Samuca e Gica são os melhores brasileiros no Europeu de Nacra 17
Samuel Albrecht e Georgia Silva integram a Equipe Brasileira de Vela de 2014 e contam com apoio da Confederação Brasileira de Vela, Comitê Olímpico Brasileiro e Bradesco.
15 jul
Com um beijo na linha de chegada na última regata, Clínio de Freitas e Cláudia Swan comemoraram a conquista do título do primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra17 que encerrou neste domingo no Veleiros do Sul, em Porto Alegre. Eles haviam perdido a liderança da competição no sábado, mas se recuperaram ao vencerem as duas regatas de hoje e deixaram os argentinos Esteban Blando e Eugenia Bosco na segunda colocação.
“Estou muito feliz por termos conseguido vencer o campeonato, só lamentei o desfecho”, disse Clínio, se referindo à última regata que foi atingida por um forte vento, seguido de temporal, que causou algumas viradas de barcos na raia do Guaíba. A dupla do Rio de Janeiro velejou a última perna da regata sem a vela balão, que sempre é usada com vento a favor. “Não quis me arriscar, quando vi o pessoal capotando na raia e deu certo”, comentou o timoneiro.
Clínio de Freitas e Cláudia Swam foram também os campeões do primeiro campeonato brasileiro, realizado em julho no Rio de Janeiro, e únicos representantes do país no Mundial da Holanda, também em julho.
“Gostei do que vi aqui, a flotilha brasileira está evoluindo nesta classe que é nova para quase todo mundo. O parâmetro foi o argentino Esteban que possui um pouco mais de experiência por ter feito a temporada européia”, disse Clínio 49 anos, medalha de bronze com Lars Grael, na classe Tornado na Olimpíada de Seul, em 1988.
Os argentinos Esteban Blando, 38 anos, e Eugenia Bosco,16, terminaram em segundo lugar, mas saíram satisfeitos com o desempenho no campeonato, apesar do malogro no último dia. “Foi uma competição dura e hoje começamos bem, com um segundo lugar, mas na regata seguinte íamos na frente e depois viramos o barco, conseguimos voltar para a regata, porém chegamos em quinto lugar. Nossa meta é continuarmos com a campanha olímpica na Argentina, falou Esteban, que veleja na cidade de Rosário.
Os gaúchos melhores posicionados foram Marcos Pinto Ribeiro, 46 anos, e Valéria Fabiano, 26, do Veleiros do Sul, que terminaram em quinto lugar. Para quem não conta com patrocinador nem apoio técnico, o resultado foi muito bom.
“Nós mostramos que temos técnica e potencial, nem tivemos oportunidade de treinar fomos direto para o campeonato. Até cinco dias atrás era um sonho estarmos velejando neste barco. Foi um esforço grande, pois não somos profissionais da vela, avaliou Marcos Ribeiro. “Nosso objetivo era não ficar em último e não virar e conseguimos mais do que isso. Um confia no trabalho do outro e isto nós dá segurança na hora de velejar”, disse a proeira Valéria.
O Sul-americano começou tranqüilo neste domingo com vento fraco pelo meio-dia. O céu estava encoberto com nuvens que trouxeram uma chuva fraca. Após a disputa da primeira regata do dia os barcos voltaram para o Clube. Por volta das 15 horas retornaram para a raia. O início da última regata foi com vento fraco, mas uma formação de nuvens de sudoeste veio com força total e fez soprar um vento de 30 nós de intensidade que fez virar alguns barcos exigiu muita prudência das tripulações por se tratar de um catamarã extremado e muito veloz.
O Sul-americano contou com a participação de nove tripulações do Brasil, Argentina e Uruguai.
Classificação final com 10 regatas realizadas (veja a súmula completa)
1º Clínio de Freitas e Claudia Swan (BRA/RJ) 19 (pontos perdidos)
2º Esteban Blando e Eugenia Bosco (ARG) 22
3º Pablo Defazio e Mariana Foglia (URU) 27
4º Bruno de Bernardi e Juliana Mota (BRA/SC) 29
5º Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano (BRA/RS) 42
6º João Bulhões e Tatiana Ribeiro (BRA/RJ) 43
7º Samuel Albrecht e Caroline Boening (BRA/RS) 60
8º Adriana Kostiw e Jucyan Okretic (BRA/SP) 69
9º Patricia Gatti e Rodrigo Fernandes (BRA/DF) 73
Da assessoria
Começa o amanhã no Veleiros do Sul o Campeonato Sul-americano da classe Nacra 17. A partir das 14h as regatas têm início na raia do Cristal. Serão oito os participantes de Brasil e Uruguai a correrem no primeiro evento da classe no continente. Um dos principais articuladores da classe Nacra 17 no país, o velejador olímpico Clínio de Freitas, 49 anos, venceu o primeiro campeonato brasileiro da classe, realizado em junho no Rio de Janeiro, junto com a esposa Cláudia Swan.
A dupla também foi à única representante do Brasil no Mundial da Holanda, em julho. Clínio possui grande experiência em barcos multicascos. Na Olimpíada de Seul em 1988 foi medalha de bronze na classe Tornado, com Lars Grael no timão, enquanto Cláudia competiu na classe 470 feminina na Olimpíada de Barcelona em 1992.
O Nacra 17 é seu grande desafio no retorno a uma classe olímpica, mas o velejador sabe que as tripulações brasileiras precisarão reverter a desvantagem com relação aos adversários europeus. “Estamos atrasados em um ano, os barcos começaram a chegar aqui somente no início de 2013. Senti isso na Holanda, fiquei meio perdido, mas agora considero que já estamos melhor preparados. Precisamos de muito treino e participações em campeonatos para nos igualarmos”, afirma.
O barco Nacra 17 é muito veloz, mas um dos mais instáveis entre os multicascos. Por isso exige maior treino para sua navegabilidade. “Há uma correlação com o Tornado, mas o Nacra é um designer moderno, casco de linhas arrojadas e bolinas curvas, uma tendência de agora, que faz os cascos levantarem acima da água. Acho que o Sul-americano, assim como todos os campeonatos, será importante para o entrosamento da classe brasileira”, compara Clínio.
A velejadora olímpica Adriana Kostiw também está investindo na nova classe na dupla com Jucyan Okretic e corre seu segundo campeonato. “O catamarã é um barco bem rápido e por ser tripulação mista, tem forças diferentes. Já havia corrido o Brasileiro, mas foi um campeonato em que a gente tirou o barco do container e três dias depois tava na raia”. Ela comenta que esse sul-americano é um campeonato de apreendizado para quem vai correr. “Entre os brasileiros, o Clínio tem uma vantagem sobre todas as tripulações pela experiência que ele tem, já são 20 anos velejando de catamarã e uma medalha de bronze. Mas tem a dupla uruguaia que também correu mundial, tem experiência lá fora. A gente tá mesmo aprendendo, tem que ter paciência e coragem”, brinca Adriana.
Da assessoria
Entre os dias 07 e 10 de novembro o Veleiros do Sul sedia o Campeonato Sul-americano da classe Nacra 17, o primeiro grande evento da nova classe da vela Olímpica no Continente. As inscrições para o campeonato seguem abertas a participação de seis tripulações brasileiras já estão previstas, além de tripulações da Argentina, Uruguai e Venezuela.
Durante o campeonato, a Confederação Brasileira de CBVela e a Associação Brasileira da Classe Nacra 17 (ABCN17) realiza a primeira clínica da classe no país entre os dias 02 e 10 de novembro. O técnico será Andrew Landenberger, velejador australiano medalhista Olímpico no Tornado e com inúmeros títulos em classes catamarã. Conforme Clinio de Freitas, presidente da ABCN17, evento será custeado pelo COB/CBVela como apoio ao desenvolvimento da classe Nacra17 no Brasil.
“Para participar o ideal é que tenha um Nacra 17 no local do evento a disposição. A clínica será nas vésperas do Campeonato Sul Americano da classe e durante o mesmo para acelerar a evolução dos velejadores da classe no Brasil”, esclarece Clínio.
Da assessoria
O Veleiros do Sul é o primeiro clube gaúcho a contar com barco da classe olímpica Nacra 17. A dupla formada por Samuel Albrecht e Caroline Boening iniciou nesta quinta-feira a montagem do catamarã de tripulação mista que fará parte da Olimpíada Rio 2016. O Nacra 17 é a volta dos multicascos ao programa de vela olímpico.
“É a tendência da vela atual, pode-se ver que as maiores competições mundiais, como America’s Cup, Extreme Sailing, são feitas com este tipo de barco. Por serem velozes com ventos fracos ou fortes, não nos tornamos reféns das condições do vento, e regatas muito emocionantes por sua rapidez”, diz Samuca.
Eles nunca velejaram nesta classe e por isso tudo é novidade sobre como se comporta nas manobras. O trabalho da dupla agora se intensificará para o próximo ciclo olímpico. “Temos que recuperar o tempo parado, meu contato mais próximo com o Nacra foi quando velejei de F18 (catamarã semelhante) em junho passado no Rio”, diz Samuel.
A Nacra 17 tem um pouco mais de um ano. Em julho passado foi realizado o primeiro campeonato mundial, na Holanda. Os vencedores foram os franceses Billy Besson e Marie Riou. Os brasileiros Clínio de Freitas e Claudia Freitas ficaram em 30º. Para Samuca apesar de ser nova, a classe já conta com muita gente de alto nível que migrou de outros multicascos. “Um exemplo é o espanhol Iker Martinez que já passou pelo catamarã Groupama e agora está na Nacra, assim como outros”, compara.
O Nacra 17 é fabricado na Holanda e seu projeto é considerado arrojado. Os cascos possuem desenhos para que a proa fure as ondas, resultando menor arrasto na água. As suas bolinas são curvadas, que permitem menor atrito do barco na água, tanto no contravento como no vento a favor e melhor controle do barco em condições de vento extremas. O mastro é de fibra de carbono.
Os treinos no Guaíba iniciarão na próxima semana e eles já têm um desafio em casa. Em novembro, de 7 a 10, o Veleiros do Sul realizará o primeiro Campeonato Sul-Americano da classe Nacra 17, com a participação de tripulações do Brasil, Argentina e Venezuela. Deverá ter a presença da argentina Cecília Saroli, que está entre as 10 melhores da classe.
Do VDS
O Veleiros do Sul realiza entre os dias 07 e 10 de novembro o Campeonato Sul-americano da classe Nacra 17. Tripulações de todo o país estão convidadas a integrar este que será o primeiro evento de porte continental da classe. Tripulações de Argentina, Uruguai e Venezuela já manifestaram a intenção de participar da disputa que reunirá velejadores que estão de olho na Olimpíada de 2016.
Um barco de alta performance, o catamarã Nacra 17 é a nova classe eleita pela Federação Internacional de Vela (ISAF) a integrar os Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro em 2016. O mastro e o casco duplo são feitos em fibra de carbono permitindo a alta velocidade do barco que requer boa preparação técnica da tripulação, uma dupla mista (composta por um homem e uma mulher).
Nacra 17 no Brasil
Assim que a ISAF decidiu colocar um catamarã na programação olímpica, optando pelo Nacra 17, federações de vela do mundo inteiro começaram a trabalhar pela implantação da classe. As seletivas para escolher as 20 tripulações que disputarão a Olimpíada começaram neste ano.
No Brasil, o I Campeonato Brasileiro da Classe Olímpica Nacra 17 foi realizado entre 27 e 30 de junho de 2013 na Baía de Guanabara. Durante o campeonato foi criada a Associação Brasileira de Nacra 17 e escolhido o velejador Clinio de Freitas como presidente. Clínio faz dupla com Cláudia Swan. Juntos venceram o brasileiro e em junho disputaram o primeiro mundial de Nacra 17 na Holanda.
Da assessoria
O penúltimo dia do Mundial de Nacra 17, que está sendo disputado em Hague, na Holanda, não foi muito bom para a dupla brasileira Clínio de Freitas e Cacau Swan. Com um 25º, um 29º e um 35º lugares, os dois ocupam a 30ª colocação da flotilha prata. O campeonato termina neste sábado.
Na flotilha ouro, os líderes são os franceses Billy Besson e Marie Riou. Um ponto atrás estão os ingleses Bem Saxton e Hannah Diamond. A briga entre os dois promete ser acirrada na disputa da medal race neste sábado.
Os resultados completos podem ser vistos clicando aqui.
O dia foi novamente de espera para a dupla brasileira Clínio de Freitas e Cacau Swan no Mundial de Nacra 17, que está sendo disputado em Hague, na Holanda. Classificados na flotilha prata, os dois ficaram em terra, enquanto as 25 duplas da flotilha ouro foram para água para a disputa da única regata do dia.
“Aqui ou venta muito ou não venta nada. Ontem estávamos liderando a regata, porém os juízes acabaram cancelando por causa do vento fraco. Sabemos que a regulagem para vento fraco está ótima, mas ainda temos que descobrir a de vento forte”, disse Cacau.
O segundo dia de regatas do Mundial de Nacra foi melhor para os velejadores. O evento está sendo disputado em Hague, na Holanda e reúne 65 barcos. A flotilha azul, na qual estão os brasileiros Clínio de Freitas e Cacau Swan, disputou três e a flotilha amarela, cinco. Assim, a dupla tupiniquim ocupa a 46ª colocação geral.
Vale ressaltar que, apesar de ser sede das Olimpíadas, o Brasil foi um dos últimos países a receber o barco. O contêiner que trouxe os quatro primeiros barcos para o país ficou retido na Receita Federal enquanto os velejadores esperavam para poder começar a treinar.
Clínio e Cacau, que já têm experiência em multicascos, venceram o brasileiro, disputado entre os dias 27 e 30 de junho, mas ainda assim têm menos hora de voo a bordo do Nacra 17 do que as outras tripulações do Mundial.
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Finalmente, depois de muita espera, os brasileiros Clínio de Freitas e Cacau Swan estrearam no Mundial de Nacra 17, que está sendo disputado em Hague, na Holanda. A dupla disputa a flotilha azul, única a ir para a água nesta terça-feira. Os dois somaram um 10º lugar na primeira regata e um 22º na segunda por conta de uma batida na boia. “Muita maré e vento fraco, tivemos que pagar um 360. Amanhã melhora, estamos contentes”, disse Cacau.
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