Equipe Maserati Multi 70: Giovanni Solidni (ITA), Vittorio Bissaro (IT), Guido Broggi (IT), Carlos Hernandez Robayna (ESP), Oliver Herrera Pérez (ESP), Nico Malingri (IT), Matteo Soldini (IT) Claude Thélier (FRA).
O Maserati, Multi 70 comandado por Giovanni Soldini (ITA), cruzou a linha de chegada do RORC Caribbean 600 às 20:49:00 AST desta terça-feira, 19 de fevereiro de 2019, em um tempo de 1 dia, 06 horas, 49 minutos e 00 segundos, levando a fita-azul dos multicascos e estabelecendo um novo recorde da regata, na sua 11ª edição, batendo o tempo anterior por pouco mais de uma hora.
Os eventos extraordinários em torno da batalha por esta fita-azul serão lembrados nos tempos vindouros. Apenas 48 horas antes do início do RORC Caribbean 600 2019, o MOD 70 Argo (EUA), de Jason Carroll, capotou em alta velocidade nos treinos. Parecia impossível que o Argo pudesse largar, mas depois de um esforço monumental da comunidade náutica de Antígua, da tripulação e da equipe de terra, o impossível fez-se realidade.
No dia da largada, Soldini, solidariamente, concordou com um atraso de duas horas na partida a pedido dos adversários. Daí em diante foi um épico nas 600 milhas em torno de 11 belas ilhas caribenhas, navegando dia e noite com os dois multicascos registrando mais de 30 nós de velocidade.
Em Redonda, a ilha final do percurso, o Argo, que tinha ninguém menos que François Gabart a bordo, fez uma ótima manobra tática para colar no Maserati. E um intenso match race proporcionou a reviravolta final para essa fantástica história. O Maserati conseguiu prevalecer sobre o Argo para vencer por pouco mais de sete minutos, após 30 horas de ação explosiva. Intenso e belo!!
Entre os 106 barcos inscritos nas diversas classes e categorias há um brasileiro/angolano, o Classe40 Mussulo, de José Guilherme P. Caldas. Ele, Leo Chicourel, Alberto Vita, Rafael Martins e Antonio Nunes estão a pouco menos de 200 milhas da chegada, em 7º na classe e 29º entre os monocascos. Força aí, galera!!
Barco árabe passa por reformas na cidade catarinense antes de correr a Regata do Porto, que vale pontos. Na sexta-feira a Pro-Am reúne velejadores e convidados
Itajaí (SC) – O Abu Dhabi foi recebido com festa na Parada de Itajaí, da Volvo Ocean Race. O barco, que não pontuou por ter desistido na metade do caminho da quinta perna, chegou na manhã desta quinta-feira (19) a bordo do navio Thorco Empire. Com o cargueiro atracado, foram retiradas as amarras de proteção e na sequência o veleiro percorreu a motor os dois quilômetros até o píer da Vila da Regata. A atividade foi monitorada pela DHL e pela autoridade portuária do município.
O comandante do Abu Dhabi, Ian Walker, que acompanhou o transporte de perto, está contente com o trabalho de terra da equipe no Brasil. “Nós precisávamos de quatro dias para deixar tudo pronto, mas a logística nos obrigou a fazer tudo em dois dias até a Regata do Porto DHL. Não podemos desistir. O grupo fez tudo o que era possível e essa proatividade vai nos dar a chance de brigar pela vitória até Miami”, afirma Walker.
“Nos últimos 12 dias fiquei nas mãos da minha equipe esperando os acontecimentos desde a parada no Chile para o início do transporte. Fiz tudo o que pude em terra. Essa é uma regata longa e os desafios surgem a cada etapa”, completa Walker, admitindo que o time precisa de um pouco de sorte.
A mesma opnião é compartilhada pelo chefe da equipe de terra do Abu Dhabi, Jamie Boag. Para o trabalho, ele recrutou 18 pessoas para fazer os ajustes necessários no veleiro. “Nós vamos conseguir fazer tudo a tempo, pois nossa equipe está focada e dedicada”.
O grupo está lutando para participar da Regata do Porto DHL, no sábado, mas não deve correr a regata Pro-Am desta sexta-feira (19). A prova não vale pontos para a classificação geral. São três provas festivas, em que cada equipe leva a bordo convidados da organização e patrocinadores. Esses velejadores novatos são os responsáveis por algumas ações dentro do barco, como regular as velas e até timonear o veleiro. Sempre com o auxílio dos velejadores que estão dando a volta ao mundo. A Pro-Am de Itajaí terá uma atração a mais: será disputada muito próxima ao público, nas praias de Itajaí e Navegantes.
Groupama testa novo mastro – O Groupama fez o primeiro teste com seu novo mastro na quarta-feira. Os franceses trocaram o equipamento após a avaria na subida para o Brasil no Oceano Atlântico. “O barco não apresentou nenhum problema e a peça está bem instalada e segura. A tripulação está confiante em vencer a próxima perna”, explica o integrante da equipe de terra, Ricardo Ermel.
O Camperdeixou o berço em Itajaí e voltou pra água para testes nesta quinta-feira. A equipe, que chegou no início da semana, fez um pit stop no Chile para fazer reparos na estrutura. “O trabalho está bem feito e vamos correr a Pro-Am”, diz Chunny Bermudez, do Camper. A equipe de terra assumiu os trabalhos em Santa Catarina e o objetivo dos espanhóis/neozelandeses é vencer a Regata do Porto e continuar na briga pelo título.
Telefónica vence protesto – O barco líder da Regata Volta ao Mundo se livrou de levar uma punição da organização nesta quinta-feira. Os espanhóis foram acusados de levar um tipo de vela (para tempestade) a mais do que o permitido durante a quarta perna entra a China e da Nova Zelândia. O processo foi indeferido e o júri considerou que o Telefónica seguiu o Aviso de Regata da Volvo Ocean Race.
“A decisão que tomamos foi bastante clara para nós”, conta o juiz internacional da ISAF Bernard Bonneau. “Descobrimos que havia uma ambiguidade nas regras”. O júri foi composto por Bernard Bonneau, Peter Shrubb, Flávio Naveira, Chris Atkins e John Maccall.
A equipe do Telefónica está aliviada depois do julgamento. “A tripulação não entendeu o motivo do julgamento. Mostramos que estávamos dentro das regras da Volvo Ocean Race e isso nos dá tranquilidade para seguir na busca pelo título desta edição”, relata o advogado Luiz Sáez Mariscal, que defende o Telefónica. “A atitude é normal quando uma equipe está na liderança. Sempre tentam tirar os pontos para deixar mais equilibrado. Foi assim na última com o Ericsson 4 de Torben Grael”. Luis Sáez lembra que os espanhóis pediram autorização aos árbitros da Volvo Ocean Race antes da perna para usar as velas e que o próprio comitê liberou.
Puma com apoio brasileiro – O velejador catarinense Bruno Fontes, classificado para a Olimpíada na classe Laser, faz parte do time do Puma. Ele vai correr a regata Pro-Am nesta sexta-feira e a Regata do Porto, no dia seguinte, e será uma espécie de informante dos norte-americanos comandados por Ken Read.
“Nunca velejei nessa área e os pontos da Regata do Porto são importantes. Por isso, ouvi os locais como o Bruno Fontes para conhecer melhor a região. O Brasil tem nomes de peso na vela mundial, como Torben e Lars Grael e são especialistas em provas de oceano”, relata Ken Read. “Em todas as paradas temos esse feedback dos locais e sempre dá certo”.
Feliz pela oportunidade, Bruno espera dar dicas sobre o regimes de ventos. Em contrapartida, o velejador olímpico aprende com a experiência de quem dá a volta ao mundo. “Apesar de os barcos serem diferentes, sempre é possível aprender com as manobras dos velejadores de oceano. A troca de experiências é importante nessa fase final rumo aos Jogos de 2012”.
O Puma fará mais ajustes com a equipe de terra e tripulantes para deixar tudo pronto para a Regata do Porto. O veleiro de Ken Read foi o único que não sofreu avarias na perna entre Auckland e Itajaí. A tripulação para a viagem até Miami terá mudanças: Shannon Falcone vai se juntar ao Puma no lugar de Casey Smith, que está machucado. Falcone já navegou com os norte-americanos na edição passada. “É algo que uma hora podia acontecer e estou preparado. Eu jamais desejaria isso a alguém, mas é normal ocorrer”, avalia Falcone, que acrescenta. “A última perna foi realmente muito boa e espero que possamos fazer uma viagem tão boa nesta próxima etapa. Para mim é o trecho mais emocionante, porque já está um pouco mais quente e estou perto de casa”.
Torben visita Itajaí – Atual campeão da Volvo Ocean Race, o brasileiro Torben Grael está em Itajaí para prestigiar a fase final da Parada, que inclui a Regata do Porto DHL e a largada para Miami. O maior medalhista olímpico do Brasil aprovou as instalações da Vila da Regata dizendo que a cidade catarinense fez um trabalho correto para sediar o evento. “A Volvo Ocean Race em Itajaí é muito importante, já que toda a cidade se envolve. Se fosse no Rio de Janeiro seria mais uma competição e poderia ficar em segundo plano”.
Torben Grael acompanha de perto a disputa entre os barcos pelo título desta edição. Como atual campeão, o brasileiro acredita que a decisão será nas últimas pernas entre Telefónica, Groupama, Camper e Puma. “A regata é muito equilibrada e os barcos são praticamente iguais, exceto Abu Dhabi e Sanya que apresentam seguidos problemas. Sobre as quebras, acredito que cabe à tripulação saber poupar equipamento durante a parte mais complicada. Os veleiros são de alta performance e é preciso saber o momento certo de aumentar a velocidade”, explica Torben, que quebrou o recorde de singradura (milhas velejadas em 24 horas), andando 596.6 milhas náuticas (1.105 quilômetros), na última edição da Volvo Ocean Race.
Na tarde desta quinta-feira (19) em Itajaí, o brasileiro Joca Signorini recebeu o troféu de segundo lugar na mais disputada perna desta edição da Volvo Ocean Race, que teve como partida a Nova Zelândia. A equipe espanhola doTelefónica continua liderando na classificação geral.
Ainda faltava uma regata para o final da etapa chinesa do Extreme Sailing Series quando a equipe do The Wave – Muscat já comemorava o título. A equipe de Leigh McMillan ficou 15 pontos a frente do Red Bull Sailing Team, segundo colocado. No total foram disputadas 29 regata, diante de um público de 55 mil pessoas. A próxima etapa acontecerá em Istambul, na Turquia, de 7 a 10 de junho.
Neste final de semana começam as disputas da Semana Olímpica Francesa, em Hyères. Às vésperas das Olimpíadas a classe Match Race deverá ser uma das mais disputadas da competição. Estarão presentes no eventos a americana Anna Tunnicliffe, número 1 do mundo, a inglesa Lucy Macgregor, a também americana Sally Barkow e a portuguesa Rita Gonçalves, entre outras. O Brasil não terá representantes na competição nem nos Jogos.
Desde esta quinta-feira 22 maxis estão disputando a Rolex Volcano Race. A edição 2012 da competição terá três etapas. Aprimeira começou em Gaeta, um porto entre Roma e Nápoles. Nesta sexta-feira a flotilha seguiu para Capri, passando pelas ilhas Pontine, em um percurso de 400 milhas. No sábado os velejadores partirão para um percurso desafiador, de 300 milhas, em volta das ilhas Aeolian.
Entre os dias 19 e 24 de setembro acontece em La Rochelle, na França, o tradicional in-water boat show Grand Pavois. E o Brasil será convidado de honra desta 40ª edição, assim como foi em 1997. A homenagem faz parte de um projeto da Embratur para fazer do país um destino de turismo náutico.