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Posts com Tag ‘Torben Grael’

III Copa Brasil de Vela começa na próxima terça-feira com ares de prévia dos Jogos Olímpicos.

20150610 Copyright onEdition 2015© Free for editorial use image, please credit: onEdition Martine Soffiatti Grael and Kahena Kunze, BRA, Women's Skiff (49erFX) at Day One of the ISAF Sailing World Cup Weymouth & Portland. Returning to the London 2012 Olympic waters, the ISAF Sailing World Cup Weymouth and Portland is taking place between 8-14 June with the racing conducted over five days between 10-14 June at Weymouth and Portland National Sailing Academy. Medal race day on Sunday 14 June will decide the overall event winners in each class. Follow ISAF Sailing World Cup Weymouth and Portland on Twitter - @SailingWC_GBR and Facebook - www.facebook.com/ISAFSailingWorldCup website: http://www.sailing.org/worldcup/regattas/weymouthandportland_2015.php For more information please contact:Pippa Phillips pippa.phillips@intotheblue.biz +44(0)7967 705697 Supported by: UK Sport #EveryRoadToRio, RYA, Icom, SLAM, Volvo Car UK, Yamaha. If you require a higher resolution image or you have any other onEdition photographic enquiries, please contact onEdition on 0845 900 2 900 or email info@onEdition.com This image is copyright onEdition 2015©. This image has been supplied by onEdition and must be credited onEdition. The author is asserting his full Moral rights in relation to the publication of this image. Rights for onward transmission of any image or file is not granted or implied. Changing or deleting Copyright information is illegal as specified in the Copyright, Design and Patents Act 1988. If you are in any way unsure of your right to publish this image please contact onEdition on 0845 900 2 900 or email info@onEdition.com

Martine e Kahena e outras feras estarão em Niterói a partir do dia 15. (Foto: onEdition 2015©)

 

Competição na Baía de Guanabara contará com a presença de grandes nomes internacionais da modalidade e definirá a Equipe Brasileira que vai disputar a Rio 2016.

Em clima de prévia dos Jogos Olímpicos, a Baía de Guanabara receberá a partir da próxima terça-feira (dia 15) grandes nomes da vela do Brasil e do exterior. Com sede na Praia de São Francisco, em Niterói (RJ), será realizada a III Copa Brasil de Vela, competição que servirá de preparação para a Rio 2016 e que definirá a Equipe Brasileira que vai disputar os Jogos. Para muitos estrangeiros, a Copa Brasil também será seletiva olímpica.

Até esta quarta-feira (dia 9) já estavam inscritos na competição 197 velejadores, de 27 países, totalizando 139 barcos. Do lado brasileiro, as atenções estarão voltadas para as classes 470 masculina e Nacra 17, as únicas com as disputas olímpicas ainda em aberto no país. O campeonato na Baía de Guanabara definirá os quatro nomes restantes nas duas categorias.

“A realização da III Copa Brasil vem coroar um trabalho de três anos. Trata-se do último grande evento da vela no Rio antes dos Jogos Olímpicos e, após a competição, teremos definida a equipe que representará o Brasil na Olimpíada. A importância do evento também fica evidenciada pela presença maciça de grandes nomes do cenário internacional”, disse o presidente da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Marco Aurélio de Sá Ribeiro.

Para definir os representantes nos Jogos Olímpicos, a CBVela adotou o critério de avaliação do desempenho nas principais competições nacionais e internacionais em 2013,2014 e 2015. Por meio de análises dos resultados, o Conselho Técnico da Vela (CTV) define o representante.

Atualmente, a Equipe Brasileira de Vela conta com 11 velejadores confirmados nos Jogos Olímpicos Rio 2016. São eles Robert Scheidt, na classe Laser; Fernanda Decnop, na Laser Radial; Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan, na 470 feminina; Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX; Marco Grael e Gabriel Borges, na 49er; Jorge Zarif, na Finn; Patricia Freitas, na RS:X feminina; Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina.

A III Copa Brasil de Vela é organizada pela CBVela e conta com patrocínio da Prefeitura de Niterói, Bradesco e Governo do Estado do Rio de Janeiro.

 

Por Felipe Mendes/In Press Media Guide

Extra das estrelas!! Termina SSL na Suíça! Torben/Madá em 7º, Jorginho/Prada em 10º.

Torben e Madá mandaram bem nas classificatórias, mas terminaram em sétimo na Suíça

Torben e Madá mandaram bem nas classificatórias, mas terminaram em sétimo na Suíça

Final da SSL na Suíça tem duas duplas brasileiras e vitória da dupla suíço-americana Szabo/Ducommun

Boa tarde querido amigo e mais que querida amiga. Sem mais delongas, direto do covil do Posto 6, vamos ao textículo da lavra de Aryzão Pereira Jr. sobre o campeonato de vela que reuniu as estrelas das estrelas em Neuchatel.

A experiência do americano campeão mundial da classe Star, George Szabo, somada ao conhecimento da raia do suíço Patrick Ducommun, levou a dupla ao título do 1º Grand Slam da Star Sailors League (SSL) encerrado neste sábado (12) no Lago de Neuchatel. Eles souberam como aproveitar o vento nordeste de fraca intensidade para passar pelas quartas de final, com dez barcos; semifinal, com sete e pela regata decisiva, com quatro tripulações.

Patrick, natural de Grandson, fez com que a comemoração tomasse conta do Centro de Vela do vilarejo à margem do lago ao sudoeste da Suíça, com extensão de 38 km. O também campeão mundial, o alemão Robert Stanjek, ficou com a medalha de prata, junto com o proeiro Frithjof Kleen. Os americanos Mark Mendelblat e Brian Fatih, campeões da SSL Finals em dezembro nas Bahamas, levaram o bronze. Do prêmio total de 100 mil dólares, pago aos 20 mais bem colocados, os três primeiros receberam 25, 15 e 10 mil dólares, respectivamente. Os campeões somaram 3.000 pontos no ranking, pontuação máxima da SSL.

“Foi um grande campeonato, uma disputa diferente devido ao tamanho da flotilha, com 68 barcos. Tudo poderia acontecer na raia e eu estava ao lado de um exímio conhecedor do lago”, reconheceu o timoneiro Szabo em relação a Patrick, que atribuiu a vitória à harmonia a bordo. “Quase não entendo inglês e ele não fala a minha língua, o francês. O que ajuda é nossa amizade. Usamos algumas palavras e alguns sinais para nos entendermos. A tática é não estressar”, ensina o velejador suíço. Ambos correram um campeonato juntos em San Diego.

Dia complicado – As duplas brasileiras chegaram às regatas finais, mas não se saíram tão bem no vento mais fraco. Torben Grael e Guilherme de Almeida foram à semifinal e terminaram em sétimo lugar, enquanto Jorge Zarif e Bruno Prada pararam nas quartas de final, em décimo. “A fase de classificação foi excelente. Vencemos três das sete regatas. Passamos sem problemas pelas quartas, mas na semifinal largamos mal e fica difícil a recuperação em uma regata curta com vento fraco. Mas estamos contentes”, disfarçou Torben, sempre acostumado às vitórias.

Guilherme de Almeida, parceiro de Torben foi enfático. “Velejamos muito bem nas quartas e muito mal na semifinal. Erramos na regata em que não podíamos errar. Faz parte do jogo”, resignou-se o proeiro. A dupla brasileira ficou em terceiro lugar no Mundial de Star deste ano na Itália. Como coordenador da equipe brasileira em plena campanha para os Jogos de 2016, Torben tem velejado pouco na classe que o consagrou como bicampeão olímpico.

A outra dupla brasileira, com Zarif e Prada, passou para as quartas de final no limite da pontuação, mas não conseguiu avançar à semifinal. Ambos trouxeram à Suíça, a experiência da SSL Finals em Nassau. Prada venceu a competição em 2013 com Robert Scheidt. Zarif foi o melhor brasileiro no ano seguinte, com o quarto lugar ao lado de Henry Boening, o Maguila.

“Nas Bahamas fica mais fácil para os brasileiros. As regatas são disputadas no mar, com bombadas (jogo de corpo a bordo) e ondas grandes. No lago fica mais complicado, principalmente quando falta vento”, comparou Prada. “O campeonato foi muito bom. Mostrou que a SSL está evoluindo”, opinou o vice-campeão olímpico. Zarif também aprovou a competição. “Fomos consistentes na fase de classificação e alcançamos nosso objetivo: chegar às finais. Nas quartas não deu para nós”, analisou o velejador que segue em campanha olímpica na classe Finn para os Jogos Rio 2016.

Murillo Novaes

Parem as máquinas! Inverno quente no Rio com ouro brasuca de Martine e Kahena

No clique de Wander Roberto vemos nossas heroinas comemorando mais um título na 49erFX. Noterói ao fundo não é mera coincidência!

No clique de Wander Roberto vemos nossas heroinas comemorando mais um título na 49erFX. Noterói ao fundo não é mera coincidência!

 

Rio superaquece com ouro de Martine Kahena na 49erFX

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga, direto do covil carioca vamos direto às boas novas porque hoje tive a honra e o prazer de fazer a cerimônia de premiação do evento-teste de vela  Aquece Rio na classe 49erFX. Bem… Fiz de todas as outras também desde ontem e farei as de amanhã, mas nenhuma será tão boa quanto esta última de hoje. Saiba o porquê abaixo no “texticulo” de nosso amigo Felipinho Mendes…

Atuais campeãs mundiais na 49erFX, Martine Grael e Kahena Kunze seguem fazendo bonito na classe que vai estrear nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Nesta sexta-feira, elas não deram chances para as adversárias e conquistaram o bicampeonato do Aquece Rio Regata Internacional de Vela, evento-teste da Olimpíada.

“Velejamos muito bem no início do campeonato e no final tivemos dias desafiadores. Hoje conseguimos dar uma salvada no fim da regata e ganhar de novo. Na vela é muito difícil ter certeza de alguma coisa, um esporte muito inconstante. Na regata da medalha, arriscamos e as decisões tomadas se mostraram melhores”, disse Martine.

Martine e Kahena entraram na disputa da regata da medalha na segunda posição. Para ficar com o ouro, precisavam chegar cinco posições à frente das italianas Giulia Conti e Francesca Clapcich, então líderes. As brasileiras terminaram a regata decisiva na quarta posição, enquanto as rivais chegaram em último (décimo). Assim, Martine e Kahena somaram 52 pontos perdidos, contra 55 das adversárias, que ficaram com a prata. O bronze foi para as suecas Lisa Ericson e Hanna Klinga, com 60.

“Não largamos muito bem, foi complicado o início, com nossas adversárias nos marcando. Mas conseguimos manter a calma, tomamos boas decisões contra as suecas e no fim arriscamos um pouco e conseguimos um vento a mais para buscar os pontos que precisávamos para ganhar”, afirmou Kahena.

As brasileiras estão com um excelente histórico de medalhas na temporada. Em etapas da Copa do Mundo da Federação Internacional de Vela (ISAF), elas somam um ouro em Weymouth, na Inglaterra; uma prata em Hyères, na França; e um bronze em Miami, nos Estados Unidos. Martine e Kahena ainda ganharam a prata nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá.

Na Laser, Robert Scheidt terminou na quarta colocação na classificação geral. Na regata da medalha, o bicampeão olímpico chegou em segundo lugar, terminando a competição com 74 pontos perdidos. O ouro foi para o italiano Francesco Marrai, com 64, a prata para o francês Jean Baptiste Bernaz, com 70, e o bronze para o australiano Tom Burton, com 72.

“Foi uma semana um pouco inconstante da minha parte. Não que eu tenha velejado mal, mas no segundo dia tive duas regatas ruins. E na quinta-feira eu larguei escapado na primeira regata. Isso custou muito na pontuação”, disse Scheidt.

Na Laser Radial, Fernanda Decnop chegou em sétimo na regata da medalha, terminando em nono na classificação geral, com 96 pontos perdidos. O ouro foi para a esposa de Robert Scheidt, Gintare Scheidt, da Lituânia, com 51 pontos perdidos. A prata ficou com a belga Evi Van Acker, com 57, e  o bronze com a holandesa Marit Bouwmeester, com 69.

Regatas da medalha de sábado – Nesta sexta-feira, no último dia de disputa da fase de classificação da Finn, Jorge Zarif conseguiu a vaga na regata da medalha a ser realizada neste sábado (dia 22), a partir das 13h (de Brasília), no último dia do evento-teste. O brasileiro se classificou em nono, com 83 pontos perdidos. O líder é o holandês Pieter-Jan Postma, com 35.

Na 470 masculina e feminina, a Equipe Brasileira de Vela encerrou sua participação no evento-teste. Henrique Haddad e Bruno Bethlem terminaram em 17º, com 109 pontos perdidos. Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan ficaram em 12º, com 85 pontos perdidos.

Nas classes 49er e Nacra 17, o Brasil encerrou sua participação ontem. Na primeira, Marco Grael e Gabriel Borges ficaram em 13º, com 103 pontos perdidos. Na segunda, Samuel Albrecht e Isabel Swan terminaram em 15º, com 125. Ainda na quinta-feira, Ricardo Winicki, o Bimba, disputou a regata da medalha, terminando em sétimo na classificação geral. Na RS:X feminina, Patricia Freitas terminou a disputa na 11ª colocação.

Confira a classificação dos brasileiros:

RS:X masculina (após a regata da medalha):
1º – Aichen Wang (CHN): 23 pontos perdidos
2º – Byron Kokkalanis (GRE): 42 pontos perdidos
3º – Pierre Le Coq (FRA): 46 pontos perdidos
7º – Ricardo Winicki (BRA): 72 pontos perdidos

RS:X feminina (após a regata da medalha):
1ª – Charline Picon (FRA): 39 pontos perdidos
2ª – Malgorzata Bialecka (POL): 47 pontos perdidos
3ª – Blanca Manchon (ESP): 51 pontos perdidos
11ª – Patricia Freitas (BRA): 62 pontos perdidos

49erFX (após a regata da medalha):
1ª – Martine Grael e Kahena kunze (BRA): 52 pontos perdidos
2ª – Giulia Conti e Francesca Clapcich (ITA): 55 pontos perdidos
3ª – Lisa Ericson e Hanna Klinga (SUE): 60 pontos perdidos

49er (após a regata da medalha):
1º – Peter Burling e Blair Tuke (NZL): 29 pontos perdidos
2º – Nico Delle-Karth e Nikolaus Resch (AUT): 40 pontos perdidos
3º – Erik Heil e Thomas Ploessel (ALE): 60 pontos perdidos
13º – Marco Grael e Gabriel Borges (BRA): 103 pontos perdidos

Laser (após a regata da medalha):
1º – Francesco Marrai (ITA): 64 pontos perdidos
2º – Jean Baptiste Bernaz (FRA): 70 pontos perdidos
3º – Tom Burton (AUS): 72 pontos perdidos
4º – Robert Scheidt (BRA): 74 pontos perdidos

Laser Radial (após a regata da medalha):
1ª – Gintare Scheidt (LIT): 51 pontos perdidos
2ª – Evi Van Acker (BEL): 57 pontos perdidos
3ª – Marit Bouwmeester (HOL): 69 pontos perdidos
9ª – Fernanda Decnop (BRA): 96 pontos perdidos

Classes que terão as regatas da medalha amanhã:

Nacra 17 (após 11 regatas):
1º – Jason Waterhouse e Lisa Darmanin (AUS): 37 pontos perdidos
15º – Samuel Albrecht e Isabel Swan (BRA): 125 pontos perdidos

Finn (após dez regatas):
1º- Pieter-Jan Postma (HOL): 35 pontos perdidos
9º – Jorge Zarif (BRA): 83 pontos perdidos

470 feminina (após nove regatas):
1ª – Hannah Mills e Saskia Clark (GBR): 23 pontos perdidos
12ª – Fernanda Oliveira e Ana Luiza Barbachan (BRA): 85 pontos perdidos

470 masculina (após nove regatas):
1º – Sime Fantela e Igor Marenic (CRO): 34 pontos perdidos
17º – Henrique Haddad e Bruno Bethlem (BRA): 109 pontos perdidos

Murillo Novaes (Felipe Mendes)

 

Pan Final! Brasil fatura 6 medalhas em Toronto!

Na foto de Gaspar Nóbrega nosso trio brozeado evolui na merreca torontiana para mais um pódio verde e amarelo

Na foto de Gaspar Nóbrega nosso trio brozeado evolui na merreca torontiana para mais um pódio verde e amarelo

Com bronze do recordista Claus Bieckark, Brasil encerra participação na vela no Pan2015 com 6 medalhas

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga. Esta cansada praga já de volta a Praga aproveita novamente os bons textos de Felipinho Mendes, nosso assessor de talento e alegria, e já informa direto a você o que rolou nas águas do lago Ontário. E foi bom!!

No segundo e último dia de disputa das finais da vela nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, a Equipe Brasileira encerrou sua participação na competição com um bronze do medalhista recordista na modalidade Claudio Biekarck. Neste domingo (dia 19), no Lago Ontário, foram realizadas as regatas da medalha das classes não-olímpicas e o veterano velejador terminou na terceira posição geral na Lightning ao lado dos parceiros Gunnar Ficker e Maria Hackerott. Foi o nono pódio do ex-técnico de Robert Scheidt. Ao todo, a Equipe Brasileira de Vela faturou seis medalhas em Toronto: dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

“Esta foi minha nona participação em Jogos Pan-americanos. Comecei na Cidade do México, em 1975, na Finn. De lá para cá só deixei de participar em San Juan, em Porto Rico, em 1979, e em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003. Além da Finn, sempre competi na Lightning com o Gunnar de proeiro. É uma satisfação ter ganhado medalha em todas as participações”, disse Biekarck, que se tornou o atleta brasileiro com mais participações em Jogos Pan-Americanos, superando o atirador Durval Guimarães, com oito.

Aos 64 anos, o velejador soma o ouro em Caracas, na Venezuela, em 1983; prata na Cidade do México, em 1975, Mar del Plata, na Argentina, em 1995, e em Winnipeg, no Canadá, em 1999; e os bronzes em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, Havana, em Cuba, em 1991, no Rio de Janeiro, em 2007, em Guadalajara, no México, em 2011, e agora em Toronto. Proeiro de Biekarck na Lightning, Gunnar Ficker soma oito medalhas ao lado do companheiro.

“Sempre que temos regatas com vento fraco é muito estressante. Estamos felizes com o resultado, sentimento de missão cumprida”, afirmou o proeiro de 60 anos. Ao lado dos dois veteranos velejadores estava a jovem Maria Hackerott, de 24. Estreante em Jogos Pan-Americanos, ela conquistou sua primeira medalha. “Foi uma honra ter participado. Acho que nunca tinha corrido um campeonato tão longo. Estou feliz com o pódio”.

Na regata da medalha da Lightning, o trio brasileiro chegou em quinto lugar. Na Sunfish, João Hackerott chegou em terceiro e terminou na quarta posição no geral a um pontinho do pódio. Na J/24, John King, Alexandre Saldanha, Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann venceram a regata final, terminando em quinto no geral. Nas classes Hobie Cat 16 e Snipe, o Brasil não disputou a regata da medalha.

No sábado (dia 18), a Equipe Brasileira de Vela havia faturado medalha nas cinco classes olímpicas: ouro com Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina, e Patrícia Freitas, na RS:X feminina; prata com Robert Scheidt, na Laser, e Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX; e bronze com Fernanda Decnop, na Laser Radial.

O destaque foi para Ricardo Winicki, o Bimba, que se tornou o primeiro velejador tetracampeão pan-americano ao triunfar na RS:X masculina. Na versão feminina da classe, Patrícia Freitas faturou o bicampeonato.

“Estou muito feliz com o resultado. Mostra todo o trabalho que venho fazendo há anos, dominando o esporte não só no Brasil como também na América toda. São mais de dez anos entre os dez melhores do mundo. O nível da competição estava alto e isso me ajudou. Agradeço a todos que me ajudaram todos esses anos”, disse Bimba, que venceu o Pan na Mistral, em Santo Domingo-2003, e na RS:X no Rio-2007 e Guadalajara-2011. O velejador soma ainda uma prata na Mistral, em Winnipeg-1999.

Na RS:X feminina, Patricia Freitas entrou na regata da medalha em vantagem sobre a mexicana Demita Veja. A brasileira manteve o bom desempenho da semana, quando venceu nove das 13 regatas, e chegou em primeiro também na prova final. “Fechei com chave de ouro. Agora é comemorar com a equipe toda. Cumpri mais uma meta antes da Olimpíada do Rio, em 2016. Vou meta por meta. A próxima é chegar bem no evento-teste, em agosto”, afirmou Patrícia, que havia vencido o Pan em Guadalajara.

Dono de três ouros na classe Laser em Jogos Pan-Americanos (Mar del Plata-1995, Winnipeg e Santo Domingo), Robert Scheidt repetiu em Toronto o resultado do Rio de Janeiro, ficando com a prata. O velejador paulista entrou na regata da medalha em desvantagem contra o guatemalteco Juan Maegli. O bicampeão olímpico acabou chegando em quinto na disputa decisiva e não conseguiu subir no topo do pódio.

“Foi um bom resultado. O começo da semana foi muito duro. Tinha dois sétimos lugares e uma desclassificação. Fui reagindo, ainda tive uma chance de ganhar o ouro, mas escapou. Larguei mal em algumas provas, fui muito inconstante e tive dificuldade em ler as condições do vento. E o guatemalteco é um especialista em vento fraco. Mas foi uma honra representar o Brasil e trazer mais uma medalha”, analisou Scheidt, frisando que não conseguiu chegar ao Pan em seu auge físico pois vinha da disputa do Mundial de Laser, também no Canadá.

Campeãs mundiais na 49erFX no ano passado, Martine Grael e Kahena Kunze ficaram com a prata na estreia da dupla em Jogos Pan-Americanos. Elas entraram na regata da medalha sem chances de brigar pelo ouro. E garantiram a medalha prateada ao chegarem em segundo na disputa final. “O evento foi bem legal, uma ótima experiência. Aprendemos muito e nunca tínhamos disputado um campeonato com vento tão fraco. Acho que velejamos bem”, afirmou Martine.

Na Laser Radial, Fernanda Decnop conquistou o bronze logo em sua primeira participação no Pan. Ela completou a regata da medalha na sexta posição e terminou empatada em segundo lugar no geral com a uruguaia Dolores Moreira, com 64 pontos perdidos. A brasileira, porém, ficou sem a prata porque sua rival teve um desempenho melhor na Medal Race: chegou em segundo.

“Estou feliz com o bronze. Foi meu primeiro Pan, um campeonato muito difícil, com vento fraco. Se você desse uma escorregada, acabava perdendo várias posições na regata. Eu consegui ganhar três, mas obtive alguns resultados ruins”, avaliou Fernanda.

A Argentina, com 3 puros foi a grande campeã do torneio de vela em Toronto 2015, mas com os seis pódios, o Brasil terminou na liderança  por total de medalhas empatado com os Estados Unidos. Em 16 participações nos Jogos Pan-Americanos, a vela brasileira agora soma 76 medalhas. São 34 de ouro, 25 de prata e 17 de bronze.

“O balanço final foi bom. Tivemos duas áreas no Pan, com as classes olímpicas e as não-olímpicas. Começamos uma reestruturação há dois anos e com a Olimpíada no Rio temos dado mais atenção para as classes olímpicas. O resultado foi animador com as cinco medalhas nas olímpicas. Vale destacar também o bonito recorde do Claudio”, analisou o Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Torben Grael.

Confira o resultado dos brasileiros:

LIGHTNING:
1 – Nicolas Fracchia, Maria Salerno e Javier Conte (ARG): 25
2 – Justin Coplan, Caroline Patten e Danielle Prior (EUA): 37
3 – Claudio Biekarck, Gunnar Ficker e Maria Hackerott (BRA): 43

SUNFISH:
1 – Jonathan Mawyin (EQU): 45
2 – Luke Ramsay (CAN): 45
3 – Andres Soruco (CHI): 49
4 – João Hackerott (BRA): 50

J/24:
1 – Matias Pereira, Guillermo Bellinotto, Federico Ambrus e Juan Pereyra (ARG): 27
2 – Terry MClaughlin, Sandy Andrews, David Ogden e David Jarvis (CAN): 39
3 – Matías Seguel, Cristobal Lira, Marc Jux e Sergio Roth (CHI): 44
5 – John King, Alexandre Saldanha, Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann (BRA): 47

HOBIE CAT 16:
1 – Jason Castillo e Irene Van Blerk (GUA): 30
2 – Mark Modderman e Grace Modderman (EUA): 39
3 – Enrique Figueroa e Franchesca Ortega (PUR): 44
6 – Claudio Luiz Junior e Bruno dos Reis Oliveira (BRA): 46

SNIPE:
1 – Raul Andres de Choudens e Fernando Pacheco (PUR): 20
2 – Luis Soubie e Diego Lipszyc (ARG): 38
3 – Augie Diaz e Kathleen Tocke (EUA):  46
6 – Alexandre Paradeda e Geórgia Rodrigues (BRA): 64

RS:X MASCULINA:
1 – Ricardo Winicki (BRA): 25
2 – David Mier Y Teran (MEX): 32
3 – Mariano Reutemann (ARG): 33

RS:X FEMININA:
1 – Patricia Freitas (BRA): 17
2 – Demita Vega (MEX): 24
3 – Marion Lepert (EUA): 50

49ERFX:
1 – Victoria Travascio e Maria Branz (ARG): 36
2 – Martine Grael e Kahena Kunze (BRA): 43
3 – Paris Henken e Helena Scutt (EUA): 47

LASER:
1 – Juan Maegli (GUA): 39
2 – Robert Scheidt (BRA): 47
3 – Lee Parkhill (CAN): 53

LASER RADIAL:
1 – Paige Railey (EUA): 50
2 – Dolores Moreira (URU): 64
3 – Fernanda Decnop (BRA): 64

Fui!! Feliz!! Parabéns aos bravos velejadores brasileiros!!

Murillo Novaes (Felipe Mendes/ InPress MediaGuide)

Pan, Pan, Pan, Pan… Finais se aproximam! Brasil bem na fita!!

A um dia do começo das finais, vela brasileira deve estar presente em praticamente todas as regatas da medalha, disputadas no sábado e domingo. Hoje classes finalizam a fase classificatória.

Bom dia amigos e amigas queridos, já na tarde do verão tcheco (praga dos infernos com caldeirão a 34 graus na sombra…) e me preparando para pegar estrada e ir ver os sogros na bela Bratislava (onde a previsão é 38 graus amanhã!), cumpro o dever jornalístico de informar sobre nossa galera em Toronto. Rápido e rasteiro!

Pan – O quinto dia de regatas, ontem, quinta-feira, no lago Ontário foi legal para nós. Por lá as classes já praticamente estão na reta final da fase classificatória e a maioria só tem mais duas regatinhas para fechar a tampa hoje.

Nas pranchas e 49erFX a série é de 16 regatas, sendo que no esquife já rolaram 12 (Martine e Kahena ganharam duas ontem) e nas pranchas já rolaram 10 provas (Pat Freitas ganhou as 3 de ontem e Bimba ganhou duas de três). Com isso, no 49erFX o Brasil está na vice-liderança e na RS:X, dos machos e das fêmeas, estamos em primeirão disparados!! As regatas finais, a da medalha, que conta dobrado e não pode ser descartada e tal, das classes X (as RS:X e 49erFX) são amanhã (sábado). Se liga!!

Nos laseres a coisa foi boa, já que tanto Robert, no Standard, quanto Fernanda Decnop, no Radial, venceram uma das três regatas de ontem. Scheidt, que é rei, já está em segundo geral, empatado com o americano, a 7 pontos do líder guatemalteca. Já Decnopop tem um pouco mais de trabalho. Está em 4º a sete pontos da prata e 15 da líder, Paige Riley, dos EUA. Hoje rolam as duas últimas da série e tudo pode acontecer! Vamos torcer!

Também em 4º geral está nosso peixe-sol João Hackerott. Ele tem boas chances de pódio e está a quatro pontos do bronze, mas a disputa dourada é entre Canadá e Equador 15 ponto à frente de nosso Sunfish. De qualquer forma, meus parabéns ao João pelo brilhante desempenho em uma classe absolutamente nova para ele. E não acabou ainda… Vamos que vamos!!

No HC16, a roleta girou, girou e agora com apenas uma regata a ser disputada hoje antes da Medal Race de domingo nossa dupla aparece em 6º geral dos sete barcos no Pan. Uma pena! Mas está tudo tão embolado em termos de pontos que esta regatinha pode mudar a coisa toda. Força aí, pessoal!!

No J/24 a coisa está, digamos assim, complexa também. Com um OCS (largaram escapado), um 2º e um 5º ontem nossos heróis estão em 4º geral a 10 pontos do segundo. Hoje tem mais duas e a Regata da Medalha é domingo. Vamos mentalizar!!

No Snipe, a aniversariante Geórgia Rodrigues, que chegou de última hora na proa de Xandi Paradeda, pode receber até um presente bom hoje nas duas últimas regatas da série, mas o fato é que a melhor colocação do nosso timoneiro de ouro (2007) e prata (1999) agora em Toronto foi o 4º lugar na segunda prova de ontem. E a 29 pontos do bronze fica complicado sonhar com uma nova bolachinha na coleção. Acontece! Bola pra frente!!

E no relâmpago a coisa flui sempre legal para Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackerott. Não que seja fácil, não me entendam mal… Mas eles ganharam uma das três de ontem, estão em 3º geral e tem chances até de ouro, já que só 6 pontos os separam dos argentinos. Claro que tem os americanos no meio e os chilenos liderados por Tito Gonzales na cola, mas com duas regatas mais a Medal Race, dá pra torcer e sonhar. Sonhemos e torçamos, pois!! Pra cima deles!!

Fui!!

Murillo Novaes

Resumão de segunda na Terça. Pan, Transatl6antico, VOR, Nacra, Snipe, 49er, Rey, Fastnet, Santos-Rio, 420, Vladivostok, OP e mais!!

No lago Ontário o dia, ontem, foi bem produtivo para os brasileiros.

No lago Ontário o dia, ontem, foi bem produtivo para os brasileiros.

Brasil vai bem no segundo dia da vela em Toronto 2015 e lidera no Laser Radial e nas pranchas, 49FX é vice-líder e J/24 e Lightning estão em terceiro. Lucky é fita azul da Transatlantic Race. Abu Dhabi passa o rodo na Volvo Ocean Race.

E mais: Platoon vence primeira de hoje no Mundial de TP52. Flotilha brasileira tem bom desempenho do Norte-Americano de OP. Bruschetta termina em 8º Mundial de J/70. André e Kyra Misrky são brasileiros melhor colocados no Mundial de Nacra 17. Final totalmente dinamarquesa no Mundial de Match feminino. Amiguinho e Nick Grael são campeões italianos de Snipe. Burling e Tuke continuam incrível série de vitórias no Europeu de 49er, Dante e Thomas são os melhores brasileiros. Robert, em 15º, e Bruno Fontes, em 21º, no mundial de Laser antes do Pan. Meninas do Brasil defendem título da Nation’s Cup em Vladivostok. Chicago-Mackinac enfeita lago Michigan. Larga a Transpac. Groupama lidera Tour de France a la Voile. 

Agenda: Mundial de 420. Copa del Rey. Fasnet Race e Circuito Rio. 

Vídeos: Solitaire du Figaro termina. Ilhabela produz belas imagens na Semana de Vela.

#ihdeumerda clássica atravessando de balão. 

Bom dia querido amigo e queridíssima amiga, modulando direto das zorópias onde rolou velejinho na semana passada com Alex Bocage no ventoso lago Neuchatel, na Suíça, (Valeu, Bro!!) e amanhã rola o inédito velejo no rio Moldava aqui em Praga (coisa de viciados! Valeu, Antonim!), vamos seguindo a saga resumística já que o mundo gira, a Lusitana roda e como diria Cazuza, o tempo não para!

Comecemos por Toronto, porque ontem foi dia bom pra nossa galera por lá!!

Pan2015 – Ontem o lago Ontário foi generoso com os brasileiros. Com vitórias em sete regatas, nosso time estaria neste momento no pódio de seis das dez classes pan-americanas. E teria três ouros!

O destaque continua com as pranchas de Bimba e Pat Freitas que voltaram a vencer regatas na RS:X Masculina e Feminina. Ricardo “Bimba” Winicki lidera com 3 pontos (já com um descarte, após 3 regatas) e Patricia Freitas segue em busca do bi também com 3 pontos perdidos em 4 provas, ou seja, só conta as 3 vitórias. Uhuu!!

Com um 2º e um 3º ontem, Fernanda Decnop, colocou a bolinha dourada na vela e lidera flotilha do Laser Radial com 5pp. Arrebentou! Já Martine Grael e Kahena Kunze largaram escapadas em uma e venceram as outras duas de ontem para ficar na vice-liderança com 6pp, dois atrás da dupla argentina. Arrebentaram também!!

Em plena recuperação está também nossa turma do 24… O J, digo! Liderados por John King, Daniel Santiago, Alexandre Saldanha e Guilherme Hamelmann fizeram um 2º e um 3º ontem e já aparecem em 3º geral com 6pp. Também em terceiro geral estão Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackerott, no Lightning. Com um 3º e um 2º nesta segunda-feira eles têm 4pp e estão na cola dos líderes. Apertado!

Robert Scheidt, também venceu regata ontem, mas um sétimo na segunda do dia ainda o coloca em 8º geral com 15pp. Xandi Paradeda e Geórgia Rodrigues, com um 4º e um 5º, estão em 7º no Snipe e nosso Hobie 16, com Claúdio Teixeira e Bruno Oliveira, com um 4º na única do dia, está também em 4º geral. No Sunfish, João Hackerott fez um 6º e um 5º para garantir o 7º geral. Tá muito bom!! Vamos que vamos!!

Hoje está bem merrecado de novo, mas as regatas estão previstas à partir das 12:35h (Brasília). Fique ligado!!

Transatlantic – Uma regata que começou em 1866 e até hoje representa um enorme desafio para qualquer barco ou velejador é a Trasantlantic, entre Newport, EUA e Cowes, no Solent, sul da Inglaterra.

Ao longo de sua bela história que começou com um desafio entre os barcos de bolina e quilha longa, a prova viu muitas inovações e marcou épocas, como em 1928 quando o Niña desenhado por Starling Burgess foi o primeiro veleiro sem vela de gafetope a vencer a regata.

Ou na edição de 1963, uma das mais acidentadas na história, quando o Dyna, do Comodoro do NYYC, Clayton Ewing, perdeu o leme e navegou mais de mil milhas governando apenas pela trimagem das velas e chegou em 4º na Classe A. Façanha vista como uma das maiores proezas de marinharia na história do clube. Não duvido!

Duas escunas também fizeram história na regata. A lendária Atlantic de 227 pés que estabeleceu, em 1905, com o não menos legendário Charlie Barr no timão, o tempo recorde de 12d, 4h, 1m, 19s. E a Mari-Cha IV que em 2008 fez 9d, 15h, 55m, 23s.

Neste ano o Reichel/Pugh 63 Lucky foi o fita azul com 8d, 22h, 5m, 3s. Mas como as largadas acontecem em dias diferentes para as diversas categorias provavelmente o tempo será batido.

Bem, o Comanche, megamaxi de 100 pés alega que bateu o recorde do Ericsson4, VO70 de Torben Grael, que até então era o monocasco mais rápido do mundo com 596 milhas singradas em 24h na VOR 2008/9. Os comanches navegaram 618 milhas em 24h, à média de 25,75 nós! O conselho de recordes da Isaf deve ratificar a distância. De qualquer forma, a coisa foi tão brutal no barco timoneado por Ken Read que o navegador Stan Honey, o melhor do planeta segundo nove entre dez navegadores, sofreu uma queda e uma contusão grave na cabeça. Que ele melhore logo para ir para a Fasnet!

E, para finalizar, em terceiro veio nada menos que a Mariette, de 1915, o maior, mais pesado e comemorando seu centenário este ano, barco mais antigo neste desafio transatlântico. A tripulação, navegando este projeto de Herreshoff que mede 80 pés de comprimento na água, 108 pés no convés e 138 pés no geral, e desloca 165 toneladas, chegou, com suas velas de gafetope, à soberba velocidade máxima de 17,8 nós. Demais!! Um mar de história e um palco de grandes artistas é o Atlântico Norte! Atlântico sempre!!

VOR – O dileto leitor já deve estar careca de saber (o Xandi Paradeda, por exemplo, tenho certeza!), mas como este manza não mandou a regular missiva resumidora nos últimos dias e acabou a regata de volta ao mundo neste interim, resolvo informar os desinformados. Até por dever profissional e respeito pelo amigo!

E para fazê-lo nada melhor que o velho e bom autoplágio. Como minha coluna no maior jornal náutico do país (e único, mas tudo bem…) versava sobre o tema, reproduzo aqui, já com as vênias necessárias ao Ricardo Amatucci e à galera de AlmaNáutica, parte de meu editorial sobre a VOR publicado na nossa gazeta predileta.

“… Mas o que aconteceu de importante mesmo nestes dias foi o final de mais um edição da Volvo Ocean Race. …

Team Alvimedica cruzou a linha de chegada em primeiro após concluir o percurso entre Lorient, com um pit-stop em Haia, e Gotemburgo em 4 dias e 9 horas. E todos fizeram muita festa para o time mais jovem da competição. ‘Claro que estamos muito felizes por essa vitória. Foi um ótimo resultado, pois conseguimos segurar a liderança obtida antes do pit-stop de Haia’, disse o norte-americano Charles Enright, comandante do barco. ‘Vamos aproveitar o momento e depois pensar na última regata in-port’.

O veleiro turco terminou a prova de 960 milhas náuticas com vantagem de 23 minutos para o Team Brunel, segundo colocado. O MAPFRE, do nosso brasuca André Fonseca e o Dongfeng cruzaram a linha minutos depois. Os últimos a fechar a nona etapa foram Abu Dhabi Ocean RacingTeam Vestas Wind e o feminino Team SCA. Meninas, aliás, que fizeram bonito ao vencer a difícil perna de Lisboa até Lorient. A diferença do primeiro ao sétimo colocado não superou duas horas.

Ao fim, todas as equipes, com exceção do acidentado Vestas, que perdeu mais da metade das etapas depois do encalhe nos recifes de Cargados Carajos, no oceano Índico, ganharam pelo menos uma perna nesta edição da regata. O que demonstra, mais uma vez, que a decisão de ir para o One Design, com barcos rigorosamente iguais, deu super certo.

Mas não pense que acabou! A equipe do Alvimedica ainda iria disputar o desempate na in-port race de Gotemburgo contra o MAPFRE. Ambos somaram 34 pontos perdidos e a colocação final na série de regatas locais vai definir quem fica em quarto e em quinto lugares. ‘Foi uma perna bastante difícil e a parada em Haia praticamente definiu a etapa. O Alvimedica foi melhor, méritos pra eles! Cometemos alguns erros que nos tiraram a vitória’, disse André Fonseca, do MAPFRE. ‘Agora resta a disputa pelo quarto lugar. Vamos fazer a nossa regata sem nos importar com um match race contra o Alvimedica’, completou Bochecha.

O resultado em Gotemburgo também confirmou o pódio final da Volvo Ocean Race 2014/15. O Abu Dhabi Ocean Race (Emirados Árabes Unidos) ficou com a taça, o Team Brunel (Holanda) em segundo e o Dongfeng Race Team (China) no terceiro  degrau do pódio. O britânico Ian Walker, comandante do time árabe, entra para o seleto grupo de medalhistas olímpicos e vencedores da Volta ao Mundo, como o nosso Torben Grael. No Abu Dhabi estava também o espanhol Chunny Bermudez, integrante do Brasil 1 na histórica campanha de 2005/6.

Ainda no píer sueco, a tripulação recebeu o troféu erguido pelo emocionado Ian Walker, que persegue este título há três edições. O último compromisso das equipes é (veja abaixo os resultados finais finais) a supra citada regata in-port sueca, que fechará a maior competição de vela oceânica do planeta. As provas locais agora compõem uma série à parte da VOR e são realizadas em todas as cidades-sede e servem apenas como critério de desempate da série principal. E o Abu Dhabi também é o líder provisório das in-ports! Estão com tudo!! Quem viver verá!”

E, pra finalizar o mico de não ter enviado isso para todos antes, vamos ao resultado final da série de regatas locais (in-port). Em Gotemburgo deu: BrunelSCAMAPFREDongfengAlvimedicaAbu Dhabi e Vestas. Com isso a série terminou com o Abu Dhabi também campeão com 31 pontos, seguido de: Brunel 32pts; SCA 35pts; MAPFRE 37pts; Alvimedica 37pts; Dongfeng 40pts e Vestas 73pts.

E a classificação geral da Volvo Ocean Race 2014/15 ficou assim:

1. Abu Dhabi Ocean Racing – 24pts
2. Team Brunel – 29pts
3. Dongfeng Race Team – 33pts
4. MAPFRE – 34pts
5. Team Alvimedica – 34pts
6. Team SCA – 51pts
7. Team Vestas Wind – 60pts‏

Ainda há pouco, na baía de Palma, o alemão Platoon faturou a primeira regata do Mundial de TP52.

Ainda há pouco, na baía de Palma, o alemão Platoon faturou a primeira regata do Mundial de TP52.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

**   Notícia fresca! Começou hoje o mundial de TP52, em Puerto Portals, em Maiorca. E na primeira regata do dia, o alemão Platoon venceu com o Azzurra em segundo, o Quantum em terceiro e o brasuca Phoenix, de Eduardo Souza Ramos, em quarto. Show de bola!! Rola até dia 18… Pra cima deles!!

**  Terminou neste domingo o Campeonato Norte Americano de Optimist em Antígua. A separação nas flotilhas ouro, prata e bronze ocorreu somente no último dia, quando foram realizadas duas regatas com ventos entre 18 e 22 nós e muita ondulação, o que aumentou a dificuldade para os velejadores. No fim, os brasucas melhor colocados entre xxx barcos foram: 17º Nicolas Bernal; 40º Rafaela Salles e 41º Lucas Urmenyi. Outros 17 pequenos brasileiros também competiram. Viva o futuro!! Súmula completa em: http://bit.ly/OP_W2015

**  Essa vem direto da lavra de Flavinha e Alê no canal Mar Brasil… De 6 a 11 de julho, foi disputado nas águas de La Rochelle, na França, o Campeonato Mundial da classe J/70. Com 78 barcos na raia, a equipe Buschetta, comandada por Maurício Santa Cruz, do Iate Clube do Rio de Janeiro, terminou em oitavo lugar, com 115 pontos. Boa, Santa!!

**  E em Rimini, na Itália, rolou o Italiano de Snipe. Com vitória tupiniquim! Alexandre “Amiguinho” Tinoco e Nick Grael faturaram o caneco insular com categoria. Parabéns duplo à dupla!!

**  Terminou em Aarhus, na Dinamarca, o mundial do catamarã olímpico Nacra 17. E o Brasil continua crescendo na nova casse e dominando este verdadeiro cavalo xucro dos mares. Nosso casal 20 de rara beleza, alegria e competência André Mirsky e Kyra Mirsky terminou na quinta posição na flotilha prata (38º no geral), com 90 pontos perdidos. João Bulhões e Gabriela Nicolino chegaram em 9º (42º no geral), com 96. E Juliana Mota e Andres Leandro Azabuya ficaram em 10º (43º no geral), também com 96 pontos perdidos. Seguuura peão!!!

**  Mais Nacra…  Duo que tem dominado a classe desde que se tornou olímpica, os franceses Billy Besson e Marie Riou mantiveram a supremacia e venceram o Mundial pela terceira vez consecutiva. Eles também foram os vencedores do Aquece Rio 2014, evento-teste da vela para os Jogos Olímpicos Rio 2016, realizado em agosto e a dupla deve retornar à cidade maravilhosa no próximo mês para disputar novamente o evento-teste na Baía de Guanabara. Feras!!

**  Esta é velhinha, mas tenho que registrar… No mês passado, Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na etapa de Weymouth (Inglaterra) da Copa do Mundo Isaf. A dupla venceu com sobras a regata da medalha e terminou a competição com 32 pontos perdidos, deixando para trás as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech, que lideravam a disputa ao fim da fase de classificação. De virada é mais gostoso!

**  Em tempo… Foi a terceira participação de Martine e Kahena em etapas da Copa do Mundo 2015 e o terceiro pódio. Elas agora têm um ouro (Weymouth), uma prata (Hyères, na França) e um bronze (Miami, nos Estados Unidos). Ao todo, o Brasil já soma seis medalhas em etapas da Copa do Mundo 2015. Em Hyères, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan conquistaram o ouro na 470 feminina. Robert Scheidt, na Laser, e Patrícia Freitas, na RS:X feminina, ficaram com o bronze. Vai, time!!!

**  Terminou também o Europeu de 49er, no Porto, em Portugal. Nossas duplas que disputam a vaga olímpica lá estiveram para mais um round de alto nível. E no final Dante Bianchi e Thomas Low-Beer ficaram em 20º na flotilha ouro e Marco Grael e Coveiro terminaram em 19º na flotilha bronze com uma incrível sopa de letrinhas (BFD, DNE, DNC…) de dar nos nervos.  Como sempre, Peter Burling e Bair Tuke (NZL) venceram. Normal! Os caras, desde a prata em Londres 2012, não deixaram de ganhar nenhum campeonato dos 18 que disputaram nestes 3 anos. É mole??

**  Pouco antes do Pan, também no Canadá, os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Fontes correram o Mundial de Laser, em Kingston. O bicampeão olímpico, que buscava o seu 11º título mundial, terminou a competição em 15º lugar, entre 158 barcos, com 132 pontos perdidos. Já o catarinense ficou em 21º lugar, com 165 pontos perdidos. Fora da flotilha ouro, João Pedro de Oliveira foi o 35º colocado na flotilha bronze, com 329 pontos perdidos. Foi duro!!

**  Ainda no raio laser… Vice-campeão mundial em 2010 e 2011, o britânico Nick Thompson foi o campeão em Kingston, com 67 pontos perdidos. Bronze no Mundial de 2013 e ganhador de três etapas da Copa do Mundo de Vela na atual temporada, o alemão Philip Buhl chegou em segundo, com 93 pontos perdidos. Medalha de ouro na etapa francesa de Hyères da Copa do Mundo e vice do mundial no ano passado, o australiano Tom Burton completou o pódio, com 97 pontos perdidos. Alto nível!!

**  E logo ali, em Vladivostok, na Rússia (quem jogava War, conhece…), vai rolar a final da Nation’s Cup da Isaf de match race. Como o Brasil foi campeão na Dinamarca em 2013 nossas meninas estão lá (entre os valetes, só gringos) nos representando. Juju Senfft no leme, Tati Almeida como trimmer, Luciana Kopschitz na secretaria e Larissa Juk na proa vão dominar o Platu 25 pátrio que vai enfrentar mais quatro times nas águas de da baía de Amurskiy. Sorte, gatas!!

**  E com o verão no hemisfério norte a coisa está animada na terra do tio Sam. Neste exato momento rola a tradicional Chicago-Mackinac Race, em sua 107ª edição, a prova “de oceano” do lago Michigan com mais de 300 milhas. Apesar da merreca lacustre, o Maxi Z86 Windquest bateu o VO70 Il Mostro e faturou, pelo terceiro ano consecutivo a fita azul ontem. Congrats!!

**  E hoje larga em Los Angeles, rumo à Honolulu a não menos tradicional Transpac. Disputada desde 1906 por inspiração do antigo rei do Havaí, Kalakaua, a prova de 2.225 milhas atrai barcos de todos os tipos. Neste ano, na flotilha de 61 veleiros, destaque para a escuna Martha, de 1907, e para o antigo Groupama 3 (que já foi o mais rápido do mundo), o maxi-tri de 105 pés, rebatizado de Lending Club 2. Vai ser bonito!

**  A dinamite dinamarquesa explodiu forte no primeiro evento da WIM – Women’s International Match Race –, em 2015, o Mundial da categoria em Middelfart (que numa tradução livre do inglês poderia ser algo como, meio peido… Sei lá… Que bobagem!). A final foi, digamos, toda local e levantou a galera, com as equipes de Lotte Meldgaard e Camilla Ulrikkeholm, disputando o título numa melhor de 5 que viu um 3 a 2 emocionante que, por fim, definiu Lotte, Anne Sofie Munk, Nina Grunow, Vivi Lund Møller, Tina Gramkov e Josephine Nissen as novas campeãs do mundo. Show!

**  E está rolando o Tour de France a La Voile. Após 10 dias de regatas, todas as equipes já têm uma boa noção dos trimarãs Diam 24 e algumas estão começando a brilhar. Apesar de uma colisão com o Prince Bretagne na última prova, que os impediu de cruzar a linha, o Spindrift foi o grande campeão na etapa de Roscoff e subiu para o segundo lugar geral, atrás Groupama, de Franck Cammas. A galera embala os barcos e vai para Les Sables d’Olonne, para o 5º Ato, última parada na costa do Atlântico, antes de ir para Roses, no Mediterrâneo. Dez!!

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**  Começa na próxima sexta-feira o Campeonato Mundial de 420 em Karatsu, no Japão. E a dupla do Veleiros do Sul Thiago Ribas e Erik Hoffmann embarcou amanhã para a Ásia para defender nosso país em terras nipônicas. O campeonato conta com 170 barcos inscritos e terá a participação de cinco equipes brasileiras — além da dupla do Veleiros do Sul, também correm o campeonato quatro duplas do Yacht Club de Santo Amaro. Os gaúchos terão aconselhamento de alto nível com o técnico argentino Pablo Volker, campeão mundial de 420 em 2011. Sorte a todos!!

**  No dia 16 de agosto rola a clássica Rolex Fasnet Race com recorde de 390 barcos (de 25 países) e mais de 4 mil velejadores. A regata bienal é um marco da vela mundial e um dos grandes desafios de nosso esporte. Neste ano os recém nascidos IMOCA60, que correrão a próxima Vendée Globe vão testar seus novos fólios por lá. Imperdível!

**  De 1º a 8 de agosto rola em Palma de Maiorca a 36ª Copa del Rey. Com 72 barcos inscritos a ORC mostra força no evento e é a maior classe presente. Regatinhas nota 10 sempre!

**  Prepare-se!! Vem aí o Circuito Rio! No dia 26 de outubro acontece a 65ª Regata Santos-Rio e de 30/10 a 02/11 o circuito no ICRJ. As inscrições até 1º de outubro têm bons descontos. Aproveite!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

**  Terminou a Solitaire du Figaro! O francês de 41 anos Yann Elies, no
Groupe Queguiner – Leucemie Espoir foi o grande vencedor após 4 etapas entre Bordeux, Sanxenxo (ESP), La Cornouaille, via pedra de Fastnet, a Torbay (GBR) e final em Dieppe. Neste vídeo de 13 minutos, a história toda da 46ª edição do desafio solitário! Maneiro!! http://bit.ly/Sol_Fig2015

**  A página de vídeos da Semana de Ilhabela está, por assim dizer… Bela! O videomaker Felipe Castellari cobriu a 42a. Semana de Vela de Ilhabela e colocou ar no três vídeos com as regatas dos primeiros dias do evento. O Team Crioula, do Camiranga, fez um registro histórico da Regata Alcatrazes, quando bateram o recorde do percurso de 60 milhas. Confira!! http://bit.ly/Ilha2015_Vids

(\_~~ (\_ #IHDEUMERDA  (\_~~ ~ (\_

Quem veleja sabe… Atravessadinha básica de balão no estilo terror e pânico (passageiro ou não…).

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(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Do filósofo Sócrates, o grego e não o corintiano.

Fui!! Tentando fazer valer a pena…

Murillo Novaes

 

 

 

Resumito de segunda! Fim de Ilhabela, começo do Pan!

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

Uruguaios vencem em Ilhabela. Vela brasileira estreia na merreca em Toronto 2015. 

Bom dia querido amigo e mais que querida amiga, transmitindo direto de Praga (uma praga dupla no caso, já que cá estou…) onde vim ficar um pouco com a belamada, nascida aqui do lado, que tem compromisso profissionais por estas plagas, vamos retomando as atividades resumísticas já que o último mês foi meio intenso e quase não escrevi nada. Sorry! A novidade é que nascerá em dezembro mais um velejador ou velejadora, desta feita eslovaco-cabofriense!! Uma vida de aventuras, meus amigos!! Vamos que vamos!!

De qualquer forma, todos sabem que meu perfil público no Feicibuqui está sempre às ordens e com novidades diárias: http://bit.ly/FB_MuNov .

E como a procissão não para, vamos direto para Toronto e Ilhabela porque ontem chegou ao fim um evento importante e o começo outro no planetinha vela. Desta feita, já mando este resumito e, depois, ao longo da semana o Resumão regular com as últimas do Pan também. Ahoy!

Pan2015 – No dia de merrequinha no lago Ontário foram corridas ontem as primeiras regatas do Pan2015. O Brasil está com o time completo e teve resultados diversos no dia que só viu uma prova de cada classe, de até três previstas

O destaque vai para as bem-sucedidas pranchas de Bimba e Pat Freitas que venceram suas regatas na RS:X Masculina e Feminina. Na RS:X masculina, Ricardo “Bimba” Winicki tenta o tetracampeonato consecutivo já que faturou em Santo Domingo, Rio e Guadalajara. E ainda soma uma prata em Winnipeg. Na RS:X feminina, Patricia Freitas segue em busca do bicampeonato seguido depois de faturar o ouro no México. Turma boa!!

Outro destaque é o Lightning, claro. Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackrott ficaram em segundo na única regata do dia. Claudio Biekarck, ex-técnico de Robert Scheidt na classe Laser participa do evento pela nona vez. Na Lightning, ele busca sua nona medalha. Foi ouro em Caracas, na Venezuela, em 1983; prata na Cidade do México, em 1975, Mar del Plata e Winnipeg; e bronze em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, Havana, em Cuba, em 1991, no Rio em 2007 e em Guadalajara. Demais!

Por falar no alemão, a reestreia pan-americana de Robert na classe Laser depois de uma temporada produtiva na Star foi complicada nas condições de ontem. Nosso herói ficou em 7º na flotilha de 16 barcos presentes. E por falar em favoritos eternos (o que é sempre bom para a mídia e ruim para os próprios…), as campeãs mundiais Martine Grael e Kahena Kunze, amargaram um 4º entre os seis veleiros 49FX em águas canadenses. Segundo Martine comentou, o barco que eles estão usando lá estava peladinho da Silva quando chegaram e elas tiveram que lutar contra o tempo para ajeitar tudo. Mas não duvido que elas e Scheidt se recuperem sem grandes dificuldades! Veremos!

No inusitado Sunfish, onde nosso meteorologista João Hackerott começou há velejar há “minutos” e já mostrou competência no pré-pan, a coisa ficou de bom tamanho com um 5º entre 12 barcos. Já para o HC16, de Claudio Teixeira e Bruno Oliveira, foi um dia para esquecer, sétimos entre 7 barcos. Acontece!

No J/24, John King estreou com a difícil missão de substituir o multicampeão Maurício Santa Cruz que teve que desistir na última hora. Com um 4º lugar entre os seis barcos não é nada a se comemorar, mas o time (com Neném, Spanto e Gui) que já venceu alguns Pans, promete! Força na peruca, galera!

Já no Snipe, também com uma substituição de última hora, já que Lucas Aydos teve problemas de saúde e Georgia Rodrigas entrou na proa de Xandi Paradeda, o dia foi ruim também. Com um 8º entre 10 barcos, Xandi, que já foi ouro e prata no Pan, vai com a faca nos dentes para as provas de hoje, previstas a partir da 12:35h (Brasília).

Segundo Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, que, pela primeira vez, atuará no Pan como Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), “nossa expectativa é boa como costuma ser em Jogos Pan-Americanos. Estamos bem na maioria das classes e vai ser um bom teste para alguns atletas que nunca foram aos Jogos”, como afirmou ontem.

Em 15 participações nos Jogos Pan-Americanos, a Equipe Brasileira soma 70 medalhas. São 32 de ouro, 23 de prata e 15 de bronze. E o Brasil vem de duas participações arrasadoras na vela em Jogos Pan-Americanos. No Rio de Janeiro, em 2007, foram sete medalhas, sendo três de ouro, duas de prata e duas de bronze. Em Guadalajara, no México, em 2011, foram mais sete, sendo cinco de ouro, uma de prata e uma de bronze. Este último é o melhor resultado de láureas douradas da equipe. Já em total de pódios o desempenho mais expressivo aconteceu em Winnipeg, no Canadá, em 1999, quando os brasileiros faturaram nove medalhas (uma de ouro, cinco de prata e três de bronze). Que o Canadá continue dando sorte! Pra frente Brasil!!!

Ilhabela – O imponente barco uruguaio de 48 pés, Cristabella, e sua tripulação rigorosamente uniformizada em vermelho, mantiveram a regularidade durante a semana e venceram a única regata disputada no sábado, último dia da Semana de Vela de Ilhabela 2015. A decisão foi dramática. Na véspera, os uruguaios estavam em terceiro lugar na classificação geral, com 13 pontos perdidos, contra 12 do líder Itajaí Sailing Team e 12,5 do Seu Tatá (RJ).

Além de vencer a regata decisiva no tempo corrigido, o Cristabella foi também o fita azul. Foi a única vitória dos uruguaios, que obtiveram ainda dois segundos lugares em seis regatas. A prova final começou com vento sudoeste de oito nós, o que viabilizou uma barla-sota, com quatro pernas, dentro do canal de São Sebastião. No meio da regata a intensidade caiu para cinco nós e depois praticamente zerou. Os últimos barcos tiveram de se arrastar para concluir a prova.

Desde 2011, com o título do S40 Pisco Sour, do Chile, a Semana de Vela de Ilhabela não contava com um campeão de outro país. Entre as cinco conquistas internacionais registradas ao longo de 42 anos, pela segunda vez a principal competição de oceano do continente tem um vencedor do Uruguai. A primeira foi em 2006, com o Memo Memulini. A Argentina esteve no degrau mais alto do pódio em duas ocasiões: 2007 com o Personal e 2009 com o Cusi 5.

Pela primeira vez em Ilhabela, os velejadores do Yacht Club Uruguayo levarão para Montevideo apenas lembranças positivas da Capital Nacional da Vela. “Fomos recebidos fantasticamente. Corremos bem desde o primeiro dia, na Regata Alcatrazes com vento de 30 nós, situação comum no Uruguai”, relatou o timoneiro do Cristabella, Martin Meerhoff, que incluiu na tripulação o filho Joaquim, de 14 anos, velejador da classe 29er.

“A sexta-feira foi um dia precioso. Deixou os três primeiros colocados separados por apenas um ponto. Neste sábado, conseguimos largar bem e abrimos em relação aos rivais. Quando o vento acabou já estávamos em primeiro e chegamos com mais de oito minutos de vantagem para o segundo colocado. Para os uruguaios, velejar em Ilhabela é um sonho. Vencer, para mim é um orgulho. Nosso país tem mais títulos mundiais na vela do que no futebol”, declarou o campeão Martin.

Itajaí Sailing Team, do Iate Clube de Santa Catarina, e o Seu Tatá, do Iate Clube do Rio de Janeiro, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Embora tenha sido a estreia da tripulação em Ilhabela, o Cristabella já conhecia as raias do canal de São Sebastião, onde navegou sob comando do tetracampeão brasileiro de C30, Marcelo Massa, antes de ser transferido para o país vizinho.

Massa, aliás, confirmou mais um título – A C30 consagrou o Loyal CA Technologies como o melhor barco da classe no País. Um dia depois de conquistar o tetracampeonato brasileiro, o barco de Marcelo Massa venceu também a SVI. “O Brasileiro era apenas nosso primeiro objetivo. Trouxe mais confiança para a tripulação e partimos para o segundo título. Mais uma vez mostramos que regata se ganha na água”, ratificou Massa. O Loyal somou 12 pontos perdidos, contra 14 do vice Caballo Loco, e 15 do medalha de bronze Zeus Team, de Florianópolis.

A classe HPE 25, maior flotilha do campeonato com 20 embarcações, viveu uma situação inusitada e um final eletrizante. O campeão Suzuki Bond Girl teve o mastro quebrado logo na regata de abertura, para depois conquistar o título com 11 pontos perdidos, apenas um de vantagem sobre o vice, Ginga, que também ficou a um ponto do terceiro colocado, Repeteco Take Ashawer.

“Trocamos o mastro e não sabíamos o que aconteceria. Já vivi experiência semelhante quando fui campeão brasileiro de Pinguim com um mastro torto. Agora virou amuleto. Não sei se vou comprar o mastro emprestado ou um novo. O Ginga, pelos treinos em Ilhabela, sempre é o barco a ser batido e nós conseguimos vencê-los”, comemorou o Rique Wanderley, o comandante campeão.

Asbar II Total Balance, de Sérgio Klepacz; Rainha Empresta Capital, de Leonardo Pacheco; e BL3 Urca, de Pedro Rodrigues, foram os três primeiros na RGS Geral, pela ordem. “Foi uma disputa acirrada, principalmente com o BL3 Urca. Na regata decisiva, estávamos marcando o Urca quando merrecou. Não havia o que fazer e quem se aproveitou da situação foi o Rainha“, Gostaria de dar os parabéns à Comissão de Regatas, que salvou o campeonato nos dias difíceis para se montar a raia”, contou Paulo de Jesus, o Tinah, tático do Asbar II.

Os barcos da classe Star elevaram o nível técnico da competição pelo terceiro ano consecutivo. Marcelo Bellotti e Pedro Bolder conquistaram um título inédito com quatro vitórias em seis regatas. Os argentinos Torkel Borgstrom e Juan Pablo ficaram com a medalha de prata, seguidos pelos campeões sul-americanos Marcelo Fuchs e Ronald Seifert.

“Estou muito feliz depois de batalhar durante um ano e meio para andar bem na classe. O Pedro, na proa, ajudou muito. Fiquei contente com nossa velocidade em um campeonato de alto nível. Conseguimos segurar o Torkel, sempre próximo colocando pressão na gente. Até este domingo de manhã estava muito tenso, mas fiz uma ótima regata”, afirmou Bellotti.

O dia da decisão foi aberto com um desfile das embarcações antes da largada. Mais da metade dos 145 inscritos aceitou o convite da Comissão de Regatas (CR) para o evento informou que levou os barcos a passarem rente ao píer da Vila (centro histórico de Ilhabela.). O público em terra delirou com as manobras mais ousadas e a saudação dos tripulantes. Mais de 500 torcedores se aglomeraram a partir das 10h00 para aplaudir, fotografar e acenar para os velejadores que, embarcados, retribuíam ao carinho com buzinas, apitos e coreografias no convés.

“Apoio plenamente a ideia. A iniciativa contribui para a vela e aproxima o público dos barcos e dos velejadores. O Magia Energisa estará presente”, garantiu o comandante Lars Grael assim que chegou ao Yacht Club de Ilhabela para o dia decisivo. “Foi bom demais. Deveria se tornar uma tradição”, comentou Iriana Bottene, fã da modalidade e que acompanhou toda a movimentação no píer. Com a narração do evento, ao vivo, turistas e moradores tiveram a oportunidade de ver os esportistas em ação e compreender o que acontecia na água, como se estivessem na arquibancada de um estádio ou ginásio.

Pelo segundo ano consecutivo, a Ilhabela Sailing Week premiou o “Diário de Bordo” para a tripulação mais ativa nas mídias sociais. O Maestrale 2, comandado por Adalberto Casaes, foi o vencedor com números expressivos: 39 posts publicados, mais de 200 comentários, 2.200 compartilhamentos, 3.600 visitas únicas e quase 5.000 visualizações.

A fan page oficial do evento também deu um belo salto, saindo de 2.200 para 3.500 seguidores. Já o site subiu ainda mais, dobrou o número visualizações e triplicou os visitantes únicos em relação ao ano passado. Ano que vem tem mais!!

Campeões de cada classe

ORC Geral – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC A – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC B – Santa Fé V (Nelson Avila Thomé)
ORC C To Nessa (Renato Faria)
IRC – Cristabella l(Martin Meerhoff)
C30 – Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
Brasileiro de C30 – Campeão: Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
HPE 30 – Carioca Jr. (Roberto Martins)
HPE 25 – Suzuki/Bond Girl (Rique Wanderley)
Clássico – Cangrejo (Ricardo Carvalho)
Mini – Jacaré (Pedro Fukui)
RGS Geral – Asbar II (Sérgio Klepacz)
RGS A – Kalymera V (Antonio Carlos Paes Leme)
RGS B BL3 Urca (Pedro Rodrigues)
RGS C Rainha/Empresta Capital (Leonardo Pacheco)
RGS Cruiser Helios II (Marcos Gama Filho)
Bico de Proa A – H2Orça (Hilpert Zamith)
Bico de Proa B Super Bakanna (Alexandre Dangas)
Star – Marcelo Bellotti/Pedro Bolder
Equipes – Iate Clube do Rio de Janeiro (Seu Tatá / Magia / Kalymera / Kybixu)
Diario de Bordo – Maestrale II (ORC/IRC, Adalberto Casaes)

Resultados completos em: http://bit.ly/Ilha_2015

Fui!!

Murillo Novaes

Resumão atrasado: VOR, Soto40, Star, Soling, OP, AC e mais

A melhor parada da VOR 2014/2015 segundo todos. Viva Itajaí!

A melhor parada da VOR 2014/2015 segundo todos. Viva Itajaí!

In-Port em Itajaí. Patagonia campeão mundial de Soto40 em Floripa. Lars e Samuca liderando Star em Miami de novo.

E mais: Brasil vice-campeão SulAm por equipe de OP, Argentina vence. Demolidor vence Centro-Sul de Soling. Equipe olímpica pronta em Hyères. Com Clagliari fora ACWS começa em Portsmouth.

Agenda: Brasileiro de HPE25 e Regata Cmdte. Miranda – Volta às Ilhas no Rio.

Vídeos: Mundial de S40 no Mar Brasil. O melhor de 2014 na vela.

Boa tarde querido amigo e queridíssima amiga, transmitindo direto do covil itajaiense, onde a vida é extrema e os compromissos deste MC/Locutor/Jornalista/Animador de Auditório/Papagaio são infinitos já vamos citando o poema de José Paulo Paes intitulado ‘Menage a trois’: “Casa de Ferreira, espeto de Paulo”. Ou seja, estou aqui no centro dos acontecimentos e o único que não consigo e escrever para os amigos…

Mas vamos que vamos, porque entre a saída dos barcos daqui da vila da regata e a largada da regata In-Port de Itajaí achei este tempo para não almoçar e cozinhar esta sopa de letrinhas para vós. E já digo que a merreca aqui hoje é fato e talvez nem rolasse a regata… Mas largou e as meninas estavam na frente neste momento. Para acompanhar as novidades depois visite meu FeiciBuque: http://bit.ly/FB_MuNov e já comecemos por aqui mesmo!

VOR – A regata de volta ao mundo está bombando aqui no litoral catarinense, depois de uma intervalo onde deu tempo do Dongfeng chegar e encontrar com seu mastro novo, dos times descansarem e da galera de terra preparar tudo para a largada, amanhã (domingo), as atividades na água foram retomadas com força nos últimos dois dias. Foram 3 regatas Pro-Am, que reúnem os convidados e os profissionais e uma regata-teste para os times.

A nota chata ficou por conta do MAPFRE, do nosso ídolo André “Bochecha” Fonseca que teve um probleminha recorrente (há 5 dias da chegada já tinha rolado) numa das cruzetas e teve que retirar o mastro novamente para garantir que tudo esteja certo para os prováveis 20 dias de mar até Newport. Além disso o barco foi punido em 2 pontos pelo júri internacional por ter feito reparos na retranca e na proa do barco não comunicados na 5ª perna.

A regra da classe Volvo Ocean 65 diz que se uma equipe considera fazer um reparo deve informar imediatamente à autoridade da classe. O medidor Jack Lloyd – diretor da regata –, apresentou um protesto ao entender que a equipe espanhola não informou a tempo sobre o conserto feito, bem como da maneira exigida. Apesar de tudo, o júri internacional reconheceu em seu documento que as reparações realizadas pelo MAPFRE não foram feitas com a intenção de melhorar o rendimento do barco. Nem mesmo para aumentar a velocidade. Claro que a equipe ficou muito desapontada com a decisão.

Outra resolução do júri desapontou as meninas do SCA. Sam Davies havia pedido autorização para usar uma das velas da pré-regata, já que seu Code Zero Fracionado, o FRO, ficou em frangalhos depois de um jaibe chinês nos mares do sul. Como a vela foi consertada no estaleiro da VOR (agora comum a todos os times), o júri negou o pedido.

E falando de consertos, quem esteve na conferência de imprensa aqui foi o comandante do Vestas, Chris Nicholson, que contou que as obras estão no prazo e, provavelmente, o barco deve voltar em Lisboa. Tomara!

Bem, agora com a (me)Recon em baixo a in-port está rolando e amanhã temos a largada da sexta perna rumo a Newport, EUA. Fique ligado!

Para saber tudo da regata clique em http://bit.ly/VOR_14_15

Soto40 – Depois de liderar a classificação geral desde a primeira regata, o veleiro argentino Patagoniaconquistou o título no Mitsubishi Motors Soto 40 World Championship. Com boa vantagem sobre os outros barcos, coube à equipe apenas administrar o resultado, terminando o campeonato com 44 pontos perdidos.

“Abrimos uma boa vantagem nas duas primeiras regatas da competição. Seguimos nos mantendo bem colocados todos os dias, com uma estratégia mais conservadora, já que essa é uma competição sem descartes. Assim, conquistamos um título bastante importante contra tripulações muito qualificadas”, comemorou o timoneiro do Patagonia, Juan Grimaldi.

Na quinta-feira, último dia de regatas, o tempo fechou, e o dia teve muita chuva e ventos de 10 e 13 nós de SW. A equipe alemã EarlyBird, do tático, lenda alemã (oriental) e medalhista olímpico Jochen Schümann, aproveitou bem as condições e venceu a primeira regata do dia, subindo posições e terminando a competição em 5º na geral.

Já o brasileiro Pajero, destaque na terça-feira com duas vitórias, fez ótimas regatas, chegando em terceiro na primeira e vencendo a segunda, confirmou a boa campanha e fez de tudo para aproximar do líder. Chegou ao fim do campeonato mundial em segundo, com apenas um ponto de diferença do campeão.

“Temos uma tripulação muito qualificada e um barco ótimo. Viemos para brigar pelas primeiras colocações e sabíamos que qualquer detalhe poderia decidir o campeonato. Fomos o veleiro que mais venceu no campeonato, mas os nossos adversários conquistaram o título com méritos e estão de parabéns”, explicou o vice-campeão Serginho Rocha, do Pajero.

Os chilenos Itaú e Santander, que fizeram ótimas regatas na quarta-feira, chegaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente. “Foi a primeira vez que competimos em Jurerê, e nossa expectativa era terminar entre os quatro mais bem colocados. Conquistamos um bom resultado”, ressaltou Dag von Appen, do Itaú.

O chileno também conquistou a primeira colocação na categoria Owner Driver, destinado aos proprietários que também são timoneiros de seus veleiros. O alemão Hendrik Brandis, do EarlyBird, ficou em segundo e o brasileiro Roberto Martins, do Carioca, em terceiro na categoria.

Na sequência da classificação geral, o alemão Earlybird, o chileno Mitsubishi Motors, os brasileiros Carioca e Crioula, o chileno Estampa DelViento, e os brasileiros Ocean Pact e Magia V / Energisa. Confira, abaixo, os resultados completos e os pontos perdidos.

Detalhe que em 45 anos de vida e 38 de vela eu jamais havia visto Torben ser último em qualquer campeonato. Bem… Nem ele lembra de ter sido último em nada. De fato, nosso ídolo disse que o barco nunca achou a melhor regulagem/velocidade desde que teve o mastro quebrado há algum tempo e que ele velejou mal mesmo. Caramba… Para esquecer!!

Resultados após 10 regatas:
1º Patagonia (ARG) – (1+1+3+5+6+2+3+8+4+11) – 44pp
2º Pajero (BRA) – (3+6+7+10+1+1+2+11+3+1) – 45pp
3º Itau (CHI) – (4+5+10+2+5+5+7+4+2+8) – 52pp
4º Santander (CHI) – (7+3+6+7+3+12DNF+5+1+5+4) – 53pp
5º Early Bird (ALE) – (6+9+4+4+4+4+4+10+1+7) – 53pp
6º Mitsubishi Motors (CHI) – (9+8+11+8+2+5.9RDGb+1+2+6+3) – 55.9pp
7º Carioca (BRA) – (8+4+2+1+7+6+6+7+10+10) – 61pp
8º Crioula (BRA) – (2+2+5+9+11+3+10+6+8+6) – 62pp
9º Estampa Delviento (CHI) – (11+7+1+6+8+7+9+3+9+2) – 63pp
10º Ocean Pact Racing (BRA) – (10+11+8+11+9+8+8+5+7+5) – 82pp
11º Magia V Energisa (BRA) – (5+10+9+3+10+9+11+9+11+9) – 86pp

Resultados categoria Owner Driver:
1º Itau (CHI) – (4+5+10+2+5+5+7+4+2+8) – 52pp
2º Early Bird (ALE) – (6+9+4+4+4+4+4+10+1+7) – 53pp
3º Carioca (BRA) – (8+4+2+1+7+6+6+7+10+10) – 61pp

Star – Uma quase rajadinha… Advinha quem está liderando o campeonato do Hemisfério Ocidental de Star em Miami? Quem apostou em Lars Grael e Samuca Gonçalves ganhou! Os caras estão se especializando na raia do próximo mundial em na baía de Biscayne!! Bom!!

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** A equipe brasileira BRA 1 composta por Gabriel Lopes, João Emílio Vasconcelos, Tiago Quevedo e Tiago Monteiro é a vice-campeã sul-americana de Optimist por equipes 2015. O campeonato foi disputado nesta quarta-feira, no Peru, com a participação de 16 equipes. A equipe vencedora foi a ARG 1 da argentina e em terceiro lugar ficou a CHI 1 do Chile. Três dos quatro velejadores vice-campeões Gabriel Lopes e Tiago Quevedo do Veleiros do Sul e João Emílio, velejador do Clube dos Jangadeiros são gaúchos, comprovando o bom momento do Rio Grande do Sul na vela brasileira de base.

** Ainda otimista… E depois de uma pausa o SulAm de Optimist voltou às disputas individuais na sexta-feira, com o gaúcho Tiago Quevedo na liderança. Força molecada!! Termina hoje…

** O trio do El Demolidor foi o vencedor do Campeonato Sul-brasileiro da classe Soling, realizado no fim de semana passado no Veleiros do Sul. Kadu Bergenthal, Eduardo Cavalli e Renan Oliveira comemoraram o primeiro título da equipe, após um desempenho consistente nas quatro regatas realizadas no sábado e domingo na raia da Pedra Redonda no Guaíba.

** Mais Soling… Em segundo lugar ficou o barco Don’t Let Me Down com Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard e em terceiro o time do Coringa, formado por Lucas Ostergren, Beto Trein e Roger Lamb. A disputa não fugiu do nível de equilíbrio da flotilha gaúcha, mostrando que qualquer uma das tripulações tinha chance de chegar ao título. Não dúvido!! A gauchada é especializada em Soling!

** E a força completa de nossa equipe olímpica de vela já está na costa do Mediterrâneo. Em Hyères, na França, começa amanhã mais uma etapa da Copa do Mundo de Vela da ISAF. Vamos torcer!!

** A Copa América virou novamente uma briga e uma confusão, mas com o mundo não para e Lusitana roda, os organizadores vão seguir com a programação da America’s Cup World Series. Claro que Cagliari, na Itália, que ia abrir a série caiu fora junto com a desistência do Luna Rossa/Prada. Mas de 23 de julho a 26 de julho, rola a 1ª etapa em Portsmouth, na Inglaterra. Gotemburgo, Suécia , de 28 a 30 de agosto e, claro, Hamilton, nas Bermudas, de 16 a 18 de outubro completam a programação de 2015. Apesar de tudo, é sempre lindo de ver!…

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** Classe HPE comunica: “O Campeonato Brasileiro de HPE a ser realizado na Ilhabela de 28 a 31 de maio, nem começou e já é um sucesso. Já confirmaram presença uns 20 barcos. Muitos que estavam parados decidiram colocar seu barco na água e participar não só do Brasileiro, mas também da 2ª Etapa da Copa SWIFT SPORT, que será no fim de semana anterior, ou seja dias 23 e 24 de maio. Se programe, vamos lá participar. Nosso objetivo é chegar em 30 barcos, o que seria bem legal e divertido!”. Não resta a menor dúvida!! Alô HPEs!!

** Essa vem direto do Cmdte. José Cunha Faria, portanto, uma ordem. “Mais um pleito de gratidão ao nosso saudoso Comte. GERALDO MIRANDA, autor de vários livros relacionados à Navegação, verdadeiras fontes de estudo , destinados a desenvolver uma mentalidade náutica em nosso País / Continente, de ampla costa marítima. O clássico ‘Velejar é Fácil’, com inúmeras edições, é leitura obrigatória para aqueles iniciantes que buscam ‘navegar com segurança’, como o Miranda relembrava a todo momento.

Sua dedicação, sua entrega total, enaltece o velejar, como um ato de total sensação de paz e liberdade, independente de idade, incluindo na capa do seu livro ‘Velejando dos 8 aos 80′, um velejador idoso no timão do veleiro e um jovem como proeiro.

Assim, participamos que já faz parte do calendário da vela do ICRJ 2015 a regata em homenagem ao Comte. Geraldo Luiz Miranda de Barros, com cobertura por satélite, assim, seus familiares e amigos poderão de casa, acompanhar toda a regata. A largada da Regata Comte Miranda – Volta as Ilhas será no dia 23 de abril, às 11.00h, em frente ao Farol da Escola Naval.” Homenagem merecida!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Kerekes Zsombor (alguém conhece? Eu não!) fez uma compilaçãoo bem legal dos melhores momentos da vela em 2014. Vale a espiada!! Em: http://bit.ly/Best_sail14

** Alê “Sempre Ele” Haddad e Flavinha Freire estavam na boca do gol em Floripa e o Mar Brasil, que agora é um canal na web, fez a cobertura do mundial Mitsubishi de Soto40 em Jurerê. Clique e veja: http://bit.ly/MBr_S40

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“No meio da confusão, encontre a simplicidade. A partir da discórdia, encontre a harmonia. No meio da dificuldade reside a oportunidade”. De Albert Einstein sem saber aconselhando Larry Ellison e Russell Coutts na condução da Copa América.

Fui!! Meio confuso…

Murillo Novaes

Resumito VOR: Abu Dhabi vence etapa mais parelha da história da regata. MAPFRE, com Bochecha no timão, é vice.

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Depois de quase 7 mil milhas e um Horn no meio flotilha da VOR faz chegada histórica em Itajaí e entre o vencedor, Abu Dhabi, e o quarto colocado, Brunel, houve menos de uma hora de intervalo. 

Nota: Lars (com Samuca na proa, claro) é hexa brasileiro de Star. Torben vence a Búzios Sailing Week.

Caraca!! Você não tem ideia!! Transmitindo direto do covil itajaiense, neste santo litoral catarinense, vamos atualizando os amigos neste pré-resumão com as maravilhas da vela volvica.

Antes, porém, uma nota rápida sobre os irmãos Brothers (que depois vem completa no resumão). Eles venceram de novo! Lars Grael e Samuca foram os grandes campeões do Brasileiro de Star na Guarapiranga e, com isso, o cara faturou seu hexa campeonato brasileiro na classe e só está atrás do irmão Torben. Já o irmão Torben faturou no S40 Magia V/Energisa mais uma Búzios Sailing Week na ORC Geral. Estavam endiabrados na semana santa!

Mas vamos às novas novidades desta costa sul porque a festa foi linda demais. E, desde já, agradeço a oportunidade de pela terceira vez (4ª se contar a transmissão ao vivo na TV em 2005) ser parte integrante deste time vencedor e ter a oportunidade de comandar a festa na vila da regata. É muito para um manza qualquer! E não acabou ainda…

Como não preciso reinventar a roda, já tomo emprestado o “prez rilize” do brother Flavinho Perez para contar a historinha co meus pitacos também. Segue.

A história da vela oceânica mundial foi escrita neste domingo de Páscoa. Pela primeira vez na história da regata, a etapa mais longa da Volvo Ocean Race – quase 13 mil quilômetros entre a Nova Zelândia e o Brasil – foi decidida nos detalhes. Os quatros barcos que chegaram à cidade catarinense terminaram a prova muito próximos, com menos de uma hora entre eles. A vitória foi do Abu Dhabi e o público se emocionou com a conquista do brasileiro e catarinense André ‘Bochecha’ Fonseca.

A quinta etapa da Volvo Ocean Race será impossível de tirar da memória. A vitória do Abu Dhabi, a diferença mínima entre os barcos, um brasileiro a bordo, recorde de milhas velejadas, Cabo Horn, icebergs, frio e quebras…Ufa…Serão necessários vários parágrafos para contar toda a história da perna entre Auckland e Itajaí. Vamos resumir os fatos:

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Árabes venceram

Abu Dhabi, barco árabe comandado pelo medalhista olímpico Ian Walker, cruzou a linha de chegada da quinta etapa da Volvo Ocean Race em primeiro lugar, depois de 18 dias 23 horas e 30 minutos. Pouco tempo depois – em exatos 55 minutos – chegaram MAPFREAlvimedica e Brunel. A equipe abriu sete pontos na liderança do campeonato e ainda quebrou o recorde de milhas velejadas em 24 horas (o troféu IWC) nesta edição: 550,8 milhas náuticas.

“Foi uma etapa dura e desgastante! Um final apertado e os barcos ficaram próximos do começo até o fim da regata. Resultado do ótimo desempenho da nossa tripulação no percurso. O segredo dos barcos de design único é velejar bem. Se fizer tudo direito dá tudo certo”, disse Ian Walker, comandante do Abu Dhabi Ocean Racing.

Na edição passada, o Abu Dhabi não chegou em Itajaí por problemas na embarcação, mas dessa vez deram a volta por cima, vencendo e convencendo. A melhor notícia (para eles!) é que a equipe árabe lidera a competição com sete pontos de diferença para o segundo colocado, o Dongfeng que partiu a jaqueira nas proximidades do Horn e agora faz um cruzeiro vela-motor rumo a Itajaí.

O próximo barco a chegar será o feminino SCA. O Dongfeng também é esperado, claro.

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Um novo ídolo nacional

Recebido como herói, o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca conduziu o barco MAPFRE nos momentos finais. “Bochecha..Bochecha…Bochecha…gritavam os torcedores que lotaram a Vila da Regata na Páscoa. A emoção maior foi quando o velejador mostrou a bandeira do Brasil e de Santa Catarina. “Foi incrível essa recepção. Não sei como retribuir o carinho do público. Fizemos um resultado especial e mostramos nossa evolução na Volvo Ocean Race”, disse o também atleta olímpico.

Milhares de pessoas lotaram a Vila da Regata e os molhes de Itajaí e Navegantes para ver a chegada do Bochecha. Mas ele tinha a torcida particular da família com camisetas do MAPFRE e o número 12 nas costas. O vice-campeão da etapa desejou um churrasco e um banho quente como presentes de herói. “Estamos esgotados. Mas se alguém perguntar pra todos se faríamos tudo outra vez agora, a resposta seria sim”.

O comandante Iker Martínez fez questão de homenagear o brasileiro. “Estamos todos contentes por chegar no Brasil. E homenageamos o Bochecha, que chegou em casa timoneando o barco”, lembrou o campeão olímpico. O MAPFRE, apesar do segundo lugar, enfrentou dificuldades e problemas a bordo. “O resultado foi ótimo e conseguimos dois pódios nas última regatas. Mas confesso que o jaibe chinês foi a coisa mais assustadora que passei. Vou lembrar daquele momento por toda a vida”.

Os velejadores ganham um descanso nos próximos dias antes de voltar aos treinos na semana que vem. No sábado (18), está marcada a In-port Race de Itajaí. No dia seguinte, as equipes sobem o Oceano Atlântico para Newport, nos Estados Unidos.

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O que eles disseram

“Eu nunca vi uma recepção como essa. Impressionante tanta gente nos esperando. Espero que a minha cidade – Newsport – faça o mesmo”, Charles Enright, comandante do Team Brunel.

“Bater o recorde de milhas velejadas em 24 horas foi uma mistura de sorte com pouca mudança de vela. Pegamos um vento constante e um rumo perfeito. Quando percebi essa possibilidade avisei minha equipe para acelerar e buscar o recorde mesmo que perdêssemos um pouco na etapa propriamente dita”, Ian Walker, comandante do Abu Dhabi.

“Chegar no Brasil é especial. Participei do Brasil 1 e tenho um carinho especial pelo país”, Chunny Bermudez, um dos timoneiros do Abu Dhabi.

“Foi uma perna difícil. Estou feliz por chegar ao Brasil, mas não gostei de ter terminado na quarta colocação”, Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel e o cara que montou o Horn 8 vezes.

“Melhoramos muito, mas acho que será difícil pegar o Abu Dhabi na liderança”, André ‘Bochecha’ Fonseca, timoneiro do MAPFRE.

Por enquanto é isso aí!! Para quem quiser saber tudo da regata o clique é em: http://bit.ly/VOR_14_15

E para quem quer acompanhar as novidades gerais basta acessar meu perfil público no Facebook que sempre atualizo as coisas por lá: http://bit.ly/FB_MuNov

E vamos que vamos que o show não pode parar!

Murillo Novaes

 

Resumão na quase quinta: Cabo Race. Barcelona Race. VOR. Ilhabela, Floripa, Darke de Mattos e mais

Bernard Stamm e Jean Le Cam vencendo a Barcelona World Race hoje. Duca!

Bernard Stamm e Jean Le Cam vencendo a Barcelona World Race hoje. Duca!

Torben e Disney tomam a tequila primeiro no México. Stamm e Le Can tomam a orchata de chufa primeiro em Barcelona. Bochecha e cia. acham o Nemo primeiro.

E mais: Merreca na Suzuki Sport em Ilhabela. Festa na Cidade de Florianópolis. King reina da Darke de Mattos no Rio. Chorão e João Ramos vencem Centro SulAm de Laser Master em Búzios. Barcos menores e mais baratos na 35ª Copa América. 500 dias para o Rio2016. Equipe olímpica pronta em Palma de Maiorca para o Princesa Sofia. Projeto Grael/IRN vão limpar Guanabara para evento-teste. Optmists brasucas na França.

Agende-se: Circuito Marreco na Guarapiranga. Clínica para oficiais de regata em SP.

Vídeos: Bacardi Sailing Week. Hashtag Sal “Pescando Sonhos”. 

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga, direto do covil do manza na ensolarada e quente Cabo Frio, vamos prezando o neo-capitalismo tupiniquim que hoje operou mais um milagre.

Meu vizinho no canal do Itajuru, Carlos Alberto Sicupira, 4º brasileiro mais rico na recém-divulgada lista da Forbes (atrás apenas dos dois sócios na 3G Capital, Jorge Paulo Lemann e Marcel Telles, e de Joseph Safra, o dono do banco homônimo e do icônico prédio-ovo Fabergé – verdadeiro! – em Londres), agora é também o feliz proprietário da Kraft Foods, gigante multinacional do rango industrial, que se junta à Burguer King e a as principais cervejas do mundo (fora Americanas, Submarino, etc.) na lista dos negócios não cabo-frienses do pescador destas águas. Incrível!!

E dizem que eles e o mago de Omaha, Warren Buffet, seu sócio nos negócios, cogitaram comprar até a Coca-Cola… Também com US$ 40bi na carteira para ir ao shopping fica mais fácil!!… E eu aqui dando milho aos pombos!! Enfim… Vamos direto para a maior riqueza que qualquer um pode ter, porque esta é gratuita e democrática: o mar e o vento. E comecemos pelo Pacifico já rumando para Barcelona.

Cabo Race – O comandante-em-chefe da armada de Pindorama, o paulista e candango mais niteroiense de todos os tempos, Turbina Grael, ganhou mais uma! É que nosso querido orelha se juntou às orelhas mais famosas do planeta, as do Mickey Mouse, e sem o atrapalho de nenhum pateta fez história mais uma vez. Desta feita na prestigiada e tradicional Cabo Race, a regata de Newport (em Los Angeles) à Los Cabos (no México).

O percurso de 800 milhas rumo à Baja Califórnia desde 1971 faz a cabeça de 9 entre 10 velejadores de oceano da costa oeste dos EUA. E como o Andrew 70 de Roy Disney, o famoso Pyewacket, fica por lá, nossa lenda foi chamada mais uma vez pelo patrão do Mickey e dos Metralhas para mostrar os caminhos do ouro. E mostrou!

Com o auxílio mais que luxuoso do navegador Stan Honey (o cara que fez o notório relatório do acidente do Vestas, na VOR, recentemente e é um gênio da computação gráfica para TV) Torben, Roy e companhia fizeram a fita-azul dos monocascos e venceram na principal categoria da regata. Bravo!!

Triste mesmo vai ser ele voltar e ter que me aturar navegando o Lady Lou no iPad e olhando para a paisagem… Cuidado com as lajes!!

Barcelona – Acabou!! A dupla mais que experiente, Bernard Stamm (SUI) e Jean Le Cam (FRA) venceu a Barcelona World Race 2014/15 e definiu o tempo de referência para a volta ao mundo em duplas sem paradas: 84 dias, 5 horas, 50 minutos e 25 segundos, em uma média de 11,53 nós nas 23.321,76 milhas do percurso ideal ou 13,82 nós na distância real coberta por eles: 27.950 milhas.

O IMOCA60 Cheminées Poujoulat, co-comandado por Stamm, 51 anos, e Le Cam, 55 anos, venceu a terceira edição da Barcelona World cruzando a linha de chegada hoje (quarta-feira) às 17h:50m:25s UTC em ventos fracos, de 10 a 15 nós, de SE, e mares calmos quase no pôr do sol catalão.

Bernard e Jean estabeleceram o tempo de referência para a regata, que seguiu um percurso diferente nesta edição: de Barcelona a Barcelona, ​​passando pelos três grandes cabos, Boa Esperança, Leeuwin e Horn, deixando a Antártida por boreste, mas, pela primeira vez, indo direto por baixo da Nova Zelândia em vez de desviar para o norte para atravessar o estreito de Cook, entre as ilhas Norte e Sul do país/arquipélago. Isso reduziu a distância em cerca de 1.280 milhas em relação às edições anteriores. Esses são verdadeiros heróis!! E ainda deixaram o segundo colocado, Neutrogena, quase 1.000 milhas navegando no retrovisor…

VOR – E por falar em mares abertos, na Volvo Ocean Race, hoje a flotilha ultrapassou o ponto Nemo, o famoso lugar no oceano mais distante de qualquer massa de terra no planeta água. E quando isso rolou quem esteva nas cabeças? Quem? Quem?? Ele mesmo, Don Bochecha de las Santas Catarinas y Puertos Alegres e seus comparsas no Mapfre.

Depois de dar um jaibe chinês (bem capturado em vídeo), os espanhóis se recuperaram com maestria e a pouco menos de 3.900 milhas de casa, Bochecha já sentia o cheiro da sequência de camarão e acelerava forte rumo ao Horn e à glória de montar o famoso cabo mais uma vez. Antes, porém, eles e seus companheiros de flotilha e de mares do sul têm que negociar com icebergs mais ao norte que o normal e com os humores sempre instáveis de Éolo e Netuno.

No momento, o Alvimedica está na frente, mas entre eles e o Abu Dhabi (4º colocado), com o Brunel e o Mapfre no meio, apenas 5 milhas separam tudo. O Dongfeng vem 25 milhas atrás da galera e as minas do SCA outras 115 milhas na esteira chinesa. Dureza!!

Para sabe tudo da regata (e ver o vídeo do jaibe sino-espanhol) clique em http://bit.ly/VOR_14-15

A moça do Balaio, Aline Bassi, capturou o C30 Porsche liderando a Suzuki Swift na ilha bela.

A moça do Balaio, Aline Bassi, capturou o C30 Porsche liderando a Suzuki Swift na ilha bela.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

** O tempo instável e a falta de vento exigiram paciência das 31 tripulações e da CR no primeiro final de semana da 1ª Etapa da Copa Swift Sport, em Ilhabela. No sábado rolou uma regata e os barcos chegaram a largar no domingo com vento sueste fraco, entre seis e sete nós, mas o merrecol e a forte correnteza no canal de São Sebastião impediu que as regatas fossem concluídas. Apenas na classe HPE, quatro veleiros cruzaram a linha de chegada, sob forte chuva, antes do limite de tempo. No próximo findes rola a conclusão da 1ª etapa do velho e bom Circuito Ilhabela. Que Éolo também compareça!!

** Já em Floripa… Com o vento sul predominando durante todo o dia, aconteceu no sábado a Regata Cidade de Florianópolis, segunda etapa da Copa Veleiros de Oceano e os vinte e quatro veleiros que participaram da competição, que fez parte das comemorações dos 289 da capital catarinense, proporcionaram um belo espetáculo ao público na Baía Norte. Na Classe ORC, o Catuana Kin foi o mais veloz, cruzando a linha de chegada à frente do Ataw e Absoluto (3º). Entre os barcos da RGS A, apenas 19 segundos separaram o Plancton, vencedor da etapa, do Argonauta, vice-campeão. O Açores III completou o pódio. A Regata Fortalezas, próxima etapa da Copa Veleiros de Oceano, acontece no dia 24 de abril. Boa!!!

** A 71ª Regata Darke de Mattos, a mais antiga do Brasil, teve um rei no mais alto do pódio pela sétima vez. A tradicional prova da classe Star foi disputada no último sábado na merreca carioca e viu Johnny King e Fernando “Sunguinha” Gioia vencerem com autoridade. Lars Grael e Samuca Gonçalves foram vices e Chicão Siemsen e Baleia, também conhecidos como Francisco S. Bulhões e Fernando Ilha, completaram o pódio. Tradição na água e no pódio!! Parabéns Mr. John, você é realmente o rei da Darke!!

** E por falar na família Bulhões… Não teve choro no Búzios Vela Clube no 8º Centro SulAm de Laser Master neste findi. Depois de 5 regatas corridas em Manguinhos, Pedro Bulhões Carvalho da Fonseca, o Chorão, se sagrou campeão no Standard e o brasiliense João Ramos, sempre honrando o ICB, levou a melhor no Radial. São os velhinhos conservados no raio laser!! Show!!

** Depois de escolher as Bermudas como sede, tirando voluntariamente a disputa da Copa América das águas dos EUA, depois de convidar a lindíssima Classe J para também correr na ilha britânica em 2017, depois de inventar um novo barco, o AC62, como classe da disputa, a organização de 35ª Copa América (Russell Coutts e Larry Ellison) acena com a possibilidade de criar uma nova classe, um catamarã sobre fólios ainda menor que 62 pés para diminuir custos. Uma ideia sensata que agradou a quase todos. Segundo Franck Cammas, do Team France, “daria para fazer um barco vencedor com apenas 20 milhões de Euros”. Apenas… Mas, acredite, é quase um quinto do que já custou uma equipe. Ou mais ou menos o que um gerente na Petrobras rouba em alguns poucos anos. Vou ali e já volto!!…

** A 500 dias do começo das olimpíadas no Rio alguns atletas falaram sobre a data: “Desses 500 dias em diante vamos continuar fazendo o nosso passo a passo, tentando não pular etapas, para chegar aos Jogos Olímpicos bem preparadas. Dependendo do ponto de vista pode faltar pouco ou muito tempo, mas é um grande evento esportivo vindo por aí. Vivemos uma grande expectativa” disse Kahena Kunze.

** Já a timoneira do 49erFX de Kahena, a também careteira Martine Grael falou: “Esse ano é de muita preparação para a gente. Principalmente pelo fato de que no ano passado tivemos resultados excelentes. A gente sabe que é difícil repetir isso, mas como está bem próximo dos Jogos, a gente continua dando o nosso máximo. É um período de muita preparação, tanto psicológica quanto física, mas estamos tranquilas. Nossos objetivos seguem no topo. Se tudo der certo, a gente chega bem preparada em 2016”

** Pra fechar os 500. .. A lenda Robert Scheidt declarou: “É um marco importante, estamos nos aproximando bem rápido das Olimpíadas. É um período importante, pois ainda dá tempo de nos prepararmos, mas ao mesmo tempo já não estamos mais no começo do ciclo olímpico, o que não nos deixa com tanto tempo assim. O ano de 2015 é muito importante para nós, temos muita coisa pela frente. Temos Mundial, Jogos Pan-Americanos e evento-teste. Preciso velejar muito no Rio de Janeiro ainda, e me sentir cada vez mais à vontade para quando o grande dia chegar”. Amém!

** Por falar em preparação, a maioria da nossa equipe de vela já está em Palma de Maiorca se aquecendo para o 46º Trofeu Princesa Sofia (e Martine/Kahena já ganharam a regatinha antecipatória por lá). A competição marca o início da temporada europeia e reúne a nata da vela olímpica mundial. Começa nesta sexta! Fique ligado!!

** A ONG Instituto Rumo Náutico, do Projeto Grael, foi contratada em regime de urgência pelo governo do RJ para retirar o lixo flutuante das águas da baía de Guanabara antes do evento teste de vela, em agosto, o último antes dos Jogos de 2016. Cinco ecobarreiras serão construídas no canal do Cunha e nos rios Meriti, Bomba e Imboaçu, pontos críticos dos resíduos. O roteiro de coleta feito pelos ecobarcos também passará a ser definido por computador, que vai antecipar o movimento das marés. “Todos os custos são transparentes e vão estar publicados na internet. E não há ninguém que eu conheça que reúna todas as características técnicas e pessoais para um desafio de curto prazo como esse”, justificou o secretário de ambiente do RJ, André Corrêa, referindo-se à Axel Grael, o irmão mais velho dos caras. Boa sorte na empreitada!! A velo e o meio ambiente agradecem!!

** Pra fechar com optimismo… Um grupo de velejadores de Optimist do Cabanga Iate Clube de Pernambuco vai participar da Copa Internacional de Verão 205m em Plérin, na França. O evento acontecerá de 11 a 18 de julho e são esperados 500 optimistas de 14 países. Sem dúvidas, um dos maiores eventos abertos da classe! Força à molecada pernambucana!!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

** O CIRCUITO MARRECO 2015 começou em 21 de fevereiro na represa de Guarapiranga em São Paulo. Dezoito barcos alinharam-se para a largada em frente ao Clube de Campo do Castelo (1º Sweet Eagle – Antonio Correa e Haroldo Ficco; 2º Poita – Cássio Lopes e Andres Jurado; 3º Adesso – Wilson e Madalena Kato) e como já é tradição, após a prova houve a premiação, com medalhas e troféus, acompanhado de um delicioso churrasco. A próxima regata será no dia 28/03, com sede e celebração no Yacht Clube Itaupu. Participe!!!
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** A Confederação Brasileira de Vela – CBVela, em parceria com o Comitê Organizador Rio 2016 e ​a Federação de Vela do Estado ​de São Paulo e o ​Yacht Clube Santo Amaro​, ​realizará ​a ​Clinica de ​Introdução para Oficial de Regata, ​nos dias ​​03 e ​04 de ​abril de 2015,​na Cidade de ​São Paulo. A Clinica será realizada simultaneamente a realização ​​do Campeonato ​Brasileiro da Classe ​​A Cat, ​o que permite o aprendizado prático. “Esta Clinica ​tem o objetivo de passar uma noção básica das atividades de um oficial de regata, seja Gerente de Regata ou Juiz de Regata ou Arbitro de Regata ou Medidor; possibilitando um bom entendimento de como é a organização técnica de uma regata e de como cada oficial de regata atua”, explica Kadu Baggio. Inscreva-se em: cbvela@cbvela.org.br Vale a pena!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

** Como você sabe, a Bacardi Miami Sailing Week foi a glória tupiniquim. Lars e Samuca, no Star, e Santinha e cia. no J/70, venceram. E o vídeo oficial do evento saiu agora e ficou bem legal. Confira em http://bit.ly/Bac_Mia

** O Hashtag Sal já está se tornando um clássico programa de vela, apesar de tão novo. A competência do Adriano Plotzki, as bela imagens e a escolha dos temas fazem a diferença. Já está no ar o novo episódio: “Pescando Sonhos”. Vale a espiada! http://bit.ly/Sal_16

(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor”. Walt Disney filosofando sobre o sucesso.

Fui!!! Impossibilitado…

Murillo Novaes

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