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Franck Cammas tem pé parcialmente separado durante o treinamento, na França, para a Copa América de 2017

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O herói Cammas foi abatido em pleno voo. E mostra o quanto são perigosos os velozes catamarãs sobre fólios. Nossa solidariedade e sorte pra ele!

Ontem o velejador francês Franck Cammas, ganhador da VOR em 2012 e detentor do recorde absoluto de volta ao mundo a vela no Maxi-Tri Groupama (48 dias, em 2010), sofreu um acidente durante o treinamento do Team France para a Copa América de 2017, na baía de Quiberon, Bretanha, França.

Segundo a equipe, o catamarã sobre fólios GC32, estava a todo o vapor, no momento em que Cammas, caído no mar, foi atingido pelo leme na sua perna direita.

De acordo com o jornal francês Le Telegramme, Cammas sofreu uma fratura exposta na parte inferior da tíbia direita, deixando o pé “parcialmente cortado” no acidente. Sua perna direita foi gravemente ferida.
Ainda segundo o jornal, Cammas foi rapidamente resgatado por um barco de apoio e levado para a costa onde foi transportado de helicóptero para um centro cirúrgico em Nantes.

Fonte: http://www.stuff.co.nz/sport/

Uruguai é campeão sul-americano de J/24 em Porto Alegre

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Brasil ficou em terceiro lugar no campeonato encerrado neste domingo no Veleiros do Sul

Os uruguaios foram os melhores no Campeonato Sul-americano da classe J/24 que encerrou neste domingo em Porto Alegre. O título continental ficou com Extasis Saling Team, do comandante Pedro Garra, de Punta del Este. Em segundo lugar os argentinos de Olivos com o barco Worknet, de Nicolas Cubria e em terceiro os brasileiros do C’est la Vie Sailing Team, de Henrique Dias, do Veleiros do Sul, clube sede do evento.

O campeonato teve sete regatas bem disputadas entre os 12 barcos da flotilha sul-americana. A decisão ficou para a última regata com direito a duelo na raia entre os barcos Extasis e Worknet. No entanto a tripulação uruguaia formada por Pedro Garra,Juan Real de Azúa, Ivan Guicheff, Alejandro Carluccio e Matias Garcia confirmou o seu favoritismo depois de também ter vencido o Brasileiro de J/24 realizado durante a semana no Veleiros do Sul.

“Esse foi o nosso primeiro título sul-americano de J/24, depois de termos competido em três edições consecutivas. O campeonato estava espetacular com boas regatas e muito vento. Nossos adversários, alguns deles já eram nossos conhecidos como Nicolas Cubria, velejaram muito bem e sabíamos que seria uma disputa dura”, disse Pedro Garra, 46 anos, que em outubro também venceu a Semana de Vela de Buenos Aires e compete em outro barco da classe J/70.

O timoneiro uruguaio também ressaltou os brasileiros do C’est la Vie. “ Eles estavam no páreo com a gente”. Os representantes do Veleiros do Sul estavam na segunda colocação no Sul-americano, hoje tiveram uma desclassificação por largarem escapado na quinta regata, protestaram e ganharam o pedido de reparação. “Infelizmente não pude contar com um dos meus tripulantes que sabe muito bem regular as velas, mas no geral foi um campeonato divertido, nós concluímos o evento em terceiro o que acabou sendo uma boa posição”, avaliou o comandante Henrique Dias, que contou a bordo com Vilnei Goldmeier, Alexis Knebel, Frederico Sidou (Marília Bassoa e Michele Oliveira)

No último domingo (29) o Sul-americano teve as três regatas finais realizadas a partir das 11h com vento fraco na primeira de direção sudeste e depois foi para sul e aumentou a intensidade para 20 nós. A tripulação do Eurus, de Ronaldo Senfft, de Niterói, abandonou a última regata devido a uma lesão no ombro de um tripulante e ficou em sétimo lugar. O Sul-americano teve timoneiros veteranos como Boris Ostergren, de 77 anos, que venceu a sexta regata e contou no seu time com Nicolas Mueller, de 14 anos. Ele terminou em quinto lugar. E também Walter Bromberg, de 84 anos, no barco Zapeka.

Texto e fotos por Ricardo Pedebos/VDS

Mais fotos em: https://www.flickr.com/photos/veleirosdosul/albums/72157661683006946

Regata Volta à Ilha rompe a madrugada em SP

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Na bela foto do Sailstation Marcos Méndez vemos a boa disputa na Ilhabela

A tradicional regata de percurso da Copa Swift Sport, Volta à Ilha – Sir Peter Blake, em homenagem ao velejador neozelandês, tornou-se um desafio de mais de 13 horas para os últimos barcos a cruzar a linha de chegada, no último domingo de novembro (29). Sol, chuva, vento forte e calmaria impuseram aos velejadores as mais variadas condições durante o percurso de 40 milhas entre a praia da Armação (noroeste de Ilhabela) e a ponta da Sela (sudoeste). O fita azul, primeiro barco a chegar no tempo real, foi o caiçara Porsche, da classe C30, comandado por Marcos de Oliveira Cezar.

Havia a expectativa de que o melhor tempo da prova, 6h05m12, estabelecido pelo Montecristo em 2014, fosse superado, mas o Porsche concluiu a regata às 20h59, com o tempo de 8h54, enquanto o último barco a chegar foi o BL3, à 1h16m42 deste domingo (29), após 13h11m42 de velejada. Entre os 26 barcos da Volta à Ilha, 17 completaram a prova, com nove desistências. Outras 14 embarcações, sendo dez HPE 25 e quatro RGS C, correram regata mais curta, entre as praias da Armação e Jabaquara.

Na classe RGS (A e B), flotilha mais numerosa do campeonato, vitória do barco de Ilhabela, Jazz, após 9h14m57. “Fizemos a regata das quatro estações. Teve de tudo no percurso: sol, chuva, névoa, vento forte, calmaria. Foi ao mesmo tempo um desafio e uma diversão. Ainda tivemos um alagamento porque a mangueira da pia estourou e colocou 300 litros de água a bordo. Poderíamos ter sido ainda mais rápidos se não tivéssemos que drenar a água”, avaliou o comandante do Jazz, John Jansen. “Já de noite, após a tempestade, optamos por afastar o barco da Ilha e fomos favorecidos pela correnteza de sul”.

O Jazz chegou à frente de Inaê Transbrasa, Fram, Orson e Montecristo na divisão “A”. Na “B”, apenas o Helios (Marcos Lobo) cruzou a linha de chegada, enquanto na RGS Cruiser, Alforria, H2Orça e BL3 completaram a prova. “Estamos invictos desde que decidimos competir, neste ano”, comemorou o comandante do Alforria, Luiz Villares. “Vencemos a Regata do Camarão na categoria Família e a Caipirinha’s Cup, ambas em Ilhabela. Hoje, chegamos à frente do Orson no tempo real. É um orgulho”, destacou Villares.

Match Race na C30 – Na briga pela fita azul, Troféu Almirante Tamandaré em homenagem ao Dia do Marinheiro, a competitiva classe C30 proporcionou um duelo sensacional na linha de chegada. O Porsche chegou apenas 30 segundos à frente do Caballo Loco (Mauro Dottori). O terceiro colocado na classe foi o Kaikias (Felipe Echenique). O Tahiti Nui, líder da classe HPE 30, liderou a maior parte da regata. “Quando faltavam 2,5 milhas dissemos: não perdemos mais. Logo em seguida veio raio, trovão, chuva e caímos em um buraco de vento, em baixo de uma nuvem. Na escuridão só víamos as luzes dos barcos nos passando no vento leste”, lamentou Ricardo Costa, tripulante do Tahiti Nui. Os barcos #04 (Henrique Haddad) e Capatosta (Marcelo Bellotti) chegaram à frente do Tahiti Nui (André Fonseca, o Bochecha).

Susto na HPE 25 – Logo depois da largada em frente à Praia da Armação, o HPE 25 Suzuki Bond Girl deu um bordo rente à costa de Ilhabela e acabou projetado contra as pedras, devido a um “buraco de vento”. Com o auxílio do bote da Comissão de Regata a tripulação comandada por Rique Vanderley foi resgatada, ilesa, e retornou velejando ao Grêmio de Vela de Ilhabela (GVI) para revisão do casco e da quilha. Sempre mostrando poder de superação, os velejadores do Bond Girl venceram a Ilhabela Sailing Week, em julho, após a quebra do mastro, logo no primeiro dia, também em regata de percurso.

A quarta e decisiva etapa da Copa Swift Sport, XV Circuito Ilhabela de vela oceânica define a temporada de 2015 no próximo fim de semana (05 e 06/12). A organização e realização são do Yacht Club de Ilhabela.

Por Ary Pereira Jr.

JORGE ZARIF FAZ BOA CAMPANHA E TERMINA O MUNDIAL DA CLASSE FINN NO TOP 10

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Brasileiro ficou em 5º na disputa da regata da medalha e terminou a competição na 7ª posição na classificação geral. (Wander Roberto/Inovafoto)

 

Último brasileiro a entrar na água para disputar um Campeonato Mundial em 2015, o velejador Jorge Zarif encerrou a sua participação na competição da classe Finn, em Takapuna Beach, em Auckland, na Nova Zelândia, na 7ª posição na classificação geral. Neste domingo (dia 29), ele chegou em 5º na regata da medalha, terminando o Mundial com 125 pontos perdidos.

“Foi uma boa participação. Comecei o campeonato devagar, perdendo pontos bobos. Tive um pouco de dificuldade de pegar o jeito do barco novo. Mas foi um bom resultado. Estamos no caminho certo para 2016. Quando os Jogos Olímpicos do Rio chegarem, estaremos preparados”, disse Zarif, campeão mundial em 2013 e já classificado para os Jogos Rio 2016.

Na Nova Zelândia, o brasileiro de 23 anos deu prosseguimento à parceria com o técnico Rafael Trujillo, retomada no evento-teste dos Jogos Olímpicos, em agosto. O espanhol havia se ausentado para disputar a Volvo Ocean Race, famosa regata de volta ao mundo.

“Estou com uma equipe muito bem preparada e que vem me ajudando nos últimos meses. Isso faz muita diferença. É muito bom poder trabalhar com o Trujillo, um técnico muito competente. Com ele, disputei cinco regatas da medalha em seis campeonatos”, finalizou o velejador brasileiro.

Campeão mundial em 2011 e 2014, o britânico Giles Scott voltou a ficar no ponto mais alto do pódio. O vencedor do evento-teste deste ano terminou a competição com 48 pontos perdidos. A prata ficou com o francês Jonathan Lobert, terceiro colocado nos Jogos Olímpicos de Londres-2012, com 93 pontos perdidos. E o bronze foi para o esloveno Vasilij Zbogar, com 112 pontos perdidos. Dá-lhe Jorginho!!

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