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Posts com Tag ‘grael’

Ouro, prata e bronze! Brasil fecha ótima campanha na etapa de Miami da World Sailing Cup

Fernandinha e Ana começaram 2019 em alto nível. ©JESUS RENEDO/SAILING ENERGY/WORLD SAILING.

3, 2, 1… O ano de 2019 começou com um ótimo resultado para a Equipe Brasileira de Vela. Neste domingo, dia 3, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan conquistaram a medalha de bronze na classe 470 feminina, na etapa de Miami da Copa do Mundo da World Sailing (Federação Internacional de Vela). Assim, o país fechou a primeira grande competição do calendário com três pódios. 

No sábado, Martine Grael e Kahena Kunze foram ouro na 49erFX, e Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino ganharam a prata, a primeira medalha do Brasil na história da Nacra 17. 

Na 470 feminina, após uma semana consistente no top 10 da classificação, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan entraram na regata da medalha deste domingo na quarta colocação no geral. Velejando em ventos fracos, as brasileiras se mantiveram o tempo todo no pelotão da frente. Na descida do último popa, consolidaram a segunda posição na prova, suficiente para garantir um lugar no pódio, com 64 pontos perdidos, um ponto à frente da atual campeã olímpica, a britânica Hannah Mills, que ficou em quarto ao lado de Eilidh McIntyre.

A próxima competição de classes olímpicas do calendário é o Troféu Princesa Sofia, a partir de 29 de março, em Palma de Maiorca, na Espanha.

RESULTADOS COMPLETOS DO BRASIL NA COPA DO MUNDO DE MIAMI:

Sempre elas!! Martine e Kahena vieram crescendo ao longo da semana e… ganharam! Mais um ouro para a dupla. ©JESUS RENEDO/SAILING ENERGY/WORLD SAILING.

49er FX

1 – Martine Grael e Kahena Kunze (BRA), 58 pontos perdidos

2 – Alexandra Maloney/ Molly Meech (NZL), 60 p.p.

3 – Chalotte Dobson/ Saskia Tiden (GBR), 63 p.p.

Samuca Albrecht e Gabi Nicolino foram vice campeões em Miami. ©JESÚS RENEDO/SAILING ENERGY/AARHUS 2018.

Nacra 17

1 – Jason Waterhouse/ Lisa Darmanin (AUS), 50 p.p.

2 – Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (BRA), 58 p.p.

3 – Santiago Lange/ Cecilia Carranza Saroli (ARG), 72 p.p.

470 feminina

1 – Frederika Loewe/ Anna Markfort (ALE), 60 p.p.

2 – Fabienne Oster/ Anastasiya Winkel (ALE), 62 p.p.

3 – Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan (BRA), 64 p.p.

Finn

13 – Jorge Zarif, 76 p.p.

Laser Radial

21 – Gabriela Kidd, 215 p.p.

49er

23 – Marco Grael/ Gabriel Borges, 174 p.p.

RS:X feminina

29 – Bruna Martinelli, 169 p.p.

Laser

56 – João Pedro Souto de Oliveira, 170 p.p.

Mais informações sobre a etapa de Miami da Copa do Mundo:
http://miami.ussailing.org/

Resultados completos: http://sailing.org/worldcup/results/index.php

Tiago Campante/CBVela

Parem as Máquinas! AkzoNobel, de Martine Grael, vence a 6ª etapa da VOR em Auckland.

Akzo_chegada_NZ.jpg

Na madruga kiwi, foi Martine e seus companheiros que cruzaram linha primeiro. Uhuu!

Esta terça-feira que se inicia em terras brasilis, já madrugada de quarta-feira na Nova Zelândia (GMT+13), é histórica para a vela tupiniquim. E novamente quem protagoniza o feito traz um sobrenome legendário nos mares nacionais e planetários: Grael.

Na primeira vez que um velejador brasileiro venceu uma etapa da regata de volta ao mundo, na Holanda, em 2006 (onde pude testemunhar, in loco, na madrugada fria de Roterdam), o comando do inesquecível Brasil 1 estava com um Grael, Torben. Foi ele também, junto com Joca Signorini e Horácio Carabelli (uruguaio-catarinense), que colocou o Brasil no topo ao vencer a VOR 2008/9 no comando do sueco Ericsson 4. Agora, quando pela primeira vez uma velejadora de Pindorama chega à frente numa etapa da Volvo Ocean Race, é a filha dele, Martine, que tem a honra de seguir, renovar e ampliar a incrível saga familiar. Sem falar no já comemorado ouro olímpico no Rio ao lado da parceira Kahena Kunze, no 49erFX. Demais!! Vai Tine!!!

O AkzoNobel, da timoneira e trimmer Martine Grael, que disputou a liderança da sexta perna da regata milha a milha, com o Sun Hung Kai / Scallywag desde que os dois emergiram nas cabeças da flotilha depois de um golpe de ousadia ao rumar, há agora longínquos 20 dias, pro norte (N-NE) logo depois do estreito de Luzon, enquanto o resto da flotilha rumava pro sudeste (E-SE), chegou à frente em Auckland, na Nova Zelândia. sem falar nas jogadas finais de ambos, usando o modo stealth, quando podem ficar “invisíveis” por 12 horas. Bela batalha!

Martine que viveu e navegou muito de Optimist naquelas águas (ganhou umas reganhas, claro) por ocasião da America’s Cup enquanto seu pai era tático do italiano Prada, já tinha previamente marcado um treino/retorno ao 49erFX com Kahena e as amigas/rivais kiwis para desenferrujar da vela olímpica. Vai fazê-lo com um largo sorriso agora!

Depois de mais de quase 6 mil milhas navegadas o AkzoNobel venceu com autoridade, com o Scallywag a apenas poucos minutos depois. Na cola, 4 míseras milhas atrás, vinha o Mapfre, que ultrapassou o Turn the Tide on Plastic nos minutos finais e trouxe o também fortíssimo Dongfeng na cola para desespero da zebra plástica da comandante Dee Caffari que chegou a parecer na liderança em algumas ocasiões depois do equador. Mais destacado, em último na perna, já que o acidentado (sempre ele, que coisa!) Vestas está no estaleiro lá em Auckland mesmo, está o Team Brunel.

A próxima etapa, já com os sete barcos novamente, a maior, com mais de 7500 milhas, pontos dobrados e um ponto extra pro primeiro barco a montar o cabo Horn, deixa Auckland dia 18/3 e ruma direto pra Itajaí (onde este escriba/papagaio vélico estará novamente locutando tudo. Venham todos!). Vamos torcer!!! Brasil-il-il-il!!

Fui!!

Murillo Novaes

 

Parada dura na ilha: irmãos Cole, no Patagonia, e Guille, no Pisco Sour, nos degraus mais altos do pódio.

E os patagões do barco azul, sofreram na última regata, mas foram recompensados ao final e puderam comemorar a vitória portenha na Ilha mais que bela.

A última regata da primeira etapa da Mitsubishi Sailing Cup foi, sem dúvida, a mais emocionante da temporada até agora. A batalha, na classe S40, entre os irmãos Mariano “Cole” Parada, do argentino Patagonia, e Guillermo “Guille” Parada, do chileno Pisco Sour, durou até os metros finais da regata na Ponta das Canas, em Ilhabela.

Sob o céu azul da cidade litorânea, que no domingo contou com ventos vindo do leste, entre 9 e 12 nós, o Patagonia e o Pisco Sour tiveram uma luta muito acirrada durante quase toda a regata barla-sota de quatro pernas, a prova final da Mit Sail Cup 2012. Na metade da segunda perna, no entanto, o veleiro argentino teve um problema e acabou caindo para a 12ª colocação, lugar que o faria perder o título. Nos últimos metros antes da linha de chegada, uma manobra bastante ousada da tripulação fez com que o barco ganhasse duas posições, conquistando assim o título com 24 pontos perdidos, apenas um a menos que o Pisco Sour, que terminou com 25 pontos perdidos.

“Fizemos uma prova pensando na tabela. No entanto, tivemos um problema com outro barco e o Pisco Sour conseguiu sair da nossa marcação. Nesse momento, eles ficaram muito perto de nos derrotar, mas, por sorte, conseguimos recuperar. Estamos muito felizes e é muito importante para nós conseguir essa vitória já que estamos trabalhando há muito tempo juntos”, exaltou o tático do Patagonia e hexacampeão mundial de vela, Mariano “Cole” Parada. Já Norberto Alvarez Vitale, o dono do barco e um dos criadores e incentivadores da classe S40, só pode comemorar por satélite, já que compromissos profissionais o prenderam na Argentina.

Segundo colocado na classificação Geral, o comandante do Pisco Sour, Guille Parada, conta que, apesar de não terem conseguido a vitória, o resultado ainda os mantém na primeira colocação do Campeonato Sul-americano de Soto 40, circuito do qual a Mitsubishi Sailing Cup faz parte. “Foi uma ótima briga com o Patagonia. Mantivemos um ritmo muito bom durante toda a regata, mas, no final, faltou um pouco de velocidade no segundo barla-vento para conseguirmos ultrapassar o Movistar e o Mitsubishi Motors. Mesmo assim, dou meus parabéns a eles e fico feliz porque o nosso resultado nos mantém líderes do Campeonato Sul-Americano”, lembra Guillermo.

No entanto, no domingão final da parada, o grande destaque da regata foi o Lancer Evo, que, seguindo a cartilha do lestão nas Canas, queimou a direita, foi no rumo da ilha e liderou durante as quatro pernas da disputa. “A vitória na regata de hoje foi o resultado do conhecimento e da experiência da nossa equipe em competições. Na largada, escolhemos uma estratégia diferente, velejando em direção à costa de Ilhabela, ao invés de irmos para a esquerda, já que acreditamos que o vento seria mais favorável. Ficamos felizes com o resultado”, contou Eduardo de Souza Ramos, comandante do veleiro e idealizador da Mitsubishi Sailing Cup.

Com os resultados do último dia, considerando um descarte, o argentino Patagonia completou as 8 regatas com 24 pontos perdidos, um a menos que o chileno Pisco Sour, com 25 pontos perdidos. Já o espanhol Iberdrola, que marcou a volta de um time (e não um veleiro, já que o barco usado foi o antigo Ogum de Zeca Revoredo) europeu em competições nacionais após mais de duas décadas, ficou em terceiro, com 32 pontos perdidos. “A Mitsubishi Sailing Cup foi ótima. Conhecemos o circuito pela tradição que o mesmo tem e que foi levada pelos vários velejadores internacionais que correm aqui e também na Europa. O nível da prova é altíssimo”, disse José María Torcida, comandante do veleiro espanhol.

Melhor brasileiro na Mitsubishi Sailing Cup, o Crioula conseguiu um ótimo segundo lugar na regata deste domingo e somou 36 pontos perdidos no geral. “Estar entre os cinco primeiros nesse nível de competição é muito bom. Nós ainda estamos oscilando entre bons e maus resultados e nosso objetivo é ter uma boa média. Agora, treinaremos e velejaremos mais para estar mais atentos e preparados para a segunda etapa em Búzios”, explicou Samuca Albrecht, comandante do veleiro brasileiro.

Já os irmãos Grael, Torben e Lars, que correram no Mitsubishi Energisa, ficaram em penúltimo, à frente apenas da tripula feminina comandada pela filha/sobrinha Martine Grael que fechou a súmula, mas velejou muito bem, mostrando o potencial do “Girl Power” também na S40. Torben que  teve  um susto na noite de sexta-feira, quando seu filho e tripulante Marco foi internado no hospital, passando mal com suspeita de Dengue, estava conformado com o mau desempenho. “Mudamos muitos membros da tripulação e erramos muito nas largadas e em alguma manobras, mas é parte do jogo. O Lars nunca tinha timoneado um S40 e demora um pouco para pegar a mão do barco também. Com o Marco fora, as coisas ficaram ainda mais difíceis. Mas até Búzios teremos tempo de acertar melhor o barco, que não estava andando, e a tripulação. Neste nível de competição, todos os detalhes fazem uma enorme diferença”, disse o maior medalhista olímpico do esporte nacional.

Classe C30 – Na classe C30, o veleiro Loyal dominou toda a Mitsubishi Sailing Cup, vencendo as sete regatas disputadas. Contando com uma equipe bastante experiente comandada por Marcelo Massa, o veleiro terminou a competição com apenas 6 pontos perdidos. A segunda colocação ficou com o Barracuda, de Humberto Diniz, com 14 pontos, seguido pelo Kaikias, de Tarcisio Mattos, com 16 pontos perdidos. “É bom começar ganhando. Foi nossa primeira vez na Mitsubishi Sailing Cup e apenas a segunda velejando com o barco C30. Mas ainda temos muito o que melhorar e conhecer no barco. O que fez a diferença foi nossa experiência de longo prazo como tripulação. Estamos animados para a segunda etapa”, afirma o comandante Marcelo Massa, que viu seu barco sobrar na Ilhabela.

Os veleiros monotipo C30 foram as grandes novidades da terceira temporada da Mitsubishi Sailing Cup. Para o presidente da classe, Tarcísio Mattos, participar das provas foi uma ótima forma de incentivar o crescimento dos C30. “Foi uma maravilha participar da competição. Sem dúvida foi a melhor oportunidade que nós tivemos, principalmente para conhecer melhor os barcos. Foi uma vitrine para a classe. A tendência, a partir de agora, é crescer. Esperamos contar com seis ou sete veleiros em Búzios, na segunda etapa”, conta Tarcísio, que também é comandante do Kaikias.

Classe HPE 25 – Na classe HPE 25, um duelo mais do que parelho marcou a primeira etapa da Mitsubishi Sailing Cup. Em seis regatas disputadas, os Atik, comandado por Henrique “Gigante” Haddad, e o Relaxa Next, de Roberto Albernaz, que contou com nossa estrela maior Maurício Santa Cruz no timão, somou exatamente os mesmos pontos, com os mesmo números de conquistas: três vitórias, dois segundos lugares e um terceiro lugar.

No desempate, o Atik ficou na frente por ter conseguido uma melhor colocação na última regata. “Competir na HPE foi muito divertido. A classe é muito animada e vencer, para nós, foi uma grande satisfação, já que nós não sabíamos se iriamos andar entre os primeiros, já que andamos juntos em um HPE pela primeira vez dois dias antes da Mitsubishi Sailing Cup. Com certeza estaremos em Búzios”, falou Gigante Haddad, vice campeão mundial de Match Race.

Apesar da segunda colocação, Roberto Albernaz comemorou o resultado. “Nós andamos exatamente igual o campeonato inteiro, então isso é um motivo de orgulho muito grande para nós, porque eles têm uma equipe com velejadores muito mais treinados e experientes que nós. Foi mais do que positivo”, exalta o comandante.

Ao final de seis regatas, com um descarte, o Atik fechou a Mitsubishi Sailing Cup com sete pontos perdidos, mesma pontuação do Relaxa Next. A terceira posição ficou com o Repeteco I, de Fernando Haaland, com 18 pontos perdidos, seguido pelo Ginga, de Breno Chvaicer, com 23 pontos perdidos. A Mitsubishi Sailing Cup veleja até Búzios para a segunda etapa do evento entre os dias 09 e 12 de agosto, onde as classes S40, C30 e HPE 25 voltam às raias para a decisão da temporada 2012.

Classe S40
1. Patagonia (ARG) – 24 Pontos Perdidos
2. Pisco Sour (CHI) – 25 pp
3. Iberdrola (ESP) – 32 pp
4. Crioula (BRA) – 36 pp
5. Mitsubishi Motors (CHI) – 36 pp
6. Lancer Evo (BRA) – 37 pp
7. Movistar (CHI) – 42 pp
8. Claro (CHI) – 45 pp
9. Carioca (BRA) – 47 pp
10. Santander (CHI) – 50 pp
11. Entel (CHI) – 53 pp
12. Mitsubishi / Energisa (BRA) – 62 pp
13. Pajero / Gol – 89 pp

Classe C30
1. Loyal (BRA) – 7 Pontos Perdidos
2. Barracuda (BRA) – 14 pp
3. Kaikias (BRA) – 16 pp

HPE 25
1. Atik (BRA) – 7 Pontos Perdidos
2. Relaxa Next (BRA) – 7 pp
3. Repeteco I (BRA) – 18 pp
4. Ginga (BRA) – 23 pp
5. Bixiga (BRA) – 25 pp
6. Fit to Fly (BRA) – 25 pp
7. Ser Glass Eternity (BRA) – 40 pp
8. Corum (BRA) – 42 pp
9. Takra (BRA) – 42 pp
10. Safo 1 (BRA) – 53 pp
11. Iansa (BRA) – 54 pp
12. Vesper III (BRA) – 56 pp
13 Ser Glass 10 Anos (BRA) – 61 pp
14. BSS (BRA) – 61 pp
15. Zoom (BRA) – 71 pp
16. Rex (BRA) – 75 pp
17. Atrevido (BRA) – 77 pp
18. Laranja (BRA) – 84 pp
19. Twister (BRA) – 85 pp
20. Xereta (BRA) – 88 pp
21. Aventura (BRA) – 110 pp

Classificação do Campeonato Sul-americano de Soto 40
1. Pisco Sour (CHI) – 67 Pontos Perdidos
2. Lancer Evo (BRA) – 104 pp
3. Patagonia (ARG) – 105 pp
4. Claro (CHI) – 111 pp
5. Movistar (CHI) – 122 pp
6. Crioula (BRA) – 126 pp
7. Mitsubishi Motors (CHI) – 129 pp
8. Entel (CHI) – 137 pp
9. Santander (CHI) – 143 pp
10. BCI (CHI) – 192 pp
11. I-ZOD (CHI) – 195 pp
12. VTR (CHI) – 200 pp
13. Iberdrola (ESP) – 228 pp
14. Carioca (BRA) – 243 pp
15. Mitsubishi / Energisa (BRA) – 258 pp
16. Pajero / Gol – 285 pp

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