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Vitória holandesa por diferença de 16 minutos na segunda etapa da Volvo Ocean Race

Abu Dhabi comemora a vitória na segunda etapa da VOR

Abu Dhabi comemora a vitória na segunda etapa da VOR

Mais um final de etapa emocionante da Volvo Ocean Race. A perna entre a África do Sul e os Emirados Árabes Unidos terminou com vitória apertada dos holandeses do Team Brunel, que cruzaram a linha de chegada 16 minutos na frente do segundo colocado, o chinês Dongfeng. O terceiro foi o Abu Dhabi Ocean Racing, para a festa da torcida local. Até o início da manhã deste sábado (13), quando os três barcos estavam prestes a concluir o percurso de mais de 9 mil quilômetros, era impossível dar vantagem para uma equipe ou outra.

Para vencer a perna entre a Cidade do Cabo, na África do Sul, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o Team Brunel teve que dar a última cartada já na aproximação ao porto. Atrás nas últimas 24 horas, os holandeses encontraram vento ‘do nada’ na milha derradeira e ganharam a etapa de mais de 9 mil quilômetros. A primeira posição estava quase certa nas mãos do Dongfeng. A regata durou 23 dias e 16 horas e 25 minutos.

“Estamos muito felizes pela vitória. Sempre digo que é melhor ter sorte do que ser bom, mas confesso que nessa etapa também fomos perfeitos. Poderíamos ter terminado em último, de tão difícil que foi. A nossa equipe fez um trabalho fantástico e velejamos melhor do que na primeira perna”, disse Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel.

Festa holandesa e um pouco de decepção chinesa. “O Team Brunel foi muito mais rápido do que a gente nos últimos dias. Não sabemos como, mas foram. Estamos um pouco desapontados. É preciso ser rápido para ganhar as pernas”, falou Charles Caudrelier, comandante do Dongfeng. “Sempre queremos melhorar e a boa notícia é que mostramos que podemos jogar o jogo de igual para igual”.

E o final da etapa, além de equilibrado, foi congestionado na passagem pelo estreito de Ormuz – que tem 400 metros de largura e liga o Golfo de Omã ao Golfo Pérsico. Nos últimos dois dias, os barcos tiveram companhia de muitas embarcações, principalmente que transportam petróleo, já 50% das produtoras estão naquela região.

O espanhol MAPFRE deve chegar no fim do dia junto com o Team Alvimedica. Ambos estão disputando a quarta e quinta posições. Mais atrás está o Team SCA, em sexto.

Empate

A classificação, após duas pernas, mostra que a 12ª edição da Volvo Ocean Race é a mais equilibrada de todas. Triplo empate. Na primeira perna deu Abu Dhabi em primeiro e Team Brunel em terceiro. A situação se inverteu neste sábado. Os chineses do Dongfeng chegaram as duas em segundo. O resultado mostra o equilíbrio da nova classe de barcos, a Volvo Ocean 65.

“Não tem moleza. No passado dava para relaxar um pouco, pois o barco era rápido. Agora, o veleiro é completo em todos os aspectos e se alguém cometer um erro perde a vantagem”, ressaltou Bouwe Bekking. “Isso gera pressão a bordo, principalmente nos mais novos, que podem não saber lidar com perda de posições”.

A segunda etapa

A segunda etapa da Volvo Ocean Race foi histórica e teve emoção do começo ao fim. Desde a saída da Cidade do Cabo, com ventos de quase 100 km/h, passando pelas zonas anti-pirataria e pelas ilhotas do Índico, nenhum barco se destacou ou abriu vantagem na ponta.

A perna pelo Oceano Índico foi a mais desconhecida do evento de volta ao mundo. A flotilha de sete barcos, que terminou com seis após o acidente com o time dinamarquês, passou por uma área pouco navegada quando o assunto é regata oceânica.

O Team Vestas Wind não completou o percurso. No fim do mês passado, o barco da Dinamarca ficou encalhado em um banco de areia de uma ilhota do Oceano Índico. Os atletas foram obrigados a abandonar a embarcação e ainda há dúvidas se eles voltarão ao não à regata.

Barco de brasileiro se recupera aos poucos na Volvo Ocean Race

O brasileiro Bochecha, em primeiro plano, na chegada da segunda etapa da VOR. Foto de Francois Nel/Volvo Ocean Race

O brasileiro Bochecha, em primeiro plano, na chegada da segunda etapa da VOR. Foto de Francois Nel/Volvo Ocean Race

O MAPFRE conseguiu um melhor resultado na segunda etapa da Volvo Ocean Race, terminando em quarto lugar. O barco, que conta com o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca, cruzou a linha de chegada, na madrugada deste domingo (14), na quarta colocação, após amargar a última na regata anterior. O time concluiu o percurso de 9.600 quilômetros em 24 dias, 11 horas, 18 minutos e 18 segundos, passando por zonas de exclusão, calmarias intertropicais e velejando, no mínimo, 300 quilômetros a mais do que os adversários por causa de uma estratégia mais a Leste no Oceano Índico. O brasileiro aprovou a colocação.

“Foi uma recuperação muito boa no final, após uma disputa com o Alvimedica. Percebemos que quando navegamos barco contra barco somos mais competitivos. Estamos melhorando e vamos confirmar essa evolução na próxima etapa”, disse André ‘Bochecha’ Fonseca.

Decepcionados com o resultado da primeira etapa, a equipe teve algumas mudanças para a perna da Cidade do Cabo até Abu Dhabi. E, logo de cara, a equipe do MAPFRE acelerou, ficando entre os líderes nas primeiras semanas. “Tomamos uma decisão de ir para Leste e os adversários foram para outro lado. Ali foi a peça chave da regata. Tentamos recuperar um pouco no final, mas não deu. Mesmo assim o resultado foi bom”, contou o brasileiro. O MAPFRE soma 11 pontos perdidos na classificação geral, sete a mais do que os três líderes.

Além da quarta colocação, os espanhóis foram os vencedores do IWC Schaffhausen Speed Record Challenge, prêmio dado ao barco que percorreu mais milhas em 24 horas. A equipe, em 21 de novembro, navegou 517,4 milhas em um dia, nas extremas condições do Índico com a ajuda da corrente de Agulhas.

Neste domingo, o Team Alvimedica cruzou a linha de chegada na quinta colocação com 24 dias, 21 horas, 29 minutos e 23 segundos de navegação. O Team SCA é esperado para a segunda-feira (15).

Da assessoria

Definidos campeões pernambucanos de Dingue, Day Sailer e Snipe

A temporada 2014 da vela pernambucana está chegando ao fim. Neste final de semana, velejadores de três classes – Dingue, Day Sailer e Snipe – disputaram as últimas regatas que definiram os campeões estaduais nas suas respectivas categorias. Na Dingue, melhor para a dupla Leonardo Almeida e Suzana Ferreira que conquistou o título estadual. No Day Sailer, Alfredo Nunes e Fernando Carvalho ficaram com o primeiro lugar e no Snipe, deu Daniel Dantas/Victor.

A última etapa do Estadual de Dingue, realizada na Ilha de Itamaracá, Litoral Norte de Pernambuco, foi bastante acirrada. Então líderes da competição, Leonardo e Suzana venceram mais uma regata e sacramentaram o título estadual. É importante reforçar que além de definir os campeões estaduais de 2014, esta última etapa definiu os representantes de Pernambuco nas competições nacionais do próximo ano.

“Além de o Campeonato Pernambucano deste ano ter servido como preparação para o Brasileiro de Dingue que em 2015 será realizado em Pernambuco, o que destaco de mais importante na competição foi a participação de grandes nomes da vela pernambucana, como Cláudio Cardoso, campeão mundial de Hobie Cat 16, Renê Hutzler entre outros. Esses nomes elevaram e muito o nível da competição estadual”, resumiu o campeão Leonardo Almeida, que conquistou o estadual de Dingue pela quarta vez (2001, 2002 e 2003).

DAY SAILER

No Day Sailer, o título ficou com  dupla mais regular, Alfredo Nunes e Fernando Carvalho, da embarcação Theo. Os dois velejadores participaram de todas as regatas do Estadual 2014 e ficaram com o primeiro lugar. Ate então, outras três embarcações também lutavam pelo título: Varamundo, Zeus e Fragata.

SNIPE

As últimas regatas do Pernambucano de Snipe foram realizadas da praia de Maria Farinha. Assim como no Dingue e Day Sailer, o equilíbrio entre os participantes foi a tônica das últimas provas. Apesar da vitória de Ted Monteiro e Rafael Monteiro e Yuri Reitler e Vitor nas duas regatas deste domingo (14), o título estadual ficou com Daniel Dantas e Victor, que quebraram uma sequência de quatro títulos consecutivos de Edival Júnior e Mateus Pinheiro.

da assessoria

Katana é Fita Azul em uma das mais disputadas edições da Regata Volta à Ilha

©2014_Gabriel_Heusi

Durante a semana muito se falou que as chances de quebra de recorde na 46ª Regata Volta à Ilha dependeriam das condições de vento. E foi justamente o que ocorreu, mas de forma contrária. Em uma das edições mais equilibradas e técnicas da competição, o Katana foi o Fita Azul da prova, completando o percurso em 13h50m23s, quase seis horas acima da melhor marca já feita na competição, em condições de vento muita adversas. As disputas foram definidas por uma pequena margem de diferença entre os três primeiros, com domínio dos barcos da Classe C30. Além do campeão, o Zeus, vice, e Corta Vento, 3º, dominaram as disputas pelo título.

Comandando por Fábio Filippon, o Katana foi o primeiro a cruzar a linha de chegada. “A disputa foi fantástica. Os outros dois barcos C30 estão de parabéns. Foram muitas trocas de posição e essa regata foi particular, pois tivemos todos os tipos de vento. Não sei quanto tempo faz que um veleiro de 30 pés não é Fita Azul dessa regata, que é a mais importante do nosso calendário”, comemorou.

A largada ocorreu às 10h com vento nordeste de baixa intensidade. Os veleiros seguiram direção à Barra da Caeira com mudança nas condições para vento Sul de média intensidade. Quando todos acharam que a regata seria tranquila, novamente o vento parou. “Depois da Barra Sul nós achamos que daria até para abrir o balão e que seria tranquilo e rápido, mas não deu. Chegou lá e o vento acabou, voltou nordeste fraco e se estendeu assim até as 16h, 17h, quando começou a trovoada. O vento entrou forte de novo só nos Ingleses”, explicou Fábio.

XIV Regata Ilha do Largo – Ilha de Ratones
Paralela as disputas da Volta à Ilha, ocorreu a Regata Ilha do Largo – Ilha de Ratones com percurso mais curto para embarcações de menor porte. O Força 12, do comandante Arno Juk, foi o Fita Azul após 5h35m de prova.

“Essa foi a primeira vez que fiz a regata de dentro, sempre fazíamos a Volta à Ilha. Gostei bastante, foi uma regata tranquila e rápida, acho que valeu muito a pena”, disse Arno Juk. “Tivemos bastante mudança de vento e era preciso estar atento o tempo todo para as mudanças, mas no nosso caso foi relativamente tranquila”, completou.

Ao ser questionado sobre as dificuldades dos veleiros na Volta à Ilha, Arno Juk foi enfático: “A regata de fora vai ser jogo duro e a previsão é para entrar um sul forte a noite. A chegada vai ser difícil e trabalhosa, depois de todo mundo cansado. Eles terão que enfrentar um vento duro”. E foi exatamente o que aconteceu.

Katana, Zeus e Corta Vento definem o título no último contravento:
O comandante Arno Juk acertou nas previsões e, após passarem por grandes dificuldades até chegar ao Norte, os veleiros da Regata Volta à Ilha foram mais uma vez desafiados. A intensidade apertou e a prova passou a ser definida nos detalhes. “O C30 tem potencial grande para planar, é um barco que anda rápido com vento em popa e conseguimos abrir distância dos barcos maiores que vinham atrás”, explica Filippon. A partir deste momento a prova começou a ficar ainda mais emocionante, com trocas constantes na liderança.

Foram cinco ou seis mudanças na ponta, até que no último contravento o Katana saiu de 3º para 1º e não deixou mais escapar a ponta. “Nós temos uma tripulação fantástica. Durante toda a regata foram muitas trocas na liderança, com os três barcos se alternando. No final conseguimos ultrapassá-los e marcar a vitória”, finaliza Fábio Filippon, que contou com Rodrigo Lins (Proeiro), André Chang (Trimmer), Fábio Ramos (Timoneiro), Sergio Araújo (Tático), João Machado (Mastro) e Christie Alcântara (2º Trimmer) em sua tripulação.

Segundo colocado na competição, o Zeus terminou apenas 40 segundos à frente do Corta Vento, mostrando o equilíbrio desta edição da Volta à Ilha. “Essa foi uma das regatas mais difíceis que fizemos nos últimos dez anos. Todas as alternâncias de liderança e condições adversas, tornaram a regata muito cansativa, porém muito disputada entre os veleiros C3O. É claro que gostaríamos de ganhar, mas não conseguimos fazer mais no contravento e eles velejaram melhor”, disse Inácio Vandressen, comandante do Zeus.

Nas demais classes, o Melody 5 foi o grande vencedor na ORC Geral; na RGS A o Plancton passou em primeiro, enquanto que na RGS B deu Vendaval V. Na RGS Cruzeiro o Quinval completou na frente e na Visitante melhor para o Bolero 1.

Já na Regata Ilha do Largo – Ilha de Ratones, o Tintiun venceu na RGS C. Na Proa Rasa quem se deu melhor foi o Terra Firme e na Solitário o grande campeão foi o Terral.

Campeões da 46ª Regata Volta à Ilha:
C30 – Katana – Fita Azul
ORC Geral – Melody 5
RGS A – Plancton
RGS B – Vendaval V
RGS Cruzeiro – Quinval
Visitante – Bolero 1

Campeões da Regata Ilha do Largo – Ilha de Ratones:
Força Livre – Fita Azul
RGS C – Tintuin
Proa Rasa – Terra Firme
Solitário – Terral

A 46ª Regata Volta à Ilha e a XIV Regata Ilha do Largo – Ilha de Ratones definiram os campeões da Copa Veleiros de Oceano.

Campeões da Copa Veleiros de Oceano:
ORC Geral – Melody 5
C30 – Zeus Team
RGS A – Garrotilho
RGS B – Nemo
RGS C – Cecris V
RGS Cruzeiro – Carino
Proa Rasa – Maskote
Solitário – Terral

Da assessoria

Regatas da Copa Brasil de Vela começam nesta terça-feira em Niterói

Barcos das dez classes olímpicas já estão na praia de São Francisco

Bruno e Gigante, na busca da vaga da classe 470. Foto de Fred Hoffmann/CBVela

Bruno e Gigante, na busca da vaga da classe 470. Foto de Fred Hoffmann/CBVela

Mais de 100 velejadores, de 23 países, já estão com seus barcos nas areias da praia de São Francisco, em Niterói, prontos para o evento mais importante do ano da vela olímpica brasileira: A Copa Brasil de Vela. Serão cinco dias de regatas para as dez classes que fazem parte do programa olímpico. No sábado, último dia da competição, serão disputadas as medal races, com pontuação diferenciada e mais perto da praia, para que o público possa assistir e torcer de pertinho. Estarão na água as classes Nacra 17, Laser Radial, Laser Standard, 470 masculino e feminino, RS:X masculino e feminino, Finn, 49er e 49er FX.

“Queremos melhorar um pouco em relação à última edição da Copa Brasil. Este foi um ano de bastante evolução para nós e ainda estamos aprendendo a ser um pouco mais constantes em relação aos resultados. Queremos diminuir os erros grandes e ter um pouco mais de constância na velejada, pois sabemos que temos capacidade para acompanhar os melhores. Este campeonato vai ser um pouco diferente, pois teremos uma flotilha muito forte, com quase todos os top 20 do último mundial. É uma oportunidade grande de competir contra eles, velejando em casa”, disse Henrique Haddad, o Gigante, que está na briga pela vaga da 470 ao lado de Bruno Bethlem.

Além da briga pela vaga na equipe olímpica de 2015, a classe também disputará o seu Campeonato Brasileiro e contará com nomes de peso na água, como os australianos Mathew Belcher e Will Ryan, campeões mundiais, e os britânicos Luke Patience e Elliot Willis, quartos colocados no Mundial.

“Estivemos pela primeira vez aqui no RJ em agosto, durante o Evento Teste, e foi muito bom. É bem difícil velejar aqui e queremos conhecer o máximo possível da raia. É um caminho longo da Austrália para cá, mas o pessoal é muito simpático e amigável e faz valer a pena”, disse o Will Ryan.

As regatas estão programadas para largar às 13h. A previsão do tempo indica vento fraco nas raias dentro da baía de Guanabara.

Para mais informações sobre o evento, acesse a página oficialwww.copabrasildevela.com.br.

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