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Volvo Ocean Race: Última cartada para os barcos na segunda etapa

Vento fraco à frente do Team Brunel. Foto de  Stefan Coppers/Team Brunel/Volvo Ocean Race

Vento fraco à frente do Team Brunel. Foto de Stefan Coppers/Team Brunel/Volvo Ocean Race

A segunda perna da Volvo Ocean Race está próxima do fim! Assim como na etapa de abertura, os barcos devem chegar em Abu Dhabi quase juntos, depois de mais de 9 mil quilômetros subindo o Oceano Índico desde a África do Sul. E o final de prova promete ser bastante intenso, principalmente na passagem pelo estreito de Ormuz, com um dos maiores tráfegos marítimos do mundo. Além disso, os ventos são difíceis de prever. “Essa regata nos transforma em gladiadores romanos. Para ganhar a liberdade é preciso enfrentar os leões”, contou o holandês Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel, que lidera a etapa.

Na disputa pelo primeiro lugar estão: Team Brunel (Holanda), Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos) e Dongfeng (China). Diferença entre eles não chega a 10 quilômetros. O resultado final da etapa, que começou em 19 de novembro, deve ser conhecido nas próximas 48 horas. Milhas atrás estão, nessa ordem, Team Alvimedica (Turquia/EUA), MAPFRE (Espanha) e Team SCA (Suécia).

A perna é uma das mais movimentadas da história da Volta ao Mundo. Os primeiros dias foram registrados ventos acima da média, na casa de 80 km/h. Depois, a calmaria equatorial e o acidente com o Team Vestas Wind, que ficou encalhado em um banco de areia do Índico. Sem contar as zonas de proibição de navegação para evitar ações piratas. Pela segunda vez na sua história, a Volvo Ocean Race faz o percurso para o Oriente Médio saindo da África.

Nesta quinta-feira (11), a flotilha passa pela costa de Omã, no Mar Árabe, e com ventos moderados.

A bordo do Abu Dhabi está o único árabe na Volvo Ocean Race: Adil Khalid. O velejador não vê a hora de chegar à sua terra natal e continuar a inspirar jovens de seu país a praticar a vela oceânica. “Se você tem um sonho, precisa trabalhar para alcançar. Nunca desista de seus objetivos”

Da assessoria

Em Floripa, recorde da Regata Volta à Ilha depende das condições de vento

Largada da edição 2013. Foto de Gabriel Heusi

Largada da edição 2013. Foto de Gabriel Heusi

Florianópolis (SC) – 11/12/2014 – Os comandantes e velejadores de cinco embarcações em condição de brigar pela quebra do recorde na 46ª Regata Volta à Ilha, que será realizada nesse sábado (13), em Florianópolis, são conservadores e uníssonos em relação as suas respectivas chances de baixar a marca: depende do vento.

Todos concordam que a melhor condição para a Volta à Ilha mais rápida é aquela que é corrida com ventos entre leste e sudeste, entre 15 e 20 nós (aproximadamente 30km/h a 35km/h), que faz com os barcos velejem em orça folgada em direção ao Sul, de través ou popa na costa Leste e em través folgado entre a Ponta do Rapa, extremo Norte da Ilha de Santa Catarina, e a Ponta Grossa, já dentro da baía Norte.

Foi com esta condição que o Mano´s Champ, do comandante Avelino Alvares, em 2011, pulverizou o tempo do até então recordista Catuana Kin, de Paulo Cocchi, em mais de meia hora, completando as 75 milhas náuticas em 8h43m10s, apenas pouco mais de três minutos a frente do seu mais ferrenho oponente. Avelino precisou de oito anos para suplantar a marca de Paulo Cocchi, que cravou, em 2003, o tempo de 9 horas e 13 minutos.

“O recorde da volta a Ilha não é fácil de bater”, admite o Vice-Comodoro de Eventos do Iate Clube de Santa Catarina, Rogério Capella, veterano nas regatas que encerram o ano esportivo do Clube. “Além das condições meteorológicas ideias, precisa-se de um barco muito rápido e uma tripulação empenhada neste objetivo”.

Paulo Cocchi e Avelino Alvares são estes comandantes. Para eles, o que importa é ser o primeiro a cruzar a linha. Não se interessam em acumular pontos para a Copa Veleiros de Oceano, da qual a Volta a Ilha é a última etapa, nem em que classe seus barcos estarão inscritos. O que importa é chegar na frente na regata mais tradicional do calendário náutico catarinense.

Nos 45 anos de regatas já realizadas, o tempo foi reduzido em apenas três ocasiões, desde que estabelecida a marca de 10h14m, pelo veleiro Mariscal II, de Marcelo Rupp, em 1988.  Os recordistas foram os veleiros Madrugada, de Sérgio Newmann, em 1990, com o tempo de 9h37m27s; Catuana Kin, em 2003, com 9h13m e, há três anos, foi a vez do Mano´s Champ.

Marcelo Gusmão, então com 18 anos de idade, estava a bordo do Mo Hai, de Anibal Carabelli, quando o barco venceu a regata de 1988 e passou a ser considerado o recordista, embora não se tenha registro do tempo obtido. O experiente velejador também estava a bordo nas quebras de recorde do Mariscal II e do Mano´s Champ.

Na tentativa de manter a escrita, Gusmão será o timoneiro do barco de Avelino na 46ª edição, que larga neste sábado. O comandante vai contar ainda com a experiência de Guilherme Rupp, já duas vezes recordista, e Alexandre de Carlos Back, que estava a bordo do Catuana Kin em 2003. “Vamos para a raia para segurar o recorde. A tripulação conhece o barco, estamos empenhados e se o vento for favorável, teremos uma bela disputa, principalmente com a entrada dos C30 e com a preparação do Catuana. Não vai ser fácil, mas vamos à luta”, diz Avelino.

A preparação do Catuana a que Avelino se refere, trata-se da instalação de um gurupés para que o barco passe a utilizar um geneaker, vela de proa que permite que se obtenha mais velocidade em ventos de través, e ao aumento da área vélica. “O barco está mais rápido do que no ano passado, mas precisamos de vento para vencer a regata”, diz Leonardo Back, timoneiro do barco de Paulo Cocchi e irmão de Alexandre, que corre na tripulação do adversário.

Os C30 são barcos bem menores, tem 30 pés, contra os 42 pés do Catuana Kin e do Manos Champ, mas foram construídos exclusivamente para regatas. São mais leves, tem excelente área vélica e, em condições ideais, chegam a velejar na mesma velocidade do vento.

Felipe Linhares, o Fipa, é o timoneiro do Zeus, barco comandado por Inácio Vandresen. Para ele, as esperanças estão num contravento rápido em direção ao Sul da Ilha, na primeira parte da regata. “Se chegarmos na Barra Sul junto com eles, temos chance”. Fipa conta com o vento Sul ou Sueste para superar os grandes. “Nestas condições, a coisa fica boa para nós. Planamos com menos de 15 nós e os outros dois, apenas com vento muito forte e somente em descidas de ondas”, avalia o velejador.

Na regata de 2013, mesmo longe do recorde, o Zeus chegou apenas 8 minutos após o Catuana cruzar a linha, e 3 minutos a frente do Katana, o C30 comandado por Fábio Filippon. Fábio, que torce para que o vento não seja Norte ou Nordeste, faz coro com Fipa em relação as mudanças implantadas no barco de Paulo Cocchi. “Quero ver como ele se sai com o jeaneaker. Sendo vento de qualquer quadrante Sul, o Catuana Kin terá que fazer bordos profundos, o que é melhor para nós. Na verdade, estou curioso. Esta perece que vai ser uma das Volta à Ilha mais disputadas”.

O outro C30 a largar as 10 horas da manhã deste sábado é o Corta Vento, do comandante Carlos Augusto de Matos. Ele está bastante confiante em enfrentar os barcos maiores. “Na regata Marejada, corrida para Itajaí em Novembro, sob vento Sul, nós chegamos 15 minutos na frente do Mano´s Champ, mesmo tendo que fazer diversos bordos. A geografia da Ilha de Santa Catarina é favorável à armação do C30 e vamos para competir”, finaliza o comandante.

Entre os barcos que correm pelo recorde da Volta à Ilha, Catuana Kin e Manos Champ não tem chances de premiações na Copa Veleiros 2014. Já entre os C30, Zeus e Corta Vento, com 12 e 14 pontos perdidos, respectivamente, lutam pelo título de campeão da temporada. O Katana, com 20 pontos perdidos, terá que se contentar com a terceira colocação.

Da assessoria

Copa Brasil de Vela começa neste sábado com inscrições e medições

Sul-Americano de Nacra serviu como aquecimento para a classe mais numerosa da competição

Estrangeiros já estão treinando na Guanabara

Estrangeiros já estão treinando na Guanabara

A segunda edição da Copa Brasil de Vela começa neste sábado e toda a estrutura montada na praia de São Francisco, em Niterói, já está pronta a espera dos mais de 100 velejadores do Brasil e de mais 23 países. Serão oito dias de evento com regatas para as dez classes olímpicas: Laser, Laser Radial, Finn, Nacra 17, 49er, 49er FX, 470 masculino e feminino e RS:X masculino e feminino. As raias serão as mesmas usadas nos Jogos do Rio 2016, sendo três dentro da baía de Guanabara (Ponte, Escola Naval e Pão de Açúcar) e mais duas do lado de fora (Copacabana e Niterói). As regatas estão programadas para começar às 13h todos os dias a partir de terça-feira (16). No sábado (20) haverá a regata da medalha, na enseada de São Francisco, bem pertinho do público. A Copa Brasil de Vela definirá os membros da Equipe Brasileira de Vela Olímpica (EBVO) de 2015.

“Estamos com o barco pronto e bem otimistas em relação ao resultado. No caso da classe 49er, para as duas duplas que estão mais iguais em termos de resultados, todos os campeonatos que tivemos ao longo do ano foram como uma eliminatória, mas é na Copa Brasil de Vela que serão definidos os membros da EBVO. Vai ser um campeonato bastante disputado e treinamos muito todo para tentar evoluir e conseguir um bom resultado em 2016”, disse Marco Grael, que veleja com Gabriel Borges.

Sul-Americano de Nacra serviu de prévia para seletiva brasileira:

Terminou nesta quinta-feira o Sul-Americano da classe Nacra. No total, 22 barcos participaram da competição, sendo nove brasileiros. O título ficou com a dupla Renee Groeneveld e Steven Krol, da Holanda. A melhor dupla brasileira foi João Siemsen e Juliana Mota, na 9ª colocação.

“Tínhamos poucos dias disponíveis para fazer as regatas, mas mesmo com uma infraestrutura enxuta conseguimos fazer um campeonato de qualidade. Foi uma excelente experiência, tanto para brasileiros quanto para os estrangeiros, que vieram em peso para testar a raia olímpica”, disse Tatiana Almeida, organizadora do campeonato e que também está na briga pela vaga brasileira nos Jogos.

Durante a Copa Brasil a Nacra será a classe mais numerosa, com 17 inscritos. O nível também será um dos mais altos, com a presença dos campeões mundiais Billy Bresson e Marie Riou, da França, e dos vice-campeões mundiais Santiago Lange e Cecilia Carranza, da Argentina.

Para mais informações, acesse www.copabrasildevela.com.br.

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