Feliz natal do Mapfre, mais líder do que nunca, foi chegando em primeiro lugar a Melbourne na terceira perna da VOR.

24 dez
Como o amigo já sabe, em português não temos a figura do oceano austral (o southern ocean, em inglês, que livre-traduzi há muitos anos desta forma), mas isso não que dizer que as altas latitudes ao sul do Atlântico, Índico e Pacífico as coisas sejam menos severas na portugofonia. E nossa única representante na VOR, Martine Grael, sentiu na pela a força dos mares do sul.
Ontem, o VO65 AkzoNobel rompeu parte do trilho da vela grande em um jaibe (veja vídeo acima) no ventão do sul, às bordas da zona de exclusão de icebergs, onde a flotilha veleja e sente os efeitos de uma enorme baixa pressão que levou rajadas de quase 60 nós para os intrépidos navegadores vôlvicos.
Com isso o Akzo subiu para menores latitudes e se distanciou dos líderes. Mas deve voltar com tudo em breve! Por enquanto a coisa está assim na tabela:
Vamos torcer!!
O Dongfeng Race Team venceu, nesta sexta-feira (8), a regata In-Port Race da Cidade do Cabo, a terceira desta edição da Volvo Ocean Race. Mesmo não valendo pontos para o resultado final da regata de volta ao mundo (o “torneio” paralelo serve apenas como critério de desempate) a prova teve emoção do começo ao fim entre os sete times que disputam a competição.
O barco chinês Dongfeng protagonizou uma disputa milha a milha com Vestas 11th Hour Racing, que perdeu velocidade e acabou em quarto. Um problema em uma das velas tirou um lugar entre os três primeiros do veleiro, que defende as bandeiras da Dinamarca e dos Estados Unidos. O pódio teve MAPFRE, que ficou em segundo lugar, e o team AkzoNobel, em terceiro, o barco da brasileira campeã olímpica Martine Grael.
As condições foram espetaculares nas águas da Cidade do Cabo, com ventos de quase 20 nós.
“A nossa equipe fez um trabalho fantástico, com um bom manejo do barco e boa velocidade”, disse o comandante do Dongfeng, Charles Caudrelier, após a regata.
“Não largamos bem, mas depois conseguimos atacar e pressionar o Vestas. Esse foi o fator decisivo”.
O resultado coloca a equipe de Charles Caudrelier em segundo lugar no geral da série In-Port, logo atrás da MAPFRE, que manteve a liderança após o segundo lugar na Cidade do Cabo. Ao todo somam 19 pontos contra 18 do Dongfeng.
A equipe espanhola largou mal, com direito à penalidade (foram obrigados a pagar um 360º). Do último, o MAPFRE pulou pra segundo após as seis bóias contornadas .
”Tivemos um pequeno incidente no início com o Vestas, o que nos atrasou muito. Depois subimos e lutamos com AkzoNobel e Vestas, que teve um problema com o spi no final”, disse o comandante Xabi Fernandez.
“Começamos bem”, disse o navegador do Vestas, Simon Fisher. “No segundo barlavento, Dongfeng fez um ótimo trabalho, nos empurrou para o lado menos favorecido da raia, e isso dói … Em uma flotilha tão igual, um pequeno erro pode ser transformado em uma bola de neve que leva você do primeiro lugar para o último”.
A In-Port teve ainda Team Brunel e Scallywag participaando de uma batalha particular desde o início. Os árbitros penalizaram Scallywag por uma infração e depois de serem penalizados, o time de David Witt permaneceu atrás.
No final, o Brunel quase roubou uma posição do Turn the Tide on Plastic, mas a equipe de Dee Caffari, que teve um ótimo começo, ficou em quinto lugar.
Resultados
1. Dongfeng Race Team
2. MAPFRE
3. team AkzoNobel
4. Vestas 11th Hour Racing
5. Turn the Tide on Plastic
6. Team Brunel
7. Sun Hung Kai / Scallywag
Alemão e Maguila em primeirão. Tá muito bão!!
Em busca do segundo título da SSL Finals, o bicampeão olímpico Robert Scheidt segue velejando de forma consistente nas Bahamas e mantém a liderança da competição após quatro regatas disputadas nesta quarta-feira (6), no Nassau Yacht Club. Ao lado do proeiro Henry Boenning, o Maguila, conseguiu um 11º, 4º, 3º e 6º lugares e, com essa regularidade, segurou a ponta na classificação geral, agora com 18 pontos perdidos (contando o descarte do pior resultado). Nesta quinta-feira (7), a fase decisiva da Star Sailors League prossegue com mais quatro corridas.
A regularidade para velejar sempre entre os líderes é a maior arma de Scheidt na SSL Finals, que reúne alguns dos melhores velejadores do planeta em uma disputa acirrada e de alto nível. Mesmo sem cruzar em primeiro em nenhuma das seis regatas disputadas até agora (no primeiro dia fez um 2º e um 3º lugares), o brasileiro mantém uma diferença de dois pontos para a dupla segunda colocada, formada pelos norte-americanos Mark Mendelblatt e Brian Fatih (18 a 20). Na terceira posição aparece Paul Cayard/Phil Trinter, também dos Estados Unidos, com 25 pontos perdidos.
Mesmo com o bom desempenho, Scheidt revele não ter tido um dia de facilidades em Nassau nesta quarta-feira, especialmente com a queda na velocidade do vento. “O mais importante foi termos conseguido evitar erros mais graves. Mantive-nos entre os primeiros, velejando sempre ao lado dos italianos e dos norte-americanos, mas foi difícil manter a concentração durante quatro regatas e com o vento perdendo intensidade. Superamos as dificuldades com o nosso entrosamento. A quinta-feira será um dia importantíssimo”, explicou o bicampeão olímpico de 44 anos, que tem patrocínio do Banco do Brasil e Rolex e apoio do COB e CBVela.
Além de Scheidt e Boenning, o Brasil conta com mais seis velejadores na SSL Finals. Além das duplas Torben Grael/Guilherme Almeida (23º geral) e Lars Grael/Samuel Gonçalves (11º geral), os proeiros Bruno Prada (velejando com o suíço Freddy Loof, em 10º geral) e Arthur Lopes (formando dupla com o alemão Hubert Merkelbach, em 20º) completam a lista. Amanhã tem mais! E ao vivo no: https://youtu.be/33wixMameEc