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Katana é o Fita Azul da Volta a Ilha pelo segundo ano consecutivo

47ª Regata Volta a Ilha Foto: Rodrigo Sambaqui

A 47ª Regata Volta a Ilha nas lentes de Rodrigo Sambaqui

Pelo segundo ano consecutivo, o veleiro Katana, da classe C30, foi o Fita Azul da tradicional Regata Volta a Ilha, que encerrou o calendário de atividades náuticas do Iate Clube de Santa Catarina. Em uma chegada extremamente equilibrada, a embarcação do comandante Cesar Gomes cruzou a linha de chegada próximo das 22h20, um minuto à frente do Itajaí Sailing Team, da classe ORC.

“Foi uma regata muito produtiva. O Katana é um barco muito competitivo. A gente tinha outros adversários de níveis e no final conseguimos nos destacar um pouco e cruzamos na frente”, disse o comandante Cesar Gomes.

Como em todos os anos, sempre existe a expectativa com quebra de recorde, mas ao longo da semana a previsão apontava para um dia de condições difíceis, que se provaram corretas na manhã da regata. Em um dia que variou entre ventos fraco no início do dia e muito forte no decorrer da prova, a 47ªRegata Volta a Ilha tornou-se um desafio de aproximadamente doze horas para os primeiros colocados. Sol, chuva, momentos de calmaria e condições adversas exigiriam muito das equipes ao longo do percurso de 65 milhas (120km), em um cenário muito parecido com a edição do ano passado.

A largada ocorreu as 10h, com vento nordeste de fraca intensidade e logo após o começo baixou ainda mais. Ainda no início da regata, o Katana teve um problema após se enroscar com uma rede, mas contornou bem a situação voltando logo para o páreo. As primeiras horas foram de calmaria, até que o vento sul entrou variando de 10-12 nós, chegando a 15 em alguns momentos.

Após passarem pelas praias do leste da Ilha, já próximos ao Santinho, o ventou apertou consideravelmente, chegando a passar de 30 nós. Dessa forma o ritmo da prova aumentou bastante. As embarcações C30 dominaram o percurso quase por completo e vinham na frente a todo momento. Katana, Zeus e Corta Vento repetiam o mesmo cenário do ano passado, com o Itajaí Sailing Team vindo logo atrás.

Na parte final da regata, já na Baía Norte, a equipe de Itajaí começou a tirar a diferença para os adversários, ultrapassando o Zeus e Corta Vento. Em um final emocionante, o veleiro da classe ORC tentou de tudo, mas por pouco mais de um minuto não conseguiu superar o Katana.

“A regata muito longa é difícil por causa disso, ainda mais em condições de vento fraco. Foi um dia cheio de bandeiras amarelas, que são os pontos onde recomeça tudo. Aconteceu muito no Sul da Ilha isso e até mesmo aqui dentro da Baía. Isso tornou tudo mais difícil e competitivo, tanto que chegamos apenas alguns segundos à frente do Itajaí Sailing Team. A Volta a Ilha é uma regata que não tem aquela coisa de já perdemos ou já ganhou, tem que lutar até o final, o que torna tudo mais interessante”, completa Cesar.

Assim como em 2014, os veleiros C30 dominaram a regata quase que por inteiro. A frente a partir da passagem pelo Pântano do Sul, Katana, Zeus e Corta Vento vieram liderando a flotilha, com pequena vantagem para o Katana, que manteve a ponta até o fim. Ultrapassados apenas no final pelo veleiro Itajaí Sailing Team, da classe ORC, Zeus e Corta Vento completaram o percurso em 2º e 3º, respectivamente, na classe.

Primeiro ORC a cruzar, o Itajaí Sailing Team acabou na terceira colocação na classe. Após a correção de tempo, o Melody 5 acabou com a vitória, seguido pelo Catuana Kim.

Na RGS A, o Plancton foi o grande vencedor da Regata Volta a Ilha, seguido por Argonauta, Garrotilho e Açores III. Na RGS B, o Zephyrus superou Bom Abrigo, segundo, e Zuriel, terceiro, para confirmar o título na classe. Encerrando as disputas, o Quival levou a melhor na RGS Cruzeiro, enquanto o Flying Soul foi o campeão da Multicasco

15ª Regata Volta a Ilha do Largo – Ilha de Ratones

Paralelo a disputa da Regata Volta a Ilha, neste sábado ocorreu também a 15ª edição da Regata Volta a Ilha do Largo – Ilha de Ratones, e mais uma vez o Força 12 (HPE25) repetiu a vitória do ano anterior. A embarcação do comandante Arno Juk completou a prova em pouco mais de 7h30, cruzando em primeiro próximo das 17h35. Na classe Carmelitas, após correção de tempo, o Tintiun foi o vencedor, seguido por Carino e Euphoria.

Por SixComm Assessoria de Imprensa

Bruno Prada é prata na Final da Star Sailors League

Pódio da Final da SSL com Prada na segunda colocação.

Pódio da Final da SSL com Prada na segunda colocação.

 

Melhor proeiro do mundo correu ao lado do neozelandês Hamish Pepper. Título ficou com George Szabo (USA) e Edoardo Natucci (ITA)

A edição 2015 da Grande Final da Star Sailors League terminou neste sábado com condições desafiadoras nas águas da baía de Montagu, em Nassau, nas Bahamas. Onze duplas de velejadores renomados, de oito países, incluindo o Brasil disputaram três regatas eliminatórias para definir quem levaria o ouro e parte do prêmio de $200 mil. Dez times disputaram as quartas de final e a vitória foi de George Szabo (USA) e Edoardo Natucci (ITA). Bruno Prada, que correu com o neozelandês Hamish Pepper, ficou com a prata.

A disputa mais acirrada neste começo de dia foi pelas últimas vagas nas semi-finais. Paul Cayard e Brian Sharp, dos EUA, garantiram a classificação, eliminando os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi depois de um popa espetacular. Kusznierewicz/Zycki (POL), Williams/ Mitchell (GBR) e Schümann/Borkowski (GER) também foram eliminados.

A semi-final foi disputada pelos seis primeiros das quartas, mais os franceses Xavier Rohart e Pierre-Alexis Ponsot, vencedores da fase classificatória. Os alemães Johanes Plgar e Markus Koy travaram uma batalha particular com os franceses, mas a vitória ficou com Pepper/Prada. As três duplas, mais Szabo e Natucci passaram para a final. Bernaz/Rambeau (FRA), Stipanovic/Canali (CRO/ITA) e Cayard/Sharp (USA) foram eliminados

Na final, logo na largada, Pepper/Prada e Rohart/Ponsot foram penalizados pelos juízes e tiveram que manobrar para pagar a penalização. Szabo/Natucci também foram penalizados ao tentar cruzar a frente de Polgar/Koy sem direito de passagem. Pepper/Prada conseguiram se recuperar e montaram a primeira boia em primeiro, com Szabo/Natucci a menos de um barco atrás. A partir daí as duas duplas trocaram posições até a última perna, quando o barco do brasileiro acabou indo para o lado errado, cedendo a vitória para a dupla ítalo-americana por um barco de vantagem. Rohart/Ponsot completaram o pódio.

Para se ter ideia de quão forte era a flotilha que velejou neste último dia, dentre os 22 velejadores, havia 28 campanhas olímpicas, além de mais de 12 participações em America´s Cups. Além disso, a diferença de idade e experiência também chama a atenção. Jochen Schuemann conquistou a primeira das suas três medalhas de ouro olímpicas, o ouro na Finn em 1976, data em que o velejador francês Jean Baptiste Bernaz não havia nem nascido.

Xavier Rohart:

Tive muitas emoções hoje. Tivemos tudo para vencer o evento: velocidade, confiança, conhecimento, sentimos o vento muito bem, mas cometemos um erro na largada. Fui muito agressivo e por isso assumo a responsabilidade. Tivemos uma pequena colisão com o Pepper e não reclamamos, mas o juiz não viu direito e penalizou as duas duplas. Como o presidente da SSL acredito que este evento tenha sido um grande sucesso e a única coisa que queria era um pouco mais de vento, especialmente nas quartas de final. Espero que continuemos com esse sucesso e que possamos crescer mais e melhor!

George Szabo:

Sempre gostei de velejar com vento mais fraco e estava preocupado de chegar na raia e ter 15, 20 nós de vento todos os dias, então fiquei muito feliz com as condições que encontramos aqui. Vento fraco é realmente o meu ponto forte. Estou muito contente, o evento foi muito divertido, os outros velejadores são muito legais e ninguém dá folga. Mesmo aqueles que nunca tinham velejado em um Star são tão bons, que acabam encontrando uma rondada de vento que os leva para frente. Os que velejam de Star tem ótima velocidade e uma velejada bonita de se ver. Todos foram honestos e a flotilha foi sensacional!

Hamish Pepper:

Tivemos uma pequena briga com o Rohart na largada e ainda não sei direito o que aconteceu, mas por sorte tinham apenas quatro barcos correndo a regata e foi possível pegar o vento limpo para seguir. Além disso, estávamos do lado certo da raia, onde o vento estava um pouco mais forte, e conseguimos voltar até que bem para a regata, mas a disputa com o Szabo foi uma montanha-russa e ele estava indo muito bem no popa. Regata muito disputada e estou até sem unha!

A Grande Final da SSL distribuiu $200 mil em prêmios e os vencedores levaram para casa, além do trofeu, o cheque no valor de $40 mil.

Por Mari Peccicacco

Copa Swift Sport encerra temporada com raia lotada em Ilhabela, neste dezembro 2015

 

 

ILHABELA URGENTE 3

Número de tripulações inscritas animou a organização e os próprios velejadores, trazendo perspectivas de evolução para 2016.

O XV Circuito em Ilhabela (SP) de vela oceânica, foi encerrado neste fim de semana (5 e 6) no Yacht Club, com um total de 41 barcos na raia, motivo de satisfação para a Comissão de Regata (CR).

“Colocar todas essas embarcações para competir em Ilhabela em plena crise demonstra um número expressivo, é muito barco, uma ótima condição”, exalta o diretor da CR, Cuca Sodré.

Otimista, o juiz internacional prevê novidades para 2016. “Vamos criar a divisão Silver para a classe RGS e implantar a Bico de Proa, categoria com a finalidade de oferecer uma porta de entrada e acolher novos velejadores”.

Os planos rumo para as próximas edições, já estão sendo traçados devido ao apoio incondicional da Suzuki Veículos à vela. O patrocínio está renovado para mais uma temporada.

Nas regatas decisivas do último domingo (6), com vento sudoeste em torno de 12 nós, algumas das classes em disputa na Copa Swift Sport confirmaram o domínio das tripulações que tiverem a oportunidade de treinar de forma mais intensa ao longo do ano. Porsche (C30), Ginga (HPE 25) e Asbar Total Balance (RGS), contam com velejadores nativos da Ilha ou frequentadores mais assíduos da Capital Nacional da Vela.

“Estamos com a mesma tripulação há três anos. O barco fica no Grêmio de Vela de Ilhabela (GVI) e saímos para treinar pelo menos duas ou três vezes por mês”, afirma Tináh, natural de Ilhabela, tático e responsável pelo gerenciamento da equipe do Asbar, comandado por Sérgio Klepacz, que nem sempre está embarcado nas regatas. “A Copa Swift Sport mostrou a força da vela oceânica. Há uma proposta para pegarmos um barco maior no próximo ano e mudarmos de classe”, revela Tináh, vencedor da RGS Geral e na divisão “B”.

O Porsche dominou a temporada na classe C30. Um dos motivos da evolução, foi o investimento nos treinos. “Fomos mais regulares e eficientes neste ano porque conseguimos elaborar uma programação de treinos”, afirmou Marcos de Oliveira Cesar, comandante do Porsche, campeão na C30 – título inédito para a equipe paulista.

Na classe HPE 25, Breno Chvaicer, comandante do campeão Ginga, segue a mesma linha. “A concorrência está cada vez mais forte e precisamos investir nos treinos. É a única maneira de nos mantermos à frente na classe”, considera Chvaicer, responsável pela tripulação formada por caiçaras.

Os vencedores da quarta e última etapa de 2015 são: Porsche (C30), Jazz (RGS A), Asbar (RGS B), Sextante (RGS C), Cocoon (Cruiser), Ginga (HPE 25) e Tahiti Nui (HPE 30).

Os primeiros colocados (1º a 3º) na Copa Swift Sport de 2015

C30: Porsche, Caballo Loco e +Realizado

RGS Geral: Asbar Total Balance, Inaê Transbrasa e Fram

RGS A: Inaê Transbrasa, Jazz e Fram

RGS B: Asbara Total Balance, Helios e Suduca

RGS C: Brazuca, Sextante e Colin

RGS Cruiser: BL3, Jambock e Cocoon

HPE 25: Ginga, Fit to Fly e Repeteco

HPE 25 (Silver): Conquest e Argos

HPE 30: Tahiti Nui, Capatosta e #04

As tripulações mais eficientes da temporada receberam como prêmio, miniaturas de canoas caiçaras, elaboradas pelo artesão Davi Borges, de Ilhabela. A organização e a realização da Copa Swift Sport são do Yacht Club de Ilhabela, o patrocínio da SUZUKI VEÍCULOS, com apoios de Ser Glass, North Sails, Revista Mariner, Ancoradouro, Antena 1, SailStation, Prefeitura Municipal de Ilhabela e SPOT Global Phone, da Globalstar.

Por Ary Pereira Jr.

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