Volta à Ilha em 14 anos, ficou com o título da RGS A, o Helios faturou a RGS B, o Sextante a RGS C e o Anequim, de Paulo Moura, foi o melhor na RGS Cruiser.

No final da tarde do domingo, foram realizadas no Yacht Club de Ilhabela as premiações dos vencedores da quarta etapa e dos campeões de 2014. A Copa Suzuki Jimny foi disputada também em março, junho e setembro.

Na avaliação de Carlos Eduardo Souza e Silva, diretor de vela do Yacht Club de Ilhabela, o evento atingiu plenamente seus objetivos. “O encerramento da Copa Suzuki foi surpreendente. Teve dois dias sensacionais, com ótimas velejadas, sol, vento e muita confraternização em terra, com premiações, sorteios e festa. Tudo ficou perfeito. Sem falar na Volta à Ilha, com muito vento e tempo recorde.”

“Sobre a temporada, tivemos um belo campeonato, mas gostaria que algumas classes como a ORC e IRC reunissem mais competidores. Entendo que existem velejadores de qualidade na RGS e que poderiam mudar de classe aumentando a competitividade das regatas”, acrescentou Carlos Eduardo, que também é comandante do Orson, vice-campeão na IRC, e que está finalizando o treinamento para disputar o Atlantico Sur, em Punta del Este, em janeiro, quando começará a defender seu título no Sul-Americano de ORC.

A Copa Suzuki Jimny/XIV Circuito Ilhabela de Vela Oceânica foi organizada pelo Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio máster da Suzuki Veículos e co-patrocínios de SER Glass e F7 Blindagens. Apoiaram o evento: Prefeitura Municipal de Ilhabela, North Sails, Pousada Armação dos Ventos, Rádio Antena 1 Litoral Norte, Revista Mariner, Mar&Vela, Sail Station.com e Delegacia da Capitania dos Portos em São Sebastião.

%d blogueiros gostam disto: