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Posts com Tag ‘Ilhabela Sailing Week’

Barcos da Marinha se destacam entre os melhores da classe RGS na Ilhabela Sailing Week

Entre os sete veleiros trazidos do Rio de Janeiro a Ilhabela pelo Grêmio de Vela da Escola Naval e pelo Colégio Naval, os destaques são Brekelé, Quiricomba e Albatroz

Largada da ORC

Largada da ORC

Ilhabela (SP) – Há 25 anos os barcos da Marinha do Brasil competem na Ilhabela Sailing Week reforçando a flotilha e acirrando a briga pelas primeiras colocações em várias classes. Neste ano, os alunos do Grêmio de Vela da Escola Naval e do Colégio Naval trouxeram sete das 130 embarcações que disputam a 41ª edição do principal evento náutico da América Latina. Após cinco regatas, o Quiricomba, campeão em 2013, lidera a classe RGS A, enquanto o Brekelé ocupa o segundo lugar.

Nesta quarta-feira (23), três barcos da Marinha do Brasil, colocaram-se entre os melhores da RGS em uma flotilha de 36 embarcações. O Quiricomba ficou em segundo lugar nas duas provas. Na classificação geral, que tem o Azulão como líder, o Brekelé é o segundo e o Quiricomba, o quarto. Os dois ocupam a primeira e a segunda colocação na RGS A, respectivamente. O Albatroz é o terceiro na RGS B.

A Marinha do Brasil participa com cinco veleiros do Grêmio de Vela da Escola Naval, do Rio de Janeiro: Albatroz, Brekelé, Quiricomba, Dourado e Bijupirá; e mais dois do Colégio Naval, de Angra dos Reis: Ubá e Cação, sendo que Dourado e Bijupirá estão correndo na classe ORC. Em fevereiro, o Dourado representou o País na Buenos Aires-Rio. As três regatas de abertura da Ilhabela Sailing Week, Alcatrazes, Toque-Toque e Renato Frankenthal, são disputadas em homenagem à Marinha, como reconhecimento ao apoio de oficiais e aspirantes à competição.

“Consideramos a Ilhabela Sailing Week o principal circuito entre os campeonatos dos quais participamos, por isso nos preparamos desde o início do ano”, justificou o aspirante Lerbak, em relação aos bons resultados obtidos pela Escola Naval. “É gratificante para os futuros oficiais da Marinha, competir junto com a sociedade civil. Sempre fomos muito respeitados, principalmente pelos resultados. Apesar do prazer de se velejar, mostramos que o nosso trabalho é sério”.

Representantes do País – O aspirante, timoneiro do Albatroz, também é o comodoro do Grêmio de Vela da Escola Naval e responsável pelas tripulações da Marinha em Ilhabela. “Considero a prática da vela uma das principais atividades náuticas. Além de competir, é uma honra também representar o País em um evento com mais mil velejadores”, destacou Lerbak, que se tornará oficial ao concluir o quarto ano da Escola Naval no fim de 2014.

Um dos nove tripulantes do Albatroz é o capitão-tenente Gomes Ferreira, único oficial que acompanha a flotilha da Marinha em Ilhabela. “A vela na Escola Naval é importante para despertar o espírito de marinheiro. O contato com o mar, o trabalho em equipe, o serviço de marinharia (ajuste de cabos, velas e aparelhos eletrônicos) e as noções de meteorologia, fazem com que a vela tenha um papel fundamental na formação dos oficiais”, considerou Gomes Ferreira.

Dia de dobradinhas em várias classes – Na mesma raia da classe RGS, os veleiros da classe S40 travaram duelos emocionantes, proporcionados pelo vento, que durante as duas regatas do terceiro dia de competição, rondou de nordeste para sueste, subindo de oito para 12 nós (20 km/h), com uma quarta-feira de calor e céu completamente azul.

O Pajero Mitsubishi venceu as duas provas no formato barla-sota (boia a boia) com 7,5 milhas (14 km), seguido por Crioula e Carioca, e manteve a liderança da classe mais veloz da Ilhabela Sailing Week.

“Na primeira regata, largamos escapado, tivemos de retornar e depois foi uma briga, principalmente com o Crioula, para recuperarmos metro a metro. Na segunda, o duelo foi com o Carioca, que montou em primeiro no contravento e conseguimos ultrapassá-lo no popa. Foram duas vitórias muito apertadas. Ganhamos nos detalhes”, relatou o navegador do Pajero Mitsubishi, Ricardo Campos, destacando ainda a vantagem do entrosamento da tripulação vice-campeã mundial da classe TP52, recentemente na Itália. “Desde o início do ano, já devemos ter passado 40 ou 50 dias juntos somando-se todas as regatas”.

Na Raia 2 também teve dobradinha. Foi na classe HPE, com o veleiro Atrevido, comandado por Fábio Bocciarelli. “O Ginga montou todas as boias na nossa frente na segunda regata. Só fomos ultrapassá-los a 30 metros da linha de chegada, no popa. Largamos bem nas duas regatas e foi possível perceber que o barco está muito bem regulado tanto para popa quanto no contravento. É um prazer ganhar do Ginga”, comemorou Bocciarelli. Com dois segundos lugares, o Ginga manteve a liderança da classe com folga. Na Star, os líderes Lars Grael e Samuel Gonçalves venceram mais uma. A outra vitória foi da dupla Bruno Prada e Guilherme de Almeida.

Quem também teve muitos motivos para comemorar foi a tripulação do Seu Tatá, na classe ORC. O barco do Iate Clube do Rio venceu as duas regatas do dia, acumulando três vitórias em cinco provas, o que garante a primeira colocação na ORC A e geral. “As regatas estavam muito bem estruturadas. Estamos com velas novas e conseguimos acertar a regulagem. Soma-se a tudo isso a disposição da nossa garotada”, opinou o comandante Paulo Cesar Haddad, sobre os motivos que levam o Seu Tatá à liderança.

“Ainda tem muita regata pela frente, mas se conseguirmos manter essa regularidade, ficaremos entre os três primeiros. Esse é o nosso objetivo”, estipulou Haddad que deu nome à embarcação em homenagem ao sogro falecido recentemente e que tinha pavor de entrar na água. “Seu Tatá não entrava no mar de jeito nenhum e nunca veio a bordo. Quem sabe se agora ele está dando uma forcinha para a tripulação”.

Resultados

S40
Quarta regata – 1.- Pajero (André Fonseca)
Quinta regata – 1.- Pajero (André Fonseca)

Acumulado:
1.- Pajero – 8 pp (2+3+1+1+1)
2.- Carioca (Roberto Martins) – 12 pp (1+4+3+2+2)
3.- Crioula 29 (Samuel Albrecht) – 13 pp (3+2+2+3+3)

C30
Quarta regata – 1.- Relaxa Next Caixa (Roberto Mangabeira)
Quinta regata – 1.- Zeus (Inácio Vandersen)

Acumulado:
1.- Zeus – 9 pp (3+1+2+2+1)
2.- Relaxa Next Caixa – 16 pp (2+7+1+1+5)
3.- Caiçara-Porsche (Marcos de Oliveira Cesar) – 16 (4+3+3+3+3)

HPE
Quarta regata – 1.- Atrevido (Fábio Bocciarelli)
Quinta regata – 1.- Atrevido (Fábio Bocciarelli)

Acumulado:
1.- Ginga (Breno Chvaicer) – 10 pp (1+1_+4+2+2)
2.- Bixiga (Pino di Segni) – 20 pp (6+5+2+3+4)
3.- Fit to Fly (Eduardo Mangabeira) – 25 pp (5+2+1+9+8)

Star
Terceira regata – 1.- Lars Grael/Samuel Gonçalves
Quarta regata – 1.- Bruno Prada/Guilherme Almeida

Acumulado:
1.- Lars Grael/Samuel Gonçalves – 5 pp (1+1+1+2)
2.- Bruno Prada/Guilherme Almeida – 11 pp (4+3+3+1)
3.- Fábio Bruggioni/Marcelo Sansone – 17 pp (3+5+5+4)

ORC A
Quarta regata – 1.- Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)
Quinta regata – 1.- Seu Tatá (Paulo Cesar Haddad)

Acumulado:
1.- Seu Tatá – 7 pp (2+2+1+1+1)
2.- Angela VI (Peter Siemsen) – 11 pp (3+1+2+2+3)
3.- Lexus/Chroma (Gustavo Crescenzo) – 13 pp (1+4+3+3+2)

ORC B
Quarta regata – 1.- Lucky V (Ralph de Vasconcellos Rosa)
Quinta regata – 1.- Lucky V

Acumulado:
1.- Lucky V – 8 pp (4+1+1+1+1)
2.- Absoluto (Pedro Prosdócimo Neto) – 16 pp (3+4+4+3+2)
3.- Santa Fé V (Nélson Ávila Thomé Jr.) – 17 pp (1+2+2+5+7)

ORC C
Quarta regata – 1.- Bravíssimo 4 (Ian Muniz)
Quinta regata – 1.- Bravíssimo 4 (Ian Muniz)

Acumulado
1.- Bravísismo 4 – 5 pp (1+1+1+1+1)
2.- Prozak (Márcio Finamore) – 13,5 pp (3+2+2+2,5+4)
3.- Rocket Power (Luiz Augusto Lopes de Castro) – 15,5 pp (4+3+3+2,5+3)

ORC Geral
1.- Seu Tatá – 14 pp (5+6+1+1+1)
2.- Lucky V – 17 pp (7+1+3+3+3)
3.- Bravíssimo 4 – 23 pp (6+3+5+2+7)

IRC
Quarta regata – 1.- Rudá (Guilherme Hernandes)
Quinta regata – 1.- Rudá (Guilherme Hernandes)

Acumulado
1.- Rudá – 5 pp (1+1+1+1+1)
2.- Mandinga (Jonas Penteado) – 11 pp (2+2+2+2+3)
3.- Terroso (Carlos Augusto Matos) – 14 pp (3+3+3+3+2)

RGS A
Quarta regata – 1.- Quiricomba (Marinha)
Quinta regata – 1.- Quiricomba (Marinha)

Acumulado
1.- Quiricomba – 13 pp (8+2+1+1+1)
2.- Brekelé (Marinha) – 13 pp (4+1+3+3+2)
3.- Montecristo (Julio Cechetto) – 18 pp (2+7+2+4+3)

RGS B
Quarta regata – 1.- Total Balance (Sérgio Klepacz)
Quinta regata – 1.- total Balance (Sérgio Klepacz)

Acumulado
1.- Bruxo (Luiz Schaefer) – 13 pp (2+2+1+5+3)
2.- Total Balance – 17 pp (1+1+13+1+1)
3.- Albatroz (Marinha) – 18 (3+6+2+2+5)

RGS C
Quarta regata – 1.- Rainha (Leonardo Pacheco)
Quinta regata – 1.- Azulão (Marcelo Polonio)

Acumulado
1.- Azulão – 10 pp (1+2+2+4+1)
2.- Xiliki (Renato Bosso)- 14 pp (5+3+1+3+2)
2.- Rainha – 19 pp (4+5+6+1+3)

RGS Cruiser
Terceira regata – 1.- Boccalupo (Cláudio Meragno)
Quarta regata – 1.- BL3 (Clauberto Andrade)

Acumulado
1.- BL3 (Clauberto Andrade) – 9 pp (1+3+4+1)
2.- Thalassa (Maurício Duarte) – 10 pp (2+1+2+5)
3.- Jambock (Marco Aleixo) – 12 pp (3+2+5+2)

RGS Geral
1.- Azulão – 29 pp (1+4+4+14+6)
2.- Brekelé – 34 pp (16+3+8+4+3)
3.- Xiliki – 35 pp (5+6+3+12+9)

Resultados completos no site oficial:

http://www.ilhabelasw.com.br/2014/resultados/#tit

Da assessoria

Ilhabela Sailing Week: Carioca é fita-azul da Alcatrazes por Boreste na classe S40

Tripulação do Rio de Janeiro com reforços argentino e uruguaio concluiu a Regata Alcatrazes por Boreste, a mais longa da competição, à frente do Pajero Mitsubishi

O Carioca foi o fita-azul de Alcatrazes

O Carioca foi o fita-azul de Alcatrazes

Ilhabela (SP) – Na Regata Alcatrazes por Boreste, os barcos da classe S40 confirmaram a condição de mais velozes da Ilhabela Sailing Week, sendo os primeiros a cruzar a linha de chegada. A tripulação do Carioca, com André Mirsky no leme, demonstrou mais eficiência para superar as dificuldades proporcionadas pela calmaria que tomou conta do Canal de São Sebastião no domingo (20) de abertura da principal competição de oceano da América Latina.

O veleiro do Iate Clube do Rio de Janeiro cumpriu as 46 milhas náuticas (85 km) em 7h15m05, com apenas 3m32 de vantagem sobre o segundo colocado, Pajero Mitsubushi, do timoneiro André Fonseca, o Bochecha, e 53m13 à frente do Crioula, do tático Samuel Albrecht, o Samuca, campeão da S40 em 2013. Consciente das dificuldades impostas pelos ventos fracos, a Comissão de Regatas optou por encurtar o percurso, tradicionalmente com 60 milhas (110 km), antecipando a linha de chegada para a Ponta da Sela (extremo sul de Ilhabela).

Após uma largada complicada, o Carioca utilizou as previsões meteorológicas que estavam ‘na manga’ para recuperar o tempo perdido. “O começo foi determinante. Tínhamos a informação de que o lado do continente estaria com melhores condições. Mesmo com direito de passagem, houve uma colisão com barcos de outras classes logo na largada e ficamos em último”, relatou Mirsky antes de falar sobre a estratégia adotada.

“A flotilha optou por seguir um rumo próximo à Ilhabela enquanto nós fomos para o lado oposto, rente a São Sebastião. Foi por isso que conseguimos alcançar os adversários e depois abrir. Na chegada perdemos o vento por alguns instantes e permitimos a aproximação do segundo colocado, mesmo assim, nossa tática foi 100%”, comentou o timoneiro do Carioca, elogiando o trabalho da tripulação.

Rivais e amigos – “O Pajero Mitsubishi, com Bochecha no leme, tem uma equipe fortíssima. Ele tem muita agilidade, trazida da classe olímpica em que veleja, a 49er”, opinou Mirsky, ao lado do amigo e rival Bochecha que emendou. “Nossa tripulação está sendo considerada como um ‘dream team’, é praticamente a mesma vice-campeã mundial da classe TP52, há um mês na Itália, mas é a primeira vez que velejamos em um S40, que além do Carioca, tem barcos muito fortes como o Magia Energisa, do Torben Grael e o atual campeão Crioula”. Ambos consideram que as regatas barla-sota (boia a boia) a partir desta terça-feira (22) serão mais brigadas e decisivas para o campeonato.

A classe ORC, que também contornou Alcatrazes, teve vitória do Lexus Chroma , com 8h8m51, à frente do Seu Tatá e do Angela VI. O veleiro de Santos, vencedor do Warm Up da Ilhabela Sailing Week, na Copa Suzuki Jimny, foi preparado especificamente para correr em Ilhabela. “Investimos em velas, cabos e eletrônicos, mas não fizemos reforma para não alterar o certificado”, justificou o comandante Gustavo de Crescenzo.

“Tivemos logo depois da largada, ventos de um ou dois nós. Aproveitamos a correnteza junto à Ponta da Sela (extremo sul de Ilhabela) para podermos andar um pouco. Também foi muito difícil contornar Alcatrazes, quase sem vento e com o mar agitado”, descreve o comandante que espera por ventos entre oito e dez nós a partir das regatas desta terça. “Nosso barco não permite erros. Precisamos colocar 14 minutos em cima do segundo colocado da classe para vencermos no tempo corrigido. O barco está regulado para vento médio”.

Vitória da persistência – Enquanto os velejadores dos barcos mais velozes repousavam em suas casas ou hotéis recuperando as energias empregadas no trajeto até Alcatrazes, algumas tripulações demonstravam perseverança e valentia rompendo a madrugada de segunda-feira para completar a regata. O Boccalupo fechou a raia às 9h17m45 desta segunda, após heroicas 21h07m45 de navegação, cinco minutos a mais do que o Fandango, também de Ilhabela.

“Chegamos a conversar a bordo se deveríamos continuar, mas meu filho Nícolas, de 13 anos, nosso tripulante-mirim, convenceu-nos a permanecer em regata. Ele nunca havia ido a Alcatrazes e demonstrava um entusiasmo contagiante”, alegou orgulhoso o pai e comandante Cláudio Melaragno. “Ficamos três horas literalmente boiando, sem qualquer vento. Contornamos o arquipélago apenas na madrugada, mas no próximo ano o Nícolas já avisou que quer ver Alcatrazes durante o dia. Estaremos aqui novamente”.

Dia de estreia para a Star – A única classe que ainda não competiu na Ilhabela Sailing Week é a Star, que correrá a primeira regata pelo Campeonato Sul-Americano nesta terça. Reunindo os principais velejadores do Brasil e quatro duplas argentinas, a disputa entre os 18 barcos promete equilíbrio. A Star estreou na competição em 2013, com vitória da dupla tricampeã mundial Robert Scheidt e Bruno Prada. Neste ano, a classe ganha nível internacional.

Os argentinos reconhecem o favoritismo dos rivais brasileiros. Torkel Borgstrom, que já foi campeão em Ilhabela competindo em barco de oceano, aponta seus principais favoritos ao título. “Acho que o Lars Grael, o Bruno Prada e o Dino Pascolato têm provado que são excelentes velejadores. Estão em nível superior. Se eu e o Juan Pablo terminarmos entre os cinco primeiros já estaremos muito contentes”.

Lars, terceiro em 2013, estará novamente com seu proeiro Samuel Gonçalves e também é indicado como um dos mais cotados ao pódio pelo atual campeão Bruno Prada. “Com certeza é uma dupla que tem potencial para vencer qualquer competição. De qualquer forma, será muito bom correr com 18 barcos na raia em uma classe que exige muita técnica”, afirmou Bruno que estará ao lado de Guilherme de Almeida, com quem já velejou no final da década de 90.

“O Guilherme está muito bem treinado, velejou no último mundial com o Torben. É questão de fazermos alguns ajustes no barco e utilizarmos nosso conhecimento da raia de Ilhabela”, considerou Bruno, terceiro colocado no Mundial da Itália junto com o norueguês Eivind Melleby. Logo após a Ilhabela Sailing Week, Bruno disputa o Evento Teste do Rio de Janeiro na classe Finn, para os Jogos Olímpicos de 2016. “Estou torcendo para que o vento aumente de intensidade nesta semana aqui em Ilhabela. Com vento forte, se não der para andar bem com jeito, vai na força”.

Vencedores da regata de abertura – Confira os vencedores de cada classe da regata disputada neste domingo (20), que abriu a 41a. edição da Ilhabela Sailing Week:

S40 – Carioca (Roberto Martins)
C30 – Mais Realizado (José Luís Apud)
HPE – Ginga (Breno Chvaicer)
ORC A – Lexus/Chroma (Luís Gustavo de Crescenzo)
ORC B – Santa Fé V (Nélson Avila Thomé Jr.)
ORC C – Bravissimo 4 (Ian Muniz)
IRC – Rudá (Guilherme Hernandes)
RGS A – Fram (Felipe Aidar)
RGS B – Total Balance (Sérgio Klepacz)
RGS C- Azulão (Marcelo Polonio)
RGS Cruiser – BL3 (Pedro Rodrigues)

Resultados completos no site oficial:

http://www.ilhabelasw.com.br/2014/resultados/#tit

Da assessoria

‘Mais Realizado’ vence a classe C30 na abertura da Ilhabela Sailing Week

Veleiro de Ilhabela supera vento fraco e favoritos para vencer a competitiva classe C30 na primeira regata da 41ª edição do principal evento náutico da América Latina

Foto: Marcos Mendez Edição: Davi Valente www.sailstation.com

Ilhabela (SP) – Em um dia difícil para a maioria dos 130 barcos inscritos na Ilhabela Sailing Week, o Mais Realizado superou o vento fraco aproveitando a experiência da tripulação bem entrosada e acostumada aos ‘atalhos’ das raias de Ilhabela. Correndo na competitiva classe C30, o veleiro local venceu a Regata Toque-Toque por Boreste com uma milha (1.8 km) de vantagem sobre o segundo colocado Relaxa Next Caixa.

“Mesmo com todas as dificuldades foi um dia super legal para nós”, relatou Mário Buckup, timoneiro do barco vencedor. “Até chegar a Toque-Toque, mantivemo-nos em terceiro ou quarto lugar. Na hora de contornarmos a ilha, fizemos um trajeto bem rente e com um rumo mais curto pudemos ultrapassar os adversários. Arriscamos e deu certo, mas tivemos sorte também”, afirmou Buckup com humildade. A C30 conta com sete barcos.

“Na volta optamos por velejar junto à costa de São Sebastião e nos demos bem novamente. O ambiente tranquilo a bordo e a regulagem das velas ajudaram o barco a ganhar velocidade”, analisou Buckup, bicampeão pan-americano da classe Lightning. “Essa vitória nos motiva ainda mais para as regatas barla-sota (boia a boia) a partir de terça-feira. Vamos comemorar hoje (domingo) porque amanhã é dia de treino”. O Mais Realizado superou os favoritos CA Technologies, campeão em 2013 e o Zeus Team, também de Santa Catarina e que chegou na terceira colocação.

Prevaleceu a lógica na HPE – A classe HPE disputou a Regata Renato Frankenthal, no mesmo percurso da C30 e dos barcos menores da RGS. O atual campeão Ginga, de Ilhabela, confirmou o favoritismo em meio a uma flotilha de 22 veleiros. Cruzou a linha de chegada à frente do Artemis e do Take Ashauer, ambos também de Ilhabela. O Fit to Fly, vice em 2013, foi o quinto na prova de abertura da Ilhabela Sailing Week.

“Com um vento que mal chegou a oito nós (14 km/h), foi um anda e para o tempo todo. Começou na direção sul e depois virou para leste”, relatou Henrique Haddad, o Gigante, timoneiro do Fit to Fly. “Cruzamos a linha cinco minutos antes do horário limite, 17h”. O velejador carioca, em campanha olímpica para o Rio 2016 na classe 470, chegou a pensar que a regata poderia ser anulada por falta de luz natural. A HPE não possui luzes de navegação e apenas oito veleiros chegaram dentro do prazo estabelecido.

Sem vento, retorno é antecipado – A Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil, com 60 milhas náuticas (110 km), foi árdua para os alguns dos barcos que teriam de contornar o arquipélago, devido à falta de vento, o que provocou várias desistências. “Diante da situação adversa, a tripulação do Miragem, do Rio de Janeiro, optou por retornar mais cedo ao Yacht Club de Ilhabela. “Entramos em um buraco de vento e não tínhamos como recuperar. Ficamos parados na Ponta da Sela (extremo sul de Ilhabela), com vários barcos ao redor e não havia como sair do canal para chegar lá fora, no vento leste”, justificou o timoneiro Fábio Bodra.

A tripulação do Miragem, assim como outras que enfrentaram a calmaria, preferiram evitar o desgaste para priorizar os treinos nesta segunda (21), dia livre para os velejadores que só voltam a competir na terça-feira. O Tapioca, de Paraty, também retornou sem chegar a Alcatrazes. “O vento estava muito fraco, Não valia a pena ficar insistindo. Para não perdermos o dia, ligamos o motor e fomos dar um passeio próximo à Alcatrazes. Começamos a festa mais cedo”, comentou cansado, porém, bem humorado, Vitor Oliveira, proeiro do Tapioca.

Regata principal – A Comissão de Regatas estava preparada para receber os barcos que seguiram a Alcatrazes até durante a madrugada desta segunda-feira (21). No início da noite deste domingo, apenas três embarcações da classe S40 haviam cruzado a linha de chegada ao sul de Ilhabela. O vencedor foi o Carioca, conduzido por André Mirsk. O segundo colocado, o Pajero Mitsubishi, com André “Bochecha” Fonseca no leme, concluiu o percurso 3min32 depois. O terceiro foi o Crioula, com Samuel Albrecht, a 53mi13 do ganhador.

Da assessoria

Regatas de percursos longos abrem a Semana de Vela de Ilhabela

Abertura oficial do evento será neste sábado (19), mas a primeira regata está marcada para domingo, a tradicional Alcatrazes por Boreste, em homenagem à Marinha do Brasil

A foto de Carlo Borlenghi mostra o C30 Caballo Loco, de Mauro Dottori

A foto de Carlo Borlenghi mostra o C30 Caballo Loco, de Mauro Dottori

São Paulo (SP) – Chegou o momento mais esperado do ano pelos velejadores inscritos na Ilhabela Sailing Week, principal regata oceânica da América Latina. A partir deste domingo (20), cerca de mil tripulantes embarcados em 130 veleiros de oito classes, levam seus talentos para as águas do litoral norte paulista dando início ao show que inclui velocidade, tecnologia, ousadia, além do colorido das velas que tingem o Canal de São Sebastião e do clima único de disputa e confraternização que se estende ao Yacht Club de Ilhabela (YCI) após as regatas.

Com previsão de vento sudoeste em torno de 15 nós (até 30 km/h), os barcos das classes S40, ORC, IRC, e RGS, largam às 10h com destino à Alcatrazes para contornar o arquipélago e retornar ao YCI, em um percurso de 60 milhas (110 km). O recordista da regata que teve início em 1996 e foi incluída no programa do evento em 1999 é o S40 argentino Cusi 5, com o tempo de 6h12m26, estabelecido em 2009. Na última edição, o Crioula, também S40, foi o vencedor com 14h22m02, sob condições de vento não tão adequadas como em 2009.

Também no domingo, os barcos das classes C30, RGS C e Clássicos largam às 10h20 para a Regata Ilha de Toque-Toque por Boreste. Dez minutos antes, a classe HPE25 inicia a disputa da Regata Renato Frankenthal, em homenagem ao velejador assíduo em Ilhabela e entusiasta da vela, falecido em 2009. Os veleiros da Star terão o dia para treinos oficiais à espera do Campeonato Sul-americano da classe que terá início na terça-feira (22), como uma das atrações internacionais da 41ª Ilhabela Sailing Week.

Participação surpreendente – Os veleiros inscritos neste ano iguala o número de participações na edição comemorativa dos 40 anos realizada em 2013, motivo de satisfação para os organizadores. “Apesar de muitos velejadores, principalmente os de fora como, argentinos, chilenos e uruguaios, terem vindo ao Brasil para acompanhar a Copa do Mundo, estamos com 130 barcos inscritos, o que me deixa muito contente. O interesse pela Ilhabela Sailing Week, em pleno à Copa é surpreendente”, argumenta o diretor de Vela do Yacht Club de Ilhabela, Carlos Eduardo Souza e Silva, Kalu, que correrá na classe ORC com o barco Orson.

“Aumentou, por exemplo, o número de inscritos na Star devido ao apelo do Campeonato Sul-americano, além de contarmos também com excelentes barcos e grandes velejadores nas demais classes. A classe Star terá muita qualidade com tantas feras na água. Tenho a certeza de que faremos ótimas regatas em todas as raias”, relata Kalu que disputará a segunda e última etapa do Sul-americano de ORC, iniciado em janeiro, em Punta del Este, no Uruguai.

Entre as feras citadas por Kalu na Star podemos incluir Lars Grael, Reinaldo Conrad, Bruno Prada, Marcelo Fuchs, Ronie Seifert, Samuel Gonçalves, Guilherme de Almeida, Dino Pascolato, Henry Boening e o argentino Torkel Borgstrom. São 19 barcos inscritos. “É um prazer voltar a Ilhabela para rever os amigos em um lugar tão lindo e velejar com esse barco que tanto exige dos tripulantes. É também uma oportunidade de aprendermos com os melhores velejadores brasileiros de Star. Creio que os favoritos são Lars e Marcelo Fuchs, mas sempre corro para ganhar e espero ficar entre os primeiros”, afirma Torkel com humildade.

Desfile de talentos – A S40, classe mais veloz da competição, também proporcionará um desfile de talentos com a família Grael no Magia Energisa; o Pajero Mitsubishi, vencedor em 2012; o atual campeão Crioula, do tático Samuel Albrecht; o vice de 2013 Carioca, de Roberto Martins e o Crioula 03, que terá tripulação sul-africana.

A competitiva classe C30 também estará muito bem representada na 41ª Ilhabela Sailing Week, com o atual campeão e novamente favorito CA Technologies, de Marcelo Massa, que conta com a experiência de André Fonseca, o Bochecha; Zeus Team e Relaxa Next/Caixa, ambos de Santa Catarina; Caiçara Porshe, Caballo Loco, Barracuda e Mais Realizado, que terá no leme o bicampeão pan-americano de Lightning, Mário Buckup.

“Estou super animado por correr contra barcos idênticos, o que valoriza as atitudes da tripulação. O que vale, são suas decisões a bordo. É preciso ficar atento o tempo todo porque os erros aparecem mais quando se veleja lado a lado com os adversários”, comenta Buckup com mais de 30 anos de participações assíduas na Ilhabela Sailing Week. “O C30 é fantástico, com 12 nós (20 km/h) de vento, você atinge 12 nós de velocidade no popa ou no través”, enfatiza o velejador sempre solicito com os demais competidores que pedem informações sobre regulagens do barco ou das velas.

A flotilha de HPE, com 20 barcos, é a mais numerosa entre os monotipos, e deve proporcionar regatas equilibradas. O veleiro a ser batido é o Ginga, atual campeão, com uma tripulação local de exímios conhecedores das raias de Ilhabela. Também confirmaram presença Fit to Fly e Bond Girl Suzuki, segundo e terceiros colocados em 2013, respectivamente. O Fuguinha, do Aratu Iate Clube, veio de carreta desde Salvador para competir em Ilhabela e terá a companhia do também baiano Blitz, do Iate Clube da Bahia. Merece destaque também a equipe 100% feminina do Corum ICS, que terá Juliana Duque no comando.

A Ilhabela Sailing Week tem a organização do Yacht Club de Ilhabela e os patrocínios de Mitsubishi, Banco do Brasil e Correios. As regatas no Canal de São Sebastião reunirão embarcações das classes S40, ORC, IRC, C30, HPE-25, RGS, RGS Cruiser, Clássicos e Star, sendo que as regatas de ORC e Star também serão válidas pelo Campeonato Sul-americano de ambas as classes.

Da zdl

Arquipélago de Alcatrazes liberado para regata de abertura da Ilhabela Sailing Week

Ofício do Ministério do Meio Ambiente autoriza velejadores a contornar o arquipélago na tradicional Regata Alcatrazes por Boreste, no próximo dia 20

O arquipélago de ALcatrazes

O arquipélago de ALcatrazes

São Paulo (SP) – A mais longa regata da 41ª Ilhabela Sailing Week está oficialmente confirmada para o dia 20 de julho. Cerca de mil tripulantes, embarcados em mais de 130 veleiros participam da abertura do maior evento náutico da América Latinam sendo que as embarcações de determinadas classes disputarão a Regata Alcatrazes por Boreste, em homenagem à Marinha do Brasil. O contorno do arquipélago está oficialmente autorizado pela Estação Ecológica (ESEC) Tupinambás, vinculada ao Ministério do Meio Ambiente.

Principal atração da regata, o Arquipélago de Alcatrazes, a 45 km da costa de São Sebastião, concentra o maior viveiro de aves marinhas do Atlântico Sul. Várias espécies de répteis e uma flora única também se espalham pela ilha principal, além dos cardumes que habitam as águas que envolvem as 11 lajes e as ilhotas que compõem a chamada “Galápagos Brasileira”, devido à formação estimada há mais de dez mil anos. A ESEC Tupinambás foi criada justamente para proteger essa biodiversidade e atua como Unidade de Conservação federal sob a gestão do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), responsável pelos programas de pesquisa, proteção e preservação da biodiversidade, com poder de polícia ambiental.

“Considerando-se a extrema importância e sensibilidade do Arquipélago de Alcatrazes, é importante que os velejadores estejam cientes das consequências de possíveis distúrbios e impactos na vida marinha e terrestre do local, mantendo condutas ambientalmente corretas”, recomenda o analista ambiental, chefe da ESEC Tupinambás, Edilson Esteves. A Unidade de Conservação criada em 1987 também é responsável pelas atividades de educação ambiental.

A ESEC completará 27 anos de atividades no próximo dia 20, mesma data da Regata Alcatrazes por Boreste regata, em meio à expectativa da transformação do arquipélago em Parque Nacional Marinho. O projeto, em andamento no Ministério do Meio Ambiente com a finalidade de expandir a área protegida, conta com o apoio dos velejadores. Sob jurisdição da Marinha do Brasil, a formação é rodeada por águas transparentes, com visibilidade de até 20 metros no verão, o que permite a visualização de diversas cavernas e grutas submersas.

A Regata Alcatrazes por Boreste – Marinha do Brasil tem percurso de 60 milhas náuticas e o tempo dos vencedores apresenta variações extremas, de acordo com a intensidade do vento. O recorde da prova pertence ao veleiro argentino Cusi 5, que estabeleceu 6h12m26 em 2009, enquanto o vencedor da última edição, em 2013, o barco gaúcho Crioula, percorreu a mesma rota em 14h22m02, tornando-se o Fita Azul da regata.

A Ilhabela Sailing Week tem a organização do Yacht Club de Ilhabela e os patrocínios de Mitsubishi, Banco do Brasil e Correios. As regatas no Canal de São Sebastião reunirão embarcações das classes S40, ORC, IRC, C30, HPE-25, RGS, RGS Cruiser, Clássicos e Star, sendo que as regatas de ORC e Star também serão válidas pelo Campeonato Sul-americano de ambas as classes. As inscrições estão abertas no site oficial (www.ilhabelasw.com.br) e seguem até 13 de julho.

Da assessoria

Ilhabela Sailing Week esquenta temporada de inverno no litoral norte em julho

Competição de oceano transforma a Capital Nacional da Vela no período das férias escolares, após a Copa do Mundo, com belas regatas e boas promoções

São Paulo (SP) – A Ilhabela Sailing Week muda o cenário da cidade do litoral norte paulista, durante as férias de julho, que passa a oferecer uma alternativa rica em esporte, lazer, cultura e gastronomia aos turistas acostumados a buscar, preferencialmente as regiões montanhosas de São Paulo, como as cidades da Serra da Mantiqueira, na temporada de inverno. O conforto e a segurança da ampla rede hoteleira é um dos principais atrativos para velejadores, seus familiares e visitantes em geral.

Com a comunidade da vela, incluindo-se organizadores, patrocinadores e demais envolvidos no evento participando da maior competição náutica da América Latina, o setor hoteleiro e os restaurantes ganham, no inverno, movimento quase similar ao do verão. A Ilhabela Sailing Week deve levar cerca de seis mil turistas ao município, o que deve provocar impacto de aproximadamente R$ 7 milhões na economia do município. As regatas serão disputadas entre os dias 19 e 26 de julho, com sede no Yacht Club de Ilhabela (YCI), período em que dezenas de hotéis fazem promoções aos visitantes.

O colorido das mais de cem velas espalhadas pelo Canal de São Sebastião tingem as águas de Ilhabela e proporcionam uma visão única, privilegiada, durante as regatas, mesmo para quem está passeando na aconchegante Vila, o centro histórico de Ilhabela. Para os adeptos de aventura e esportes mais radicais, a visita à Cachoeira da Toca e a trilha de bike – ou de carro para os menos preparados fisicamente – até a paradisíaca Praia de Castelhanos, localizada na deserta face leste da ilha, são ótimas opções. Vale conferir também, as trilhas do Morro do Baepi e do Bonete.

Se o clima estiver favorável, a Praia da Armação (ao norte), tradicional ponto de encontro de velejadores, oferece infraestrutura completa, como o aluguel de caiaques, stand up paddle e pranchas a vela, com instrutores, se necessário, para que o passeio em família ou o banho de sol tornem-se ainda mais prazerosos. Na hora de repor a energia consumida pelas regatas ou demais atividades que a ilha proporciona, dezenas de restaurantes e lanchonetes estão à disposição dos visitantes, com cardápios para todos os gostos. Desde pratos elaborados especialmente para os velejadores até as refeições mais sofisticadas da cozinha internacional, com destaque para peixes, crustáceos e frutos do mar.

Ilhabela possui uma área de 346 km², sendo 140 km de costa, incluindo 45 praias. A Mata Atlântica abrange 85% do município e integra o Parque Estadual protegido pelo Projeto de Preservação da Mata Atlântica (PPMA). Essa condição natural privilegiada permite que a cidade esteja voltada para o ecoturismo durante os 365 dias do ano. A fauna e flora de Ilhabela estão na lista de atrações imperdíveis. São 3.000 espécies de aves marinhas e migratórias que passam anualmente pela região.

Da assessoria

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