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Posts com Tag ‘Clipper Race’

Aha, uhu, que domingo é esse? Tem largada da Volvo, Transat e final do Circuito Rio. Clipper Race e Mini Transat já estão a pleno vapor também.

Leg 01, Alicante to Lisbon, First Morning on board AkzoNobel. Photo by Konrad Frost/Volvo Ocean Race. 23 October, 2017

Martine está confirmada à bordo do AkzoNobel rumo à África.

Bom dia, querido amigo e mais que querida amiga. Lembra do resumão? Pois é! Hoje é tipo um resumão involuntário… Muito coisa rolando no planeta Vela. Apertem os cintos (ou melhor, clipem os cintos…) que vai começar!!

Primeiro temos às 1400UTC (1200 em Brasília) a largada da segunda perna da VOR. A etapa vem a ser a segunda maior em distância (só da N.Zelândia pra Itajaí são mais milhas) e rivaliza em termos de tempo, aproximadamente 22 dias, entre nossa ancestral Lisboa e a Cidade do Cabo. Que cabo? O das Tormentas, ora! Que virou Boa Esperança obviamente para aqueles que por lá não soçobraram…

E depois de muita tempestade em terra, com um sai não sai de comandantes e tripulantes, eis que nossa menina de ouro, Martine Grael, única e solitária representante da terra brasilis neste desafio planetário, vai de AkzoNobel pros Atlânticos – norte e sul.

O skipper viúva Porcina (que foi sem nunca ter sido), Brad Jackson, e nosso querido Joca Signorini realmente ficaram de fora do time holandês. Mas Julinho Salgado (ou Jules Salter), navegador campeão no Ericsson 4 com papai Grael em 2009, voltou e Chris Nicholson, experiente comandante de incontáveis milhas, algumas até interrompidas de forma abrupta, como no Vestas na última edição, e um outro holandês aí, Peter van Niekerk, velejador olímpico, entraram no time como capitães de turno e tudo promete ser mais suave agora.

Ao menos em termos administrativos e emocionais, porque em termos de velejada… De VO65 em regata nunca é mesmo! Plugue na web na hora marcada (www.volvooceanrace.com) e acompanhe o desenrolar dos primeiros fatos desta perna…

Veja abaixo o que Martine falou antes de partir:

Já no Havre, rola hoje também a largada da tradicional Transat Jacques Vabre às 1230UTC (1030 em Brasília) com largada ao vivo no site www.transatjacquesvabre.org.

São 74 velejadores, em duplas, disputando em quatro classes o direito de entrar para a história. Os quatro incríveis trimarãs da classe Ultime (bem um deles não mede oficialmente na classe, mas foi aceito na categoria), de 100 pés, trazem uma constelação de feras do oceano, sendo o ponto alto ninguém menos que Thomas Coville, que já circundou o planeta sete vezes, atual detentor do recorde absoluto de volta ao mundo em solitário (49d 3h 7m 38s), que fará dupla com Jean Luz Nélias, no “Sodebo Ultim”, o mesmo barco em que fez seu tempo inacreditável no ano passado. Só pra citar um cara…

Entre os IMOCA (antigos Open 60, os barcos da Vendée Globo e tantas outras regatas em solitário e duplas) são 13 super duplas também. E entre elas está um barco semi-barsuca digamos. O “Vivo à Beira”, uma refência a um poema da poetisa Clarice Lispector, que traz dois franceses que buscam fundos para projetos sociais educacionais no nosso País. ”Somos o outro barco do Brasil na regata. Vamos usar a prova para levar uma mensagem de esperança aos jovens das favelas brasileiras”, explicou Pierre Lacaze, co-skipper da nave.

E Pierre diz ser o outro barco brasileiro porque temos o Classe40 angolano-brasuca “Mussulo 40 Team Angola Cables” com o baiano Leonardo Chicourel, que está a bordo ao lado do angolano José Guilherme Caldas, que mora em São Paulo (SP). A dupla já venceu a Cape Tow-Rio em dupla e estabeleceu o recorde desta regata para a categoria. No total serão 15 veleiros Classe40 e a disputa promete ser boa. Há também mais seis barcos competindo na categoria Multi50 de multicascos. Veja abaixo dois vídeos com nossos heróis.

E para que os oceanos não fiquem vazios de emoção temos ainda as regatas finais do Circuito Rio hoje na cidade maravilhosa (e abandonada!) com belas disputas nas classes ORC, IRC e RGS. A Clipper Race, a regata para tripulas amadoras pagas, já está a na terceira perna, entre a Cidade do Cabo (que cabo?…) e Perth, no oeste australiano. Lembrando que o “Greenings” abandonou após encalhar na África do Sul e o “Hotelplanner.com” retornou para fazer reparos em Porto Elisabete.

E, claro, temos ainda a segunda perna da famosa Mini-Transat das Canárias para a Martinica. Depois de três dias nesta etapa, o 21 pés (Mini 6.5m) estilo ‘tamanco’ ou ‘Scow’ de Ian Lipinski, o “Griffon”, vencedor também da primeira perna, de La Rochelle até Las Palmas, liderava a apenas(!!) 2,207.9 milhas do final e 45mn sobre Simon Koster (Eight Cube Sersa). Não saia daí a coisa está quente!! Fui!! Ver as largadas…

Murillo Novaes

#ihdeumerda… Barco da Clipper Race que encalhou na África do Sul e teve tripulação evacuada deve ficar fora da regata.

Captura de Tela 2017-11-03 às 06.43.24

Como diria um grande filósofo futebolístico: o barco foi fondo, foi fondo, foi fondo e iu…

Após uma análise cuidadosa da situação e estado do Clipper Race Yacht CV24, o escritório da Clipper Race confirmou que o veleiro está parcialmente submerso depois de ter encalhado no lado oeste da Península do Cabo, na África do Sul, e não fará mais parte na Clipper Race 2017-18, a regata de volta ao mundo para amadores (que pagam uma boa grana para participar).

A equipe do “Greenings” (CV24), havia sido evacuada com segurança depois de ter encalhado aproximadamente às 2140UTC (2340 horas locais) na última terça-feira, 31 de outubro, depois de sair da cidade do Cabo no início do dia para a terceira perna (de 8 totais) da regata de circunavegação.

A decisão foi comunicada ao skipper interino, Andy Woodruff, e as discussões aconteceram também com o skipper oficial, David Hartshorn (que estava se recuperando de uma lesão) e a equipe sobre a futura participação de todos nesta edição da prova.

A segurança do skipper e da tripulação foi a principal preocupação ao longo deste incidente e todos estão bem, já de volta à Cidade do Cabo, e nenhum ferimento foi relatado.

As seguradoras nomearam um técnico que irá ver o barco e, ao receber seu relatório, será tomada uma decisão sobre se a embarcação será recuperada ou não.

Está em andamento uma investigação completa do incidente. Outras atualizações estão disponíveis no site da Clipper Race: www.clipperroundtheworld.com

Race_Viewer_Greenings

Como se pode ver no rastreador da regata, o CV24 “Greenings” se desviou de sua rota e foi de encontro a terra. O porquê ainda é motivo de investigação.

 

CLIPPER RACE: desvio para evacuação médica de tripulante ferido.

 

Derry~Londonderry~Doire starts Race 4 in Albany, Western Australia

O Derry-Londonderry-Doire está desviando para Hobart, na Tasmânia, como medida de segurança para evacuação de um tripulante ferido.

O skipper Daniel Smith, do Derry-Londonderry-Doire, fez contato com o diretor da regata Clipper Race na terça-feira (8/12) para informar que um membro da tripulação de volta ao mundo, o britânico Michael Gaskin, 54 anos,  estava com suspeita de ter quebrado as costelas (confirmado depois) após uma queda provocada pela quebra de uma onda na proa. O mar estava agitado, com ventos de 35 nós e o Derry-Londonderry-Doire velejava a cerca de 130mm a sudoeste da Tasmânia. Esta é a primeira evacuação médica da Clipper 2015-16, décima edição da série bienal global, a mais longa regata de oceano do mundo, com mais de 40.000 milhas, 11 meses de duração e cinco continentes visitados (todos, menos a Antártica).

 

SOBRE A COMPETIÇÃO

A Clipper Round the World  Yacht Race é a aventura do oceano mais longa do mundo, e também considerada como um dos mais difíceis desafios de resistência no planeta. Em 40.000 milhas e tendo quase um ano para ser concluída, consiste em doze equipes que competem uns contra os outros, com embarcações rigorosamente iguais de 70 pés.

A Clipper foi criada em 1996 por Robin Knox-Johnston, primeiro velejador solitário a circum-navegar o globo sem paradas e sem assistência em 1968-69. Seu objetivo era permitir que qualquer pessoa, independentemente da experiência de vela anterior, tivesse a chance de de abraçar a emoção das regatas de oceano. A prova é o único evento do gênero para os velejadores amadores. Cerca de 40 por cento da tripulação são novatos e nunca navegaram antes de iniciar o programa de treinamento prévio à aventura.

Este desafio único reúne todos, CEOs, motoristas de táxi, enfermeiros, bombeiros, fazendeiros, pilotos de avião e estudantes de no mínimo 18 anos de idade, para enfrentar as condições mais difíceis da natureza. Não há limite máximo de idade, o competidor mais velho registrado até hoje, tinha 74 anos.

O percurso total é dividido em uma série de etapas globais e um máximo de 12 pontos para o primeiro lugar. A equipe com maior número de pontos acumulados no final da etapa final ganha a série, e o troféu Clipper Race.

Nesta edição, 700 pessoas de mais de 40 nacionalidades estão participando. Mais de 3.300 novatos foram transformados em velejadores de oceano ao longo das histórias Clipper Race até hoje.

A regata começou em Londres em agosto, quando a frota zarpou para o Rio de Janeiro. Depois a rota inclui as seguintes etapas: Cidade do Cabo para a Austrália passando em Albany, Sydney, Hobart e Airlie Beach, depois Da Nang, no Vietnã; Qingdao, China; Seattle e Nova York, nos EUA; Derry-Londonderry, Irlanda do Norte; e Den Helder, Holanda. A prova vai terminar em Londres, em 30 de Julho de 2016.

Para marcar esta décima edição da corrida, a Clipper apoiou oficialmente a Unicef, que ​opera em 190 países ao redor do mundo, incluindo todos os países da Clipper Race, assegurando que mais crianças no mundo sejam alimentadas, vacinadas, educadas e protegidas.

Por Flavia Goffi/Clipper Race

Resumão de quinta de um jornalista idem: Sofia, VOR, Copa América, Ilhabela, RC44, Alinghi, Transat, velho Chico e mais

Tipo assim, Rick Tomlinson registrou o Mapfre e o Brunel montando o Horn praticamente como se fosse uma boia, só que depois de 4700 milhas da largada!

Tipo assim, Rick Tomlinson registrou o Mapfre e o Brunel montando o Horn praticamente como se fosse uma boia, só que depois de 4700 milhas da largada!

Dante/Lowbeer e Fernanda/Ana em 3º em Palma. Dongfeng perde mastro na VOR e flotilha monta o Horn e já está a 800 milhas de Itajaí. Nova classe de catamarãs com fólios vai correr a 35ª Copa América. Vento bom e muita disputa no final da primeira etapa da Copa Swift Sport em Ilhabela.

E mais: SulAm de Snipe em Mar del Plata. Alex Welter vence SulBra de A-Cat em SP. IRN/Projeto Grael recusa convite para limpar Guanabara. Ventão e muita adrenalina na abertura da RC44 em Malta. Novo livro de Isabella Nicolas conta a história da vela no Brasil. Caravana do Esporte, com Samuca Gonçalves, visita o velho Chico. Clippers 70 vão correr a Round the Island Race no Solent. Plymouth é porto de partida da próxima Transat. Alinghi vai correr circuito de GC32. Carkeek 47 vence em Tortola.

Agende-se: Lars em busca do hexa no Brasileiro de Star. Floripa se prepara para receber o mundial de Soto40.

Vídeos: Bochecha no Horn. Dongfeng quebra o mastro. O melhor da vela extrema de todos os tipos e um rolê de RS:X em Búzios. 

Boa tarde querido amigo e queridíssima amiga, direto do covil neste cabo nem tão frio assim vamos logo a uma errata. Na semana que se foi, em alusão à regata mais antiga deste nosso varonil, pouco sutil e nada pueril Brasil, a Darke de Mattos, que chegou à sua 71ª edição, sempre corrida na classe Star, este manza em um claro desrespeito ao régio direito de pairar acima de todos nós, errou. Errei sim! E justo com nossa majestade. Na referida missiva afirmei que John King havia vencido a prova por 7 vezes. Não!! O cara ganhou, contando com este 2015, nada menos que 13 vezes a Darke de Mattos. Sois rei! Sois rei!! Sou manza, sou manza…

Evitei escrever ontem, no 1º de abril (mentira!), para manter a credibilidade deste jornalista e também por motivos etílico-gastronômicos. É que no Iate Clube Armação de Búzios – ICAB rolou o coquetel de abertura da Búzios Sailing Week 2015. Como sempre, Alain Joullié, Pierre e Dona Vera, com o auxilio luxuoso do Almir e do buffet da boate Privilége, receberam os convivas com a simpatia e o bom gosto de sempre. Tudo ótimo!! Como vou novamente locutar oficialmente a VOR em Itajaí, não poderei correr as regatas, mas já adianto: Búzios é sempre do baralho! Quem não foi perdeu!! Perdi!…

E para manter a pegada nas altas esferas vélicas planetárias vamos direto para a palma da Sofia, ou melhor, para o Troféu Princesa Sofia em Palma de Maiorca. Por lá nossa seleção olímpica começa a temporada europeia neste ano-prólogo do Rio 2016 em alta voltagem. E a coisa anda mediterraneamente boa! Direto para o meio do Med…

Sofia – As maiores promessas olímpicas do planetinha azul estão reunidas na ilha que já foi grega, fenícia, romana e os catalães retomaram dos muçulmanos em 1.229 para a 49ª edição do Troféu Princesa Sofia, neste ano com o sobrenome mercadológico de Iberostar. E comecemos pela nova categoria da vela mundial sob gestão da Isaf, o kitesurfe.

Depois de sete regatas corridas, ontem (quarta) foram disputadas as medal races do Formula Kite em águas pálmicas. E dois brasucas ficaram entre os top10. Em 7º Wilson Veloso e em 9º Ian Germoglio, ambos do Bodete Kitepoint, em João Pessoa. Começamos bem!

No resto da esquadra brasuca, o destaque fica por conta de Dante Bianchi e Thomas Low-Beer, na 49er, em terceiro geral, com direito a vitória na 4ª regata da série e com a nossa pioneira medalhista feminina Fernanda Oliveira e sua parceira, Ana Barbachan, também em terceiro geral com uma vitória na 3ª regata qualificatória e um 2º ontem na primeira das séries finais, na flotilha ouro, claro. O resto do time está da seguinte forma:

Classe Laser (164 barcos, 6 regatas corridas): Bruno Fontes, 36º, 96pts; João Pedro Oliveira, 82º, 113pts e Alex Veeren 104º, 155pts.

Laser Radial (117 barcos, 6 regatas): Fernanda Decnop, 31ª, 96pts; Maria Cristina Boabaid, 57ª, 173pts; Odile Ginaid, 71ª, 124pts e Gabriela Kidd, 112º, 248pts.

Finn (74 barcos, 6 regatas): Jorge Zarif, 18º, com 86pts e um 7º como melhor colocação até agora.

RS:X masculino (82 pranchas, 6 regatas): Gabriel Bastos, 21º, 74pts.

RS:X feminina (66 pranchas, 6 regatas): Bruna Mello, 34ª, 104pts.

470 masculino (80 barcos, 6 regatas): Henrique “Gigante” Haddad e Bruno “Bebum” Bethlem, na flotilha ouro em 21º geral com 68pts e Geison Mendes e Gustavo Thiessen, em 45º, com 81pts e um terceirinho esperto ontem na flotilha prata.

470 feminino (62 barcos, 6 regatas): Fernanda Oliveira e Ana Barbachan em 3º geral com 18 pontos e um 2º e um 5º hoje e Renata Decnop e Isabel Swan em 21º, com 66pts.

49er (74 barcos, 7 regatas): Dante Biachi e Thomas Lowbeer em 3º geral com 35 pontos e Marco Grael e Gabriel Borges, também no Top10,, em 8º com 55pts. Detalhe é a impressionante liderança das lendas kiwis Peter Burling e Blair Tuke que descartam como pior resultado um 3º lugar e contam com nada menos que quatro vitórias e dois segundos lugares. Caramba!

49er FX (47 barcos, 7 regatas): Martine Grael e Kahena Kunze em 14º com 53 pontos. Detalhe interessante é que mesmo quando elas não estão nas cabeças, o que é raro, as neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech sempre estão no encalço ali do lado. Em Palma as kiwis têm 52 pontos e estão em 13º. Isso que é andar junto!

Nacra (56 barcos, 7 regatas): Samuel Albrecht e Geórgia Rodrigues, 36º, 70pts e um 4º ontem na flotilha prata e João Bulhões e Gabriela Nicolino, em 39º, com 81pts.

Para ver o vídeo do 3º dia em Palma clique em: http://bit.ly/1bQKxMU E hoje tem mais!! Fique ligado!

VOR – Já no atlântico Atlântico, a flotilha da Volvo Ocean Race se desloca célere para águas catarinenses. Óbvio que não sem a dose de drama e aventura que torna esta regata tão atrativa aos olhos de todo o mundo. E fora os dias sempre intensos no sul do Pacífico (que perto do 55°S bem poderia se chamar Belicoso), com ventos de até 50 nós e ondas de quase 8 metros, a carga trágica ancestral dos antigos marinheiros que viam suas naves ceifadas pelo mau humor dos deuses patagônicos sobrou para o sino-gaulês Dongfeng.

Os comandados de Charles Caudrelier vinham a aproximadamente 250 milhas do Horn, em ventos de 30 nós, quando às 0315UTC de segunda-feira viram a parte alta da jaqueira desabar. Com o tope do mastro caiu o FRO (Fractional Code Zero, a maior vela a bordo), quebraram as 2ª e 3ª cruzetas de boreste e como diria o Seu Manoel da padaria, o sonho acabou. Mas tem pãozinho…

Pela manhã, com a luz de Deus, deu para ver o tamanho da caca e Kevin Escofier subiu no que sobrou do pau para cortar fora as adriças e livrar a vela que vinha sendo rebocada pelo barco (veja no vídeo abaixo). Os caras só podiam velejar com amuras a bombordo e lentamente com o que sobrou do mastro e a buja três (J3), mais o possante roncando no porão, se dirigiram para o canal de Beagle, rumo a Ushuaia, para tristeza dos dois velejadores chineses que sonhavam montar o Horn em alto estilo.

Já em Ushuaia, Caudrelier decidiu abandonar a 5ª perna, usar o tanque de lastro de proa como tanque de diesel e mandar o barco, com a tripula de terra a bordo, motorsailing pro Brasil. Detalhe é que os dois chineses, por conta da burocracia da armada argentina (que em Ushuaia é um porre, posso testemunhar), não puderam desembarcar e vão fazer o cruzeiro rumo a Itajaí. Faz parte!

Enquanto isso, na sala de justiça… Os líderes cruzavam o Everest dos mares com beleza, velocidade e… Uma proximidade impressionante depois de mais de 4.700 milhas navegadas desde a Nova Zelândia. Você pode testemunhar na foto acima que o Mapfre e o Brunel estavam no mesmo quadro e passaram o cabo com apenas 0,1 milha náutica de separação (180m), a 18 milhas do líder de então, o Alvimedica, que por sua vez montou o Horn a menos de 4 milhas do vice, Abu Dhabi. Fazendo uma simples regra de três (no caso do Mapfre, assumindo que um GP tem 350km) é como se num a prova de F1 os carros cruzassem a linha a apenas 0,07mm um do outro. Não sei nem se o cronômetro pega isso! Caraca!!! Viva o one design!

No momento, a pouco mais de 800 milhas da santa e bela, o Alvimedica lidera, com o Abu Dhabi 1,7 milha atrás, o Mapfre outras 10,4 milhas na esteira dos árabes e o Brunel apenas 7 milhas no encalço do espanhol. O Dongfeng abandonou a etapa, o Vestas está no estaleiro e as meninas do SCA, que estão sem o Code Zero depois de um jaibe chinês e sofreram com panes eletrônicas também, vêm mais de 700 milhas atrás da galera, mas já passaram o cabo do medo. E é o time mais bonito, sem dúvida!! Viva elas!

Para sabe tudo da regata não deixe de clicar em http://bit.ly/VOR_14_15

Copa América – Conforme você leu aqui na semana passada, os próceres da Copa América, a competição esportiva mais longeva de nossa humanidade, que desde 1851 alimenta sonhos, paixões e desejos intensos, resolveram aliviar o bolsilho dos bilionas que se divertem nos barquinhos que voam e dos nem tão bilionários assim que dependem de patrocínios polpudos para fazer parte da brincadeira também.

Pois bem, agora é oficial. Os catamarãs AC62 já morreram antes de nascer. Com a anuência de todos os times, os donos da bola, OracleUSA, o desafiante principal Luna Rossa/Prada e os outros quatro desafiantes (Artemis, New Zealand, France e Ben Ainslie Racing) anunciaram que concordam em correr, em 2017, nas Bermudas, em um catamarã com fólios e vela rígida entre 45 e 50 pés. Nesta semana deve sair o novo protocolo e regras da classe.

O objetivo é reduzir os custos e atrair novos times para a competição. Embora a coisa toda continue a ser uma disputa na água e nas pranchetas (e computadores) dos designers, até mesmo algumas peças comuns a todos os barcos serão desenvolvidas conjuntamente. Tomara que dê certo e que possamos ver novamente vários e vários desafiantes se aventurando na regata que está no coração do nosso esporte. Sustentabilidade financeira é o novo lema dos caras! Que assim seja!!

Swift – Mestre Pereira Jr., também conhecido como Aryzão, está nas assessóricas lides ilhabelenses neste começo de outono e nos informou direto do front.

“O melhor da etapa de abertura da Copa Swift Sport ficou reservado para o último dos quatro dias dos dois finais de semana de disputas em Ilhabela. O domingo (29) amanheceu chuvoso e o vento não dava nem sinal de vida. A Comissão de Regatas (CR) optou por hastear a bandeira Recon no Yacht Club de Ilhabela (YCI) e saiu em um bote à procura do vento no Canal de São Sebastião. Depois de uma hora e meia veio orientação para que as 32 tripulações embarcassem rumo ao norte de Ilhabela. Valeu esperar.

O vento sueste entrou com média de 15 nós e rajadas que ultrapassaram os 20 nós. A classe HPE correr mais duas regatas, enquanto C30 e RGS disputaram a prova final da etapa. “Depois das mais variadas condições nos dois últimos finais de semana, fechamos a etapa com chave de ouro. É um convite antecipado para que as tripulações retornem na segunda etapa da Copa Swift Sport (23 e 24, 30 e 31/5), o tradicional ‘Warm Up’ para a Ilhabela Sailing Week, em julho”, comemorou o presidente da CR, Cuca Sodré.

Sob condições ideias, os tripulantes puderam levar à prática seus talentos. Na C30, vitória do Barracuda, que assumiu a vice-liderança da classe. O líder e campeão da etapa, Porsche, chegou em segundo lugar. Na HPE, o Ginga venceu as quatro regatas do fim de semana e conquistou a etapa, mantendo a liderança. Suzuki Bond Girl e Aventura 55 ocupam segunda e terceira colocações no acumulado. Na RGS Geral, o líder Asbar II chegou na segunda colocação para garantir a liderança. O Fram venceu a regata, mas Inaê Transbrasa e Hélios II seguem o Asbar II. Na regata da RGS Cruiser deu BL3, o líder da classe, seguido por Jambock e Cocoon.

O HPE Ginga, com tripulação nativa de Ilhabela abriu a liderança mais folgada entre as classes da Copa Swift Sport. São 14 pontos de vantagem sobre o Suzuki Bond Girl. “No primeiro final de semana tivemos muitas dificuldades com o vento. Neste segundo, os ventos ajudaram e corremos muito bem. A classe levou nove barcos à raia e na próxima etapa, em maio, esperamos mais de 20, devido ao Campeonato Brasileiro”, estimou o comandante do Ginga, Breno Chvaicer, lembrando que o Brasileiro também será em Ilhabela, com sede no YCI (28 a 31/5).

Para todas as classes é considerado o descarte do pior resultado a partir da quinta regata. A organização e realização da Copa Swift Sport é do Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio máster de Suziki Veículos, patrocínios de Ser Glass e F7 Blindagens e apoios de Revista Mariner, Rádio Antena 1, North Sail, Sail Station, Wind Charter e Prefeitura Municipal de Ilhabela”. Dei mole!!

Três primeiros em cada classe após a 1ª Etapa

RGS Geral
1.Asbar II (Sérgio Keplacz): 3+1+2+2 = 8 pontos perdidos
2.Inaê Transbrasa ( Bayard Umbuzeiro): 6+2+1+3 = 12 pp
3.Helios II (Marcos Lobo): 1+5+3+4 = 13 pp

RGS Cruiser
1.BL3 (Clauberto Andrade): 1+2+1+1 = 5 pp
2.Jambock (Marco Aleixo): 3+1+2+3 = 9 pp
3.Cocoon (Luiz Caggiano): 2+3+3+2 = 10 pp

C30
1.Porsche (Marcos de Oliveira Cesar): 1+3+(4)+1+2 = 11 pp
2.Barracuda (Humberto Diniz): (5)+4+1+2+1 = 13 pp
3.+Realizado (José Luiz Apud): 2+1+(5)+4+3 = 15 pp

HPE
1.Ginga (Breno Chvaicer): 2+1+(3)+1+1+1+1 = 7 pp
2.Suzuki Bond Girl (Rique Wanderley): 4+(10)+1+3+4+4+5 = 21 pp
3.Aventura 55 (José Vita): (6)+2+6+2+2+3+6 = 21 pp

 

No São Francisco ainda se veleja para viver e se vive para velejar, Samuca é testemunha.

No São Francisco ainda se veleja para viver e se vive para velejar, Samuca é testemunha.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** Com oito barcos na água rolou o SulBra de A-Cat na Guarapiranga. Com sede no YCSA, o velejador local e apenas medalha de ouro em Moscou1980 no Tornado, Alex Welter, dominou a coisa toda. Em seis regatas venceu cinco e descartou um segundo lugar. Quem foi rei… Parabéns, Herr Welter!

** O SulAm de Snipe, em Mar del Plata, já está rolando. Primeiro com as categorias misto e máster, lideradas pela dupla argentina Juan Pablo Marchesoni e Paula R. Ramos e, a partir de hoje, com o principal (Sênior, Júnior e Feminino). São muitos barcos argentinos, poucos brasileiros, dois cubanos, um peruano e outro equatoriano. Mas pelas fotos de mestre Capizzano, que é velejador local, já sabemos que a coisa toda está linda no mar do Prata! Vida longa às narcejas!

** A semana foi agitada no lixo de Guanabara, também conhecida como a baía-sede dos jogos olímpicos de 2016. Depois de anunciar que iria fazer um contrato emergencial de R$ 20 milhões com o IRN – Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael para que a ONG operasse o plano feito (sem custos) por Axel Grael para mitigar o problema do lixo flutuante, o conselho do instituto, por unanimidade, declinou do contrato.

** Segue… O ex-presidente do IRN (agora é Torben), vice-prefeito de Niterói pelo PV e ambientalista de renome internacional, Axel Grael, comentou: “Comecei a minha vida de militância ambientalista há 40 anos, lutando pela baía de Guanabara, e continuarei fazendo. O Projeto Grael tem sido um importante canal de contribuição para isso e é importante que continue a motivar os seus alunos a se engajarem nessa luta e que contribua sempre com as iniciativas de despoluição. Mas, isso deve ser feito dentro das vocações e das limitações institucionais da nossa organização A decisão do Conselho Diretor do Instituto Rumo Náutico é prudente e correta”. Sem dúvida!

** Limpeza no lixo… O secretário do Ambiente do RJ, André Côrrea, disse em nota que “entendo a posição do conselho do Instituto Rumo Náutico e a minha admiração pela família Grael aumentou ainda mais”. Bem, nestes tempos estranhos, recusar-se a receber recursos sem licitação e não se colocar a serviço de uma possível manobra política e de marketing só me faz aumentar também minha admiração pela Graelada toda. Sou suspeito, mas os caras são demais mesmo! Quem dera houvesse mais gente assim no Brasil!!

** E por falar em Projeto Grael, um dos mais ilustres filhos de lá, Samuel Gonçalves, o multicampeão proeiro de Lars Grael, deu um velejo diferente. Como parte da Caravana do Esporte, da Ana Moser/ESPN/Disney, o arariboiopolitano (também conhecido como niteroiense) foi a Porto da Folha, em Sergipe, às margens do rio São Francisco e, entre atividades sociais e musicais, deu um rolê nas canoas a vela locais. “Uma experiência inesquecível!”, segundo o próprio. Eu não duvido! E segue a caravana!

** Já emendando na vela tradicional. Já que até em canoa de tolda a moça esteve. A nossa documentarista número um da vela brasileira Isabella Souza Nicolas, diretora do “Senhores do Vento”, documentário da saga do Brasil 1 na VOR 2005/6 e do “Mar Me Quer”, que conta na telona a história de nossa vela, está lançando o livro homônimo que promete ser tão completo, bonito e bem feito quanto o filme. Não posso louvar muito porque sendo amigo próximo e colaborador corro o risco, sempre muito feio, do autoelogio. Mas que é do baralho, é!! Aguarde!!

** A Clipper Race e sua flotilha de 12 Clipper70, o vitorioso barco projetado por Tony Castro, que substituiu os velhos 68 pés da regata, vão participar da Round The Islansd Race, na Inglaterra. A tradicional RTI promete reunir mais de 1600 barcos na sua 84ª edição. Com patrocínio da JPMorgan a flotilha dos clipperes vai levar a bordo 144 empregados do banco para o rolê de 50 milhas em volta da ilha de Wight. Vai ser bom!

** Por falar em regata tradicional, a mais antiga das travessias solitárias atlânticas e precursora de uma pletora de desafios solo desde então, a OSTAR, que começou em 1960, é disputada a cada quatro anos e hoje se chama simplesmente The Transat, já tem porto de partido para a edição de 2016. Será Plymouth, no sul da Inglaterra, local de onde partiu também nada menos que a primeira Whitbread em 1973, a hoje Volvo Ocean Race. A chegada do outro lado do Atlântico, nos EUA, ainda vai ser definida. Esta regata é o bicho!! Eu ainda chego lá!

** Regatinha que é o bicho também sempre é qualquer uma na classe RC44. E a temporada 2015 começou com uma etapa pra lá de disputada, com direito a dia de ventão e imagens espetaculares, em Valetta, Malta. No fim, o russo Bronenosec Sailing Team venceu nas regatas de flotilha e o monegasco Charisma foi o melhor no match race. Aqui um vídeo com as incríveis imagens da contenda mediterrânea: http://bit.ly/RC44_Vid_Malta. A próxima etapa é em Porto Cervo. Chatooo…

** E já que estamos nas altas rodas… O time Alinghi anunciou que vai correr o circuito de GC32 este ano. O catamarã one design navega sobre fólios e, como sabemos, enquanto a Copa América for de Larry Ellison (Oracle) o time de Ernesto Bertarelli jamais correrá. Mas os suíços, depois de venceram a eXtreme Sailing Series no ano passado querem manter a mão boa nos cats e agora nos fólios para, quem sabe, até desafiar o eventual vencedor das Bermudas em 2017 e voltar à copa. Veremos!!

** Por fim, uma caribenha. Na já tradicional BVI Spring Regatta, nas Ilhas Virgens Britânicas, o Carkeek 47 Spooke levou a melhor na Round Tortola Race, a regatinha em volta da ilha de Tortola. Correndo no paraíso!!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** Ícone do esporte nacional, Lars Grael disputará, mais uma vez, em busca do hexa, o Campeonato Brasileiro de Star 2015. O evento, marcado para o feriado de Páscoa, promete ser um dos mais equilibrados da história. Além do medalhista olímpico, outros campeões da modalidade estarão na raia do Yacht Club Paulista, incluindo Bruno Prada e Reinaldo Conrad. “O Campeonato Brasileiro de Star é um dos mais tradicionais da vela brasileira”, disse Lars Grael, que terá como proeiro Samuel Gonçalves. Os dois têm o objetivo de subir ao pódio novamente, depois da prata do ano passado em Brasília. Apenas o irmão, Torben Grael – atual campeão com Gustavo Almeida – tem mais conquistas na classe. O bicampeão olímpico foi medalha de ouro no Brasileiro de Star por sete vezes, incluindo uma como proeiro. Começa amanhã!!

** A praia de Jurerê, em Florianópolis, será palco da 3ª edição do Mitsubishi Motors Soto 40 World Championship entre os dias 12 e 16 de abril. Durante as 10 regatas previstas, grandes nomes da vela, medalhistas olímpicos e campeões mundiais, como Torben Grael e o argentino Mariano Parada, participarão da competição totalmente one design. “O que torna a classe Soto 40 especial é que os barcos são completamente iguais. Nenhuma tripulação entra com vantagem de equipamento. Com isso, o trabalho das equipes é destacado”, explica Roberto Martins, do Carioca 25, que já conformou presença no mundial. Eu também!! Vamos?!

 

Olha ele lá de novo! Bochecha manda seu recado no Horn.

Olha ele lá de novo! Bochecha manda seu recado no Horn.

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Nosso representante na VOR, Don Bochecha de Las Santas y Puertos falou, em português, enquanto montava o famigerado cabo Horn. O cara é o cara!! Confira aqui: http://bit.ly/Buch_Horn

** Viva a Internet! Um maluco compilou cenas incríveis de vela extrema de todos os tipos e colocou neste vídeo. Duca!! Confira em: http://bit.ly/1DtLG7U

** O Dongfeng vinha alegre e contente surfando as ondinhas de 5m nas proximidades do Horn quando um crack (a onomatopeia e não a droga, entenda-se) assustou a todos. A jaqueira partiu! E aqui vemos o intrépido tripulante Kevin Escofier que subiu no pau (não confunda!) e ainda filmou a lerda toda de cima. Vale a espiada! http://bit.ly/1F2jBkl

** A galera do Bimba aqui em Búzios, que você sabe é o bairro mais chique de Cabo Frio, veleja muito de RS:X lá em Manguinhos. Até aí novidade alguma. Só que a rapaziada resolveu filmar o velejo direto do próprio mastro e ficou, para falar em buziano castiço, del extremo carajo. Veja em: http://on.fb.me/1xyGKNP

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Se foi um erro, amanhã vira aprendizado”. Da bela Clarice Lispector 

Fui!!! Errando…

Murillo Novaes

Com mais um pódio no currículo, Sir Robin Knox Johnston comenta sobre a Rota do Rum

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Mais de 45 anos depois de sua circunavegação histórica, sem escalas, em solitário e em uma época que não existiam tecnologias como o GPS, o lendário fundador da Clipper Race, Sir Robin Knox-Johnston, de 75 anos, continua a inspirar aventureiros de todo o mundo.

Depois da conquista do pódio na Regata transatlântica Route du Rhum este fim de semana,Sir Robin foi recebido como herói em Guadalupe e mensagens de felicitações e de apoio de velejadores e companheiros de aventura têm inundado as redes sociais em de todo o mundo, com muitos chamando-o  de “inspirador”, “um herói”, “uma lenda viva”, “um dos maiores velejadores que os oceanos já conheceram”, e alguém que tem “sal em suas veias.”

Sir Robin, o participante mais velho no desafio de 3.542 milhas da Route du Rhum, chegou em Guadalupe no último sábado em terceiro lugar na Classe Rhum, depois de 20 dias, 7 horas, 52 minutos e 22 segundos no mar.

Abaixo algumas palavras do Sir Robin:

“Desde o momento que eu anunciei que iria participar da Route du Rhum tenho estado muito emocionado e agradecido por todo o apoio que venho recebendo de pessoas em todo o mundo.

A verdade é que sempre me inspirou ver os milhares de membros da tripulação da Clipper Race ao longo destes quase vinte anos. Como eu sempre estive muito envolvido com a competição sentia certa inveja todas as vezes que acenava para os times que partiam, querendo muito estar com eles nestas aventuras. Quando participei da Sidney Hobart em dezembro do ano passado, tive certeza que eu tinha que voltar a competir novamente. Então, de verdade, queria agradecer a todo o time da Clipper Race por me inspirar a voltar a competir.

Eu curti muito a Route du Rum. Embora tenha sido muito difícil e altamente competitiva, eu me senti ótimo de voltar ao mar, onde me sinto em casa. As pessoas ficavam falando da minha idade durante o percurso, mas francamente, isso é irrelevante quando você se sente novo e saudável. Eu não tenho planos de me aposentar e parar de competir, isso eu tenho certeza.”

Para ler mais mensagens de apoio ao Sir Robin veja a página da Clipper Race no Facebookou  siga o Sir Robin no Twitter, @SirRKJ.

O Sir Robin criou a Clipper Race em 1995 e a edição 2015-16 será a décima da competição bienal que foi responsável por inserir mais de 3000 velejadores novatos em corridas de oceano.

Você também foi inspirado pelo Sir Robin a desafiar você mesmo? É possível seguir os passos dele e velejar ao redor do mundo com a Clipper Race. Você tem que ter no mínimo 18 anos e bom preparo físico, mas não existe idade limite para competir. Como o Sir Robindiz, “Como posso recusar alguém mais jovem que eu?”

A Clipper Race está recrutando tripulação para suas edições 2015-16 e 2017-18. Para saber mais acesse o site oficial,  clipperroundtheworld.com.

Da assessoria

Maior regata de volta ao mundo para amadores segue em busca de tripulantes

“Você precisa entender que é um trabalho incrivelmente difícil. Os candidatos têm que ser totalmente dedicados.”, afirmou este final de semana o diretor da Clipper Race Justin Taylor para justificar a dificuldade do processo seletivo para comandantes da Clipper Race.

Ele, que já foi comandante em outras edições da competição, disse que o processo seletivo é intencionalmente esgotante: “Temos o dever de garantir que encontramos melhores capitães, aptos a liderar as equipes de forma eficaz, através de todos os desafios”.

A próxima edição da regata de volta ao mundo Clipper Race começa em agosto do ano que vem e a organização tem realizado contínuos processos seletivos para encontrar doze comandantes entre os melhores velejadores do planeta.

Uma série de testese cenários avaliam os potenciais capitães durante os três dias de processo seletivo, incluindo o resgate de um homem ao mar, lidar com vítimas, equipamentos danificados econflitos com a tripulação.

“Colocamos candidatossob grande pressão e acrescentamos mais dificuldades para ver como eles se saem”, afirmou o vice-diretor da competição Mark Light. “Muitas pessoas são capazes de velejar, mas poucas são capazes de velejar em um barco da Clipper Round the World Race.”

Os selecionados devem enfrentar os ambientes mais hostis do planeta, incluindo tempestades, ciclones, icebergs, lesões, calor e frio extremos e até mesmo ameaças de pirataria, durante quase um ano e em um percurso de 40.000 milhas com paradas na Europa, América do Sul, África, Austrália, Sudeste Asiático, China e América do Norte, em uma série de 16 corridas, atravessando quatro oceanos.

O fundador e presidente da Clipper Race, Sir Robin Knox Johnston adverte que os candidatos devem estar realmente preparados para ficarem exaustos, fisicamente machucados e surrados, mentalmente cansados e privados de sono durante a viagem 11 meses.

Como contrapartida os selecionados terão um contrato de 18 meses e um bom salário livre de impostos, além de desfrutar de excepcional progressão na carreira. Devem velejar por lugares como aEstátua da Liberdade, a Ponte da Bahia de Sydney, a Table Mountain, na Cidade do Cab, oe a Ponte Golden Gate, em São Francisco.

Para se candidatar você precisa ter o RYA (Yachtmaster Ocean Certificate), experiência pelo menos 30.000 milhas de navegação offshore e em barcos grandes e diversas habilidades que vão muito além dos requisitos profissionais de um trabalho normal.

O programa de recrutamento pode ser acessado no link: www.clipperroundtheworld.com/careers

Da assessoria

Londres se prepara para receber a Clipper Race

A Clipper Race 13-14 retorna à Londres neste sábado, dia 12 de Julho, depois de completar seu percurso de volta ao mundo. O evento será transmitido ao vivo à partir das 11h45min da manhã no horário local (07h45min no horário brasileiro).

Flotilha será recebida com festa

Flotilha será recebida com festa

A Clipper Race é a mais longa regata de volta ao mundo e é considerada um dos maioresdesafios do mar. Seu percurso tem mais de 40.000 milhas e leva 11 meses para ser concluída, em um verdadeiro teste de resistência humana.

É o único evento do gênero que tem uma tripulação formada principalmente por amadores – apenas os capitães, os famosos “skippers”, são profissionais. Pelo menos 40% das tripulações nunca tinha tido uma experiência anterior no mar quando se inscreveu para o desafio.

Representantes célebres do esporte e da realeza inglesa, como Sir Robin Knox-Johnston e Dama Ellen McArthur, irão liderar o comitê de boas-vindas das doze equipes que competem na Clipper Race 2013-14. Milhares deamigos, familiares e espectadores são esperados pela organização da regata na festa preparada no Tâmisa.

670 tripulantes de mais de 40 países diferentes participaramdas 16 etapas ao redor do mundo desde a largada em Londres, em 1 de setembro de 2013. O Brasil teve 5 representantes na competição. Além de um jornalista brasileiro, este que vos escreve, convidado pela organização para cobrir a etapa que saiu do Brasil com destino à Capetown. Uma experiência, sem dúvida, inesquecível.

Outro destaque desta edição foi a participação de atletas conhecidos como o Ollie Phillips, capitão da seleção Inglesa de Rugby e a campeã olímpica Heather Fell, entre outros.

Alguns projetos sociais também foram desenvolvidos durante o percurso, como o da Fundação Ellen McArthur Cancer Trust  e o da Equipe Sul Africana Invest Africa que escolheu 10 jovens carentes locais com o objetivo de desenvolver líderes comunitários e angariar fundos para a construção do Hospital para Crianças Nelson Mandela.

As equipes superaram os testes mais difíceis da mãe natureza como ondas gigantes, ventos extremos, furacões e tornados. Durante a regata, diversos tripulantes tiveram que ser retirados pelas guardas costeiras e um deles protagonizou uma história inacreditável: foi salvo depois de ficar perdido no meio do Oceano Pacífico durante 90 minutos. Uma regata oceânica de verdade!

A Clipper Race navegou por águas remotas e passou por seis continentes, em uma rota que incluiu o Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, Austrália, Cingapura, Qingdao – China, São Francisco, Panamá, Jamaica, Nova York, e Derry Londonderry. A última etapa da competição teve sua largada em Den Helder, na Holanda, na quinta-feira dia 10 de julho com destino à Londres, também o local de partida da prova.

A chegada acontecerá no Tâmisa, mais especificamente na St Katharine Docks noSábado, dia 12 de Julho. A frota irá passar pelos principais pontos turísticos londrinos antes de chegar à tradicional ponte basculante Tower Bridge, que irá se abrir para as tripulações passarem. A programação do evento inclui cerimônias VIPS, entregas de prêmios, área de convivência e alimentação, food trucks, entrevistas e atividades para os visitantes.

Para acompanhar o evento ao vivo, basta acessar o site da Clipper Race ou clicar diretamente no link http://www.clipperroundtheworld.com/livestream

 

 

Flotilha da Clipper Race chega à Nova Iorque

O Barco Henri Lloyd foi o primeiro a avistar as luzes de Manhatan e lidera o ranking geral da competição com 137,9 pontos. A equipe vem mantendo a liderança desde a largada em Port Antonio, na Jamaica. A equipe da Grã Bretanha lutou até o fim, mas acabou perdendo no final, mantendo o segundo lugar e 123 pontos na classificação geral. Para completar o pódio, o casco azul do OneDLL apareceu à meia-noite em Nova York, garantindo o terceiro lugar geral com 116 pontos.

O Henry Lloyd, primeiro colocado na etapa e na competição, ainda ganhou pontos extras por ter sido o primeiro a completar alguns desafios impostos pela organização do evento durante a etapa, como comenta seu Capitão, Eric Holden: “Foi uma etapa curta, mas muito intensa. Nós ganhamos todos os desafios e a tríplice coroa, conquistando também o Ocean Sprint e o Scoring Gate”.

A vitória foi ainda mais emocionante porque a tripulação do Henry Lloyd é formada principalmente por norte americanos, com diversos nova-iorquinos. Para eles foi como voltar para casa com uma vitória. As tripulações agora vão descansar e aproveitar Nova Iorque durante alguns dias, antes de partirem no próximo sábado, dia 07, com destino à Irlanda.

A travessia do Atlântico deve ser muito disputada. Faltam apenas cinco semanas para o final da Clipper Race, que deve ser recebida com uma grande festa em Londres, no dia 12 de julho.

Da assessoria

Clipper Race: Tripulação feminina do Barco Mission Performance faz pacto para completar a volta ao mundo

As três tripulantes femininas remanecentes do barco Mission Performance fizeram um pacto para completar a circunavegação em conjunto.

Quando a embarcação Mission Performance que compete na Regata Clipper de Volta ao Mundo teve diversas baixas por conta de lesões, as três tripulantes femininas que sobraram,Sophie Hetherton (19) , Kate Davidson (25) e Claire Carroll (37) decidiram que deviam se comprometer umas com as outras para terminar a jornada juntas.

A Inglesa Claire Carroll disse que o trio fez o compromisso de continuar até o fim, uma motivando a outra até completar a volta ao mundo.

“Kate, Sophie e eu, todas descobrimos que tínhamos motivos semelhantes – queríamos competir e fazer o barco correr o máximo possível. A esta altura da competição formamos uma equipe muito unida. Eu sempre digo que a única maneira de voltar para Londres é no barco e como circunavegadora então, se eu não tiver nenhuma complicação mais grave, eu não vou sair daqui.”

A americana Kate Davidson disse que as três sempre foram muito teimosas e que é bom saber que elas terão umas às outras até o fim.

“É uma sensação terrível ver as pessoas que você realmente gosta deixarem o barco, nós não podemos fazer isso com o nosso Capitão Matt.

Para acompanhar a flotilha da Clipper Race 13-14 clique aqui.

 

 

Procura-se: Clipper Race quer 12 skippers para próxima edição

A Clipper Race está a procura de 12 skippers que sejam corajosos o suficiente para dar a volta ao mundo liderando uma tripulação de amadores. Espírito de liderança, habilidade mental e física para lidar com desafios e, claro, experiência são alguns dos pré-requisitos. Se você se encaixa nesta qualificações (ou conhece alguém que se encaixe e queira embarcar nesta aventura), entre em contato com a assessora Marina Thomas pelo email mthomas@clipper-ventures.com e agende a sua entrevista.

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