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Martine chega em quinto na África do Sul. Apenas um minuto separou sexto e sétimo colocados na segunda etapa da VOR

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O AkzoNobel, que chegou a liderar a segunda etapa, chegou em quinto na Cidade do Cabo.

O AkzoNobel, obteve este sábado à noite o quinto lugar na segunda etapa da Volvo Ocean Race, a equipe teve que segurar os nervos quando o vento caiu e rondou perto da linha de chegada, com os dois barcos que vinham atrás se aproximando rapidamente a menos de 4 milhas de distância.

Não é frequente que um quinto lugar pareça uma vitória, mas, a batalha foi tão renhida com o SHK / Scallywag e o Turn the Tide on Plastic, que o skipper Simeon Tienpont estava contente. “Tivemos que lutar todo o percurso. É óbvio que é decepcionante não termos conseguido ficar no vento certo (nota do manza: tiveram que ir mais para o sul, descolando dos líderes), mas permanecemos confidentes. E tivemos uma grande competição de vela até ao final. Estou muito feliz por ter terminado em quinto,em uma chegada tão parelha”, disse o ex-demitido holandês.

Veja as palavras de Martine Grael na chegada:

 

Disputa intensa – Atrás do AkzoNobel, a etapa ainda não tinha terminado e a disputa pelo sexto lugar foi ainda mais intensa.

Na aproximação à Cidade do Cabo, o Sun Hung Kai / Scallywag, do skipper David Witt, conseguiu ganhar duas milhas sobre o Turn the Tide on Plastic de Dee Caffari. Mas já sob a influência da Table Mountain, o vento ficou muito rondado e inconstante e com isto a vantagem foi anulada.

No final, Caffari terminou em sétimo (último) a menos de 0,1 milhas náuticas – menos de 200 metros – numa etapa de 7.000 milhas náuticas. “Nós tivemos o Scallywag no nosso horizonte desde a passagem do equador, e esse resultado não é o que merecemos. Nós merecemos mais, estou triste pelos meus tripulantes”, disse Caffari.

“Nós hoje perdemos duas milhas para eles, e depois conseguimos recuperar até poucos metros. Palmas para os nossos tripulantes por terem tentado tudo, e é por isso que eu queria que o resultado fosse outro”, completou a comandante.

Witt e sua equipa suportaram o assalto final, e depois de navegar à vista do Turn the Tide on Plastic na maior parte da etapa, puderam finalmente respirar, cruzando a linha de chegada com um pouco mais de um minuto de vantagem.

“Todos estavam bem. Ninguém desistiu “, disse Witt, rindo em homenagem à sua equipe. “Nós somos sólidos. Temos garra. Temos que ficar juntos, continuar a lutar e melhorar sempre”, completou.

Com as sete equipas agora em terra, o vencedor da 2ª etapa, o MAPFRE também está no topo da tabela de classificação geral, apenas com um ponto de vantagem sobreo Vestas 11th Hour Racing. O Dongfeng Race Team está dois pontos a trás.

As equipes terão agora um merecido descanso, antes da regata In-Port de 8 de dezembro. A 3ª etapa da Volvo Ocean Race, que vai ligar a Cidade do Cabo até Melbourne, começa no dia 10 de dezembro.

2ª etapa – Resultados Provisórios – sábado 25 de novembro (Dia 21) às 00:18 UTC

  1. MAPFRE – TERMINADO – 15: 10.33 UTC – 19 dias, 01h: 10m: 33s
  2. Dongfeng Race Team – TERMINADO – 18: 02.39 UTC – 19 dias, 04h: 02m: 39s
  3. Vestas 11th Hour Racing – TERMINADO – 19: 37.53 UTC – 19 dias, 05h: 37m: 53s
  4. Team Brunel – TERMINADO – 00: 14.47 UTC – 19 dias, 10h: 14m: 47s
  5. Team AkzoNobel – TERMINADO – 21 : 24.40 UTC – 20 dias, 07h: 24m: 40s
  6. Sun Hung Kai / Scallywag – TERMINADO – 21: 55.21 UTC – 20 dias, 07h: 55m: 21s
  7. Turnthe Tide on Plastic – TERMINADO – 21 : 56.29 UTC – 20 dias, 07h: 56m: 29s

Volvo Ocean Race – Quadro da classificação geral

  1. MAPFRE – TERMINADO – 14 pontos (após a 2ª etapa)
  2. Vestas 11th Hour Racing – TERMINADO – 13 pontos (após a 2ª etapa)
  3. Dongfeng Race Team – TERMINADO – 11 pontos (após a 2ª etapa)
  4. Team AkzoNobel – TERMINADO – 7 pontos (após a 2ª etapa)
  5. Equipe Brunel – TERMINADO – 6 pontos (após a 2ª etapa)
  6. Sun Hung Kai / Scallywag – FINECIDO – 5 pontos (após a 2ª etapa )
  7. Turn the Tide on Plastic – FINALIZADO – 2 pontos (após a 2ª etapa)

Parem as máquinas! Mapfre vence a segunda perna da VOR e deve liderar a regata no geral.

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Viva España! Os vermelhinhos perseguiram de perto sempre e, claro,  ultrapassaram os rivais para vencer com autoridade em Cape Town.

O dia de sol na Cidade do Cabo acaba de testemunhar a chegada do espanhol Mapfre à frente da flotilha de sete barcos da Volvo Ocean Race, na segunda perna da regata de volta ao mundo. Aliás, a segunda maior perna da aventura também, com mais de 7 mil milhas náuticas. A maior chega em Itajaí, em Abril…

Depois de 19 dias no mar, a tripulação liderada pela estrela olímpica hispana Xabi Fernandez mostrou porque é uma das favoritas para vencer – e finalmente levar o caneco para a terra d’el rey pela primeira vez na história. Com a vitória e o ponto extra pela vitória (você não leu errado, a regra é assim agora, sete pontos por chegar em primeiro e mais um extra por ter vencido… Coisas!…) o time vermelho somou mais 8 pontos e, com 14 totais (foi o segundo em Lisboa), deve liderar a coisa toda. O Vestas deve ficar com 13pt e o Dongfeng com onze.

Leg 2. Arrivals from Lisbon to Cape Town. Photo by Ainhoa Sanchez/Volvo Ocean Race. 24 November, 2017.

O segundo a chegar na África deve ser o rival sino-gaulês Dongfeng, a 37 milhas da linha final (veja tabela abaixo), seguido do holandês Vestas, quase 25mn atrás. Nossa Martine Grael está, com seu AkzoNobel, em 5º lugar agora, mas mais de 300 milhas na esteira do 4º colocado, o Brunel. Que, por sua vez, está a 130mn da chegada.

A briga no fim da flotilha vai ser boa já que TTOn Plastic (em 6º) e Scallywag (em 7º e último) estão num raio de 6 milhas. Os três, que perderam contato com o grupo da frente, foram obrigados a mergulhar para o sul para evitar uma zona de poucos ventos e acabaram mais longe ainda dos líderes.  Como dizem em inglês, “the rich get richer”. A história do mundo!…

Fui!

Murillo Novaes
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Na hora da chegada do Mapfre a coisa estava deste tamanho no sul do Atlântico.

Parem as máquinas! Saiu o novo barco da America’s Cup

Marinha do Brasil resgata trimarã que perdeu o mastro na Transat Jacques Vabre. Arkema vence entre os Multi50.

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O príncipe bretão foi salvo pelos bravos homens da Marinha do Brasil. Bravo Zulu!

O barco militar brasileiro, Guaratuba, de 46 metros de comprimento – ou 150 pés, como queira –,  que deixou ontem a noite a baía de Todos os Santos, em Salvador, para ir ao encontro do desmastreado Maxi80 (competindo na classe ‘Ultime’) Prince de Bretagne, de Lionel Lemonchois e Bernard Stamm, já está levando o pássaro sem asa para o ninho baiano.

O desmastreamento do Prince de Bretagne aconteceu ontem (quarta-feira, 15/11) às 18:15 (UTC), a 93 milhas da linha final da Transat Jacques Vabre. Bem no epílogo do romance de 4,3 mil milhas náuticas entre Le Havre, na Normandia, e Salvador, na Bahia.

A jaqueira caiu a 18 milhas da costa por conta de um estai de popa rompido. Lionel Lemonchois e Bernard Stamm não relataram nenhuma causa aparente, já que navegavam em um mar calmo, em cerca de 15 nós de vento, na hora do acontecido.

“O mastro caiu suavemente, não causando ferimentos nem quebras no barco antes de se dividir em dois”, contou Stamm. Os dois comandantes (co-comandantes, se preferir) conseguiram recuperar tudo (retranca, adriças, partes do mastro, etc.). E, com o motor avariado dias antes, ficaram à deriva,  tentando conter a deriva do barco (crase cai no ENEM, hein, nênem!) de aproximadamente um nó para o S-SW (no caso, terra. Ui!) causada pelos fortes ventos de quadrante leste (E-NE). Assim, ficaram como hóstia na água um bom tempinho, se é que me entendem. O mar com ondas de um metro foi uma mãe, no entanto. Axé, yemanjá! Ici ces’t Bahia!

E na mesma TJV hoje foi dia de chegada dos primeiros colocados da segunda classe mais veloz, a Multi50.

O Arkema foi o campeão da categoria Multi50 da Transat Jacques Vabre 2017. A dupla Lalou Roucayrol (França) e Alex Pella (Espanha) cruzou a linha de chegada na manhã desta quinta-feira (16/11) após 10 dias, 19 horas e 14 minutos de regata. Em seguida – sete horas depois –, Erwan Le Roux e Vincent Riou cruzaram em segundo lugar na Multi50.

A dupla levou 11 dias 02h 51mn e 23s para viajar 4 726 milhas com uma média de 17,71 nós. E foram os segundos na segunda categoria mais veloz. Pense o Arkema!!! Ou o Sodebo que já está há três dias no porto!! Caraca!!

Fui!!

Murillo Novaes 

 

No través de Salvador, Martine Grael e o AkzoNobel tomam a liderança na VOR.

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Alegria brasileira no feriadão. Martine e o time lideram a primeira perna da VOR. Viva o leste!

A proclamação da república brasileira foi comemorada em grande estilo pela única brasileira a correr esta edição da regata de volta o mundo. No meio do Atlântico sul, bem de fronte (láaa looonge… a 240 milhas náuticas da terra) da primeira capital da futura república federativa, Salvador, o time holandês Akzo Nobel aparece em primeiro na tabela. Como é bom ver nossa menina de ouro lá em cima! Mesmo que talvez seja momentaneamente já que o Team Brunel e o Dongfeng também sentiram o gosto da liderança por pelo menos uma vez nesta quarta-feira de feriado nacional.

As sete equipes já passaram da metade do caminho entre Lisboa e a Cidade do Cabo. Ao todo, a etapa tem 7.000 milhas. Ventos de até 20 nós foram registrados nesta tarde. Os barcos estão fazendo um arco pela costa brasileira, contornando a “alta de Santa Helena”, antes de apontar de vez para a África.

Como o cérebro eletrônico da regata usa uma equação para calcular quem lidera (na rota ideal) e o objetivo é no leste e o team AkzoNobel está mais a leste e um pouco mais rápido que os demais adversários pulou para o alto da tabela. Que fique assim!!  ”O caminho mais a leste foi para ter um extra de velocidade. Os barcos estão em uma disputa muito rápida e estamos tentando obter um pouco de vantagem sem perder o contato. Assim serão os próximos dias”, disse o navegador do AkzoNobel, Jules Salter,  o Julinho Salgado, campeão junto ao pai de Martine, no Ericsson 4, em 2009 .

O também barco holandês Team Brunel atingiu boa velocidade nessa briga de gato e rato pela liderança. ”Estou feliz com o nosso desempenho. Aprendemos algumas configurações e ajustes importantes de vela, assim como outros nessa etapa”, escreveu Bouwe Bekking, comandante do Brunel.

A previsão indica fim da segunda etapa entre 24 e 25 de novembro. O vencedor da primeira perna foi o Vestas 11th Hour Racing. O team AkzoNobel de Martine Grael foi o quarto. E agora está lá no topo da tabela!! Vamos comemorara!!

Trimarã Sodebo, de Coville e Nelias, é campeão da Transat Jacques Vabre na classe Ultime e chega à Salvador com recorde.

 

 

Bom dia amigos e lindas amigas, neste feriado (em alguns lugares que têm consciência negra, eu apoio) a vela de oceano continua a todo vapor e o cara que é o solitário mais veloz a circunavegar o planeta, Monsieur Thomas Coville, quebrou mais um recorde no seu tri de 100 pés. Desta feita em dupla com o compatriota Jean-Luc Nelias. Os caras vieram de Le Havre, às bordas da Mancha, até a Bahia em 7d22h07m27s. Zaaaazzzz!!

Pouco menos de duas horas depois, chegou o Edmond de Rotschild, com Seu Josse e Thomas Rouxel. A regata Transat Jacques Vabre 2017 – maior prova transatlântica de vela do mundo – será marcada pelos recordes. Os trimarãs voadores Sodebo e Edmond de Rotschild reduziram em quase três dias a melhor marca obtida. Em 2007, na mesma Salvador, o Groupama 2 fez o regata desde Le Havre em 10 dias e 38 minutos.

Na vela, como você sabe, o primeiro barco entre todas as classes a cruzar a linha de chegada é chamado de Fita-Azul. E ter essa chancela é especial! Nas edições passadas – 2013 e 2015 – os primeiros no Brasil, mais precisamente em Itajaí (SC), foram Edmond de Rothschild e Macif.

Os veleiros das outras classes devem cruzar a linha de chegada nas próximas semanas. A Vila da Regata, que está ao lado do Terminal Turístico, ficará aberta ao público de 12 a 24 de novembro.

A Transat Jacques Vabre largou de Le Havre, na França, e passou por pontos de difícil navegação, como o Canal da Mancha, a Baía de Biscaia, a calmaria dos Doldrums e a chegada ao Brasil. A prova é disputada em duplas e chega sempre num país produtor de café, por isso é chamada também de Rota do Café. São quatro classes em disputa: duas multicascos – Ultime e Multi50 – e duas monocascos: IMOCA e Class40

As outras classes

A regata tem outras três classes competindo a todo pano em busca de mais recordes. Na Multi50, o FenétreA Mix Buffet segue liderando a flotilha. São cinco multicascos rumo ao Brasil e apenas um saiu da prova. O Drekan Groupe capotou na semana passada e ficou de fora.

Na IMOCA, o St Michel – VIRBAC já percorreu mais de 65% do caminho entre Le Havre e Salvador e é perseguido de perto por outros veleiros.

Barco brasileiro

A Transat Jacques Vabre tem mais uma vez um barco brasileiro. O Mussulo 40 Team Angola Cables compete na categoria Class40, a mais lenta de todas entre as super máquinas, mesmo assim singradouros de 300 milhas são comuns… . A dupla Leonardo Chicourel e José Guilherme Caldas está em 13º lugar após ficar, na semana passada, mais de 24 horas parada pra arrumar problemas no veleiro. Vai Leo, vai Zé!! Estamos esperando!!!

 

Murillo Novaes (Com Flavio Perez/TJV)

 

Dupla francesa que capotou Multi 50 nos Açores na Transat JV está a salvo em cargueiro holandês. #ihdeumerda

Por volta das 19h de ontem (Horário de Brasília), o Multi50 Drekan Group capotou próximo à Ilha de São Miguel, nos Açores.

Os franceses Eric Defert e Christopher Pratt se mantiveram seguros dentro do barco e a organização acionou o resgate.

Agora os velejadores já estão em segurança no cargueiro holandês Triton, acionado para resgatar os franceses, skippers do Multi50 Drekan Group. O barco capotou na noite desta quarta-feira (8) no Oceano Atlântico, 300 milhas dos Açores.

A dupla está em segurança. O resgate exigiu bastante atenção, pois ondas de 5 metros e 25 nós de vento foram registradas na manhã desta quinta-feira (9).

O comandante do cargueiro entrou em contato por VHF para avisar que iniciaria os procedimentos ao nascer do sol na região.

A MRCC, guarda de salvamento marítimo, também colocou à disposição um navio de patrulha da Marinha Portuguesa.

O Drekan Group está abandonado nesse momento no mar e os velejadores vão até Georgetown com o cargueiro.

Akzo em 4º no expresso atlântico da VOR. Mussulo volta depois de pit stop forçado na TJV. Bouwmeester e Burling são velejadores do ano da World Sailing. Almirante Casaes sucede Paulo Freire na presidência da ABVO.

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Com uma timoneira destas as chances do time holandês de tintas fortes só aumenta. Para cima deles, Tine!

Bom dia querido amigo e mais que querida amiga. Já de volta à cidade maravilhosa (e perigosa!) e antes de tomar o rumo lesto para o cabo (Frio), vamos às poucas e boas do planeta Vela, porque a bolinha azul, que viaja agora a mais de 900.000 km/h no sideral espaço deste universo em expansão, não para.  E ainda tem um monte de gente que, tripulando uma nave megarástica destas, acha que alta tecnologia são aqueles foguetinhos da NASA. Ou o último iPhone… Enfim…

Ao que interessa! Na descida expressa do Atlântico Norte, a flotilha one design de VO65s continua a provar a tese de que barcos iguais produzem regatas mais emocionantes. Bem, se serve de argumento, os quatro ponteiros deste desafio vélico de alta velocidade estão agora praticamente no visual um do outro. O líder Vestas e o terceiro (segundo o computador central), MAPFRE, estão a menos de duas milhas um do outro. Quase ao alcance de um bom berro!…

Dongfeng, em segundo, 10 milhas a leste do líder, e nosso AkzoNobel, em quarto, umas poucas milhas atrás dos sino-gauleses, completam os quatro fantásticos desta primeira zona climática (Alísios de NE no hemisfério norte) da segunda perna. Brunel, 50 milhas atrás do Vestas, TTT on Plastic, a 90mn e Scallywag, a 124mn, completam a tabela. Mas ainda tem mais de 4500 milhas até a África, as calmas equatoriais (doldrums, pot au noir, ITCZ, como queira chamar) e os novos alísios do hemisfério austral para embaralhar a zorra toda, como diria a grande filósofa Ludmila do funk. A ver!!

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Depois do involuntário repouso, o Classe40 Mussulo volta à carga na Transat rumo à Bahia. Axé!!

Já na Transat Jacques Vabre, o  barco brasileiro/angolano Mussulo 40 Team Angola Cables retomou regata, na madrugada desta quarta-feira (8) após ficar quase 24 horas parado em Camaret, na França. A dupla Leonardo Chicourel e José Guilherme Caldas decidiu fazer o pit-stop após constatar falhas de equipamento nos primeiros dias de prova no Canal da Mancha. ”Ainda estamos na briga”, disse Leo Chico antes de deixar Camaret. Sem dúvida!

O velejador baiano espera recuperar as posições perdidas agora. ”Apesar de um pouco frustados por ter parado, estamos com com muita garra para continuar a regata. Realmente não tínhamos outra opção, pois precisávamos de peças para repor nos instrumentos e outro cabo elétrico para nossa fonte de energia, materiais que só chegaram à noite. Mas tudo tem seu lado bom!”. Após a subida no mastro, a dupla fez ainda outras trocas, principalmente de cabos danificados. ”Seguimos firmes e felizes por estar de volta ao mar!”.

A dupla tentava se aproximar do pelotão intermediário da Class40 quando foi obrigada a parar. Agora, os brasileiros precisam se recuperar, já que a vantagem do líder provisório da categoria é superior a 420mn. O Imerys Clean Energy, que está a 3600 milhas de Salvador, abriu pequena vantagem na ponta, na aproximação das costas portuguesas no Atlântico Norte. O líder geral no momento é, claro, o trimarã Ultime (100 pés) Edmond de Rotschild, a 2830mn da linha final. Entre os IMOCA, na ponta está o St.Michel/Virbac a 3400mn da boa terra. Força, Mussulo!!

E na conferência anua da World Sailing (antiga ISAF, a Fifa da vela), em Pueto Vallarta, no México, ontem a noite foi dia de festa no Pátio Los Arcos. Pela segunda vez (na primeira o parceiro Blair Tuke também ganhou) o kiwi voador, medalha de ouro no 49er no Rio, timoneiro vencedor da última Copa América nas Bermudas e, agora, um dos timoneiros do Brunel na VOR, Peter Burling. O cara é demais!! Ainda por cima é super humilde, tranquilo e gente boa. Merecido!

Já entre as meninas não deu pra Martine e Kahena faturarem o bi. Faz parte. A vencedora foi a medalhista de ouro holandesa Marit Bouwmeester. A moça, que teve uma série de contusões após os jogos, voltou no meio deste ano para vencer de forma brilhante o Mundial de Laser Radial e na sequência faturou o Europeu também. Se eu fosse um complexado vira-lata baba-ovo de gringo chamaria de hat trick, mas lá nas vielas de Cabo Frio a gente diz “fez barba, cabelo e bigode” mesmo. No caso da holandesa, barba e bigodes metafóricos, bem entendido!

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O agora ex-comodoro da ABVO, Paulo Freire, coroou o fim da gestão com o belo título geral do Circuito Rio 2017. Com a mão no caneco, além do comandante, vemos um Guilherme e um Gigante. Arrebentatum est!

E, por fim, temos troca de comando na nossa querida e cada vez mais atuante, ABVO, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano. O comodoro Paulo Freire, que coroou o fim de sua vencedora gestão com o título do Circuito Rio no seu BB40 Miragem, passou o bastão pra outro campeão recente em águas fluminenses, nosso eterno galã da armada, o reformado (mas coma fechada super em cima sempre…) almirante Adalberto Casaes, do Skipper30 Maestrale.

A votação online teve 69 votos, sendo dois nulos em um total de 123 associados. Presencialmente, houve quatro votos. Deste total, um não pode ser computado por não ter assinado a lista de presença. A nova chapa foi eleita então com 70 votos. Bingo!!

“O período à frente da ABVO nestes últimos dois anos foi uma espécie de continuação do trabalho que foi iniciado em 2012, com o grupo liderado pelo Lars Grael. Conseguimos aumentar o número de barcos associados de forma descentralizada, com destaque para as flotilhas de São Paulo e do Rio Grande do Sul. O novo site foi uma ferramenta fundamental para a comunicação com os associados, clubes e fabricantes, pois possui informações valiosas como calendário, associados, certificados, além da divulgação constante dos eventos da vela de oceano. O aprimoramento das regras da Copa Brasil com calendário prévio definido, incluído as diversas regras, também foi importante para a consolidação da competição e já estamos no quinto ano da disputa.  Com tantas frentes de trabalho, o aprimoramento contínuo das medições, com a introdução de novas tecnologias, julgo ser a tarefa mais importante , pois vai dar mais credibilidade ao sistema de ratings, fundamental para a atração e retenção de mais barcos nas regatas.  Embora tenhamos crescido nestes últimos anos, ainda temos um grande potencial a ser explorado, com a integração da vela de oceano em uma organização com cobertura nacional. O crescimento também pode viabilizar a profissionalização da ABVO garantindo a sua perenidade, já que hoje a ABVO ainda depende muito do trabalho voluntário de seus abnegados velejadores”, disse Paulo Freire.

“Participei ativamente da comodoria presidida por Lars Grael que, a partir de 2012, reorganizou e colocou a ABVO navegando em águas seguras. Continuei a acompanhar e apoiar o Comodoro Paulo Freire, que imprimiu dinamismo, aprimorou a atual estrutura e agora entrega a ABVO com terreno fértil para novas semeaduras. Desejo seguir o mesmo rumo, contando com o apoio de excelente e diversificada equipe de abnegados, e destaco alguns desafios que tentaremos superar: encontro de soluções para acomodar critério único de medições que neste momento divide as Classes IRC e ORC; perseverar na ampliação de associados com veleiros de todas as Classes e regiões para consolidar a vela oceânica brasileira sob o arcabouço único da legítima entidade ABVO e buscar alternativas para encontrar lugar adequado no cenário da mídia esportiva, conquistando maior visibilidade e oportunidades para a vela oceânica”, falou o novo Comodoro Casaes.  Bons ventos, almirante!! Conte conosco!!

Nova diretoria da ABVO:
Comodoro – Adalberto Casaes -Maestrale
1° Vice Comodoro – Mario Martinez- Rudá
2° Vice Comodoro – Hans Hutzler – Aventureiro

Secretaria Executiva – Christina Frediani
Diretor Jurídico – Francisco Siemsen Bulhões  / Kadja Brandão
Diretor de Comunicação – Mário Martinez

Conselho Fiscal:
Titulares 
Edvaldo Sobreira- Colibri
Luciano Secchin – Bravíssimo
Eduardo Bierkeland – Klimax

Suplentes
Andrea Nicolino – Eurus
Lars A Muller – My Boy

Conselho Técnico:
Lars Grael
Carlos Cuca Sodré
Nelson Ilha
Paulo Freire

Outros cargos não estatutários:
Diretor Técnico – Pierre Joullie – Saravah
Demais cargos: coordenações regionais, representantes das regras BRA-RGS, IRC, MOCRA, Clássicos e ORC, representação junto à CBVela e conselho de ética serão designados pela nova comodoria.

Fui!! Direto para casa porque a saudade é grande!!

Murillo Novaes (com Flavio Perez/TJV e Mari Peccicacco/ABVO) 

Hans e Karina Hutzler vencem o Brasileiro de Dingue em Ilhabela

Notícias Náuticas

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Terminou em Ilhabela no último domingo o Campeonato Brasileiro da classe Dingue. O evento reuniu 47 duplas em três dias com sete regatas disputadas. Hans e Karina Hutzler, do Cabanga Iate Clube, souberam ler melhor as duas raias usadas na competição (no baixio do canal de São Sebastião e próximo à ponta das Canas) e levou o troféu para casa. Bruno dos Reis e Ana Carolina Varoni, de Ilhabela, ficaram em segundo, enquanto Leonardo Almeida e Sofia Hutzler completaram o pódio na terceira colocação.

“Foi um campeonato bem difícil, com vento forte no primeiro dia, chegando a 25 nós, no segundo ele diminuiu um pouco e no terceiro e último dia ele ficou bem fraco e rondado. Tivemos velejadores vindo de outras classes, como Star, Laser, Hobie Cat, o que elevou o nível da classe. No último dia os sete primeiros chegaram com chance e tivemos muitas trocas de posições…

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Definidos os campeões do Circuito Rio

Notícias Náuticas

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Entre os dias 2 e 6 de novembro o ICRJ promoveu o Circuito Rio, que reuniu as classes ORC, IRC e BRA-RGS, além da Mini Transat. IRC e BRA-RGS disputaram seis regatas, enquanto a ORC fez uma a mais. As três classes tiveram provas de percurso e barla-sota.

O primeiro dia teve regata para Maricás para as classes ORC e IRC, com 32 milhas, e ilhas Rasa, Pai e Mãe com chegada na Laje para a BRA-RGS. O vento estava forte, soprando de leste-sueste com rajadas de 20 nós, permitindo que o primeiro barco completasse a regata em pouco mais de 4 horas. No segundo dia, o vento estava da mesma direção e duas regatas barla-sota foram realizadas para a ORC dentro da baía de Guanabara. IRC e BRA-RGS fizeram regata de percurso para as ilhas do Pai e da Mãe, chegando na Laje. O terceiro dia de regatas teve um vento…

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