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Posts com Tag ‘sailing news’

Ouro, prata e bronze! Brasil fecha ótima campanha na etapa de Miami da World Sailing Cup

Fernandinha e Ana começaram 2019 em alto nível. ©JESUS RENEDO/SAILING ENERGY/WORLD SAILING.

3, 2, 1… O ano de 2019 começou com um ótimo resultado para a Equipe Brasileira de Vela. Neste domingo, dia 3, Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan conquistaram a medalha de bronze na classe 470 feminina, na etapa de Miami da Copa do Mundo da World Sailing (Federação Internacional de Vela). Assim, o país fechou a primeira grande competição do calendário com três pódios. 

No sábado, Martine Grael e Kahena Kunze foram ouro na 49erFX, e Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino ganharam a prata, a primeira medalha do Brasil na história da Nacra 17. 

Na 470 feminina, após uma semana consistente no top 10 da classificação, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan entraram na regata da medalha deste domingo na quarta colocação no geral. Velejando em ventos fracos, as brasileiras se mantiveram o tempo todo no pelotão da frente. Na descida do último popa, consolidaram a segunda posição na prova, suficiente para garantir um lugar no pódio, com 64 pontos perdidos, um ponto à frente da atual campeã olímpica, a britânica Hannah Mills, que ficou em quarto ao lado de Eilidh McIntyre.

A próxima competição de classes olímpicas do calendário é o Troféu Princesa Sofia, a partir de 29 de março, em Palma de Maiorca, na Espanha.

RESULTADOS COMPLETOS DO BRASIL NA COPA DO MUNDO DE MIAMI:

Sempre elas!! Martine e Kahena vieram crescendo ao longo da semana e… ganharam! Mais um ouro para a dupla. ©JESUS RENEDO/SAILING ENERGY/WORLD SAILING.

49er FX

1 – Martine Grael e Kahena Kunze (BRA), 58 pontos perdidos

2 – Alexandra Maloney/ Molly Meech (NZL), 60 p.p.

3 – Chalotte Dobson/ Saskia Tiden (GBR), 63 p.p.

Samuca Albrecht e Gabi Nicolino foram vice campeões em Miami. ©JESÚS RENEDO/SAILING ENERGY/AARHUS 2018.

Nacra 17

1 – Jason Waterhouse/ Lisa Darmanin (AUS), 50 p.p.

2 – Samuel Albrecht e Gabriela Nicolino (BRA), 58 p.p.

3 – Santiago Lange/ Cecilia Carranza Saroli (ARG), 72 p.p.

470 feminina

1 – Frederika Loewe/ Anna Markfort (ALE), 60 p.p.

2 – Fabienne Oster/ Anastasiya Winkel (ALE), 62 p.p.

3 – Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan (BRA), 64 p.p.

Finn

13 – Jorge Zarif, 76 p.p.

Laser Radial

21 – Gabriela Kidd, 215 p.p.

49er

23 – Marco Grael/ Gabriel Borges, 174 p.p.

RS:X feminina

29 – Bruna Martinelli, 169 p.p.

Laser

56 – João Pedro Souto de Oliveira, 170 p.p.

Mais informações sobre a etapa de Miami da Copa do Mundo:
http://miami.ussailing.org/

Resultados completos: http://sailing.org/worldcup/results/index.php

Tiago Campante/CBVela

Jean-Luc Van Den Heede, aos 73 anos, vence Golden Globe 2018 e entra na história.

PPL PHOTO AGENCY - COPYRIGHT FREE (for editorial use only) Tel: +44 (0)7768 395719.  ppl@mistral.co.uk Photo Credit: Christophe Favreau/PPL/GGR ***2018 Golden Globe solo round the world yacht race: Jean-Luc Van Den Heede and his Rustler 36 MATMUT crossing the finish line at 10:12 to win the 2018 Golden Globe Race, off les Sables d'Olonne France today  The 71-year old Frenchman and his yacht MATMUT completed the 27,000 mile race in 211 days 23 hours 12 mins 19 seconds - 100 days faster than Knox-Johnston's SUHAILI   IN 1969

Jean-Luc Van Den Heede (FRA) escreveu seu nome nos livros de recordes não apenas vencendo a Golden Globe Race 2018, a circunavegação em solitário que replica nos mesmos moldes o feito de 50 anos atrás na Golden Globe original. Aquela que transformou em Sir o, até então, obscuro marinheiro inglês Robin Knox-Josnton e inaugurou a era das regatas em solitários sem paradas e sem assistência.

O veterano francês de 73 anos de seis circunavegações solitárias – uma na “direção contrária” –,  tomou dois títulos do britânico Sir Robin Knox-Johnston, o único finalista e, obviamente, vencedor, da regata do Globo de Ouro (Golden Globe) do Sunday Times há 50 anos e o velejador mais velho da história a completar uma regata de circunavegação solitária. Até o espocar do tiro de chegada às 09:12 UTC de hoje (29/01), Sir Robin tinha também o título de mais velho circunavegador solitário em uma regata, depois de completar a Velux 5 Oceans Race em 2007 com 68 anos de idade.

O idealizador da regata que revive os áureos e românticos tempos de outrora, onde só se navegava com sextante, leme de vento, não havia quase comunicação e os barcos tinha outro tipo de construção, Don McIntyre, estava exultante. Ele, que se inspirou na conquista de Knox-Johnston ao vencer a primeira regata solo em 1968/9 para organizar este evento de 50 anos, vibrou com o sucesso de Van Den Heed, “Que fantástico! Que vitória para o Jean-Luc! Ele provou que a idade é apenas um número. O desempenho dele é um exemplo clássico de planejamento, preparação e execução. Esta tem sido uma grande celebração para a aventura em geral e ressuscitar a história do Golden Globe Race do Sunday Times original era um sonho para mim”.

A regata original teve nove participantes e apenas um comandante chegou: Sir Robin Knox-Johnston. Bem, Bernard Moitessier não quis chegar, nem ganhar, porque considerou que obter os louros e o dinheiro do prêmio conspurcaria seu espírito de livre velejador. Outros tempos…  Assim, Sir Robin se tornou o primeiro a navegar em solitário sem parar ao redor do mundo enquanto o franco-polinésio Moitessier deu quase mais meia volta no planeta para chegar ao seu amado Tahiti. O desempenho de Jean-Luc VDH, de 211 dias, superou o tempo de Sir Robin Knox-Johnston em 100 dias – uma conquista notável levando em consideração todas as restrições para que os barcos e tudo mais tivessem a tecnologia de 1968. Bravo! 

Na GGR18 largaram 18 comandantes de 13 países: França (4), Grã-Bretanha (3), Austrália (2) e um de: Estônia, Finlândia, Irlanda, Índia, Itália, Holanda, Noruega, Palestina, Rússia e EUA, com idade média é de 47 anos. O caçula tinha 28 anos; o mais velho, 72, o agora vencedor aos 73 anos. 

Quatro navegadores ainda velejam neste momento. Mark Slats que recuperou incríveis 1500 milhas sobre Jean-Luc nas últimas semanas e está a 350 milhas da chegada. Ele ainda foi punido por um contato impróprio de rádio sobre meteorologia com o gerente de seu projeto. Os outros três estão a 3500 milhas náuticas (Randmaa, EST); 4400mn (Kopar, USA); e 7800mn (Lethinen, FIN) da linha final em Les Sables D’Olonne, na França. Chegadinha Old school também!!

Dos que não completaram, quatro desistiram por motivos pessoais, um sofreu uma falha no leme e cinco foram capotados, desmatreados e resgatados no Oceano Antártico, incluindo a britânica Susie Goodall, cuja história correu mundo. Outro montou um a mastreação de fortuna e conseguiu chegar à Cidade do Cabo sem ajuda. E mais dois foram obrigados pelas circunstâncias a parar na Austrália. Dureza! Quem se habilita para a próxima? 

Murillo Novaes

Bravíssimo, do ES, é campeão ORC 2018 da Copa Brasil de Oceano da ABVO. Rudá (SP) vence na IRC, Aventureiro (PE) na MOCRA, Zeus (SP) na RGS e Madrugada (RS) entre os clássicos.

A tripulação capixaba de Luciano Secchin foi o grande destaque da vela de oceano brasileira em 2018. Bravíssimo!

A Copa Brasil de Oceano, disputada durante o ano todo em todo o país, já tem definidos os seus campeões. O Bravíssimo, um Skipper 30 comandado por Luciano Secchin, levou o título de barco do ano, além de ficar com a medalha de ouro na classe ORC. A equipe venceu o Circuito Oceânico de Niterói e teve um excelente desempenho na Santos – Rio, no Circuito Rio e no Brasileiro, ficando com a segunda colocação nos três. A medalha de prata foi para o Maestrale LogSub/MapMa, um Skipper 30 do Comodoro Adalberto Casaes, seguido pelo Crioula 29, um S40 de Eduardo Plass.

Na IRC o grande campeão foi o Rudá, de Mario Martinez. O First 40 somou 164 pontos, tendo vencido a Regata Santos – Rio e também o Campeonato Brasileiro. Em segundo ficou o Asbar IV, um Beneteau First 35, de Jonas de Barros Penteado, seguido por Asbar II, um Delta 32 de Sergio Klepackz.

Na MOCRA, o Helia 44 Aventureiro, de Hans Hutlzer foi o vencedor, ao ganhar a Refeno e ficar com o segundo lugar no Brasileiro. Seu Gugu, um Raji 420, de Augusto Brito, e Odara, um Crowther 49, de Leonardo Taboada, ficaram com a segunda e terceira colocação respectivamente.

Já na RGS o Zeus, um Beneteau First 40.7 de Paulo Moura, venceu duas etapas da Copa Suzuki e levou o troféu de primeiro colocado da Copa Brasil. O segundo lugar ficou com Dorf, um Delta 26 de Roberto Schnardorf, e o terceiro ficou com o Sargaço, um Fast 365 da Escola Naval.

Dentre os Clássicos o campeão foi o Madrugada, um 2 Ton Frers de Niels Rump, que venceu a Semana de Vela de Ilhabela. Aries III, um Frers 43, de Diogo Aguiar, e o Brazuca, um Cal 9.2 de Rubens Bueno, ficaram com o segundo e terceiro lugares espectivamente.

A entrega dos troféus aos campeões será feita em data e local a serem definidos em breve pela ABVO e divulgado nos nossos canais oficiais. Os resultados completos podem ser vistos aqui.

ABVO/ Murillo Novaes

Armel Le Cléac’h capota na Rota do Rum. Solitário francês reportado em segurança.

041118- ROUTE DU RHUM DESTINATION GOUADELOUPE - DEPART

Foto: Yvan Zedda

No meio de uma grande tempestade no Atlântico., o francês Armel Le Cléac’h capotou em seu maxima trimarã, Banque Populaire IX, no incidente mais grave que atingiu a flotilha da Route du Rhum-Destination Guadeloupe,

A equipe de Le Cléac’h disse que o trimarã azul e branco virou às 11:00 horas UTC enquanto navegava em uma posição a cerca de 340 milhas a nordeste dos Açores. Na hora, Le Cleac’h lutava com ventos de 30 a 35 nós – que já haviam sido muito mais fortes pouco antes – e ondas de cinco metros.

O barco parece ter virado depois que o flutuador de bombordo se partiu. Le Cléac’h conseguiu acionar sua baliza de socorro e conseguiu falar com seu time de terra. O centro de coordenação marítima e de resgate de Gris Nez, no norte da França, assumiu o controle do resgate junto com o diretor de prova e a equipe do Banque Populaire. O comandante foi relatado estar seguro dentro de seu barco capotado aguardando o resgate.

Este capotamento é o mais recente incidente a atingir a classe ULTIME, na qual metade dos seis barcos que largaram já estão agora fora da prova. O primeiro a sair foi Seb Josse, depois que o Maxi Edmond de Rothschild quebrou o casco de boreste; depois, Thomas Coville seguiu Josse em busca de refúgio em La Coruña, no norte da Espanha, quando o Sodebo Ultim ‘sofreu uma falha estrutural em seu travessão frontal.

A classe é liderada no momento por François Gabart no MACIF, que está a 175 milhas a norte da Madeira, com o segundo colocado Francis Joyon no IDEC Sport está 38 milhas atrás dele. O único outro skipper “sobrevivente” da classe é Romain Pilliard no Remade-Use It Again, que ainda está no Golfo da Biscaia, a mais de 500 milhas do ritmo. A vida é dura na derrota rumo ao rum caribenho!…

Banque Populaire/Murillo Novaes

Parem as Máquinas! AkzoNobel, de Martine Grael, vence a 6ª etapa da VOR em Auckland.

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Na madruga kiwi, foi Martine e seus companheiros que cruzaram linha primeiro. Uhuu!

Esta terça-feira que se inicia em terras brasilis, já madrugada de quarta-feira na Nova Zelândia (GMT+13), é histórica para a vela tupiniquim. E novamente quem protagoniza o feito traz um sobrenome legendário nos mares nacionais e planetários: Grael.

Na primeira vez que um velejador brasileiro venceu uma etapa da regata de volta ao mundo, na Holanda, em 2006 (onde pude testemunhar, in loco, na madrugada fria de Roterdam), o comando do inesquecível Brasil 1 estava com um Grael, Torben. Foi ele também, junto com Joca Signorini e Horácio Carabelli (uruguaio-catarinense), que colocou o Brasil no topo ao vencer a VOR 2008/9 no comando do sueco Ericsson 4. Agora, quando pela primeira vez uma velejadora de Pindorama chega à frente numa etapa da Volvo Ocean Race, é a filha dele, Martine, que tem a honra de seguir, renovar e ampliar a incrível saga familiar. Sem falar no já comemorado ouro olímpico no Rio ao lado da parceira Kahena Kunze, no 49erFX. Demais!! Vai Tine!!!

O AkzoNobel, da timoneira e trimmer Martine Grael, que disputou a liderança da sexta perna da regata milha a milha, com o Sun Hung Kai / Scallywag desde que os dois emergiram nas cabeças da flotilha depois de um golpe de ousadia ao rumar, há agora longínquos 20 dias, pro norte (N-NE) logo depois do estreito de Luzon, enquanto o resto da flotilha rumava pro sudeste (E-SE), chegou à frente em Auckland, na Nova Zelândia. sem falar nas jogadas finais de ambos, usando o modo stealth, quando podem ficar “invisíveis” por 12 horas. Bela batalha!

Martine que viveu e navegou muito de Optimist naquelas águas (ganhou umas reganhas, claro) por ocasião da America’s Cup enquanto seu pai era tático do italiano Prada, já tinha previamente marcado um treino/retorno ao 49erFX com Kahena e as amigas/rivais kiwis para desenferrujar da vela olímpica. Vai fazê-lo com um largo sorriso agora!

Depois de mais de quase 6 mil milhas navegadas o AkzoNobel venceu com autoridade, com o Scallywag a apenas poucos minutos depois. Na cola, 4 míseras milhas atrás, vinha o Mapfre, que ultrapassou o Turn the Tide on Plastic nos minutos finais e trouxe o também fortíssimo Dongfeng na cola para desespero da zebra plástica da comandante Dee Caffari que chegou a parecer na liderança em algumas ocasiões depois do equador. Mais destacado, em último na perna, já que o acidentado (sempre ele, que coisa!) Vestas está no estaleiro lá em Auckland mesmo, está o Team Brunel.

A próxima etapa, já com os sete barcos novamente, a maior, com mais de 7500 milhas, pontos dobrados e um ponto extra pro primeiro barco a montar o cabo Horn, deixa Auckland dia 18/3 e ruma direto pra Itajaí (onde este escriba/papagaio vélico estará novamente locutando tudo. Venham todos!). Vamos torcer!!! Brasil-il-il-il!!

Fui!!

Murillo Novaes

 

Time de Martine Grael vence regata de porto de Hong Kong na VOR (com vídeo)

O AkzoNobel venceu, neste sábado (27), a HGC In-Port Race Hong Kong em disputada regata nas águas da baía de Kowloon. A equipe da brasileira Martine Grael ganhou pela primeira vez uma prova costeira, que faz parte do calendário da Volvo Ocean Race 20171-18. Uhuu!!

A equipe holandesa travou uma bela disputa com o Dongfeng Race Team durante a regata, repetindo o que houve na quarta perna da volta ao mundo por mais de 3 mil milhas, quando os sino-gauleses lideravam com o barco da timoneira/reguladora de velas brasuca sempre a menos de três milhas deles. No fim, como sabemos, o local Scallywag venceu a etapa, o Dongfeng foi segundo colocado e o AkzoNobel ficou em terceiro.

Na regata de hoje, os chineses chegaram em segundo lugar e o Team Brunel, também da Holanda, em terceiro. O vento variou de 6 a 10 nós, e estava muito rondado com uma forte corrente dificultaram ainda mais as decisões dos táticos. “A regata hoje foi emocionante, percurso muito curto e rondado, bem do jeito que eu gosto”, contou Martine para nossos leitores.

O Vestas 11th Hour Racing não participou da regata deste sábado. A equipe está fazendo reparos no barco após colidir um um pesqueiro no fim da quarta etapa. Os barcos voltam a competir amanhã, domingo (28), em Hong Kong. A Around Hong Kong Island Race faz parte do programa de regatas para a parada asiática. A largada será às 1h30 (Horário de Brasília) e prova pode ser acompanhada ao vivo pelo site http://www.volvooceanrace.com. Os resultados deste fim de semana vão se juntar para formar a pontuação final da In-Port de Hong Kong. Vamos torcer!

Murillo Novaes (Com Flavio Perez/VOR)

Incidente de homem ao mar no Scallywag não tira a liderança deles na VOR (com vídeo).

O domingo começou dramático à bordo do líder da terceira perna da Volvo Ocean Race, o barco de Hong Kong Sun Hung Kai/Scallywag, do comandante australiano David Witt. Por volta de meio dia (hora local), com ventos de 15 a 20 nós, enquanto estava pendurado no outrigger (aquela verga pequena que fica à meia nau nos VO65) para uma manobra, o tripulante Alex Gough foi varrido por uma onda e “jogado pra cima como se estivesse em um cavalo”, segundo Witt.

Por sorte, a tripulação agiu rapidamente e apenas sete minutos depois do incidente o nadador involuntário estava fora das águas do Índico. “Foi uma estupidez minha, mas por sorte a galera percebeu logo e virou o barco muito rápido. Estou bem, mas foi assustador”, disse um aliviado Gough. “E lá vamos nós de novo!”, completou se referindo à liderança da perna que sofreu uma baixa de poucas milhas, mas permaneceu com a tripulação que ruma para casa (Hong Kong, 2.300nm à vante) vinda de Melbourne, que está a mais de 4 mil milhas na esteira.

Em segundo, a 13 milhas dos perrengueiros sino-britânicos, seguindo o brilhante desempenho até aqui nesta etapa, está o Akzo Nobel da nossa timoneira e reguladora de velas, Martine Grael. Atrás vem DongFeng (a 14 milhas do Akzo) e Vestas (37 milhas); seguidos da turma mais detrás que têm Mapfre, o líder geral da VOR, a 145 milhas do líder, Brunel um pouco atrás e fechando a tabela, Clean Seas – Turn the tide on Plastic. O ETA (tempo estimado de chegada) do líder é pro dia 19/01. Até lá muita água ainda vai passar debaixo das quilos. Que cheguem todos bem!!

Fui!

Murillo Novaes

Feliz natal do Mapfre, mais líder do que nunca, foi chegando em primeiro lugar a Melbourne na terceira perna da VOR.

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O espanhol MAPFRE foi o vencedor da terceira etapa da Volvo Ocean Race. A equipe comandada pelo campeão olímpico Xabi Fernández cruzou a linha de chegada às 16:07UTC de hoje 24/12 (14:07 em Brasília), mas já pouco depois de 3 da manhã do dia de natal (25/12) no fuso de Melbourne (UTC + 11h), na Austrália, destino final das 6.500 milhas náuticas de prova. Se o bom velhinho chegou à meia noite em ponto na árvore deles deve ter se molhado um pouco…
Os espanhóis fizeram o percurso, que saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em 14 dias, 4 horas e 7 minutos. O resultado dá 14 pontos ao MAPFRE e mais um de bônus pela vitória na perna pelos mares do sul. O MAPFRE já liderava o campeonato e agora abre, no mínimo, seis pontos para o Dongfeng Race Team. O barco sino-gaulês deve ser o segundo colocado em Melbourne e assumirá o segundo posto na classificação geral da Volvo Ocean Race também.
“Tivemos que lutar muito para a vitória”, disse o herói espanhol Xabi Fernández. “Ainda tem muito campeonato pela frente, mas por enquanto estamos muito bem”.   A terceira etapa foi a mais difícil até agora.
Os barcos, que ainda estão navegando, sofreram pelos mares do sul com ventos extremos, tempestades e frio. A organização estabeleceu um limite para evitar que os times encontrassem os icebergs do sul.   O MAPFRE duelou milha a milha pela liderança com o Dongfeng Race Team. Destaque para um número alto de manobras de mudanças de rumo que ajudaram os espanhóis na regata.
“O destaque da nossa equipe é o conjunto! Os velejadores são bons e dão tudo a bordo. Foi muito difícil, mas tudo deu certo. Agora temos alguns dias para se recuperar e preparar para a próxima”, contou o espanhol.
O time da MAPFRE venceu a segunda etapa consecutiva e na primeira perna chegou em segundo lugar. A quarta etapa da Volvo Ocean Race será de Melbourne, na Austrália, até Hong Kong. O percurso tem ao todo 6.000 milhas náuticas.
Ainda falando sobre a terceira etapa, o Dongfeng Race Team deve chegar ainda neste domingo ao destino final. O Vestas 11th Hour Racing e o Team Brunel lutam pelo terceiro lugar com o Vestas 10mn à vante. Já o Scallywag vem a 300 milhas da chegada, com o Turn the Tide On Plastic mais 46 milhas atrás e, em  último, o “nosso” Akzo Nobel, com Martine Gral à bordo, mais 300 milhas na esteira de Dee Caffari e companhia depois de velejar sem a vela grande por três dias após im jaibe muito ruim que quebrou algumas taxas e arrancou o trilho da grande no mastro. Acontece…
E para você, querido amigo e leitor e queridíssima amiga e leitora (e todos os outros 35 gêneros entre um e outro! Com o máximo respeito e tolerância sempre.) um natal de muita paz, união, harmonia, felicidade, alegria, saúde e, claro, bons ventos! Ho-ho-ho!!!
Feliz tudo para todos!!
Murillo Novaes

Gabart no Olimpo: 42d 16h 40m e 35s solitário em volta ao mundo. O segundo melhor tempo absoluto da história.

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O francês François Gabart completou neste domingo a volta ao mundo em solitário em um em tempo recorde de 42 dias, 16 horas, 40 minutos e 35 segundos. Com a marca, ele superou o recorde anterior, de seu compatriota Thomas Coville, atingida no ano passado.

O navegador, de 34 anos, cruzou a linha de chegada virtual entre a ilha de Ouessant (oeste da França) e o cabo Lizard (sul da Inglaterra) às 23h45 de sábado no horário de Brasília (2h45 no horário local), com seis dias e 10 horas de antecedência em relação a marca de Coville.

Seu tempo é o segundo melhor absoluto, com tripulação e em solitário combinados, em todo a história, apenas o IDEC Sport (Francis Joyon e tripula) fez melhor em 26 de janeiro de 2017 no Troféu Jules Verne (com 40 dias 23 horas 30 minutos e 30 segundos). O trimaran MACIF percorreu 27.859 milhas, a média de 27,2 nós. Caraca!!

Assim, Gabart, que já havia realizado uma volta ao mundo em 2012/2013, quando venceu a Vendée Globe, tornou-se o quarto velejador da história a estabelecer o recorde de volta ao mundo sozinho e sem escala em um “projeto” específico para isso. O primeiro foi o também legendário Francis Joyon em 2004 (com 72 dias e 22 horas) e depois, novamente, em 2008 (57 dias e 13 horas). Em 2005, foi a britânica Ellen MacArthur (71 dias 14 horas) e, finalmente, Coville em 2016 (49 dias e 3 horas). Lembrando que após velejar sozinho por anos, Joyon se juntou a uma pequena tripulação e estabeleceu o recorde absoluto mencionado acima. Assim mesmo, apenas 1d e 17h a menos que o sozinho Gabart… Esse pode se gabar de ser uma fera dos mares! Não resisti…

Gabart partiu em 4 de novembro com o objetivo de superar o recorde de Coville, que havia batido em 8 dias o recorde anterior em sua quinta tentativa Um ano depois da façanha de Coville, anunciada na época como muito difícil de ser superada, Gabart se lançou ao mar a bordo de seu veleiro de última geração, o maxi-trimarã Macif, de 100 pés, e detonou o tempo anterior. Para os deuses nem o céu é o limite!

Murillo Novaes

 

Leia mais: https://oglobo.globo.com/esportes/frances-francois-gabart-bate-recorde-de-volta-ao-mundo-em-veleiro-22202874#ixzz51cFAlKhi
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AkzoNobel quebra trilho da vela grande em jaibe a mais de 40 nós no oceano austral e fica para trás. Dongfeng lidera.

Como o amigo já sabe, em português não temos a figura do oceano austral (o southern ocean, em inglês, que livre-traduzi há muitos anos desta forma), mas isso não que dizer que as altas latitudes ao sul do Atlântico, Índico e Pacífico as coisas sejam menos severas na portugofonia. E nossa única representante na VOR, Martine Grael, sentiu na pela a força dos mares do sul.

Ontem, o VO65 AkzoNobel rompeu parte do trilho da vela grande em um jaibe (veja vídeo acima) no ventão do sul, às bordas da zona de exclusão de icebergs, onde a flotilha veleja e sente os efeitos de uma enorme baixa pressão que levou rajadas de quase 60 nós para os intrépidos navegadores vôlvicos.

Com isso o Akzo subiu para menores latitudes e se distanciou dos líderes. Mas deve voltar com tudo em breve! Por enquanto a coisa está assim na tabela:

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Vamos torcer!!

Murillo Novaes
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