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Posts com Tag ‘Star’

Bruno Prada é prata na Final da Star Sailors League

Pódio da Final da SSL com Prada na segunda colocação.

Pódio da Final da SSL com Prada na segunda colocação.

 

Melhor proeiro do mundo correu ao lado do neozelandês Hamish Pepper. Título ficou com George Szabo (USA) e Edoardo Natucci (ITA)

A edição 2015 da Grande Final da Star Sailors League terminou neste sábado com condições desafiadoras nas águas da baía de Montagu, em Nassau, nas Bahamas. Onze duplas de velejadores renomados, de oito países, incluindo o Brasil disputaram três regatas eliminatórias para definir quem levaria o ouro e parte do prêmio de $200 mil. Dez times disputaram as quartas de final e a vitória foi de George Szabo (USA) e Edoardo Natucci (ITA). Bruno Prada, que correu com o neozelandês Hamish Pepper, ficou com a prata.

A disputa mais acirrada neste começo de dia foi pelas últimas vagas nas semi-finais. Paul Cayard e Brian Sharp, dos EUA, garantiram a classificação, eliminando os italianos Diego Negri e Sergio Lambertenghi depois de um popa espetacular. Kusznierewicz/Zycki (POL), Williams/ Mitchell (GBR) e Schümann/Borkowski (GER) também foram eliminados.

A semi-final foi disputada pelos seis primeiros das quartas, mais os franceses Xavier Rohart e Pierre-Alexis Ponsot, vencedores da fase classificatória. Os alemães Johanes Plgar e Markus Koy travaram uma batalha particular com os franceses, mas a vitória ficou com Pepper/Prada. As três duplas, mais Szabo e Natucci passaram para a final. Bernaz/Rambeau (FRA), Stipanovic/Canali (CRO/ITA) e Cayard/Sharp (USA) foram eliminados

Na final, logo na largada, Pepper/Prada e Rohart/Ponsot foram penalizados pelos juízes e tiveram que manobrar para pagar a penalização. Szabo/Natucci também foram penalizados ao tentar cruzar a frente de Polgar/Koy sem direito de passagem. Pepper/Prada conseguiram se recuperar e montaram a primeira boia em primeiro, com Szabo/Natucci a menos de um barco atrás. A partir daí as duas duplas trocaram posições até a última perna, quando o barco do brasileiro acabou indo para o lado errado, cedendo a vitória para a dupla ítalo-americana por um barco de vantagem. Rohart/Ponsot completaram o pódio.

Para se ter ideia de quão forte era a flotilha que velejou neste último dia, dentre os 22 velejadores, havia 28 campanhas olímpicas, além de mais de 12 participações em America´s Cups. Além disso, a diferença de idade e experiência também chama a atenção. Jochen Schuemann conquistou a primeira das suas três medalhas de ouro olímpicas, o ouro na Finn em 1976, data em que o velejador francês Jean Baptiste Bernaz não havia nem nascido.

Xavier Rohart:

Tive muitas emoções hoje. Tivemos tudo para vencer o evento: velocidade, confiança, conhecimento, sentimos o vento muito bem, mas cometemos um erro na largada. Fui muito agressivo e por isso assumo a responsabilidade. Tivemos uma pequena colisão com o Pepper e não reclamamos, mas o juiz não viu direito e penalizou as duas duplas. Como o presidente da SSL acredito que este evento tenha sido um grande sucesso e a única coisa que queria era um pouco mais de vento, especialmente nas quartas de final. Espero que continuemos com esse sucesso e que possamos crescer mais e melhor!

George Szabo:

Sempre gostei de velejar com vento mais fraco e estava preocupado de chegar na raia e ter 15, 20 nós de vento todos os dias, então fiquei muito feliz com as condições que encontramos aqui. Vento fraco é realmente o meu ponto forte. Estou muito contente, o evento foi muito divertido, os outros velejadores são muito legais e ninguém dá folga. Mesmo aqueles que nunca tinham velejado em um Star são tão bons, que acabam encontrando uma rondada de vento que os leva para frente. Os que velejam de Star tem ótima velocidade e uma velejada bonita de se ver. Todos foram honestos e a flotilha foi sensacional!

Hamish Pepper:

Tivemos uma pequena briga com o Rohart na largada e ainda não sei direito o que aconteceu, mas por sorte tinham apenas quatro barcos correndo a regata e foi possível pegar o vento limpo para seguir. Além disso, estávamos do lado certo da raia, onde o vento estava um pouco mais forte, e conseguimos voltar até que bem para a regata, mas a disputa com o Szabo foi uma montanha-russa e ele estava indo muito bem no popa. Regata muito disputada e estou até sem unha!

A Grande Final da SSL distribuiu $200 mil em prêmios e os vencedores levaram para casa, além do trofeu, o cheque no valor de $40 mil.

Por Mari Peccicacco

Lars Grael e Samuel Gonçalves campeões mundiais de Star 2015

Nas águas de Buenos Aires, Lars Grael, com o auxílio luxuosos de Samuca, fez história novamente. Amém!

Nas águas de Buenos Aires, Lars Grael, com o auxílio luxuosos de Samuca, fez história novamente. Amém!

 

Era o ano de 1998. Na cidade de Vitória, no Espírito Santo, uma competição de vela assistiu a uma inesperada tragédia se desenrolar. O grande campeão deixou a luta pelos pódios e passou a lutar desesperadamente pela vida. Ceifado pela irresponsabilidade criminosa de um condutor de uma lancha aparentemente desgovernada, Lars Grael, o olímpico ídolo de tantos brasileiros perdeu a perna direita e por pouco viu o fim de sua própria existência.

Alvejado, mas também simbolicamente renascido nas mesmas águas turvas da enseada de Camburi, o herói moderno de contornos gregos se tornou ele próprio o protagonista de uma lenda de bravura, resistência e paixão. Surgia ali um novo homem. Diminuído fisicamente de um membro, mas acrescido de uma radical, única e inestimável experiência de vida – e quase morte! –, aquele que era já um modelo se tornou mais. Muito mais!

E hoje, nas mais turvas ainda, porém não menos belas, águas do rio da Prata, em Buenos Aires, um ciclo se fechou. Pouco menos de 20 anos depois daquele fatídico dia, o atleta, o homem, o ídolo, o exemplo Lars Grael cunhou, com uma vitória de alto gabarito na classe de veleiros monotipos de mais alto nível, o outrora olímpico Star, lar e parque de diversões dos maiores campeões do esporte do vento – entre eles os incontestes patrícios Robert Scheidt e seu irmão Torben Grael –, sua trajetória única e sua história emblemática. Ao lado do fiel escudeiro Samuel Gonçalves, se batendo contra os grandes do globo, Lars colocou a mais simbólica estrela que faltava na sua já inacreditável constelação, o título de campeão mundial da classe Star.

Não que nestas quase duas décadas de velejos, retomados poucos meses depois do acidente quase fatal, com uma também inesquecível vitória na sua ancestral Niterói, os títulos e láureas e o respeito infinito dos ditos “normais” por aquele comandante de uma perna só, uma clara desvantagem no elevadíssimo nível do desporto de alto rendimento, não tenham vindo em profusão. Não que sua infindável força e vontade não o tenham levado a lugares em que nem os sonhos, por vezes, alcançam.

De campeonatos continentais e uma dolorida batida na trave no mesmo mundial de Star na Itália aos títulos internacionais na prestigiosa classe 12 Metros, entre eles o do centenário destes barcos-ícones do nosso esporte, e inúmeras vitórias nos veleiros de oceano, mini-oceano e clássicos no Brasil e no mundo, tudo passou pelas mãos vitoriosas de nosso heroico e eficiente (sem o “d” do preconceito com os diferentes) campeão.

No entanto, hoje, neste domingo, oito de novembro do ano da graça de 2015, sei que meu amigo, ídolo, companheiro, chefe, comandante, líder e eterno exemplo alcançou mais que apenas um objetivo traçado com o desprendimento e perseverança dos incomuns. Hoje, Lars se fez ainda maior que a já sua incomensurável grandeza. Hoje ele colocou seu nome no panteão dos humanos que são quase deuses. E com sua alegria, humildade, serenidade e generosidade, compartilha, mesmo sem querer, com todos aqueles que física ou mentalmente são considerados diferentes, o prazer da luta bem travada e vencida.

Sua vitória redime e valida todos os que, por qualquer situação, são diminuídos, vistos com intolerância, desprezados ou vítimas do preconceito estúpido que grassa neste mundo de imperfeitos soberbos e ignorantes, cegos aos seus próprios e inexoravelmente humanos defeitos.

Mais que derrotar ou sobrepujar seus adversários ele superou a si mesmo. E fazendo isso mostrou a infinita capacidade dos homens. A eterna beleza desta desacreditada humanidade que teima em nos brindar com exemplares histórias de grandeza, a despeito de toda iniquidade que nos cerca.

A você Lars, meus sinceros agradecimentos por estar entre nós nos iluminando com sua presença. Nos mostrando o quanto são ínfimas nossas dores e fraquezas diante do imenso desafio que é viver. Hoje você é mais que só um campeão do mundo. Você é um campeão e é também um mundo inteiro! E mais que parabéns gostaria de dizer apenas: obrigado! Muito obrigado!

Murillo Novaes

Extra das estrelas!! Termina SSL na Suíça! Torben/Madá em 7º, Jorginho/Prada em 10º.

Torben e Madá mandaram bem nas classificatórias, mas terminaram em sétimo na Suíça

Torben e Madá mandaram bem nas classificatórias, mas terminaram em sétimo na Suíça

Final da SSL na Suíça tem duas duplas brasileiras e vitória da dupla suíço-americana Szabo/Ducommun

Boa tarde querido amigo e mais que querida amiga. Sem mais delongas, direto do covil do Posto 6, vamos ao textículo da lavra de Aryzão Pereira Jr. sobre o campeonato de vela que reuniu as estrelas das estrelas em Neuchatel.

A experiência do americano campeão mundial da classe Star, George Szabo, somada ao conhecimento da raia do suíço Patrick Ducommun, levou a dupla ao título do 1º Grand Slam da Star Sailors League (SSL) encerrado neste sábado (12) no Lago de Neuchatel. Eles souberam como aproveitar o vento nordeste de fraca intensidade para passar pelas quartas de final, com dez barcos; semifinal, com sete e pela regata decisiva, com quatro tripulações.

Patrick, natural de Grandson, fez com que a comemoração tomasse conta do Centro de Vela do vilarejo à margem do lago ao sudoeste da Suíça, com extensão de 38 km. O também campeão mundial, o alemão Robert Stanjek, ficou com a medalha de prata, junto com o proeiro Frithjof Kleen. Os americanos Mark Mendelblat e Brian Fatih, campeões da SSL Finals em dezembro nas Bahamas, levaram o bronze. Do prêmio total de 100 mil dólares, pago aos 20 mais bem colocados, os três primeiros receberam 25, 15 e 10 mil dólares, respectivamente. Os campeões somaram 3.000 pontos no ranking, pontuação máxima da SSL.

“Foi um grande campeonato, uma disputa diferente devido ao tamanho da flotilha, com 68 barcos. Tudo poderia acontecer na raia e eu estava ao lado de um exímio conhecedor do lago”, reconheceu o timoneiro Szabo em relação a Patrick, que atribuiu a vitória à harmonia a bordo. “Quase não entendo inglês e ele não fala a minha língua, o francês. O que ajuda é nossa amizade. Usamos algumas palavras e alguns sinais para nos entendermos. A tática é não estressar”, ensina o velejador suíço. Ambos correram um campeonato juntos em San Diego.

Dia complicado – As duplas brasileiras chegaram às regatas finais, mas não se saíram tão bem no vento mais fraco. Torben Grael e Guilherme de Almeida foram à semifinal e terminaram em sétimo lugar, enquanto Jorge Zarif e Bruno Prada pararam nas quartas de final, em décimo. “A fase de classificação foi excelente. Vencemos três das sete regatas. Passamos sem problemas pelas quartas, mas na semifinal largamos mal e fica difícil a recuperação em uma regata curta com vento fraco. Mas estamos contentes”, disfarçou Torben, sempre acostumado às vitórias.

Guilherme de Almeida, parceiro de Torben foi enfático. “Velejamos muito bem nas quartas e muito mal na semifinal. Erramos na regata em que não podíamos errar. Faz parte do jogo”, resignou-se o proeiro. A dupla brasileira ficou em terceiro lugar no Mundial de Star deste ano na Itália. Como coordenador da equipe brasileira em plena campanha para os Jogos de 2016, Torben tem velejado pouco na classe que o consagrou como bicampeão olímpico.

A outra dupla brasileira, com Zarif e Prada, passou para as quartas de final no limite da pontuação, mas não conseguiu avançar à semifinal. Ambos trouxeram à Suíça, a experiência da SSL Finals em Nassau. Prada venceu a competição em 2013 com Robert Scheidt. Zarif foi o melhor brasileiro no ano seguinte, com o quarto lugar ao lado de Henry Boening, o Maguila.

“Nas Bahamas fica mais fácil para os brasileiros. As regatas são disputadas no mar, com bombadas (jogo de corpo a bordo) e ondas grandes. No lago fica mais complicado, principalmente quando falta vento”, comparou Prada. “O campeonato foi muito bom. Mostrou que a SSL está evoluindo”, opinou o vice-campeão olímpico. Zarif também aprovou a competição. “Fomos consistentes na fase de classificação e alcançamos nosso objetivo: chegar às finais. Nas quartas não deu para nós”, analisou o velejador que segue em campanha olímpica na classe Finn para os Jogos Rio 2016.

Murillo Novaes

Resumão de segunda na terça! Copa América, TP52, Match, RC44, HC14, OP, 420, Rio2016, Star, ABVO e mais!

E o time inglês mandou muito bem na estreia dos AC45F.

E o time inglês mandou muito bem na estreia dos AC45F.

Ben Ainslie vence em casa primeiro evento da 35ª Copa América. Azzurra vence Mundial de TP52 em Puerto Portals.

E mais: Juju Senfft e cia. chegam às semis na Nation’s Cup em Vladivostok. Pedro Corrêa e Philipp Essle terminam Mundial de 420 em 7º no Japão. Wild Oats XI é o mais rápido na 48ª Transpac. Martine e Kahena se mantém como primeira do mundo no 49erFX no Ranking da Isaf, Bimba sobe para segundo na RS:X. Terceiro evento da RC44 em 2015 começou hoje em Marstrand, na Suécia. Wave Muscat vence 5º Ato da eXtreme Sailing Series em Hamburgo. Spindrift vence 38º Tour de France a la Voile nos novos trimarãs Diam 24. Mais de 70 joias velejaram em Cowes na Semana de Clássicos Britânica. Regata BRB de vela adaptada agitou Brasília. Diego Monteiro fica em 7º no Mundial de HC14 na Itália. Brasucas no Europeu de OP na Inglaterra.

Agenda: Circuito Rio. Aquece Rio: Evento-teste de Vela do Rio 2016. Concurso de fotos da ABVO. 7º Distrito de Star em Brasília. 

Vídeos: #SAL. Belos 12M em regata. What is Sailing.

#ihdeumerda: Vídeo-compilação de batidas. 

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga, modulando da antiga Tcheco-Eslováquia (prefiro a segunda…), circulando por aí no circuito Praga-Bratislava com a bela mamãe do meu futuro bebê, cuja barriga, nesta altura, já é bem maior que a minha, vamos atualizando o dileto leitor com o que de melhor rolou no planetinha Vela nestes dias pós pan-americanos.

Comecemos pela Copa América porque a coisa toda começou e já vale pontos para 2017.

Copa América – A sempre polêmica, bela e mega disputada Copa América (ou America’s Cup para os anglófilos) começou de novo! E já está valendo! O pior, ou melhor, é que é a mais pura verdade! Nas águas de Portsmouth, no sul da Inglaterra, a Louis Vuitton America’s Cup World Series (ufa!) teve se primeiro capítulo escrito neste final de semana. E o resultado já conta pontos para a disputa final de 2017 segundo o novo formato da disputa (que explico mais à frente). E o personagem principal foi o herói local, Sir Carlos Benedito Ainslie, ou Ben Ainslie para os íntimos ou ainda Charles Benedict, quando a mãe lhe queria dar uma bronca… Charles Benedict, come here!!

O fato é que o Beneditinho da Sra. Aisnlie, o maior medalhista olímpico da vela mundial com 5 condecorações (como Torben e Robert!), sendo 4 de ouro, teve a honra e o prazer de estrear vencendo na secular Copa América, que nasceu em 1851 ali mesmo, no Solent, em redor da ilha de Wight. Como diria Oswald de Andrade, o Rei da Vela…

Com um primeiro e um segundo nas regatas do sábado, na flotilha de seis AC45F, os catamarãs da disputa passada envenenados com os indefectíveis fólios voadores, o Land Rover BAR levou a melhor quando os ventos de mais de 30 nós e muito mar cancelaram as  provas do domingo. Na cola deles, com um impressionante terceiro e uma vitória na sua estreia como timoneiro na Copa América, o jovem fenômeno neozelandês Peter Burling (que não perde um evento de 49er há mais de 3 anos) levou o Emirates Team New Zealand ao vice-campeonato. Em terceiro veio o defensor da Copa, Oracle Team USA, seguido, pela ordem, por: Groupama Team FranceSoftbank Team Japan e Artemis Racing.

Com os novos AC45 voando sobre os fólios e produzindo imagens sempre espetaculares, o público nas arquibancadas de Portsmouth vibrou muito com a regatas. Agora a galera toda se reúne de novo no final de agosto em Gotemburgo, na Suécia, para a segunda etapa de 2015 que termina nas Bermudas em outubro, local que em 2017 vai abrigar a disputa da copa propriamente dita. E para chegar até lá o caminho é longo.

Primeiro vem a LVACWS, em 2015 e 2016, que dá ao vencedor e ao vice dois e um ponto extra, respectivamente, para a série qualificatória (AC Qualifiers) que conta também com o defensor (Oracle) e será disputada em dois Round Robins (todos contra todos). Os quatro primeiros desafiantes melhor classificados nas qualificatórias disputam as semifinais e finais da série de desafiantes para definir que será o desafiante da disputa da copa contra o Oracle. Detalhe que quem ganhar a série qualificatória (seja o defensor ou um desafiante que, depois, acabe indo para o match final) já entra na 35ª disputa pela copa da escuna América com um ponto de vantagem. No fim, quem fizer sete pontos primeiro (cada vitória vale um), leva a Auld Mug pra casa. Veremos!!

TP52 – Os sempre mega profissionais, tecnológicos e ultra bem velejados TP52 disputaram o seu mundial em Maiorca, no Mediterrâneo. Com sede na marina de Puerto Portals, depois de sete anos ausente, a flotilha dos monocascos mais técnicos do planeta fez jus à fama de boas regatas e boa social também.

Por lá 12 times se bateram pelo prestigiado título que ficou com a tripulação ítalo-argentina (bem mais argentina que ítalo) do Azzurra. Com Guille Parada no leme e Vasco Vascotto na tática o barco do Yacht Club Costa Smeralda foi o mais regular e embora só tenha vencido uma das 10 regatas jamais chegou depois do 7º lugar. O mesmo não se pode dizer do resto da flotilha que provou porque a classe é o que é, uma pedreira. Dos 12 barcos presentes, 6 venceram regatas e apenas 5 não tiveram um último lugar em alguma das provas (sendo que outros dois tiveram um penúltimo ao menos).

O triplo empate entre o terceiro, quarto e quinto, todos com 56 pontos, mostra como foi parelha a disputa. Nos representando em alto estilo – chegaram a estar em terceiro geral no meio do campeonato – o Phoenix de Eduardo Souza Ramas acabou em nono geral na flotilha de feras. O vice-campeão foi o alemão Platoon e o terceiro foi o Provezza (empatado em pontos com o 4º, Alegre, e o 5º, Rán). O campeão do ano passado Quantum Racing amargou um último lugar na última prova e com 57 pontos, um a mais que o terceiro (e o quarto e quinto), ficou fora do pódio. Dureza!! De todo modo, depois de 3 eventos da 52 Super Series eles estão em terceiro geral atrás do também americano Sled e do novo campeão mundial Azzurra entre 14 barcos no total. Para fechar o ano falta ainda a Copa do Rei, agora em agosto e a Copa de Cascais em setembro. Quem viver verá!!

Resultado final:

  1. Azzurra, ITA (Pablo & Alberto Roemmers ARG)  (2,7,2,3,2,1,5,3,5,6) 36pts
  2. Platoon, GER (Harm Müller-Spreer GER) (1,5,6,12,8,3,1,6,7,1) 50pts
  3. Provezza, TUR (Ergin Imre TUR) (11,6,1,1,10,7,6,8,1,5) 56pts
  4. Alegre, GBR (Andres Soriano USA) (7,2,7,10,1,6,3,10,2,8) 56pts
  5. Rán Racing, SWE (Niklas Zennström SWE) (5,4,5,6,11,10,2,1,10,2) 56pts
  6. Quantum Racing, USA (Doug DeVos USA) (3,11,3,9,3,4,4,2,6,12) 57pts
  7. Sled, USA (Takashi Okura JPN) (6,1,12,7,7,8,7,4,3,3) 58pts
  8. Bronenosec, RUS (Vladimir Liubomirov RUS) (9,3,10,2,5,2,10,5,11,11) 68pts
  9. Phoenix, BRA, (Eduardo de Souza Ramos BRA) (4,12,4,4,4,12,9,9,9,4) 71pts
  10. Paprec FRA (Jean-Luc Petithuguenin FRA) (10,9,11,8,9,5,12,12,4,9) 89pts
  11. Gladiator, GBR (Tony Langley GBR) (DNF/13,10,9,5,6,11,8,11,12,7) 92pts
  12. Xio/Hurakan, ITA (Guiseppe Parodi ITA) (8,8,8,11,12,9,11,7,8,10) 92pts

E o vídeo final do espetáculo: http://bit.ly/TPWld_2015Fin

 

Os Russos estão em todas! Mas em poucas estão na frente. A RC44 é uma delas.

Os Russos estão em todas! Mas em poucas estão na frente. A RC44 é uma delas.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

**  Começou hoje em Marstrand, na Suécia, o terceiro evento do ano da RC44. E no dia que nasceu cinza e terminou brilhante no verão quase setentrional os russos do Bronenosec Sailing Team levaram a melhor no Match Racing e lideram a série geral da categoria em 2015. Amanhã teremos regatas em flotilha e o papo deve ser outro. Saberemos em breve!

**   Essa é pros jogadores de War… Em Vladivostok, na Rússia (quase Japão), terminou no domingo (19) a brnde final da ISAF Nations Cup. A bordo dos Platu 25 entre as cinco equipes femininas o time americano de Nicole Breault venceu. Nas semifinais, a equipe americana ganhou de 3 a 1 da brasileira, comandada por Juju Senfft (com Tati Almeida, Luciana Kopschitz e Larissa Juk) – campeã em 2013 -, e foi para a final contra o time francês, de Pauline Courtois, que também havia vencido a semifinal por 3 a 1 da equipe de Jovina Choo, da Cingapura. A disputa pela terceira colocação ficou entre as brasileiras e elas, mas nossas gatas perderam de 2 a 0 e ficaram com a quarta colocação. Foi o (con)fuso que atrapalhou…

**  Ainda em Vladivostok… A vitória entre os homens (na real, Open) foi da equipe local, comandada por Vladimir Lypavskiy, que teve nove barcos na briga. Com os resultados, os times de Vladimir Lypavskiy e de Nicole Breault foram convidados a defender seus títulos em 2017. Justo, muito justo!

**  E lá pelas bandas do Japão também rolou o Mundial de 420. Pedro Corrêa e Philipp Essle ficaram em 7º geral. Parabéns!! Entre os menores de 17 anos, em 5º terminaram André Fiuza e Stephan Kunath. E entre as moças, Olivia Belda e Marina Arndt, ficaram em 24º de 60 barcos. Todas duplas do YCSA/Audi. Eric Belda e Rodrigo Dabus também do YCSA finalizaram em 30º de 72 duplas. fechando nossa participação no outro lado do mundo, em 40º ficaram Thiago Ribas e Erik Hoffmann do Veleiros do Sul. Todos mandaram muito bem! E nos enchem de esperança para o futuro!

**  Embora boa parte da flotilha ainda esteja velejando, a 48ª Transpac, a regata que une Los Angeles a Honolulu e é uma das joias da coroa da vela de altura mundial, já produz seus vencedores. O barco a fazer o percurso de 2.250 milhas (na reta) em menor tempo (6d:10h:37m:02s) foi o velho e bom vencedor de tantas Sydney-Hobarts, Wild Oats XI, sob comando de Roy Disney (em sua 21ª Transpac…), mas com o dono de 87 anos, Bob Oatley, esperando no píer. O tradicional troféu Barn Door foi para o Rio 100, barco só com força humana a completara prova em menor tempo (7d:05h:34m:07s). Entre os multicascos, o mais rápido foi o Gunboat 66 Extreme H2O (7d:19h:25m:37s), mas o Gunboat 66 Phaedo venceu no corrigido. Um dia ainda corro uma dessas… Vambora?!

**  A Isaf divulgou seus novos rankings e as novas são boas para Pindorama. Martine Grael e Kahena Kunze, campeãs mundiais de 49erFX e velejadoras do ano da Isaf, com a prata no Pan de Toronto, mantiveram o primeiro lugar no ranking mundial da classe. Uhuu!!

**  Ainda ranqueando… E nosso buziano Bimba, com seu quarto ouro pan-americano subiu de 7º para segundo melhor do mundo na RS:X masculina. Merece!!

**  Em Hamburgo, na Alemanha, o 5º ato de 2015 da eXtreme Sailing Series, o evento que praticamente invetou a vela de estádio, hoje copiada e enaltecida mundo afora, teve um vencedor bem conhecido, Leigh McMillan e seu The Wave Muscat. Novidade… Esses caras ganham tudo! E as regatas do circuito são sempre “de lo extremo carajo” como diria um amigo hispano! Que volte logo ao Brasil! Mesmo porque preciso defender aquele cachê de locutor novamente… Venhaaa!!

**  Por falar em vela de estádio… O renovado Tour de France a La Voile emprestou o conceito em sua 38ª edição e ainda acrescentou pimenta com os novos trimarãs Diam 24. No fim, neste domingo, os 28 times, após nove etapas que foram de Dunquerque a Nice (do Atlântico pro Med vão por terra…) protagonizaram uma bela disputa que teve o Spindrift, de Xavier Revil como grande vencedor. Trés bien!!

**  E em Cowes, na Inglaterra, o papo foi outro. Barcos mais lentos, mas não menos espetaculares. A Panerai British Classic Week terminou com a impressionante marca de mais de 70 veleiros clássicos, verdadeiras joias dos mares, a maioria impecáveis e com quase ou mais de 100 anos de águas sob as quilhas, disputando, muito a sério, as regatas. Um show de beleza e marinharia digno dos áureos tempos dos barcos de madeira e homens de ferro!

**  Já em Brasília, na praia da Vela Adaptada, o trabalho de Mauro Osório e companhia continua rendendo frutos. A Regata BRB foi um sucesso e a flotilha, em breve, contará com 18 barcos da classe Hansa (especial para os paratletas) e mais 10 “convencionais” adaptados para os velejadores especiais. Bonito!! Sucesso a todos!!

**  Em tempo… A Federação Brasiliense de Vela Adaptada, vinculada ao Comitê Paralímpico Brasileiro e à Confederação Brasileira de Vela Adaptada, oferece aulas gratuitas, realizadas no Cota Mil Iate Clube, para alunos com qualquer tipo de limitação intelectual ou física. Para saber mais é só ir à secretaria do clube, ou ligar para (61) 3225-4489.

**  Terminou no lago de Garda, na Itália, o Mundial de Hobie Cat 14. E na flotilha de 35 barcos o Brasil teve seus dois únicos representantes entre os dez primeiros. Diego Monteiro, da Paraíba (ICPB), foi o 7º e Adam Mayerle, de Joinville (JIC), foi o 9º. Bom!!!

**  Por fim, mais brasucas nas zorópias… E pequenos… No Europeu de Optimist, no noroeste da Inglaterra, na península de Lleyn, a flotilha mirim tupiniquim esteve bem representada. Foram os quatro valetes e uma dama. Diogo Zabeu com o 41º geral, de 159 competidores, foi o melhor dos meninos daqui e Daniela Luz ficou em 33º de 97 meninas. Experiência fundamental! O lance é competir, mas se divertir também!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

**  Não custa repetir… Vem aí o Circuito Rio! No dia 26 de outubro acontece a 65ª Regata Santos-Rio e de 30/10 a 02/11 o circuito no ICRJ. As inscrições até 1º de outubro têm bons descontos. Não perca!!

**  De 15 a 22 de agosto rola o último evento-teste de vela nas (sempre polêmicas) raias do Rio 2016. Se repetir o que rolou ano passado vai ser sucesso total. Vale a pena conferir os melhores velejadores olímpicos do planeta se preparando para os jogos!

**  Ainda dá tempo de participar do concurso de fotos da ABVO. Envie suas fotos até o dia 31/07 e veja seu barco no site e nas redes sociais da Associação. Mais infos em www.abvo.org.br

**  E a partir de quinta-feira rola a mais importante competição da classe Star do calendário nacional (mais até que o próprio brasileiro da classe), o  Campeonato do 7º Distrito, no Iate Clube de Brasília. Lars Grael e Samuca Gonçalves; Dino Pascolato e Maguila; Maurício Buenoe Mosqueira; Fred e Tinha; Admar e Xande; Guilherme “Xabi” Raulino e Alexandre Kronenberger; Marcelo Fuchs e Rony Seifert e Bibão e Baleia já confirmaram presença. Só feras! Ainda dá tempo de participar! Alô estrelas do Paranoá!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

**  Os sempre belos classe 12M, que durante décadas foram os barcos da Copa América, continuam a encantar. Confira neste vídeo da Newport Regatta 2015. Demais! http://bit.ly/12M_Newport

**  Mais um episódio do já clássico da vela #SAL. Não perca! http://bit.ly/SAL_19

**  Vídeo muito legas e até poético sobre o que é a vela. Vale ver! http://bit.ly/What_sail

(\_~~ (\_ #IHDEUMERDA  (\_~~ ~ (\_

Este é um #ihdeumerda audiovisual… Muito bom! Clique aqui e veja: http://bit.ly/IhDeuM_1

ihdeumerda_vid1

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“A perseverança é a mãe da boa sorte.” De Miguel de Cervantes, o pai de Quixote 

Fui!! Órfão…

Murillo Novaes

 

 

Resumito de segunda! Fim de Ilhabela, começo do Pan!

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

Uruguaios vencem em Ilhabela. Vela brasileira estreia na merreca em Toronto 2015. 

Bom dia querido amigo e mais que querida amiga, transmitindo direto de Praga (uma praga dupla no caso, já que cá estou…) onde vim ficar um pouco com a belamada, nascida aqui do lado, que tem compromisso profissionais por estas plagas, vamos retomando as atividades resumísticas já que o último mês foi meio intenso e quase não escrevi nada. Sorry! A novidade é que nascerá em dezembro mais um velejador ou velejadora, desta feita eslovaco-cabofriense!! Uma vida de aventuras, meus amigos!! Vamos que vamos!!

De qualquer forma, todos sabem que meu perfil público no Feicibuqui está sempre às ordens e com novidades diárias: http://bit.ly/FB_MuNov .

E como a procissão não para, vamos direto para Toronto e Ilhabela porque ontem chegou ao fim um evento importante e o começo outro no planetinha vela. Desta feita, já mando este resumito e, depois, ao longo da semana o Resumão regular com as últimas do Pan também. Ahoy!

Pan2015 – No dia de merrequinha no lago Ontário foram corridas ontem as primeiras regatas do Pan2015. O Brasil está com o time completo e teve resultados diversos no dia que só viu uma prova de cada classe, de até três previstas

O destaque vai para as bem-sucedidas pranchas de Bimba e Pat Freitas que venceram suas regatas na RS:X Masculina e Feminina. Na RS:X masculina, Ricardo “Bimba” Winicki tenta o tetracampeonato consecutivo já que faturou em Santo Domingo, Rio e Guadalajara. E ainda soma uma prata em Winnipeg. Na RS:X feminina, Patricia Freitas segue em busca do bicampeonato seguido depois de faturar o ouro no México. Turma boa!!

Outro destaque é o Lightning, claro. Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackrott ficaram em segundo na única regata do dia. Claudio Biekarck, ex-técnico de Robert Scheidt na classe Laser participa do evento pela nona vez. Na Lightning, ele busca sua nona medalha. Foi ouro em Caracas, na Venezuela, em 1983; prata na Cidade do México, em 1975, Mar del Plata e Winnipeg; e bronze em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, Havana, em Cuba, em 1991, no Rio em 2007 e em Guadalajara. Demais!

Por falar no alemão, a reestreia pan-americana de Robert na classe Laser depois de uma temporada produtiva na Star foi complicada nas condições de ontem. Nosso herói ficou em 7º na flotilha de 16 barcos presentes. E por falar em favoritos eternos (o que é sempre bom para a mídia e ruim para os próprios…), as campeãs mundiais Martine Grael e Kahena Kunze, amargaram um 4º entre os seis veleiros 49FX em águas canadenses. Segundo Martine comentou, o barco que eles estão usando lá estava peladinho da Silva quando chegaram e elas tiveram que lutar contra o tempo para ajeitar tudo. Mas não duvido que elas e Scheidt se recuperem sem grandes dificuldades! Veremos!

No inusitado Sunfish, onde nosso meteorologista João Hackerott começou há velejar há “minutos” e já mostrou competência no pré-pan, a coisa ficou de bom tamanho com um 5º entre 12 barcos. Já para o HC16, de Claudio Teixeira e Bruno Oliveira, foi um dia para esquecer, sétimos entre 7 barcos. Acontece!

No J/24, John King estreou com a difícil missão de substituir o multicampeão Maurício Santa Cruz que teve que desistir na última hora. Com um 4º lugar entre os seis barcos não é nada a se comemorar, mas o time (com Neném, Spanto e Gui) que já venceu alguns Pans, promete! Força na peruca, galera!

Já no Snipe, também com uma substituição de última hora, já que Lucas Aydos teve problemas de saúde e Georgia Rodrigas entrou na proa de Xandi Paradeda, o dia foi ruim também. Com um 8º entre 10 barcos, Xandi, que já foi ouro e prata no Pan, vai com a faca nos dentes para as provas de hoje, previstas a partir da 12:35h (Brasília).

Segundo Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, que, pela primeira vez, atuará no Pan como Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), “nossa expectativa é boa como costuma ser em Jogos Pan-Americanos. Estamos bem na maioria das classes e vai ser um bom teste para alguns atletas que nunca foram aos Jogos”, como afirmou ontem.

Em 15 participações nos Jogos Pan-Americanos, a Equipe Brasileira soma 70 medalhas. São 32 de ouro, 23 de prata e 15 de bronze. E o Brasil vem de duas participações arrasadoras na vela em Jogos Pan-Americanos. No Rio de Janeiro, em 2007, foram sete medalhas, sendo três de ouro, duas de prata e duas de bronze. Em Guadalajara, no México, em 2011, foram mais sete, sendo cinco de ouro, uma de prata e uma de bronze. Este último é o melhor resultado de láureas douradas da equipe. Já em total de pódios o desempenho mais expressivo aconteceu em Winnipeg, no Canadá, em 1999, quando os brasileiros faturaram nove medalhas (uma de ouro, cinco de prata e três de bronze). Que o Canadá continue dando sorte! Pra frente Brasil!!!

Ilhabela – O imponente barco uruguaio de 48 pés, Cristabella, e sua tripulação rigorosamente uniformizada em vermelho, mantiveram a regularidade durante a semana e venceram a única regata disputada no sábado, último dia da Semana de Vela de Ilhabela 2015. A decisão foi dramática. Na véspera, os uruguaios estavam em terceiro lugar na classificação geral, com 13 pontos perdidos, contra 12 do líder Itajaí Sailing Team e 12,5 do Seu Tatá (RJ).

Além de vencer a regata decisiva no tempo corrigido, o Cristabella foi também o fita azul. Foi a única vitória dos uruguaios, que obtiveram ainda dois segundos lugares em seis regatas. A prova final começou com vento sudoeste de oito nós, o que viabilizou uma barla-sota, com quatro pernas, dentro do canal de São Sebastião. No meio da regata a intensidade caiu para cinco nós e depois praticamente zerou. Os últimos barcos tiveram de se arrastar para concluir a prova.

Desde 2011, com o título do S40 Pisco Sour, do Chile, a Semana de Vela de Ilhabela não contava com um campeão de outro país. Entre as cinco conquistas internacionais registradas ao longo de 42 anos, pela segunda vez a principal competição de oceano do continente tem um vencedor do Uruguai. A primeira foi em 2006, com o Memo Memulini. A Argentina esteve no degrau mais alto do pódio em duas ocasiões: 2007 com o Personal e 2009 com o Cusi 5.

Pela primeira vez em Ilhabela, os velejadores do Yacht Club Uruguayo levarão para Montevideo apenas lembranças positivas da Capital Nacional da Vela. “Fomos recebidos fantasticamente. Corremos bem desde o primeiro dia, na Regata Alcatrazes com vento de 30 nós, situação comum no Uruguai”, relatou o timoneiro do Cristabella, Martin Meerhoff, que incluiu na tripulação o filho Joaquim, de 14 anos, velejador da classe 29er.

“A sexta-feira foi um dia precioso. Deixou os três primeiros colocados separados por apenas um ponto. Neste sábado, conseguimos largar bem e abrimos em relação aos rivais. Quando o vento acabou já estávamos em primeiro e chegamos com mais de oito minutos de vantagem para o segundo colocado. Para os uruguaios, velejar em Ilhabela é um sonho. Vencer, para mim é um orgulho. Nosso país tem mais títulos mundiais na vela do que no futebol”, declarou o campeão Martin.

Itajaí Sailing Team, do Iate Clube de Santa Catarina, e o Seu Tatá, do Iate Clube do Rio de Janeiro, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Embora tenha sido a estreia da tripulação em Ilhabela, o Cristabella já conhecia as raias do canal de São Sebastião, onde navegou sob comando do tetracampeão brasileiro de C30, Marcelo Massa, antes de ser transferido para o país vizinho.

Massa, aliás, confirmou mais um título – A C30 consagrou o Loyal CA Technologies como o melhor barco da classe no País. Um dia depois de conquistar o tetracampeonato brasileiro, o barco de Marcelo Massa venceu também a SVI. “O Brasileiro era apenas nosso primeiro objetivo. Trouxe mais confiança para a tripulação e partimos para o segundo título. Mais uma vez mostramos que regata se ganha na água”, ratificou Massa. O Loyal somou 12 pontos perdidos, contra 14 do vice Caballo Loco, e 15 do medalha de bronze Zeus Team, de Florianópolis.

A classe HPE 25, maior flotilha do campeonato com 20 embarcações, viveu uma situação inusitada e um final eletrizante. O campeão Suzuki Bond Girl teve o mastro quebrado logo na regata de abertura, para depois conquistar o título com 11 pontos perdidos, apenas um de vantagem sobre o vice, Ginga, que também ficou a um ponto do terceiro colocado, Repeteco Take Ashawer.

“Trocamos o mastro e não sabíamos o que aconteceria. Já vivi experiência semelhante quando fui campeão brasileiro de Pinguim com um mastro torto. Agora virou amuleto. Não sei se vou comprar o mastro emprestado ou um novo. O Ginga, pelos treinos em Ilhabela, sempre é o barco a ser batido e nós conseguimos vencê-los”, comemorou o Rique Wanderley, o comandante campeão.

Asbar II Total Balance, de Sérgio Klepacz; Rainha Empresta Capital, de Leonardo Pacheco; e BL3 Urca, de Pedro Rodrigues, foram os três primeiros na RGS Geral, pela ordem. “Foi uma disputa acirrada, principalmente com o BL3 Urca. Na regata decisiva, estávamos marcando o Urca quando merrecou. Não havia o que fazer e quem se aproveitou da situação foi o Rainha“, Gostaria de dar os parabéns à Comissão de Regatas, que salvou o campeonato nos dias difíceis para se montar a raia”, contou Paulo de Jesus, o Tinah, tático do Asbar II.

Os barcos da classe Star elevaram o nível técnico da competição pelo terceiro ano consecutivo. Marcelo Bellotti e Pedro Bolder conquistaram um título inédito com quatro vitórias em seis regatas. Os argentinos Torkel Borgstrom e Juan Pablo ficaram com a medalha de prata, seguidos pelos campeões sul-americanos Marcelo Fuchs e Ronald Seifert.

“Estou muito feliz depois de batalhar durante um ano e meio para andar bem na classe. O Pedro, na proa, ajudou muito. Fiquei contente com nossa velocidade em um campeonato de alto nível. Conseguimos segurar o Torkel, sempre próximo colocando pressão na gente. Até este domingo de manhã estava muito tenso, mas fiz uma ótima regata”, afirmou Bellotti.

O dia da decisão foi aberto com um desfile das embarcações antes da largada. Mais da metade dos 145 inscritos aceitou o convite da Comissão de Regatas (CR) para o evento informou que levou os barcos a passarem rente ao píer da Vila (centro histórico de Ilhabela.). O público em terra delirou com as manobras mais ousadas e a saudação dos tripulantes. Mais de 500 torcedores se aglomeraram a partir das 10h00 para aplaudir, fotografar e acenar para os velejadores que, embarcados, retribuíam ao carinho com buzinas, apitos e coreografias no convés.

“Apoio plenamente a ideia. A iniciativa contribui para a vela e aproxima o público dos barcos e dos velejadores. O Magia Energisa estará presente”, garantiu o comandante Lars Grael assim que chegou ao Yacht Club de Ilhabela para o dia decisivo. “Foi bom demais. Deveria se tornar uma tradição”, comentou Iriana Bottene, fã da modalidade e que acompanhou toda a movimentação no píer. Com a narração do evento, ao vivo, turistas e moradores tiveram a oportunidade de ver os esportistas em ação e compreender o que acontecia na água, como se estivessem na arquibancada de um estádio ou ginásio.

Pelo segundo ano consecutivo, a Ilhabela Sailing Week premiou o “Diário de Bordo” para a tripulação mais ativa nas mídias sociais. O Maestrale 2, comandado por Adalberto Casaes, foi o vencedor com números expressivos: 39 posts publicados, mais de 200 comentários, 2.200 compartilhamentos, 3.600 visitas únicas e quase 5.000 visualizações.

A fan page oficial do evento também deu um belo salto, saindo de 2.200 para 3.500 seguidores. Já o site subiu ainda mais, dobrou o número visualizações e triplicou os visitantes únicos em relação ao ano passado. Ano que vem tem mais!!

Campeões de cada classe

ORC Geral – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC A – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC B – Santa Fé V (Nelson Avila Thomé)
ORC C To Nessa (Renato Faria)
IRC – Cristabella l(Martin Meerhoff)
C30 – Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
Brasileiro de C30 – Campeão: Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
HPE 30 – Carioca Jr. (Roberto Martins)
HPE 25 – Suzuki/Bond Girl (Rique Wanderley)
Clássico – Cangrejo (Ricardo Carvalho)
Mini – Jacaré (Pedro Fukui)
RGS Geral – Asbar II (Sérgio Klepacz)
RGS A – Kalymera V (Antonio Carlos Paes Leme)
RGS B BL3 Urca (Pedro Rodrigues)
RGS C Rainha/Empresta Capital (Leonardo Pacheco)
RGS Cruiser Helios II (Marcos Gama Filho)
Bico de Proa A – H2Orça (Hilpert Zamith)
Bico de Proa B Super Bakanna (Alexandre Dangas)
Star – Marcelo Bellotti/Pedro Bolder
Equipes – Iate Clube do Rio de Janeiro (Seu Tatá / Magia / Kalymera / Kybixu)
Diario de Bordo – Maestrale II (ORC/IRC, Adalberto Casaes)

Resultados completos em: http://bit.ly/Ilha_2015

Fui!!

Murillo Novaes

Resumão, ão, ão: VOR,Antígua, Hyères, 29er, HPE, Pouluição, acidente, Dingue, SC, OP e mais, muito mais!

Tipo assim, você velejou 17 dias e mais de 5.500 milhas e a 20 milhas da chegada esta é a situação. Vida ao extremo!!

Tipo assim, você velejou 17 dias e mais de 5.500 milhas e a 20 milhas da chegada esta é a situação. Vida ao extremo!!

Dongfeng vence 6ª perna da VOR em retorno triunfal em Newport, MAPFRE em quarto. Japoneses desafiam a Copa América. Atrevida é vice-campeão em Antígua. Girl Power: Fernanda Oliveira e Ana Barbachan vencem em Hyéres, Martine e Kahena são vices, Patrícia Freitas é bronze.

E mais: SAP vence eXtreme Sailing na China. Musandan bate recorde da volta à Irlanda. Tragédia no Alabama mata 6 velejadores. Zeus vence regata Fortalezas em SC. Banho de secretário desafio o bom senso na poluída Guanabara. Na Gaastra Palmavela 160 barcos de 16 países dão a largada do circuito Mediterrâneo. Antonio Aranha e Alexander Essle são campeões brasileiros de 29er em SP. Banco de tripulantes para o Brasileiro de HPE. Luiz Paulo Gonçalves e Diogo Petersen vencem RJ de Dingue em Búzios

Agenda: Transat Jacques Vabre rumo a Itajaí terá Edu Penido representando o Brasil. Tradicional Taça dos Lagos neste sábado na Guarapiranga. Copa Swift Sport é warm-up pra Semana de Ilhabela. Europeu de Star com brasucas em Gaeta. Circuito solitário de Beneteau Figaro na França.

Vídeos: Slide super show de Capizzano do SulAm de OP em Paracas. Resgate dramático ontem nos Açores retira o norueguês amigo do Brasil Guttman de seu Swan44. Troco veleiro por Apartamento no #SAL17. AC45 da Oracle veleja nas Bermudas. O melhor da semana de vela de Antígua. O capotamento sensacional do Gunboat G4 em St. Barths.

Estréia da seção #ihdeumerda 

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga, eis que voltamos a modular nesta frequência depois de um extenso interregno carioco-itajainense na sequência da largada da 6ª perna da VOR. Bem, aqueles mais afoitos já sabem que para acompanhar as novidades diárias da vela é visitar meu FeiciBuque: http://bit.ly/FB_MuNov .

E prepare-se porque a missiva é grande. Mas não se aflija! Assim como um jornal ou uma revista você não precisa ler tudo de uma vez. Guarde para depois, leve seu tablete para o banheiro, imprima e leia off-line na floresta, imprimae plastifique e leia no barco. Está começando mais um meu, um seu, um nosso resumão do manza direto do covil do Posto 6. Mas vamos direto ao ponto porque as novidades são muitas!

VOR – Acabou! Pois é!! A flotilha one design dos velejantes seis VO65 está toda reunida nas tradicionais águas de Newport enquanto você lê estas mal traçadas. A 6ª perna da regata de volta ao mundo viu o sino-gaulês Dongfeng, de Charles Caudrelier, navegar de Itajaí até a costa leste dos EUA em 17d 9h 3m 0s. Precisamente 3m e 25s depois chegou o Abu Dhabi, do comandante Ian Walker e líder da regata.

Detalhe é que ao fim da quarta perna os dois ponteavam a regata empatadinhos da silva. Daí, aconteceu aquilo que já sabemos, o Abu Dhabi venceu e 5ª perna, nas proximidades do Horn a jaqueira chinesa caiu, eles desistiram e foram para Ushuaia, ficando 7pts atrás dos líderes árabes, ainda em 2º lugar.

E passaram a correr (o barco vindo pro Brasil a vela e a motor e o mastro passeando nos aviões cargueiros desde Auckland até Itajaí) para tentar largar em Santa Catarina. Bem, largaram… E correram… E venceram…  O mito da fênix redivivo! Para ser melhor, só mesmo se tivessem aberto uma vantagem maior do que apenas um ponto entre eles os rivais emirati.

Novamente a flotilha estava bem compactada e o Brunel, de Bouwe Bekking, veio 50 minutos atrás de Ian Walker, Chunny Bermudez, Si-Fi e seus asseclas para fechar o pódio. O “nosso” MAPFRE, com Xabi Fernandez no comando, já que Iker Martinez desembarcou novamente nesta perna, e com o capitão de turno André “Bochecha” Fonseca a bordo chegou quase 40 minutos depois para ficar em 4º na 6ª perna.

O time mais aguardado, no entanto, era, sem dúvida, o Alvimedica, já que Charles Enright, o quase amador comandante da nave turco-americana é nascido, criado e velejado em Newport. Só que deu ruim… Os caras vieram 3h e 50m depois dos espanhóis do barco vermelho e só não seguraram a lanterna porque as meninas do SCA, da comandante Sam Davies, novamente fizeram um começo de perna super consistente e novamente foram caindo, caindo.

E no fim, aproximadamente 6 horas e meia depois dos ianques e quase 11 horas depois do vencedor, cruzaram a linha em Rhode Island. De toda forma, pensar que apenas 11 horas separaram a flotilha depois de mais 5.500 milhas navegadas só mostra que as regatas de oceano estão cada vez parelhas. Show!

Em tempo, quem também corre, e muito, por fora é a galera do estaleiro Persico, em Bergamo, nos arredores de Milão, na Itália, onde o Vestas vai operando o milagre da ressuscitação. Por lá os caras estão à frente do cronograma e parece cada vez mais certo que o time vai realmente voltar em Lisboa.

Uma grande história também onde o comandante Chris Nicholson mostrou grande marinharia e espírito marinheiro no começo do desastroso episódio e depois, no fim, com a demissão do navegador, a meu ver, deu uma escorregada meio feia. Afinal, que eu saiba, comandante é comandante e em última instância o responsável por tudo que se passa a bordo. Ou mudou algo? Assumir tudo na primeira semana e dividir o erro e depois chamar toda tripula de volta menos o navegador que errou, ficou meio feio, acho. Pano rápido… De qualquer forma, vai ser legal ver o barco azul navegando novamente!

Para súmulas gerais y otras cositas más dê seu clique em http://bit.ly/VOR_14_15

Copa América – A eterna novela dos meninos mimados de bolsos cheios e espíritos vazios continua. Apesar da desistência do Luna Rossa/Prada, da demissão de Dean Barker do Team New Zealand, da mudança dos prometidos AC62 para os mais econômicos AC45, da retirada da Copa América da… Bem, América(!), onde, pela primeira vez desde 1851, um defensor abdica de suas próprias águas nacionais, indo para a britânica Bermuda, a despeito disso tudo pintou mais um time. E é japa! Liderado por Kazuhiko Sofuku, conhecido como “Fuku”, o SoftBank Team Japan já foi aceito pelo defensor Oracle Team.

Dizem as más línguas que tanto no extremo oriente quanto na França a parte do leão vem do mesmo bolso, o de Larry Ellison, o biliona dono da Oracle, que quer assegurar um mínimo de times participantes. E como as máquinas que voam sobre as águas e os velejadores que as conduzem não têm nada com isso, o Oracle treinou nas Bermudas e deu show de imagens (confira abaixo, em Vídeos).

E para encerar duas falas ótimas sobre a Copa. A lenda Loïck Peyron disse “hoje me dia, nestes AC45 você só precisa de um motorista com cérebro, um trimmer de vela-asa e alguns hamsters para girar as manivelas”. Já Steve Clarke disse: “É impressionante como cada novo defensor da Copa América faz o anterior parecer bem menos ruim”. Faz parte!

De qualquer forma, no fim, vamos todos vibrar com o verdadeiro show de imagens e velocidade que estes superveleiros voadores proporcionam. Faz parte 2!!

Antígua – Nosso caro Marquinho Lagoa está, por assim dizer, levando uma vida razoável fora da sua trabalhosa e competente WiTec IT Solutions. Foi à Antígua, onde correu no Atrevida, a regata de clássicos de lá. Como sempre boto os amigos para trabalhar (mas dei o mole de citar a firma, hein?!), segue seu relato.

“Após 5 dias de velejadas utópicas em Antígua posso afirmar que o evento merece a fama de melhor campeonato que existe. O encontro de amantes da vela, suas históricas embarcações combinadas com o estilo, história e clima da ilha formam a combinação perfeita.

Vale reconhecer que o evento é organizado por velejadores que conhecem bastante sobre os melhores métodos para criar uma regata agradável e que não comprometam a integridade dos barcos clássicos, alguns deles com mais de 100 anos de idade.

Praticamente todas as regatas tiveram 20 ou 24 milhas, com grande parte de seus percursos em orça folgada ou popa, criando um ambiente de velejadas maravilhosas. Todos os dias tivemos sol, temperatura em torno de 26 graus, e o principal, ventos variando de 15 a 23 nós.

A nossa tripulação comandada pelo impecável Atila Bohn conseguiu atingir seu melhor resultado do último ano, onde conseguimos conquistar o segundo lugar no campeonato, além de conquistar a fita azul em uma das regatas.

Ter a oportunidade de velejar com mais de quarenta veleiros históricos, como o Elena (136 pés), Rebecca (139 pés), Rainbow (J Class 130 pés) foi uma oportunidade única.

Além das velejadas vale ressaltar a Parade of Classics Nelson’s Dockyard, que é uma passagem por dentro da marina, onde ocorre o desfile dos barcos e suas tripulações para disputa do Concours D’Elegance (concurso de elegância).

Outro ponto alto é a parte social que a Ilha proporciona, astral incrível, festas animadas com muita música e muito rum. Como disse no início, é um campeonato dos sonhos, vale a pena colocar nas metas para 2016”. Eu ainda chego lá!!

Fernanda e Ana arrebenatarm no Mediterrâneo. Primeiro ligar na etapa francesa da Copa do Mundo de Vela. Muito orgulho!

Fernanda e Ana arrebenatarm no Mediterrâneo. Primeiro ligar na etapa francesa da Copa do Mundo de Vela. Muito orgulho!

Hyères – Esta ficou meio velha, mas é importantíssima!! O Brasil teve 100% de aproveitamento nas regatas de medalha da etapa de Hyères, na França, da Copa do Mundo de Vela. O país, que foi representado em quatro classes na disputa decisiva do campeonato, garantiu presença nos quatro pódios.

O resultado mais emblemático veio na classe 470 feminino. Depois de se classificarem para a etapa final em primeiro lugar, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan ficaram em segundo lugar na prova decisiva e garantiram o ouro, com 45 pontos perdidos. Uhuuu!!

Na classe 49er FX, Martine Grael e Kahena Kunze, que defendiam o título em Hyères, ficaram em sexto na regata de medalha e garantiram a prata.

Completando o dia de pódios do Brasil, dois bronzes: Robert Scheidt, na classe Laser Standard, após ficar em quarto lugar na regata de medalha; e Patrícia Freitas, no RS:X feminino, com um terceiro lugar na prova decisiva.

O Brasil terminou em segundo lugar na classificação geral da importante etapa de Hyères, empatado com a Grã-Bretanha, com um ouro, uma prata e dois bronzes. Os dois países só ficaram atrás da anfitriã França, que também garantiu quatro pódios, com dois ouros, uma prata e um bronze.

“A disputa pelos pontos estava tão apertada! Pensamos que precisávamos fazer o nosso trabalho e velejar na nossa própria regata. Chegamos a pensar nos pontos e nos outros barcos, mas estávamos focadas no nosso trabalho. Foi perfeito, terminamos a regata da medalha em segundo e estamos muito felizes “, comemorou Fernanda, primeira brasileira medalhista olímpica com o bronze em Pequim2008.

Os atletas da Equipe Principal de Vela do Brasil agora se preparam para os próximos compromissos, a começar pela etapa de Weymouth, Inglaterra, da Copa do Mundo de Vela, que será realizada entre os dias 8 e 14 de junho. Em seguida, haverá a disputa dos Jogos Pan-Americanos de Toronto, em julho.

Resultados finais:
470 Feminino:
1º Fernanda Oliveira e Ana Barbachan (BRA), 45 pontos perdidos.
2º Jo Aleh e Polly Powrie (NZL), 53 pp.
3º Camille Lecointre e Hélène Defrance (FRA), 54 pp.

49er FX:
1º Ida Nielsen e Marie Thusgaard Olsen (DEN), 87 pp.
2º Martine Grael e Kahena Kunze (BRA), 94 pp.
3º Giulia Conti e Francesca Clapcich (ITA), 99 pp.

Laser Masculino:
1º Tom Burton (AUS), 49 pp.
2º Nick Thompsom (GBR), 57 pp.
3º Robert Scheidt (BRA), 66 pp.

RS:X Feminino:
1º Lilian De Geus (NED), 90 pp.
2º Charline Picon (FRA), 101 pp.
3º Patrícia Freitas (BRA), 104 pp.

Pela primeira vez o SAP venceu uma etapa da eXtreme Sailing Series. Já não era tempo!

Pela primeira vez o SAP venceu uma etapa da eXtreme Sailing Series. Já não era tempo!

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

**  O terceiro ato da Extreme Sailing Series em Qingdao, na China, viu um novo vencedor. O dinamarquês SAP Extreme Sailing Team, dos co-skippers Jes Gram-Hansen e Rasmus Kostner dominaram a cena chinesa e chegaram com uma vantagem de 23 pontos no dia final. Em segundo ficou o Wave Muscat, de Omã e em terceiro um estreante na competição e nos pódio, o russo Gazprom. No geral, depois de 3 etapas o SAP Extreme Sailing Team (DEN) lidera com 28 pontos, em segundo está The Wave, Muscat (OMA) com 27pts e em terceiro vem o Red Bull Sailing Team (AUT) com 25pts. Extremos!!

**  E por falar em Omã, a terra de Simbad, o marujo, o carro-chefe da flotilha omanita, o MOD70 Musandam-Oman Sail, fez história para o sultanato quando quebrou um recorde que durava 22 anos, a volta às ilhas irlandesas. Após concluir o percurso de 700 milhas em incríveis 40 horas, 51 minutos e 57 segundos os caras tiraram quase quatro horas do antigo tempo. Parabéns à tripula (de 6) do comandante Sidney Gavignet que contava com três omanitas a bordo!!

**  Tragédia na Dauphin Island Race, no Alabama. Ventos com força de tempestade atingiram repentinamente os 117 barcos, com 495 velejadores, que estavam na baía de Mobile. Cinco deles morreram e outros desaparecidos são presumidos afogados. Muito triste!

**  Rolou a terceira etapa da Copa Veleiros de Oceano de SC. Após a realização das regatas Centro-Jurerê e Cidade de Florianópolis, a Regata Fortalezas/Biogenetia, uma das mais técnicas do calendário, ocorreu com bons ventos. O  Zeus dominou a regata entre os C30, terminando a frente do Corta Vento, segundo colocado. Na Classe ORC, quem se deu bem foi o Melody 5, que superou a forte equipe do Itajaí Sailing Team (2º) e Catuana Kim (3º).

**  Seguindo… Na RGS A, Plancton e Argonauta fizeram um ótimo duelo, com pequena diferença para o Plancton, vencedor da regata. Na RGS B o Zephyrus voltou a velejar muito bem e terminou em primeiro lugar, à frente de Vendal V (2º) e Bom Abrigo (3º). Entre os veleiros da RGS Cruzeiro, classe com maior número de participantes, melhor para o Carino, grande campeão da etapa. Y-Jurerê-Mirim e Açores III completaram o pódio, respectivamente…

**  E finalizando… Repetindo os bons duelos do Circuito Oceânico, os veleiros de HPE25 Tereza e Força 12 fizeram um bom duelo e no fim, o Tereza levou a melhor. Na Proa Rasa, o Maskote foi o vencedor, seguido pelo Zimbro. A próxima etapa da Copa Veleiros de Oceano acontece no dia 30 de maio, com as disputas da Regata Tripulação. Esse povo de Floripa é animado!!

**  O debate sobre a latrina de Guanabara, digo, baía de Guanabara não para. Depois do papelão do secretario de meio ambiente do Rio, André Correa, mergulhar em pleno Fantástico na mare de sizígia enchente e na boca da barra pra assegurar limpeza, o boto mais antigo monitora pela UFRJ morreu doente… Nosso líder e ambientalista de boa cepa, Axel Grael deu sua opinião. Confira em http://bit.ly/Axl_Gb Uma polêmica sem fim!… E certamente já é inevitavelmente uma vergonha para o Rio e o Brasil olímpico…

**  Domingo passado viu a décima segunda edição da Gaastra PalmaVela Regatta chegar ao fim. Uma flotilha de 140 barcos de 16 nacionalidades enfeitou a baía de Palma, que confirmou a sua reputação com bons ventos. As 16 classes participantes tiveram que esperar até o último dia para confirmar os primeiros campeões da temporada de regatas do Mediterrâneo. Os vencedores da Gaastra PalmaVela 2015 foram: Open Season (Wally), Momo (Maxi 72), Azzurra (TP52), Grupo Clinico Dr. Luis Senis(IRC), Airis (ORC 0), fyord (ORC 1), Pinyol Vermell (ORC 2), La Sirena I (ORC 3), Fehurihi (ORC 4), Bribon Movistar (J80), Flyinghigh (Flying 15), Lazy Daisy (Dragon), Moonbeam IV (Tradicional / Classic), Fundacion Damm (2.4) , CVP Andratx 2 (Hansa 303 individual) e PNCR / Fundacion Handisport 1 (Hansa 303 Duplo). Resultados completos em  www.palmavela.com

**  Antonio Aranha e Alexander Essle, do YCSA, são os primeiros campeões brasileiros da classe 29er. Eles garantiram o título no final de Abril na represa de Guarapiranga. Completaram o pódio as duplas Gustavo Abdulklech e Richard Hilbert (ICRJ) e Martin Lowy e Marcelo Peek (YCSA), segundo e terceiro lugares, respectivamente. Das 16 regatas previstas, 15 foram concluídas com ventos que variaram de cinco a 16 nós, exigindo técnica e agilidade dos participantes. O YCSA, como sempre, sediou tudo com maestria. Parabéns aos campeões que são nosso futuro!

**  Paulinho Cirillo está trabalhando… E como! Fez uma planilha toda maneira e uma super bolsa de tripulantes para a classe HPE pro Brasileiro na Ilhabela, de 28 a 31 de maio. Quem quiser participar ou mesmo alugar um barco fale com o cara: pc@imng.com.br

**  E, por fim… No findes passado rolou o estadual RJ de Dingue no Búzios Vela Clube. No final, a dupla Luiz Paulo Gonçalves e Diogo Petersen foi campeã depois de vencer quatro das oito regatas disputadas. Mandaram bem!!

Edu Penido, na gloriosa companhia do genro André Mirsky e da filha Kyra, entre outros, estreou o Classe 40 Zetra com dois segundos lugares na França. Uhuu!

Edu Penido, na gloriosa companhia do genro André Mirsky e da filha Kyra, entre outros, estreou o Classe 40 Zetra com dois segundos lugares na França. Uhuu!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

**  A santa e bela, além de ser o estado que mais se desenvolve e tem a menor taxa de desemprego do país, está se tornando um super polo náutico. Itajaí vai receber, pela segunda vez, a chegada da Transat Jacques Vabre, que larga dia 25 de outubro em Le Havre, na França, e junto ao munícipio irmão de Itapema vai sediar a regata de porto em 15 de novembro. E pela primeira vez um barco brasileiro vai participar! O comandante Edu Penido, que traz o ouro de Moscou80 no peito, vai correr com seu novíssimo Zetra (que estreou na França tirando dois segundos lugares em Douarnenez) na classe 40. As outras classes da regata em duplas são: IMOCA (Open 60), Multi50 e Ultime (que reúne os super tris MOD70). Do extremo baralho!! Bons ventos ao Zetra!!

**  Amanhã (09/05) rola uma das mais tradicionais regata do Brasil, a Taça dos Lagos na represa Guarapiranga. Seguindo a tradição, o Yacht Club Santo Amaro vai sediar este ano a 76ª edição, tentando superar o número de barcos do ano passado. A última edição trouxe mais de 80 veleiros de 24 classes diferentes. Quem vai participar e ajudar? Compartilhe com os amigos e familiares! A largada da Taça dos Lagos que tinha sido alterada para o 12h, voltou a ser à 13h. Ficha de Inscrição: https://goo.gl/kdJ4HC  e AR: http://goo.gl/ZXfyKB

**   A segunda etapa da Copa Swift Sport, 15ª edição do Circuito Ilhabela de Vela Oceânica, é chamada de Warm Up da principal semana de vela do continente devido à proximidade com a Ilhabela Sailing Week (ISW). Costuma ser também a mais disputada das quatro etapas anuais. As próximas regatas da Copa Swift Sport serão nos dias 23 e 24, 30 e 31 de maio, enquanto a  42ª ISW será aberta em 4 de julho. Ambas com sede no Yacht Club de Ilhabela (YCI). Não deixe de participar e se inscrever na semana de Ilhabela antecipadamente e com desconto!!

**  Lars Grael/Samuca Gonçalves, Dino Pascolato/Maguila, Ministro Admar/Xande e o melhor proeiro do mundo Bruno Prada fazendo dupla com o americano Augie Diaz, entre outras e mega brilhantes estrelas, vão iluminar a belíssima costa de Gaeta, na Itália, de 2 a 7 de junho no Europeu de Star. Coisa fina!!

** Por fim… Todos sabemos da verdadeira paixão dos franceses pela vela em solitário (que compartilho!) e o “campeonato francês de solitários”, por assim dizer, é corrido na classe Beneteau Figaro. E os três principais eventos são: Solo Maître CoQ, que terminou 26/5 e foi vencida por Yann Eliès, no Groupe Quéguiner-Leucémie Espoir. Depois vem a tradicionalíssima Solitaire du Figaro (co-patrocinada por Eric Bompard Cachemire), de 22 de maio a 28 de junho e finalmente a Generali Solo, de 16 de setembro a 4 de outubro. Belo circuito!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

**  Mestre Capizzano fez um super slide show no Vimeo com o melhor do SulAm de OP em Paracas, no Peru. Coisa linda demais! Pra quem gosta: http://bit.ly/Capi_OpSulAm

**  Este vídeo de uma operação de resgate de náufragos em região a cerca de 500 Milhas do arquipélago dos Açores envolve o Brasil e alguns amigos. Lars Grael explica: “Vários navios prestaram socorro, com o envolvimento de Guarda Costeira e Força Aérea de Portugal e apoio das Marinhas de Espanha e EUA. Dentre os salvados, encontra-se nosso amigo Norueguês Guttorm que perdeu seu barco, o elegante Swan 44 Kolibri. O Kolibri passou uma temporada na costa brasileira e no ICRJ. Voltou para o Caribe e cruzava o Atlântico com 4 tripulantes com meta de voltar a cidade de Arendal, na Noruega. Guttorm foi segurança pessoal do Rei da Noruega e muito amigo de Erling Lorentzen e Roberto Pellicano. Ferido na testa e com costela quebrada, conduziu o abandono do seu veleiro, capturado por helicóptero da Força Aérea Portuguesa (ver vídeo). Como bom viking e comandante, salvou sua tripulação e foi o último a abandonar o barco. Vida longa aos que se arriscam por salvar vidas no mar”. Amém!! http://bit.ly/Resg_PT

**  Mais um episódio da série de altíssimo nível #SAL. Sempre show! “Troco veleiro por apartamento”… http://bit.ly/SAL_17

**  O Oracle deu seu primeiro treino de AC45 nas águas de Bermuda. Como disse lá em cima, é sempre um espetáculo! http://bit.ly/AC_Orcl1

**  Como Antígua não vive só de clássicos, o vídeo de sua famosa e maneiríssima semana de vela: http://bit.ly/Antig2015

**  E já antecipando nossa nova seção abaixo vai um #ihdeumerda de alto nível. O novo Gunboat G4, teoricamente um cat cruzeiro-regata, vendo o mundo ao contrário no último dia da Voiles de St. Barth. http://bit.ly/G4_vira

(\_~~ (\_ #IHDEUMERDA  (\_~~ ~ (\_

Como uma das coisas que mais faz sucesso no meu Feicibúqui é isso, passo a reproduzir no resumão agora, pelo menos, uma fotinha dos maus momentos de nosso esporte.

ihdeumerda_08_05

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Ah! Não me diga que concorda comigo! Quando as pessoas concordam comigo, tenho sempre a impressão de que estou errado.” Oscar Wilde.

Fui!! Discordando de mim mesmo…

Murillo Novaes

Resumão atrasado: VOR, Soto40, Star, Soling, OP, AC e mais

A melhor parada da VOR 2014/2015 segundo todos. Viva Itajaí!

A melhor parada da VOR 2014/2015 segundo todos. Viva Itajaí!

In-Port em Itajaí. Patagonia campeão mundial de Soto40 em Floripa. Lars e Samuca liderando Star em Miami de novo.

E mais: Brasil vice-campeão SulAm por equipe de OP, Argentina vence. Demolidor vence Centro-Sul de Soling. Equipe olímpica pronta em Hyères. Com Clagliari fora ACWS começa em Portsmouth.

Agenda: Brasileiro de HPE25 e Regata Cmdte. Miranda – Volta às Ilhas no Rio.

Vídeos: Mundial de S40 no Mar Brasil. O melhor de 2014 na vela.

Boa tarde querido amigo e queridíssima amiga, transmitindo direto do covil itajaiense, onde a vida é extrema e os compromissos deste MC/Locutor/Jornalista/Animador de Auditório/Papagaio são infinitos já vamos citando o poema de José Paulo Paes intitulado ‘Menage a trois’: “Casa de Ferreira, espeto de Paulo”. Ou seja, estou aqui no centro dos acontecimentos e o único que não consigo e escrever para os amigos…

Mas vamos que vamos, porque entre a saída dos barcos daqui da vila da regata e a largada da regata In-Port de Itajaí achei este tempo para não almoçar e cozinhar esta sopa de letrinhas para vós. E já digo que a merreca aqui hoje é fato e talvez nem rolasse a regata… Mas largou e as meninas estavam na frente neste momento. Para acompanhar as novidades depois visite meu FeiciBuque: http://bit.ly/FB_MuNov e já comecemos por aqui mesmo!

VOR – A regata de volta ao mundo está bombando aqui no litoral catarinense, depois de uma intervalo onde deu tempo do Dongfeng chegar e encontrar com seu mastro novo, dos times descansarem e da galera de terra preparar tudo para a largada, amanhã (domingo), as atividades na água foram retomadas com força nos últimos dois dias. Foram 3 regatas Pro-Am, que reúnem os convidados e os profissionais e uma regata-teste para os times.

A nota chata ficou por conta do MAPFRE, do nosso ídolo André “Bochecha” Fonseca que teve um probleminha recorrente (há 5 dias da chegada já tinha rolado) numa das cruzetas e teve que retirar o mastro novamente para garantir que tudo esteja certo para os prováveis 20 dias de mar até Newport. Além disso o barco foi punido em 2 pontos pelo júri internacional por ter feito reparos na retranca e na proa do barco não comunicados na 5ª perna.

A regra da classe Volvo Ocean 65 diz que se uma equipe considera fazer um reparo deve informar imediatamente à autoridade da classe. O medidor Jack Lloyd – diretor da regata –, apresentou um protesto ao entender que a equipe espanhola não informou a tempo sobre o conserto feito, bem como da maneira exigida. Apesar de tudo, o júri internacional reconheceu em seu documento que as reparações realizadas pelo MAPFRE não foram feitas com a intenção de melhorar o rendimento do barco. Nem mesmo para aumentar a velocidade. Claro que a equipe ficou muito desapontada com a decisão.

Outra resolução do júri desapontou as meninas do SCA. Sam Davies havia pedido autorização para usar uma das velas da pré-regata, já que seu Code Zero Fracionado, o FRO, ficou em frangalhos depois de um jaibe chinês nos mares do sul. Como a vela foi consertada no estaleiro da VOR (agora comum a todos os times), o júri negou o pedido.

E falando de consertos, quem esteve na conferência de imprensa aqui foi o comandante do Vestas, Chris Nicholson, que contou que as obras estão no prazo e, provavelmente, o barco deve voltar em Lisboa. Tomara!

Bem, agora com a (me)Recon em baixo a in-port está rolando e amanhã temos a largada da sexta perna rumo a Newport, EUA. Fique ligado!

Para saber tudo da regata clique em http://bit.ly/VOR_14_15

Soto40 – Depois de liderar a classificação geral desde a primeira regata, o veleiro argentino Patagoniaconquistou o título no Mitsubishi Motors Soto 40 World Championship. Com boa vantagem sobre os outros barcos, coube à equipe apenas administrar o resultado, terminando o campeonato com 44 pontos perdidos.

“Abrimos uma boa vantagem nas duas primeiras regatas da competição. Seguimos nos mantendo bem colocados todos os dias, com uma estratégia mais conservadora, já que essa é uma competição sem descartes. Assim, conquistamos um título bastante importante contra tripulações muito qualificadas”, comemorou o timoneiro do Patagonia, Juan Grimaldi.

Na quinta-feira, último dia de regatas, o tempo fechou, e o dia teve muita chuva e ventos de 10 e 13 nós de SW. A equipe alemã EarlyBird, do tático, lenda alemã (oriental) e medalhista olímpico Jochen Schümann, aproveitou bem as condições e venceu a primeira regata do dia, subindo posições e terminando a competição em 5º na geral.

Já o brasileiro Pajero, destaque na terça-feira com duas vitórias, fez ótimas regatas, chegando em terceiro na primeira e vencendo a segunda, confirmou a boa campanha e fez de tudo para aproximar do líder. Chegou ao fim do campeonato mundial em segundo, com apenas um ponto de diferença do campeão.

“Temos uma tripulação muito qualificada e um barco ótimo. Viemos para brigar pelas primeiras colocações e sabíamos que qualquer detalhe poderia decidir o campeonato. Fomos o veleiro que mais venceu no campeonato, mas os nossos adversários conquistaram o título com méritos e estão de parabéns”, explicou o vice-campeão Serginho Rocha, do Pajero.

Os chilenos Itaú e Santander, que fizeram ótimas regatas na quarta-feira, chegaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente. “Foi a primeira vez que competimos em Jurerê, e nossa expectativa era terminar entre os quatro mais bem colocados. Conquistamos um bom resultado”, ressaltou Dag von Appen, do Itaú.

O chileno também conquistou a primeira colocação na categoria Owner Driver, destinado aos proprietários que também são timoneiros de seus veleiros. O alemão Hendrik Brandis, do EarlyBird, ficou em segundo e o brasileiro Roberto Martins, do Carioca, em terceiro na categoria.

Na sequência da classificação geral, o alemão Earlybird, o chileno Mitsubishi Motors, os brasileiros Carioca e Crioula, o chileno Estampa DelViento, e os brasileiros Ocean Pact e Magia V / Energisa. Confira, abaixo, os resultados completos e os pontos perdidos.

Detalhe que em 45 anos de vida e 38 de vela eu jamais havia visto Torben ser último em qualquer campeonato. Bem… Nem ele lembra de ter sido último em nada. De fato, nosso ídolo disse que o barco nunca achou a melhor regulagem/velocidade desde que teve o mastro quebrado há algum tempo e que ele velejou mal mesmo. Caramba… Para esquecer!!

Resultados após 10 regatas:
1º Patagonia (ARG) – (1+1+3+5+6+2+3+8+4+11) – 44pp
2º Pajero (BRA) – (3+6+7+10+1+1+2+11+3+1) – 45pp
3º Itau (CHI) – (4+5+10+2+5+5+7+4+2+8) – 52pp
4º Santander (CHI) – (7+3+6+7+3+12DNF+5+1+5+4) – 53pp
5º Early Bird (ALE) – (6+9+4+4+4+4+4+10+1+7) – 53pp
6º Mitsubishi Motors (CHI) – (9+8+11+8+2+5.9RDGb+1+2+6+3) – 55.9pp
7º Carioca (BRA) – (8+4+2+1+7+6+6+7+10+10) – 61pp
8º Crioula (BRA) – (2+2+5+9+11+3+10+6+8+6) – 62pp
9º Estampa Delviento (CHI) – (11+7+1+6+8+7+9+3+9+2) – 63pp
10º Ocean Pact Racing (BRA) – (10+11+8+11+9+8+8+5+7+5) – 82pp
11º Magia V Energisa (BRA) – (5+10+9+3+10+9+11+9+11+9) – 86pp

Resultados categoria Owner Driver:
1º Itau (CHI) – (4+5+10+2+5+5+7+4+2+8) – 52pp
2º Early Bird (ALE) – (6+9+4+4+4+4+4+10+1+7) – 53pp
3º Carioca (BRA) – (8+4+2+1+7+6+6+7+10+10) – 61pp

Star – Uma quase rajadinha… Advinha quem está liderando o campeonato do Hemisfério Ocidental de Star em Miami? Quem apostou em Lars Grael e Samuca Gonçalves ganhou! Os caras estão se especializando na raia do próximo mundial em na baía de Biscayne!! Bom!!

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** A equipe brasileira BRA 1 composta por Gabriel Lopes, João Emílio Vasconcelos, Tiago Quevedo e Tiago Monteiro é a vice-campeã sul-americana de Optimist por equipes 2015. O campeonato foi disputado nesta quarta-feira, no Peru, com a participação de 16 equipes. A equipe vencedora foi a ARG 1 da argentina e em terceiro lugar ficou a CHI 1 do Chile. Três dos quatro velejadores vice-campeões Gabriel Lopes e Tiago Quevedo do Veleiros do Sul e João Emílio, velejador do Clube dos Jangadeiros são gaúchos, comprovando o bom momento do Rio Grande do Sul na vela brasileira de base.

** Ainda otimista… E depois de uma pausa o SulAm de Optimist voltou às disputas individuais na sexta-feira, com o gaúcho Tiago Quevedo na liderança. Força molecada!! Termina hoje…

** O trio do El Demolidor foi o vencedor do Campeonato Sul-brasileiro da classe Soling, realizado no fim de semana passado no Veleiros do Sul. Kadu Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira comemoraram o primeiro título da equipe, após um desempenho consistente nas quatro regatas realizadas no sábado e domingo na raia da Pedra Redonda no Guaíba.

** Mais Soling… Em segundo lugar ficou o barco Don’t Let Me Down com Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard e em terceiro o time do Coringa, formado por Lucas Ostergren, Beto Trein e Roger Lamb. A disputa não fugiu do nível de equilíbrio da flotilha gaúcha, mostrando que qualquer uma das tripulações tinha chance de chegar ao título. Não dúvido!! A gauchada é especializada em Soling!

** E a força completa de nossa equipe olímpica de vela já está na costa do Mediterrâneo. Em Hyères, na França, começa amanhã mais uma etapa da Copa do Mundo de Vela da ISAF. Vamos torcer!!

** A Copa América virou novamente uma briga e uma confusão, mas com o mundo não para e Lusitana roda, os organizadores vão seguir com a programação da America’s Cup World Series. Claro que Cagliari, na Itália, que ia abrir a série caiu fora junto com a desistência do Luna Rossa/Prada. Mas de 23 de julho a 26 de julho, rola a 1ª etapa em Portsmouth, na Inglaterra. Gotemburgo, Suécia , de 28 a 30 de agosto e, claro, Hamilton, nas Bermudas, de 16 a 18 de outubro completam a programação de 2015. Apesar de tudo, é sempre lindo de ver!…

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** Classe HPE comunica: “O Campeonato Brasileiro de HPE a ser realizado na Ilhabela de 28 a 31 de maio, nem começou e já é um sucesso. Já confirmaram presença uns 20 barcos. Muitos que estavam parados decidiram colocar seu barco na água e participar não só do Brasileiro, mas também da 2ª Etapa da Copa SWIFT SPORT, que será no fim de semana anterior, ou seja dias 23 e 24 de maio. Se programe, vamos lá participar. Nosso objetivo é chegar em 30 barcos, o que seria bem legal e divertido!”. Não resta a menor dúvida!! Alô HPEs!!

** Essa vem direto do Cmdte. José Cunha Faria, portanto, uma ordem. “Mais um pleito de gratidão ao nosso saudoso Comte. GERALDO MIRANDA, autor de vários livros relacionados à Navegação, verdadeiras fontes de estudo , destinados a desenvolver uma mentalidade náutica em nosso País / Continente, de ampla costa marítima. O clássico ‘Velejar é Fácil’, com inúmeras edições, é leitura obrigatória para aqueles iniciantes que buscam ‘navegar com segurança’, como o Miranda relembrava a todo momento.

Sua dedicação, sua entrega total, enaltece o velejar, como um ato de total sensação de paz e liberdade, independente de idade, incluindo na capa do seu livro ‘Velejando dos 8 aos 80′, um velejador idoso no timão do veleiro e um jovem como proeiro.

Assim, participamos que já faz parte do calendário da vela do ICRJ 2015 a regata em homenagem ao Comte. Geraldo Luiz Miranda de Barros, com cobertura por satélite, assim, seus familiares e amigos poderão de casa, acompanhar toda a regata. A largada da Regata Comte Miranda – Volta as Ilhas será no dia 23 de abril, às 11.00h, em frente ao Farol da Escola Naval.” Homenagem merecida!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Kerekes Zsombor (alguém conhece? Eu não!) fez uma compilaçãoo bem legal dos melhores momentos da vela em 2014. Vale a espiada!! Em: http://bit.ly/Best_sail14

** Alê “Sempre Ele” Haddad e Flavinha Freire estavam na boca do gol em Floripa e o Mar Brasil, que agora é um canal na web, fez a cobertura do mundial Mitsubishi de Soto40 em Jurerê. Clique e veja: http://bit.ly/MBr_S40

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade”. De Albert Einstein sem saber aconselhando Larry Ellison e Russell Coutts na condução da Copa América.

Fui!! Meio confuso…

Murillo Novaes

Resumão de quinta de um jornalista idem: VOR, STAR, Búzios, Sofia, 420, Snipe, Copa América e mais.

Elas chegaram! E foi bonita a festa ó pá!

Elas chegaram! E foi bonita a festa ó pá!

VOR agita Itajaí. BSW agita Búzios. Star agita Guarapiranga.

E mais: Dante e Thomas são 3º no 49er em Palma. Corbela e Marin em 3º em Barcelona. Palavras duras na Copa América. Floripa pronta para mundial de S40. Brasucas no pódio do SulAm de 420. Termina SulAm de Snipe na Argentina, Luis Soubie/Diego Lypszyc vencem.

Agenda: 101 do Rio Sailing; Copa YCP e 1º Brasileiro de 29er em SP

Vídeos: VOR no Mar Brasil; Final do Star na Garapiranga e #SAL com Bukowski

Boa tarde querido amigo e mais que querida amiga, transmitindo direto do covil itajaiense, onde, como você sabe, a vida é mais extrema, vamos, desde já, agradecendo novamente (puxa saco!) à organização a oportunidade que este manza tem de novamente ser o MC/Locutor/Tradutor oficial da VOR no Brasil e apresentar a coisa toda para esta multidão catarinense que comparece em peso às cerimônias na vila da regata. No domingo, foram 22 mil pessoas… Tava bonito!

Sem mais delongas, já que no Brasil a procrastinação parece ser esporte nacional, vamos direto aos heróis do oceano que aqui chegaram neste Itajaí-Açu de águas ora gentis.

VOR – A regata de volta ao mundo, como você já leu no último resumito, fez-se em mares (e rio) catarinenses. O cara que parece ter mais ganas de inscrever o nome no anel prateado do troféu da regata, Ian Walker, e sua galera no Abu Dhabi chegaram em primeiro. Nosso novo herói nacional e futuro vereador, se quiser, de qualquer cidade do estado, André “Bochecha” Fonseca, veio timoneando o MAPFRE para ser segundo. Os novatos americanos, de patrocínio turco, Alvimedica, fecharam o pódio e o gente boa e veterano de seis edições Bouwe Bekking e seu Brunel cruzaram metros atrás (incrível!!) em quarto.

Anteontem (terça) foi a vez das gatas (umas sim, outras nem tanto…) do SCA chegarem para as caipirinhas e a sequência de camarão. Com dois jaibes chineses que lhes custaram a perda do FRO, o balão assimétrico fracionado que é a maior vela de proa e puxa bem os VO65, e duas colisões com OFNIs (objetos flutuantes não identificados) no currículo da quinta perna, entre outros perrengues, as moças merecem todo nosso respeito também. E convenhamos, chegar com o barco e tripula inteiros enquanto dois outros times não o fizeram é um ponto a se considerar também. Para ganhar é preciso chegar, diz um dos lemas da regata. Fora o oceano austral, o Horn e tudo mais que se interpôs entre Auckland e este porto catarina. Mandaram bem!

E por falar nos que não vieram ainda, o Vestas já voltou a ser um barco. Isso mesmo. No estaleiro Persico, em Bergamo, na Itália, o combalido veleiro que deu um cavalo e pau nos recifes de Cargados Carajos (adorooo!), no Índico, já teve seu reformado casco e convés postos juntos novamente. Tudo parece correr bem para a reestreia lisboeta. A ver!

Outro que corre contra o tempo é o sino-gaulês Dongfeng. Os caras estão motorando e velejando costa acima e a ainda a 1000 milhas de Itajaí. Se der tudo certo, chegam na segunda-feira. Dia que em que, possivelmente, chegará também o mastro novo que, além de voar de Amsterdã para São Paulo, precisa ser liberado na alfândega antes de passear de caminhão até Santa Catarina. Que os deuses da bur(r)ocracia estejam de bom humor!

Com o fim desta quinta perna a liderança do Abu Dhabi agora é mais folgada, já que os caras que estavam empatados com eles na tabela tiveram a desventura de quebrar o mastro. Sendo assim, na súmula geral vê-se o seguinte agora: Abu Dhabi em primeiro com 9 pontos, o Dongfeng permanece em segundo com 16pts; em seguida estão Brunel (3º) e MAPFRE (4º) com 18pts, o Alvimedica vem em quinto com 19pts e fechando a tabela estão SCA com 29pts e Vestas com 36pts.

Para saber tudo da regata dê seu clique em http://bit.ly/VOR_14_15 e divirta-se!

Na foto do Balaio vemos Lars a caminho do seu sexto brasileiro de Star com o auxílio sempre luxuoso de Samuca Gonçalves. São os caras!

Na foto do Balaio vemos Lars a caminho do seu sexto brasileiro de Star com o auxílio sempre luxuoso de Samuca Gonçalves. São os caras!

Star – A classe das estrelas fez um dos maiores e melhores campeonatos brasileiros dos últimos tempos na represa (cheia!) de Guarapiranga em São Paulo. Experiente e perspicaz, Lars Grael mostrou na raia do Yacht Club Paulista porque ainda é um dos principais ícones da vela brasileira. Junto com o proeiro Samuel Gonçalves conquistou seu sexto título do Campeonato Brasileiro de Star. Favorito desde que colocou o “Come Together” contra os outros 23 barcos da raia, Lars e Samuca mostraram que sabiam das dificuldades e do nível da galera e deram o melhor.

“A competição foi uma das mais equilibradas de todos os tempos. Foram mais de 20 barcos correndo e uma disputa excelente. A nova geração está em alto nível e eles estão se somando aos demais, trazendo um grande impulso para a classe”, contou Lars, que agora está à uma conquista do irmão, Torben Grael, maior vencedor da classe com sete ouros no Brasileiro.

No pódio, ao lado de Lars e Samuel, nada menos do que outro medalhista olímpico. Bruno Prada e o timoneiro Alexandre Paradeda – ouro pan-americano de Snipe – terminaram o Brasileiro de Star na segunda colocação, seguidos por Alessandro “Dino” Pascolato e Henry Boening, na terceira.

Acostumado a correr de Snipe, Xandi Paradeda não poderia ter saído mais satisfeito com sua estreia na classe. “Correr com o Bruno e contra feras como o Lars, Conrad, entre outros, foi realmente uma experiência muito boa proporcionada pela Star”.

“O Lars mostrou muita superioridade, andando bem, com folga. Não é nada fácil chegar nesse nível e ele sempre surpreende”, afirmou Dino Pascolato, do MIISCCA, terceiro colocado na classificação geral.

Mesmo fora do programa olímpico, a classe Star mostrou por que é uma das mais prestigiadas da vela nacional. A competição contou com a presença de campeões mundiais, pan-americanos e medalhistas olímpicos, além de velejadores de outras modalidades iniciando sua experiência na classe e, claro, da nova geração, que busca aprender e se firmar no barco.

“Há muito tempo não velejo uma regata tão bem feita. Conseguimos reunir uma grande qualidade técnica entre os participantes e acho que nunca tivemos uma entrega para o patrocinador tão bem feita como esta. O conceito aplicado ao evento está super adequado”, contou Marcelo Bellotti, do F7 Ser Glass.

Para Marcelo Sansone, organizador do evento, o apoio de todos os envolvidos foi essencial para realização de um campeonato de alto nível. “O campeonato teve uma excelente qualidade técnica e uma competição muito acirrada entre os melhores velejadores do Brasil, se não do mundo. Agradeço muito todos os apoiadores do campeonato. O ano que vem esperamos todos no 7º Distrito em São Paulo”.

Mario Buckup, o campeão grão mestre exaltado da parada, mandou um plá para o resumão também: “Foi com prazer que participei do campeonato brasileiro da classe star 2015, no Yacht Club Paulista, com uma grande ajuda do meu tripulante Caio Prado, do meu amigo Robert Rittscher que me emprestou o seu 2º star (um Folli “BRA 7400” de primeira classe!) e de todos participantes que me deram muitas dicas! Meu pai teve um Star há muito tempo, depois velejei um campeonato brasileiro na proa do Eduardo Souza Ramos, há alguns anos. O star ficou mais técnico e prazeroso de velejar. No contravento tem mais regulagens e qualquer mexidinha faz grande diferença, tanto que as vezes éramos super rápidos e as vezes lentos e/ou sem ângulo de orça. No popa o Star bem tocado é um ‘avião’.

Igual a todas as outras classes de barco que velejei, o ‘tunning guide’ da North Sails é fundamental, pois te dá a certeza que o barco está regulado, pelo menos, igual à maioria. Parabéns ao Lars, Xandi, Dino, Marcelo e todos que têm deixado a vela brasileira no topo das listas de campeonatos internacionais em várias classes como Star, Snipe, Lighnting, J/24, J/70, Finn, 49er e muitas mais, tanto que quando velejo no exterior, muitos velejadores de fora me perguntam como o brasil pode ter tão bons resultados com tão poucos velejadores, relativamente!? Vamos continuar assim…!!!!”. sem dúvida Mario! Que Mario?!…

Além dos três primeiros colocados no Geral, foram premiados no Brasileiro de Star 2015:

Categoria B (estreantes na classe)
1º – Iago Whately e Henrique Cabette
2º – Patrick Woodyatt e Rogério Barbato
3º – Luis F. Mosquera e Roberto Freire

Categoria Master
Marcelo Fuchs e Ronald Seifert (Clementine)

Categoria Grand Master+ Exalted
Mario Buckup e Caio H. Prado

Black Star (Barco mais antigo)
Marco Szili e Marlyn Nigri

Confira a classificação final após três dias de regata (Top10):
1º – Lars Grael e Samuel Gonçalves (Come Together) – 8474
2º – Alexandre Paradeda e Bruno Prada (Al Hammed) – 8391
3º – Alessandro Pascolato e Henry Boening (MIISCA) – 8494
4º – Marcelo Fuchs e Ronald Seifert (Clementine) – 8398
5º – Marcelo Bellotti e Marco Lagoa (F7 SER Glass) – 8390
6º – Fabio Brugioni e Marcelo Sansone (Team Wine) – 8468
7º – Fabio Bodra e Arthur Lopes (TatiTatao) – 8337
8º – Admar Gonzaga Neto e Alexandre Freitas (Maricota) – 8477
9º – Maurício Bueno e Cristiano Ruschmann (DDL) – 7441
10º – Robert Rittscher e Carlos Rittscher (Born Free) – 8300

Saravah, meu pai! O barco do ICAB não frequentou o pódio de 2015 em Búzios, mas embelezou o dia nem tanto.

Saravah, meu pai! O barco do ICAB não frequentou o pódio de 2015 em Búzios, mas embelezou o dia nem tanto.

Búzios – Mais uma vez, a Búzios Sailing Week agitou a Semana Santa no sempre acolhedor e charmoso Iate Clube Armação de Búzios. Antes de vir para o sul estive lá na abertura e como sempre, a recepção do Comodoro Alain foi irretocável: um concorrido coquetel na véspera do evento, o já tradicional churrasco da quinta feira e uma peixada para santo nenhum botar defeito na Sexta-feira Santa.

Na água, foram 5 regatas ao longo dos 3 dias de campeonato com ventos mais fracos do que o habitual, entre 8 e 15 nós, o que é incomum para Búzios. Ainda assim, muitas disputas entre os barcos cariocas mais competitivos da atualidade, com destaque para o Magia V de Torben Grael, que faturou na ORC, contra 12 barcos, o Maestrale II, do Almte. Casaes, derrotando seus 11 concorrentes na IRC e o Mahalo, que dominou a série na BRA-RGS.

Destaque também para a participação da tripulação paulista do Inaê-Transbrasa, do Yacht Club de Ihabela que veio até Búzios testar forças com a nata local e para a Escola Naval e o Colégio Naval que mais uma vez foram em peso prestigiar este belo evento.

Este ano, a Búzios Sailing Week teve o patrocínio da Prefeitura de Armação Dos Búzios, da Privilège, do Captain’s Buffet e da Silk Beach Club. Além disso, contou com o apoio da Raquel Abdu – Assessoria e Cerimonial, da FEVERJ e da ABVO. Olha o mole total!! Viva Búzios!! Ano que vem não perco!!

Dante e Lowba andaram muito na Maiorca. Bronze merecido e muito comemorado!

Dante e Lowba andaram muito na Maiorca. Bronze merecido e muito comemorado!

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** A princesa acabou… Terminou em Palma o tradicional Troféu Princesa Sofia. No fim, a esquadra brasuca acabou fazendo 3 medal races e chegando a um pódio: a dupla Dante Bianchi e Thomas Lowbeer, no 49er, levou o bronze mediterrâneo para o ICRJ. Uhuu! As gatas Martine Grael e Kahena Kunze, em 4º, e Fernanda Oliveira e Ana Barbacham, em 5º, também fizeram bonito em águas hispânicas. Parabéns!!

** Por falar em pódio e por falar em Espanha, a festa de premiação da Barcelona World Race já tem os três degraus definidos. Ana Corbela e Gerard Marin, no GAES, cruzaram a linha catalã em terceiro lugar na volta ao mundo em duplas sem escalas e sem assistência. Foi dureza!!

** E por falar em dureza… A coisa ficou triste para os velejadores paralímpicos. Mesmo com a gestão do presidente da ISAF junto ao IPC, o Comitê Paralímpico Internacional, a vela está mesmo de fora do Jogos de Tóquio em 2020. Entretanto, com a fusão do IFDS, que cuidava da vela paraolímpica, coma própria ISAF o IPC abriu a possibilidade de reinclusão em 2024. De todo modo, a ISAF ainda luta por qualquer brecha para colocar os barcos paralímpicos na baía de Tóquio. Tomara!!

** E já que estamos na tristeza… A Copa América, mais uma vez, mostra que polêmica e viradas de mesa são tão intensas quanto as regatas que disputam a Auld Mug desde 1851. O imbróglio da mudança de classe da AC62 para a AC48 com peças one design, no meio do processo, depois de alguns times investirem milhões em pesquisa e desenvolvimento, continua a gerar a ira de muitos. Agora, além do Luna Rossa/Prada o tradicionalíssimo Team New Zealand ameaça deixar a copa. Caraca!

** Seguindo… Isso sem falar em Bruno Troublé, timoneiro em duas ocasiões e invetor da série de desafiantes Louis Vuitton Cup, que, depois de dizer que há alguns anos os organizadores (leia-se Larry Ellison e Russel Coutts) estão destruindo a tradição e legadi da competição emendou: “O que temos agora é um evento de praia vulgar com cheiro de protetor solar e batatas fritas. Esta não é definitivamente a Copa América.” Complicado!!

** Floripa já cheira a S40. Desde aqui, em Itajaí, já sentimos os ares de vela de alto nível que sopram direto de Jurerê. O ICSC já está cheio de velejadores e com praticamente todos os barcos que vão disputar, de 12 e 16 de abril, o mundial de Soto40. Com 10 regatas previstas, a competição reunirá grandes nomes da vela planetária, que juntos somam 15 medalhas olímpicas e mais de 20 títulos mundiais. “A nata do esporte participará dessa competição, o que por si só já torna o evento especial. Podemos esperar regatas bastante disputadas”, adianta o comandante chileno Horácio Paves, do veleiro Mitsubishi Motors. Eu tenho certeza!! E vou ver! Uhuu!

** Terminou o SulAm de 420 no Club Nautico San Isidro, em Buenos Aires. Entre os 28 barcos participantes o pódio teve duas duplas brasucas. No final, Felipe Diniz e Ivan Aranguren, do Yacht Club Argentino foram os grandes campeões. Mas na cola vieram Tiago Brito e Andrei Kneipp, do Clube dos Jangadeiros, e Leonardo Lombardi e Rodrigo Luz, do ICRJ. Bom!! Muito bom!!

** E já que estamos na Argentina… Acabou por lá também, em Mar del Plata, o SulAm de Snipe. Entre os 32 barcos, apenas dois brasileiros e eles foram 5º e 6º no final. A súmula assim ficou: ARG 28701 Luis Soubie/Diego Lypszyc em 1º; ARG 29887 Augusto Amato/Constanza Alvarez em 2º; ARG 29828 Eduardo Fumagallo /Gonzalo Caceres em 3º; BEL 31274 Manu Hens/Victor Perez em 4º; BRA 31195 Gabriel Kieling/Lucas Callate em 5º e BRA 31004 Rafael Gagliotti/Henrique Wisniewski em 6º. Narcejas de Cuba, Equador, Chile e Peru também surfaram no mar do Prata. Legal!!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** As classes ORC, IRC, BRA/RGS, Época, Clássicos e Antigos, Bico de Proa, Snipe, Velamar 22, Laser (Standard, Radial e 4.7), Dingue, Monotipos Clássicos e Optimist estão convidadas para a Regata do 101º Aniversário do Rio Yacht Club, no dia 11 de Abril de 2015, este sábado, em Nikiti City. Os barcos e competidores poderão ser inscritos preenchendo o formulário próprio e/ou remetendo via e-mail para: ryc@oi.com.br ou no fax: (21) 2610-5811 ou ainda na secretaria de vela do Rio Yacht Club até às 11:00 do dia 11 de Abril de 2015 ou entregando formulário, já preenchido, no barco da Comissão de Regata até o sinal de atenção do Grupo 1, início de procedimento de largada. Não tem desculpa! Vamos lá galera!!

** O 1º Campeonato Brasileiro de 29er rola de 18 a 21 de abril, no Yacht Club Santo Amaro, na represa Guarapiranga, em São Paulo. Para se inscrever basta clicar no link ao lado: http://bit.ly/YCSA_29erComapreça!!

** Nos próximos dias 11 e 12 de Abril ocorrerá a 3ª etapa da Copa YCP 2015, no Yacht Club Paulista, na Guarapiranga. A Copa YCP será composta de 9 etapas em formato de circuito anual, com premiação em jantar de gala ao final do ano, aos três primeiros colocados (geral) de cada classe. Além da premiação anual, haverá premiação em cada uma das nove etapas. Algumas atrações e novidades da Copa YCP 2015: Largadas em sequência para as classes convidadas; Uso de spare buoy e gate no percurso; Percursos diferentes aos sábados (triangular) e domingos (barla-sota); Descarte de até 25% das regatas que compõem a série anual; Almoço e confraternização aos sábados (de cada etapa) no YCP, antes das regatas, para todas as tripulações (custo coberto pela inscrição); Clínicas rápidas para os velejadores (dicas de táticas de regata e regulagens); Familiares e convidados dos participantes serão bem-vindos aos almoços (pagamento avulso) e ao YCP, inclusive para assistir a saída e retorno dos barcos; Jantar ao final do ano com entrega de prêmios. Clique aqui e faça sua inscrição http://bit.ly/YCP_2015 A festa é boa! As regatas também!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Confira a chegada da última regata do Brasileiro de Star 2015 na Guarapiranga. O ventinho tava bom! http://bit.ly/BraStar2015

** O Mar Brasil, do meu, do seu, do nosso mestre Alexandre Haddad agora é um canal na web e como sou esperto já vou usando os vídeos para deleite dos amigos aqui também. Comecemos com a chegada da Volvo em Itajaí: http://bit.ly/MBr_VOR_Itj

** Mais Mar Brasil e Mais VOR. Confira a chegada de Bochecha em casa. Foi show!! http://bit.ly/MBr_VOR_Bch

** E seguindo sempre em alto nível, o #SAL misturou mar e Bukowski para fazer de um belo poema um belo vídeo. Rolem os dados! Veja em: http://bit.ly/SAL_Bukw

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“O problema com o mundo é que as pessoas inteligentes estão cheias de dúvidas, enquanto os estúpidos estão cheios de confiança.”  Charles Bukowski

Fui!!! Cheio de confiança…

Murillo Novaes

Resumito VOR: Abu Dhabi vence etapa mais parelha da história da regata. MAPFRE, com Bochecha no timão, é vice.

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Depois de quase 7 mil milhas e um Horn no meio flotilha da VOR faz chegada histórica em Itajaí e entre o vencedor, Abu Dhabi, e o quarto colocado, Brunel, houve menos de uma hora de intervalo. 

Nota: Lars (com Samuca na proa, claro) é hexa brasileiro de Star. Torben vence a Búzios Sailing Week.

Caraca!! Você não tem ideia!! Transmitindo direto do covil itajaiense, neste santo litoral catarinense, vamos atualizando os amigos neste pré-resumão com as maravilhas da vela volvica.

Antes, porém, uma nota rápida sobre os irmãos Brothers (que depois vem completa no resumão). Eles venceram de novo! Lars Grael e Samuca foram os grandes campeões do Brasileiro de Star na Guarapiranga e, com isso, o cara faturou seu hexa campeonato brasileiro na classe e só está atrás do irmão Torben. Já o irmão Torben faturou no S40 Magia V/Energisa mais uma Búzios Sailing Week na ORC Geral. Estavam endiabrados na semana santa!

Mas vamos às novas novidades desta costa sul porque a festa foi linda demais. E, desde já, agradeço a oportunidade de pela terceira vez (4ª se contar a transmissão ao vivo na TV em 2005) ser parte integrante deste time vencedor e ter a oportunidade de comandar a festa na vila da regata. É muito para um manza qualquer! E não acabou ainda…

Como não preciso reinventar a roda, já tomo emprestado o “prez rilize” do brother Flavinho Perez para contar a historinha co meus pitacos também. Segue.

A história da vela oceânica mundial foi escrita neste domingo de Páscoa. Pela primeira vez na história da regata, a etapa mais longa da Volvo Ocean Race – quase 13 mil quilômetros entre a Nova Zelândia e o Brasil – foi decidida nos detalhes. Os quatros barcos que chegaram à cidade catarinense terminaram a prova muito próximos, com menos de uma hora entre eles. A vitória foi do Abu Dhabi e o público se emocionou com a conquista do brasileiro e catarinense André ‘Bochecha’ Fonseca.

A quinta etapa da Volvo Ocean Race será impossível de tirar da memória. A vitória do Abu Dhabi, a diferença mínima entre os barcos, um brasileiro a bordo, recorde de milhas velejadas, Cabo Horn, icebergs, frio e quebras…Ufa…Serão necessários vários parágrafos para contar toda a história da perna entre Auckland e Itajaí. Vamos resumir os fatos:

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Árabes venceram

Abu Dhabi, barco árabe comandado pelo medalhista olímpico Ian Walker, cruzou a linha de chegada da quinta etapa da Volvo Ocean Race em primeiro lugar, depois de 18 dias 23 horas e 30 minutos. Pouco tempo depois – em exatos 55 minutos – chegaram MAPFREAlvimedica e Brunel. A equipe abriu sete pontos na liderança do campeonato e ainda quebrou o recorde de milhas velejadas em 24 horas (o troféu IWC) nesta edição: 550,8 milhas náuticas.

“Foi uma etapa dura e desgastante! Um final apertado e os barcos ficaram próximos do começo até o fim da regata. Resultado do ótimo desempenho da nossa tripulação no percurso. O segredo dos barcos de design único é velejar bem. Se fizer tudo direito dá tudo certo”, disse Ian Walker, comandante do Abu Dhabi Ocean Racing.

Na edição passada, o Abu Dhabi não chegou em Itajaí por problemas na embarcação, mas dessa vez deram a volta por cima, vencendo e convencendo. A melhor notícia (para eles!) é que a equipe árabe lidera a competição com sete pontos de diferença para o segundo colocado, o Dongfeng que partiu a jaqueira nas proximidades do Horn e agora faz um cruzeiro vela-motor rumo a Itajaí.

O próximo barco a chegar será o feminino SCA. O Dongfeng também é esperado, claro.

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Um novo ídolo nacional

Recebido como herói, o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca conduziu o barco MAPFRE nos momentos finais. “Bochecha..Bochecha…Bochecha…gritavam os torcedores que lotaram a Vila da Regata na Páscoa. A emoção maior foi quando o velejador mostrou a bandeira do Brasil e de Santa Catarina. “Foi incrível essa recepção. Não sei como retribuir o carinho do público. Fizemos um resultado especial e mostramos nossa evolução na Volvo Ocean Race”, disse o também atleta olímpico.

Milhares de pessoas lotaram a Vila da Regata e os molhes de Itajaí e Navegantes para ver a chegada do Bochecha. Mas ele tinha a torcida particular da família com camisetas do MAPFRE e o número 12 nas costas. O vice-campeão da etapa desejou um churrasco e um banho quente como presentes de herói. “Estamos esgotados. Mas se alguém perguntar pra todos se faríamos tudo outra vez agora, a resposta seria sim”.

O comandante Iker Martínez fez questão de homenagear o brasileiro. “Estamos todos contentes por chegar no Brasil. E homenageamos o Bochecha, que chegou em casa timoneando o barco”, lembrou o campeão olímpico. O MAPFRE, apesar do segundo lugar, enfrentou dificuldades e problemas a bordo. “O resultado foi ótimo e conseguimos dois pódios nas última regatas. Mas confesso que o jaibe chinês foi a coisa mais assustadora que passei. Vou lembrar daquele momento por toda a vida”.

Os velejadores ganham um descanso nos próximos dias antes de voltar aos treinos na semana que vem. No sábado (18), está marcada a In-port Race de Itajaí. No dia seguinte, as equipes sobem o Oceano Atlântico para Newport, nos Estados Unidos.

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O que eles disseram

“Eu nunca vi uma recepção como essa. Impressionante tanta gente nos esperando. Espero que a minha cidade – Newsport – faça o mesmo”, Charles Enright, comandante do Team Brunel.

“Bater o recorde de milhas velejadas em 24 horas foi uma mistura de sorte com pouca mudança de vela. Pegamos um vento constante e um rumo perfeito. Quando percebi essa possibilidade avisei minha equipe para acelerar e buscar o recorde mesmo que perdêssemos um pouco na etapa propriamente dita”, Ian Walker, comandante do Abu Dhabi.

“Chegar no Brasil é especial. Participei do Brasil 1 e tenho um carinho especial pelo país”, Chunny Bermudez, um dos timoneiros do Abu Dhabi.

“Foi uma perna difícil. Estou feliz por chegar ao Brasil, mas não gostei de ter terminado na quarta colocação”, Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel e o cara que montou o Horn 8 vezes.

“Melhoramos muito, mas acho que será difícil pegar o Abu Dhabi na liderança”, André ‘Bochecha’ Fonseca, timoneiro do MAPFRE.

Por enquanto é isso aí!! Para quem quiser saber tudo da regata o clique é em: http://bit.ly/VOR_14_15

E para quem quer acompanhar as novidades gerais basta acessar meu perfil público no Facebook que sempre atualizo as coisas por lá: http://bit.ly/FB_MuNov

E vamos que vamos que o show não pode parar!

Murillo Novaes

 

Resumão de quinta de um jornalista idem: Sofia, VOR, Copa América, Ilhabela, RC44, Alinghi, Transat, velho Chico e mais

Tipo assim, Rick Tomlinson registrou o Mapfre e o Brunel montando o Horn praticamente como se fosse uma boia, só que depois de 4700 milhas da largada!

Tipo assim, Rick Tomlinson registrou o Mapfre e o Brunel montando o Horn praticamente como se fosse uma boia, só que depois de 4700 milhas da largada!

Dante/Lowbeer e Fernanda/Ana em 3º em Palma. Dongfeng perde mastro na VOR e flotilha monta o Horn e já está a 800 milhas de Itajaí. Nova classe de catamarãs com fólios vai correr a 35ª Copa América. Vento bom e muita disputa no final da primeira etapa da Copa Swift Sport em Ilhabela.

E mais: SulAm de Snipe em Mar del Plata. Alex Welter vence SulBra de A-Cat em SP. IRN/Projeto Grael recusa convite para limpar Guanabara. Ventão e muita adrenalina na abertura da RC44 em Malta. Novo livro de Isabella Nicolas conta a história da vela no Brasil. Caravana do Esporte, com Samuca Gonçalves, visita o velho Chico. Clippers 70 vão correr a Round the Island Race no Solent. Plymouth é porto de partida da próxima Transat. Alinghi vai correr circuito de GC32. Carkeek 47 vence em Tortola.

Agende-se: Lars em busca do hexa no Brasileiro de Star. Floripa se prepara para receber o mundial de Soto40.

Vídeos: Bochecha no Horn. Dongfeng quebra o mastro. O melhor da vela extrema de todos os tipos e um rolê de RS:X em Búzios. 

Boa tarde querido amigo e queridíssima amiga, direto do covil neste cabo nem tão frio assim vamos logo a uma errata. Na semana que se foi, em alusão à regata mais antiga deste nosso varonil, pouco sutil e nada pueril Brasil, a Darke de Mattos, que chegou à sua 71ª edição, sempre corrida na classe Star, este manza em um claro desrespeito ao régio direito de pairar acima de todos nós, errou. Errei sim! E justo com nossa majestade. Na referida missiva afirmei que John King havia vencido a prova por 7 vezes. Não!! O cara ganhou, contando com este 2015, nada menos que 13 vezes a Darke de Mattos. Sois rei! Sois rei!! Sou manza, sou manza…

Evitei escrever ontem, no 1º de abril (mentira!), para manter a credibilidade deste jornalista e também por motivos etílico-gastronômicos. É que no Iate Clube Armação de Búzios – ICAB rolou o coquetel de abertura da Búzios Sailing Week 2015. Como sempre, Alain Joullié, Pierre e Dona Vera, com o auxilio luxuoso do Almir e do buffet da boate Privilége, receberam os convivas com a simpatia e o bom gosto de sempre. Tudo ótimo!! Como vou novamente locutar oficialmente a VOR em Itajaí, não poderei correr as regatas, mas já adianto: Búzios é sempre do baralho! Quem não foi perdeu!! Perdi!…

E para manter a pegada nas altas esferas vélicas planetárias vamos direto para a palma da Sofia, ou melhor, para o Troféu Princesa Sofia em Palma de Maiorca. Por lá nossa seleção olímpica começa a temporada europeia neste ano-prólogo do Rio 2016 em alta voltagem. E a coisa anda mediterraneamente boa! Direto para o meio do Med…

Sofia – As maiores promessas olímpicas do planetinha azul estão reunidas na ilha que já foi grega, fenícia, romana e os catalães retomaram dos muçulmanos em 1.229 para a 49ª edição do Troféu Princesa Sofia, neste ano com o sobrenome mercadológico de Iberostar. E comecemos pela nova categoria da vela mundial sob gestão da Isaf, o kitesurfe.

Depois de sete regatas corridas, ontem (quarta) foram disputadas as medal races do Formula Kite em águas pálmicas. E dois brasucas ficaram entre os top10. Em 7º Wilson Veloso e em 9º Ian Germoglio, ambos do Bodete Kitepoint, em João Pessoa. Começamos bem!

No resto da esquadra brasuca, o destaque fica por conta de Dante Bianchi e Thomas Low-Beer, na 49er, em terceiro geral, com direito a vitória na 4ª regata da série e com a nossa pioneira medalhista feminina Fernanda Oliveira e sua parceira, Ana Barbachan, também em terceiro geral com uma vitória na 3ª regata qualificatória e um 2º ontem na primeira das séries finais, na flotilha ouro, claro. O resto do time está da seguinte forma:

Classe Laser (164 barcos, 6 regatas corridas): Bruno Fontes, 36º, 96pts; João Pedro Oliveira, 82º, 113pts e Alex Veeren 104º, 155pts.

Laser Radial (117 barcos, 6 regatas): Fernanda Decnop, 31ª, 96pts; Maria Cristina Boabaid, 57ª, 173pts; Odile Ginaid, 71ª, 124pts e Gabriela Kidd, 112º, 248pts.

Finn (74 barcos, 6 regatas): Jorge Zarif, 18º, com 86pts e um 7º como melhor colocação até agora.

RS:X masculino (82 pranchas, 6 regatas): Gabriel Bastos, 21º, 74pts.

RS:X feminina (66 pranchas, 6 regatas): Bruna Mello, 34ª, 104pts.

470 masculino (80 barcos, 6 regatas): Henrique “Gigante” Haddad e Bruno “Bebum” Bethlem, na flotilha ouro em 21º geral com 68pts e Geison Mendes e Gustavo Thiessen, em 45º, com 81pts e um terceirinho esperto ontem na flotilha prata.

470 feminino (62 barcos, 6 regatas): Fernanda Oliveira e Ana Barbachan em 3º geral com 18 pontos e um 2º e um 5º hoje e Renata Decnop e Isabel Swan em 21º, com 66pts.

49er (74 barcos, 7 regatas): Dante Biachi e Thomas Lowbeer em 3º geral com 35 pontos e Marco Grael e Gabriel Borges, também no Top10,, em 8º com 55pts. Detalhe é a impressionante liderança das lendas kiwis Peter Burling e Blair Tuke que descartam como pior resultado um 3º lugar e contam com nada menos que quatro vitórias e dois segundos lugares. Caramba!

49er FX (47 barcos, 7 regatas): Martine Grael e Kahena Kunze em 14º com 53 pontos. Detalhe interessante é que mesmo quando elas não estão nas cabeças, o que é raro, as neozelandesas Alex Maloney e Molly Meech sempre estão no encalço ali do lado. Em Palma as kiwis têm 52 pontos e estão em 13º. Isso que é andar junto!

Nacra (56 barcos, 7 regatas): Samuel Albrecht e Geórgia Rodrigues, 36º, 70pts e um 4º ontem na flotilha prata e João Bulhões e Gabriela Nicolino, em 39º, com 81pts.

Para ver o vídeo do 3º dia em Palma clique em: http://bit.ly/1bQKxMU E hoje tem mais!! Fique ligado!

VOR – Já no atlântico Atlântico, a flotilha da Volvo Ocean Race se desloca célere para águas catarinenses. Óbvio que não sem a dose de drama e aventura que torna esta regata tão atrativa aos olhos de todo o mundo. E fora os dias sempre intensos no sul do Pacífico (que perto do 55°S bem poderia se chamar Belicoso), com ventos de até 50 nós e ondas de quase 8 metros, a carga trágica ancestral dos antigos marinheiros que viam suas naves ceifadas pelo mau humor dos deuses patagônicos sobrou para o sino-gaulês Dongfeng.

Os comandados de Charles Caudrelier vinham a aproximadamente 250 milhas do Horn, em ventos de 30 nós, quando às 0315UTC de segunda-feira viram a parte alta da jaqueira desabar. Com o tope do mastro caiu o FRO (Fractional Code Zero, a maior vela a bordo), quebraram as 2ª e 3ª cruzetas de boreste e como diria o Seu Manoel da padaria, o sonho acabou. Mas tem pãozinho…

Pela manhã, com a luz de Deus, deu para ver o tamanho da caca e Kevin Escofier subiu no que sobrou do pau para cortar fora as adriças e livrar a vela que vinha sendo rebocada pelo barco (veja no vídeo abaixo). Os caras só podiam velejar com amuras a bombordo e lentamente com o que sobrou do mastro e a buja três (J3), mais o possante roncando no porão, se dirigiram para o canal de Beagle, rumo a Ushuaia, para tristeza dos dois velejadores chineses que sonhavam montar o Horn em alto estilo.

Já em Ushuaia, Caudrelier decidiu abandonar a 5ª perna, usar o tanque de lastro de proa como tanque de diesel e mandar o barco, com a tripula de terra a bordo, motorsailing pro Brasil. Detalhe é que os dois chineses, por conta da burocracia da armada argentina (que em Ushuaia é um porre, posso testemunhar), não puderam desembarcar e vão fazer o cruzeiro rumo a Itajaí. Faz parte!

Enquanto isso, na sala de justiça… Os líderes cruzavam o Everest dos mares com beleza, velocidade e… Uma proximidade impressionante depois de mais de 4.700 milhas navegadas desde a Nova Zelândia. Você pode testemunhar na foto acima que o Mapfre e o Brunel estavam no mesmo quadro e passaram o cabo com apenas 0,1 milha náutica de separação (180m), a 18 milhas do líder de então, o Alvimedica, que por sua vez montou o Horn a menos de 4 milhas do vice, Abu Dhabi. Fazendo uma simples regra de três (no caso do Mapfre, assumindo que um GP tem 350km) é como se num a prova de F1 os carros cruzassem a linha a apenas 0,07mm um do outro. Não sei nem se o cronômetro pega isso! Caraca!!! Viva o one design!

No momento, a pouco mais de 800 milhas da santa e bela, o Alvimedica lidera, com o Abu Dhabi 1,7 milha atrás, o Mapfre outras 10,4 milhas na esteira dos árabes e o Brunel apenas 7 milhas no encalço do espanhol. O Dongfeng abandonou a etapa, o Vestas está no estaleiro e as meninas do SCA, que estão sem o Code Zero depois de um jaibe chinês e sofreram com panes eletrônicas também, vêm mais de 700 milhas atrás da galera, mas já passaram o cabo do medo. E é o time mais bonito, sem dúvida!! Viva elas!

Para sabe tudo da regata não deixe de clicar em http://bit.ly/VOR_14_15

Copa América – Conforme você leu aqui na semana passada, os próceres da Copa América, a competição esportiva mais longeva de nossa humanidade, que desde 1851 alimenta sonhos, paixões e desejos intensos, resolveram aliviar o bolsilho dos bilionas que se divertem nos barquinhos que voam e dos nem tão bilionários assim que dependem de patrocínios polpudos para fazer parte da brincadeira também.

Pois bem, agora é oficial. Os catamarãs AC62 já morreram antes de nascer. Com a anuência de todos os times, os donos da bola, OracleUSA, o desafiante principal Luna Rossa/Prada e os outros quatro desafiantes (Artemis, New Zealand, France e Ben Ainslie Racing) anunciaram que concordam em correr, em 2017, nas Bermudas, em um catamarã com fólios e vela rígida entre 45 e 50 pés. Nesta semana deve sair o novo protocolo e regras da classe.

O objetivo é reduzir os custos e atrair novos times para a competição. Embora a coisa toda continue a ser uma disputa na água e nas pranchetas (e computadores) dos designers, até mesmo algumas peças comuns a todos os barcos serão desenvolvidas conjuntamente. Tomara que dê certo e que possamos ver novamente vários e vários desafiantes se aventurando na regata que está no coração do nosso esporte. Sustentabilidade financeira é o novo lema dos caras! Que assim seja!!

Swift – Mestre Pereira Jr., também conhecido como Aryzão, está nas assessóricas lides ilhabelenses neste começo de outono e nos informou direto do front.

“O melhor da etapa de abertura da Copa Swift Sport ficou reservado para o último dos quatro dias dos dois finais de semana de disputas em Ilhabela. O domingo (29) amanheceu chuvoso e o vento não dava nem sinal de vida. A Comissão de Regatas (CR) optou por hastear a bandeira Recon no Yacht Club de Ilhabela (YCI) e saiu em um bote à procura do vento no Canal de São Sebastião. Depois de uma hora e meia veio orientação para que as 32 tripulações embarcassem rumo ao norte de Ilhabela. Valeu esperar.

O vento sueste entrou com média de 15 nós e rajadas que ultrapassaram os 20 nós. A classe HPE correr mais duas regatas, enquanto C30 e RGS disputaram a prova final da etapa. “Depois das mais variadas condições nos dois últimos finais de semana, fechamos a etapa com chave de ouro. É um convite antecipado para que as tripulações retornem na segunda etapa da Copa Swift Sport (23 e 24, 30 e 31/5), o tradicional ‘Warm Up’ para a Ilhabela Sailing Week, em julho”, comemorou o presidente da CR, Cuca Sodré.

Sob condições ideias, os tripulantes puderam levar à prática seus talentos. Na C30, vitória do Barracuda, que assumiu a vice-liderança da classe. O líder e campeão da etapa, Porsche, chegou em segundo lugar. Na HPE, o Ginga venceu as quatro regatas do fim de semana e conquistou a etapa, mantendo a liderança. Suzuki Bond Girl e Aventura 55 ocupam segunda e terceira colocações no acumulado. Na RGS Geral, o líder Asbar II chegou na segunda colocação para garantir a liderança. O Fram venceu a regata, mas Inaê Transbrasa e Hélios II seguem o Asbar II. Na regata da RGS Cruiser deu BL3, o líder da classe, seguido por Jambock e Cocoon.

O HPE Ginga, com tripulação nativa de Ilhabela abriu a liderança mais folgada entre as classes da Copa Swift Sport. São 14 pontos de vantagem sobre o Suzuki Bond Girl. “No primeiro final de semana tivemos muitas dificuldades com o vento. Neste segundo, os ventos ajudaram e corremos muito bem. A classe levou nove barcos à raia e na próxima etapa, em maio, esperamos mais de 20, devido ao Campeonato Brasileiro”, estimou o comandante do Ginga, Breno Chvaicer, lembrando que o Brasileiro também será em Ilhabela, com sede no YCI (28 a 31/5).

Para todas as classes é considerado o descarte do pior resultado a partir da quinta regata. A organização e realização da Copa Swift Sport é do Yacht Club de Ilhabela, com patrocínio máster de Suziki Veículos, patrocínios de Ser Glass e F7 Blindagens e apoios de Revista Mariner, Rádio Antena 1, North Sail, Sail Station, Wind Charter e Prefeitura Municipal de Ilhabela”. Dei mole!!

Três primeiros em cada classe após a 1ª Etapa

RGS Geral
1.Asbar II (Sérgio Keplacz): 3+1+2+2 = 8 pontos perdidos
2.Inaê Transbrasa ( Bayard Umbuzeiro): 6+2+1+3 = 12 pp
3.Helios II (Marcos Lobo): 1+5+3+4 = 13 pp

RGS Cruiser
1.BL3 (Clauberto Andrade): 1+2+1+1 = 5 pp
2.Jambock (Marco Aleixo): 3+1+2+3 = 9 pp
3.Cocoon (Luiz Caggiano): 2+3+3+2 = 10 pp

C30
1.Porsche (Marcos de Oliveira Cesar): 1+3+(4)+1+2 = 11 pp
2.Barracuda (Humberto Diniz): (5)+4+1+2+1 = 13 pp
3.+Realizado (José Luiz Apud): 2+1+(5)+4+3 = 15 pp

HPE
1.Ginga (Breno Chvaicer): 2+1+(3)+1+1+1+1 = 7 pp
2.Suzuki Bond Girl (Rique Wanderley): 4+(10)+1+3+4+4+5 = 21 pp
3.Aventura 55 (José Vita): (6)+2+6+2+2+3+6 = 21 pp

 

No São Francisco ainda se veleja para viver e se vive para velejar, Samuca é testemunha.

No São Francisco ainda se veleja para viver e se vive para velejar, Samuca é testemunha.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** Com oito barcos na água rolou o SulBra de A-Cat na Guarapiranga. Com sede no YCSA, o velejador local e apenas medalha de ouro em Moscou1980 no Tornado, Alex Welter, dominou a coisa toda. Em seis regatas venceu cinco e descartou um segundo lugar. Quem foi rei… Parabéns, Herr Welter!

** O SulAm de Snipe, em Mar del Plata, já está rolando. Primeiro com as categorias misto e máster, lideradas pela dupla argentina Juan Pablo Marchesoni e Paula R. Ramos e, a partir de hoje, com o principal (Sênior, Júnior e Feminino). São muitos barcos argentinos, poucos brasileiros, dois cubanos, um peruano e outro equatoriano. Mas pelas fotos de mestre Capizzano, que é velejador local, já sabemos que a coisa toda está linda no mar do Prata! Vida longa às narcejas!

** A semana foi agitada no lixo de Guanabara, também conhecida como a baía-sede dos jogos olímpicos de 2016. Depois de anunciar que iria fazer um contrato emergencial de R$ 20 milhões com o IRN – Instituto Rumo Náutico/Projeto Grael para que a ONG operasse o plano feito (sem custos) por Axel Grael para mitigar o problema do lixo flutuante, o conselho do instituto, por unanimidade, declinou do contrato.

** Segue… O ex-presidente do IRN (agora é Torben), vice-prefeito de Niterói pelo PV e ambientalista de renome internacional, Axel Grael, comentou: “Comecei a minha vida de militância ambientalista há 40 anos, lutando pela baía de Guanabara, e continuarei fazendo. O Projeto Grael tem sido um importante canal de contribuição para isso e é importante que continue a motivar os seus alunos a se engajarem nessa luta e que contribua sempre com as iniciativas de despoluição. Mas, isso deve ser feito dentro das vocações e das limitações institucionais da nossa organização A decisão do Conselho Diretor do Instituto Rumo Náutico é prudente e correta”. Sem dúvida!

** Limpeza no lixo… O secretário do Ambiente do RJ, André Côrrea, disse em nota que “entendo a posição do conselho do Instituto Rumo Náutico e a minha admiração pela família Grael aumentou ainda mais”. Bem, nestes tempos estranhos, recusar-se a receber recursos sem licitação e não se colocar a serviço de uma possível manobra política e de marketing só me faz aumentar também minha admiração pela Graelada toda. Sou suspeito, mas os caras são demais mesmo! Quem dera houvesse mais gente assim no Brasil!!

** E por falar em Projeto Grael, um dos mais ilustres filhos de lá, Samuel Gonçalves, o multicampeão proeiro de Lars Grael, deu um velejo diferente. Como parte da Caravana do Esporte, da Ana Moser/ESPN/Disney, o arariboiopolitano (também conhecido como niteroiense) foi a Porto da Folha, em Sergipe, às margens do rio São Francisco e, entre atividades sociais e musicais, deu um rolê nas canoas a vela locais. “Uma experiência inesquecível!”, segundo o próprio. Eu não duvido! E segue a caravana!

** Já emendando na vela tradicional. Já que até em canoa de tolda a moça esteve. A nossa documentarista número um da vela brasileira Isabella Souza Nicolas, diretora do “Senhores do Vento”, documentário da saga do Brasil 1 na VOR 2005/6 e do “Mar Me Quer”, que conta na telona a história de nossa vela, está lançando o livro homônimo que promete ser tão completo, bonito e bem feito quanto o filme. Não posso louvar muito porque sendo amigo próximo e colaborador corro o risco, sempre muito feio, do autoelogio. Mas que é do baralho, é!! Aguarde!!

** A Clipper Race e sua flotilha de 12 Clipper70, o vitorioso barco projetado por Tony Castro, que substituiu os velhos 68 pés da regata, vão participar da Round The Islansd Race, na Inglaterra. A tradicional RTI promete reunir mais de 1600 barcos na sua 84ª edição. Com patrocínio da JPMorgan a flotilha dos clipperes vai levar a bordo 144 empregados do banco para o rolê de 50 milhas em volta da ilha de Wight. Vai ser bom!

** Por falar em regata tradicional, a mais antiga das travessias solitárias atlânticas e precursora de uma pletora de desafios solo desde então, a OSTAR, que começou em 1960, é disputada a cada quatro anos e hoje se chama simplesmente The Transat, já tem porto de partido para a edição de 2016. Será Plymouth, no sul da Inglaterra, local de onde partiu também nada menos que a primeira Whitbread em 1973, a hoje Volvo Ocean Race. A chegada do outro lado do Atlântico, nos EUA, ainda vai ser definida. Esta regata é o bicho!! Eu ainda chego lá!

** Regatinha que é o bicho também sempre é qualquer uma na classe RC44. E a temporada 2015 começou com uma etapa pra lá de disputada, com direito a dia de ventão e imagens espetaculares, em Valetta, Malta. No fim, o russo Bronenosec Sailing Team venceu nas regatas de flotilha e o monegasco Charisma foi o melhor no match race. Aqui um vídeo com as incríveis imagens da contenda mediterrânea: http://bit.ly/RC44_Vid_Malta. A próxima etapa é em Porto Cervo. Chatooo…

** E já que estamos nas altas rodas… O time Alinghi anunciou que vai correr o circuito de GC32 este ano. O catamarã one design navega sobre fólios e, como sabemos, enquanto a Copa América for de Larry Ellison (Oracle) o time de Ernesto Bertarelli jamais correrá. Mas os suíços, depois de venceram a eXtreme Sailing Series no ano passado querem manter a mão boa nos cats e agora nos fólios para, quem sabe, até desafiar o eventual vencedor das Bermudas em 2017 e voltar à copa. Veremos!!

** Por fim, uma caribenha. Na já tradicional BVI Spring Regatta, nas Ilhas Virgens Britânicas, o Carkeek 47 Spooke levou a melhor na Round Tortola Race, a regatinha em volta da ilha de Tortola. Correndo no paraíso!!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** Ícone do esporte nacional, Lars Grael disputará, mais uma vez, em busca do hexa, o Campeonato Brasileiro de Star 2015. O evento, marcado para o feriado de Páscoa, promete ser um dos mais equilibrados da história. Além do medalhista olímpico, outros campeões da modalidade estarão na raia do Yacht Club Paulista, incluindo Bruno Prada e Reinaldo Conrad. “O Campeonato Brasileiro de Star é um dos mais tradicionais da vela brasileira”, disse Lars Grael, que terá como proeiro Samuel Gonçalves. Os dois têm o objetivo de subir ao pódio novamente, depois da prata do ano passado em Brasília. Apenas o irmão, Torben Grael – atual campeão com Gustavo Almeida – tem mais conquistas na classe. O bicampeão olímpico foi medalha de ouro no Brasileiro de Star por sete vezes, incluindo uma como proeiro. Começa amanhã!!

** A praia de Jurerê, em Florianópolis, será palco da 3ª edição do Mitsubishi Motors Soto 40 World Championship entre os dias 12 e 16 de abril. Durante as 10 regatas previstas, grandes nomes da vela, medalhistas olímpicos e campeões mundiais, como Torben Grael e o argentino Mariano Parada, participarão da competição totalmente one design. “O que torna a classe Soto 40 especial é que os barcos são completamente iguais. Nenhuma tripulação entra com vantagem de equipamento. Com isso, o trabalho das equipes é destacado”, explica Roberto Martins, do Carioca 25, que já conformou presença no mundial. Eu também!! Vamos?!

 

Olha ele lá de novo! Bochecha manda seu recado no Horn.

Olha ele lá de novo! Bochecha manda seu recado no Horn.

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Nosso representante na VOR, Don Bochecha de Las Santas y Puertos falou, em português, enquanto montava o famigerado cabo Horn. O cara é o cara!! Confira aqui: http://bit.ly/Buch_Horn

** Viva a Internet! Um maluco compilou cenas incríveis de vela extrema de todos os tipos e colocou neste vídeo. Duca!! Confira em: http://bit.ly/1DtLG7U

** O Dongfeng vinha alegre e contente surfando as ondinhas de 5m nas proximidades do Horn quando um crack (a onomatopeia e não a droga, entenda-se) assustou a todos. A jaqueira partiu! E aqui vemos o intrépido tripulante Kevin Escofier que subiu no pau (não confunda!) e ainda filmou a lerda toda de cima. Vale a espiada! http://bit.ly/1F2jBkl

** A galera do Bimba aqui em Búzios, que você sabe é o bairro mais chique de Cabo Frio, veleja muito de RS:X lá em Manguinhos. Até aí novidade alguma. Só que a rapaziada resolveu filmar o velejo direto do próprio mastro e ficou, para falar em buziano castiço, del extremo carajo. Veja em: http://on.fb.me/1xyGKNP

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Se foi um erro, amanhã vira aprendizado”. Da bela Clarice Lispector 

Fui!!! Errando…

Murillo Novaes

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