Pular para o conteúdo

Arquivo de

Feliz natal do Mapfre, mais líder do que nunca, foi chegando em primeiro lugar a Melbourne na terceira perna da VOR.

m109677_13-03-171224-jre-01829-1540.jpg
O espanhol MAPFRE foi o vencedor da terceira etapa da Volvo Ocean Race. A equipe comandada pelo campeão olímpico Xabi Fernández cruzou a linha de chegada às 16:07UTC de hoje 24/12 (14:07 em Brasília), mas já pouco depois de 3 da manhã do dia de natal (25/12) no fuso de Melbourne (UTC + 11h), na Austrália, destino final das 6.500 milhas náuticas de prova. Se o bom velhinho chegou à meia noite em ponto na árvore deles deve ter se molhado um pouco…
Os espanhóis fizeram o percurso, que saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em 14 dias, 4 horas e 7 minutos. O resultado dá 14 pontos ao MAPFRE e mais um de bônus pela vitória na perna pelos mares do sul. O MAPFRE já liderava o campeonato e agora abre, no mínimo, seis pontos para o Dongfeng Race Team. O barco sino-gaulês deve ser o segundo colocado em Melbourne e assumirá o segundo posto na classificação geral da Volvo Ocean Race também.
“Tivemos que lutar muito para a vitória”, disse o herói espanhol Xabi Fernández. “Ainda tem muito campeonato pela frente, mas por enquanto estamos muito bem”.   A terceira etapa foi a mais difícil até agora.
Os barcos, que ainda estão navegando, sofreram pelos mares do sul com ventos extremos, tempestades e frio. A organização estabeleceu um limite para evitar que os times encontrassem os icebergs do sul.   O MAPFRE duelou milha a milha pela liderança com o Dongfeng Race Team. Destaque para um número alto de manobras de mudanças de rumo que ajudaram os espanhóis na regata.
“O destaque da nossa equipe é o conjunto! Os velejadores são bons e dão tudo a bordo. Foi muito difícil, mas tudo deu certo. Agora temos alguns dias para se recuperar e preparar para a próxima”, contou o espanhol.
O time da MAPFRE venceu a segunda etapa consecutiva e na primeira perna chegou em segundo lugar. A quarta etapa da Volvo Ocean Race será de Melbourne, na Austrália, até Hong Kong. O percurso tem ao todo 6.000 milhas náuticas.
Ainda falando sobre a terceira etapa, o Dongfeng Race Team deve chegar ainda neste domingo ao destino final. O Vestas 11th Hour Racing e o Team Brunel lutam pelo terceiro lugar com o Vestas 10mn à vante. Já o Scallywag vem a 300 milhas da chegada, com o Turn the Tide On Plastic mais 46 milhas atrás e, em  último, o “nosso” Akzo Nobel, com Martine Gral à bordo, mais 300 milhas na esteira de Dee Caffari e companhia depois de velejar sem a vela grande por três dias após im jaibe muito ruim que quebrou algumas taxas e arrancou o trilho da grande no mastro. Acontece…
E para você, querido amigo e leitor e queridíssima amiga e leitora (e todos os outros 35 gêneros entre um e outro! Com o máximo respeito e tolerância sempre.) um natal de muita paz, união, harmonia, felicidade, alegria, saúde e, claro, bons ventos! Ho-ho-ho!!!
Feliz tudo para todos!!
Murillo Novaes

Gabart no Olimpo: 42d 16h 40m e 35s solitário em volta ao mundo. O segundo melhor tempo absoluto da história.

2017_MBST_388_A_001_002.jpg

O francês François Gabart completou neste domingo a volta ao mundo em solitário em um em tempo recorde de 42 dias, 16 horas, 40 minutos e 35 segundos. Com a marca, ele superou o recorde anterior, de seu compatriota Thomas Coville, atingida no ano passado.

O navegador, de 34 anos, cruzou a linha de chegada virtual entre a ilha de Ouessant (oeste da França) e o cabo Lizard (sul da Inglaterra) às 23h45 de sábado no horário de Brasília (2h45 no horário local), com seis dias e 10 horas de antecedência em relação a marca de Coville.

Seu tempo é o segundo melhor absoluto, com tripulação e em solitário combinados, em todo a história, apenas o IDEC Sport (Francis Joyon e tripula) fez melhor em 26 de janeiro de 2017 no Troféu Jules Verne (com 40 dias 23 horas 30 minutos e 30 segundos). O trimaran MACIF percorreu 27.859 milhas, a média de 27,2 nós. Caraca!!

Assim, Gabart, que já havia realizado uma volta ao mundo em 2012/2013, quando venceu a Vendée Globe, tornou-se o quarto velejador da história a estabelecer o recorde de volta ao mundo sozinho e sem escala em um “projeto” específico para isso. O primeiro foi o também legendário Francis Joyon em 2004 (com 72 dias e 22 horas) e depois, novamente, em 2008 (57 dias e 13 horas). Em 2005, foi a britânica Ellen MacArthur (71 dias 14 horas) e, finalmente, Coville em 2016 (49 dias e 3 horas). Lembrando que após velejar sozinho por anos, Joyon se juntou a uma pequena tripulação e estabeleceu o recorde absoluto mencionado acima. Assim mesmo, apenas 1d e 17h a menos que o sozinho Gabart… Esse pode se gabar de ser uma fera dos mares! Não resisti…

Gabart partiu em 4 de novembro com o objetivo de superar o recorde de Coville, que havia batido em 8 dias o recorde anterior em sua quinta tentativa Um ano depois da façanha de Coville, anunciada na época como muito difícil de ser superada, Gabart se lançou ao mar a bordo de seu veleiro de última geração, o maxi-trimarã Macif, de 100 pés, e detonou o tempo anterior. Para os deuses nem o céu é o limite!

Murillo Novaes

 

Leia mais: https://oglobo.globo.com/esportes/frances-francois-gabart-bate-recorde-de-volta-ao-mundo-em-veleiro-22202874#ixzz51cFAlKhi
stest

AkzoNobel quebra trilho da vela grande em jaibe a mais de 40 nós no oceano austral e fica para trás. Dongfeng lidera.

Como o amigo já sabe, em português não temos a figura do oceano austral (o southern ocean, em inglês, que livre-traduzi há muitos anos desta forma), mas isso não que dizer que as altas latitudes ao sul do Atlântico, Índico e Pacífico as coisas sejam menos severas na portugofonia. E nossa única representante na VOR, Martine Grael, sentiu na pela a força dos mares do sul.

Ontem, o VO65 AkzoNobel rompeu parte do trilho da vela grande em um jaibe (veja vídeo acima) no ventão do sul, às bordas da zona de exclusão de icebergs, onde a flotilha veleja e sente os efeitos de uma enorme baixa pressão que levou rajadas de quase 60 nós para os intrépidos navegadores vôlvicos.

Com isso o Akzo subiu para menores latitudes e se distanciou dos líderes. Mas deve voltar com tudo em breve! Por enquanto a coisa está assim na tabela:

Captura de Tela 2017-12-15 às 12.02.37.png

Vamos torcer!!

Murillo Novaes

O francês François Gabart detona recorde sobre recorde e veleja célere rumo ao Olimpo dos solitários navegadores oceânicos

w_prev_macif_1721-1460036035-lead-979x653.jpg

Levar sozinho um trimarã de 100 pés pelo Horn afora a mais de 27 nós de média é molezinha,  será??

Uma semana depois de passar o Cabo Horn, mais uma vez Francois Gabart registrou um tempo extraordinário no equador, que ele cruzou neste domingo, 10 de dezembro, às 10:35 (UTC), 36 dias, 1 hora e 30 minutos após o início da sua tentativa de recorde da volta ao mundo em solitário, em Ouessant, noroeste da França. Até agora o  caro fez uma média de apenas(!!) 27,3 nós e chegou a velejar a mais de 39 nós por alguns momentos. Simples assim!!

O comandante (e único tripulante) do trimarã de 100 pés MACIF agora tem uma liderança de 5 dias, 13 horas e 23 minutos sobre o tempo de passagem do recorde atual, de Thomas Coville, que entrou no hemisfério norte após 41 dias, 14 horas e 53 minutos. Esta performance representa o segundo melhor tempo de toda a história, com ou sem tripulação, no percurso Ouessant-Equador. Somente Francis Joyon e seus cinco tripulantes no IDEC Sport, os atuais recordistas absolutos da volta ao  mundo a vela, alcançaram marca melhor até agora (35 dias, 4 horas e 09 minutos).

Embora Francois Gabart tenha sofrido depois do Horn, em condições climáticas muito severas devido a uma baixa pressão na costa argentina, sua subida no Atlântico Sul foi excepcional. Ele conseguiu o melhor tempo geral, de toda a história da navegação a vela nos mares do planeta, com ou sem tripulação, no trecho Cabo Horn-Equador, com incríveis 06 dias, 22 horas e 15 minutos, melhorando o tempo de referência até então, da tripulação do Banque Populaire V, no Troféu Jules Verne 2011-2012, com 7 dias, 4 horas e 27 minutos. Caraca!!

Ao mesmo tempo, ele adiciona um novo recorde Equador-Equador em solitário (a ser ratificado pela WSSRC, claro) à sua lista de feitos: 30 dias, 4 horas e 45 minutos, marca que era também de Thomas Coville, com 35 dias, 21 horas e 39 minutos. .

Isso significa que ele se aproxima do seu objetivo com uma boa chance de chegar a Ouessant antes de 23 de dezembro, às 14:09 (UTC), a data e hora final para bater o recorde de Coville. No entanto, a volta ao mundo ainda não terminou, já que ele ainda tem que passar pela ITCZ (Doldrums ou Pot au Noir para os franceses), negociar bem os alísios e a alta pressão dos Açores para garantir o triunfo final.

Neste momento, com mais de 2.300mn sobre o “rival” Coville, parece que tudo caminha super bem. De todo modo, Gabart já fez coisas incríveis neste mês e pouco de singradura solitário pelo planetinha azul. Um deus do oceano! Quem viver verá!!

Murillo Novaes

Dongfeng Race Team vence regata local da Cidade do Cabo

O Dongfeng Race Team venceu, nesta sexta-feira (8), a regata In-Port Race da Cidade do Cabo, a terceira desta edição da Volvo Ocean Race. Mesmo não valendo pontos para o resultado final da regata de volta ao mundo (o “torneio” paralelo serve apenas como critério de desempate) a prova teve emoção do começo ao fim entre os sete times que disputam a competição.

O barco chinês Dongfeng protagonizou uma disputa milha a milha com Vestas 11th Hour Racing, que perdeu velocidade e acabou em quarto. Um problema em uma das velas tirou um lugar entre os três primeiros do veleiro, que defende as bandeiras da Dinamarca e dos Estados Unidos. O pódio teve MAPFRE, que ficou em segundo lugar, e o team AkzoNobel, em terceiro, o barco da brasileira campeã olímpica Martine Grael.

As condições foram espetaculares nas águas da Cidade do Cabo, com ventos de quase 20 nós.

“A nossa equipe fez um trabalho fantástico, com um bom manejo do barco e boa velocidade”, disse o comandante do Dongfeng, Charles Caudrelier, após a regata.

“Não largamos bem, mas depois conseguimos atacar e pressionar o Vestas. Esse foi o fator decisivo”.

O resultado coloca a equipe de Charles Caudrelier em segundo lugar no geral da série In-Port, logo atrás da MAPFRE, que manteve a liderança após o segundo lugar na Cidade do Cabo. Ao todo somam 19 pontos contra 18 do Dongfeng.

A equipe espanhola largou mal, com direito à penalidade (foram obrigados a pagar um 360º). Do último, o MAPFRE pulou pra segundo após as seis bóias contornadas .

”Tivemos um pequeno incidente no início com o Vestas, o que nos atrasou muito. Depois subimos e lutamos com AkzoNobel e Vestas, que teve um problema com o spi no final”, disse o comandante Xabi Fernandez.

“Começamos bem”, disse o navegador do Vestas, Simon Fisher. “No segundo barlavento, Dongfeng fez um ótimo trabalho, nos empurrou para o lado menos favorecido da raia, e isso dói … Em uma flotilha tão igual, um pequeno erro pode ser transformado em uma bola de neve que leva você do primeiro lugar para o último”.

A In-Port teve ainda Team Brunel e Scallywag participaando de uma batalha particular desde o início. Os árbitros penalizaram Scallywag por uma infração e depois de serem penalizados, o time de David Witt permaneceu atrás.

No final, o Brunel quase roubou uma posição do Turn the Tide on Plastic, mas a equipe de Dee Caffari, que teve um ótimo começo, ficou em quinto lugar.

Resultados

1. Dongfeng Race Team

2. MAPFRE

3. team AkzoNobel

4. Vestas 11th Hour Racing

5. Turn the Tide on Plastic

6. Team Brunel

7. Sun Hung Kai / Scallywag

Scheidt e Maguila lideram finais da Star Sailors League SSL nas Bahamas. Lars/Samuca em 11º e Torben/Madá em 23º.

328069_755698_sslnassau_dia2x.jpg

Alemão e Maguila em primeirão. Tá muito bão!!

Em busca do segundo título da SSL Finals, o bicampeão olímpico Robert Scheidt segue velejando de forma consistente nas Bahamas e mantém a liderança da competição após quatro regatas disputadas nesta quarta-feira (6), no Nassau Yacht Club. Ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila, conseguiu um 11º, 4º, 3º e 6º lugares e, com essa regularidade, segurou a ponta na classificação geral, agora com 18 pontos perdidos (contando o descarte do pior resultado). Nesta quinta-feira (7), a fase decisiva da Star Sailors League prossegue com mais quatro corridas.

A regularidade para velejar sempre entre os líderes é a maior arma de Scheidt na SSL Finals, que reúne alguns dos melhores velejadores do planeta em uma disputa acirrada e de alto nível. Mesmo sem cruzar em primeiro em nenhuma das seis regatas disputadas até agora (no primeiro dia fez um 2º e um 3º lugares), o brasileiro mantém uma diferença de dois pontos para a dupla segunda colocada, formada pelos norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih (18 a 20). Na terceira posição aparece Paul Cayard/Phil Trinter, também dos Estados Unidos, com 25 pontos perdidos.

Mesmo com o bom desempenho, Scheidt revele não ter tido um dia de facilidades em Nassau nesta quarta-feira, especialmente com a queda na velocidade do vento. “O mais importante foi termos conseguido evitar erros mais graves. Mantive-nos entre os primeiros, velejando sempre ao lado dos italianos e dos norte-americanos, mas foi difícil manter a concentração durante quatro regatas e com o vento perdendo intensidade. Superamos as dificuldades com o nosso entrosamento. A quinta-feira será um dia importantíssimo”, explicou o bicampeão olímpico de 44 anos, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.

Além de Scheidt e Boenning, o Brasil conta com mais seis velejadores na SSL Finals. Além das duplas Torben Grael/Guilherme Almeida (23º geral) e Lars Grael/Samuel Gonçalves (11º geral), os proeiros Bruno Prada (velejando com o suíço Freddy Loof, em 10º geral) e Arthur Lopes (formando dupla com o alemão Hubert Merkelbach, em 20º) completam a lista. Amanhã tem mais! E ao vivo no: https://youtu.be/33wixMameEc

Murillo Novaes (Com ZDL)
%d blogueiros gostam disto: