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Pan Final! Brasil fatura 6 medalhas em Toronto!

Na foto de Gaspar Nóbrega nosso trio brozeado evolui na merreca torontiana para mais um pódio verde e amarelo

Na foto de Gaspar Nóbrega nosso trio brozeado evolui na merreca torontiana para mais um pódio verde e amarelo

Com bronze do recordista Claus Bieckark, Brasil encerra participação na vela no Pan2015 com 6 medalhas

Boa noite querido amigo e mais que querida amiga. Esta cansada praga já de volta a Praga aproveita novamente os bons textos de Felipinho Mendes, nosso assessor de talento e alegria, e já informa direto a você o que rolou nas águas do lago Ontário. E foi bom!!

No segundo e último dia de disputa das finais da vela nos Jogos Pan-Americanos de Toronto, no Canadá, a Equipe Brasileira encerrou sua participação na competição com um bronze do medalhista recordista na modalidade Claudio Biekarck. Neste domingo (dia 19), no Lago Ontário, foram realizadas as regatas da medalha das classes não-olímpicas e o veterano velejador terminou na terceira posição geral na Lightning ao lado dos parceiros Gunnar Ficker e Maria Hackerott. Foi o nono pódio do ex-técnico de Robert Scheidt. Ao todo, a Equipe Brasileira de Vela faturou seis medalhas em Toronto: dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

“Esta foi minha nona participação em Jogos Pan-americanos. Comecei na Cidade do México, em 1975, na Finn. De lá para cá só deixei de participar em San Juan, em Porto Rico, em 1979, e em Santo Domingo, na República Dominicana, em 2003. Além da Finn, sempre competi na Lightning com o Gunnar de proeiro. É uma satisfação ter ganhado medalha em todas as participações”, disse Biekarck, que se tornou o atleta brasileiro com mais participações em Jogos Pan-Americanos, superando o atirador Durval Guimarães, com oito.

Aos 64 anos, o velejador soma o ouro em Caracas, na Venezuela, em 1983; prata na Cidade do México, em 1975, Mar del Plata, na Argentina, em 1995, e em Winnipeg, no Canadá, em 1999; e os bronzes em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, Havana, em Cuba, em 1991, no Rio de Janeiro, em 2007, em Guadalajara, no México, em 2011, e agora em Toronto. Proeiro de Biekarck na Lightning, Gunnar Ficker soma oito medalhas ao lado do companheiro.

“Sempre que temos regatas com vento fraco é muito estressante. Estamos felizes com o resultado, sentimento de missão cumprida”, afirmou o proeiro de 60 anos. Ao lado dos dois veteranos velejadores estava a jovem Maria Hackerott, de 24. Estreante em Jogos Pan-Americanos, ela conquistou sua primeira medalha. “Foi uma honra ter participado. Acho que nunca tinha corrido um campeonato tão longo. Estou feliz com o pódio”.

Na regata da medalha da Lightning, o trio brasileiro chegou em quinto lugar. Na Sunfish, João Hackerott chegou em terceiro e terminou na quarta posição no geral a um pontinho do pódio. Na J/24, John King, Alexandre Saldanha, Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann venceram a regata final, terminando em quinto no geral. Nas classes Hobie Cat 16 e Snipe, o Brasil não disputou a regata da medalha.

No sábado (dia 18), a Equipe Brasileira de Vela havia faturado medalha nas cinco classes olímpicas: ouro com Ricardo Winicki, o Bimba, na RS:X masculina, e Patrícia Freitas, na RS:X feminina; prata com Robert Scheidt, na Laser, e Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX; e bronze com Fernanda Decnop, na Laser Radial.

O destaque foi para Ricardo Winicki, o Bimba, que se tornou o primeiro velejador tetracampeão pan-americano ao triunfar na RS:X masculina. Na versão feminina da classe, Patrícia Freitas faturou o bicampeonato.

“Estou muito feliz com o resultado. Mostra todo o trabalho que venho fazendo há anos, dominando o esporte não só no Brasil como também na América toda. São mais de dez anos entre os dez melhores do mundo. O nível da competição estava alto e isso me ajudou. Agradeço a todos que me ajudaram todos esses anos”, disse Bimba, que venceu o Pan na Mistral, em Santo Domingo-2003, e na RS:X no Rio-2007 e Guadalajara-2011. O velejador soma ainda uma prata na Mistral, em Winnipeg-1999.

Na RS:X feminina, Patricia Freitas entrou na regata da medalha em vantagem sobre a mexicana Demita Veja. A brasileira manteve o bom desempenho da semana, quando venceu nove das 13 regatas, e chegou em primeiro também na prova final. “Fechei com chave de ouro. Agora é comemorar com a equipe toda. Cumpri mais uma meta antes da Olimpíada do Rio, em 2016. Vou meta por meta. A próxima é chegar bem no evento-teste, em agosto”, afirmou Patrícia, que havia vencido o Pan em Guadalajara.

Dono de três ouros na classe Laser em Jogos Pan-Americanos (Mar del Plata-1995, Winnipeg e Santo Domingo), Robert Scheidt repetiu em Toronto o resultado do Rio de Janeiro, ficando com a prata. O velejador paulista entrou na regata da medalha em desvantagem contra o guatemalteco Juan Maegli. O bicampeão olímpico acabou chegando em quinto na disputa decisiva e não conseguiu subir no topo do pódio.

“Foi um bom resultado. O começo da semana foi muito duro. Tinha dois sétimos lugares e uma desclassificação. Fui reagindo, ainda tive uma chance de ganhar o ouro, mas escapou. Larguei mal em algumas provas, fui muito inconstante e tive dificuldade em ler as condições do vento. E o guatemalteco é um especialista em vento fraco. Mas foi uma honra representar o Brasil e trazer mais uma medalha”, analisou Scheidt, frisando que não conseguiu chegar ao Pan em seu auge físico pois vinha da disputa do Mundial de Laser, também no Canadá.

Campeãs mundiais na 49erFX no ano passado, Martine Grael e Kahena Kunze ficaram com a prata na estreia da dupla em Jogos Pan-Americanos. Elas entraram na regata da medalha sem chances de brigar pelo ouro. E garantiram a medalha prateada ao chegarem em segundo na disputa final. “O evento foi bem legal, uma ótima experiência. Aprendemos muito e nunca tínhamos disputado um campeonato com vento tão fraco. Acho que velejamos bem”, afirmou Martine.

Na Laser Radial, Fernanda Decnop conquistou o bronze logo em sua primeira participação no Pan. Ela completou a regata da medalha na sexta posição e terminou empatada em segundo lugar no geral com a uruguaia Dolores Moreira, com 64 pontos perdidos. A brasileira, porém, ficou sem a prata porque sua rival teve um desempenho melhor na Medal Race: chegou em segundo.

“Estou feliz com o bronze. Foi meu primeiro Pan, um campeonato muito difícil, com vento fraco. Se você desse uma escorregada, acabava perdendo várias posições na regata. Eu consegui ganhar três, mas obtive alguns resultados ruins”, avaliou Fernanda.

A Argentina, com 3 puros foi a grande campeã do torneio de vela em Toronto 2015, mas com os seis pódios, o Brasil terminou na liderança  por total de medalhas empatado com os Estados Unidos. Em 16 participações nos Jogos Pan-Americanos, a vela brasileira agora soma 76 medalhas. São 34 de ouro, 25 de prata e 17 de bronze.

“O balanço final foi bom. Tivemos duas áreas no Pan, com as classes olímpicas e as não-olímpicas. Começamos uma reestruturação há dois anos e com a Olimpíada no Rio temos dado mais atenção para as classes olímpicas. O resultado foi animador com as cinco medalhas nas olímpicas. Vale destacar também o bonito recorde do Claudio”, analisou o Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Torben Grael.

Confira o resultado dos brasileiros:

LIGHTNING:
1 – Nicolas Fracchia, Maria Salerno e Javier Conte (ARG): 25
2 – Justin Coplan, Caroline Patten e Danielle Prior (EUA): 37
3 – Claudio Biekarck, Gunnar Ficker e Maria Hackerott (BRA): 43

SUNFISH:
1 – Jonathan Mawyin (EQU): 45
2 – Luke Ramsay (CAN): 45
3 – Andres Soruco (CHI): 49
4 – João Hackerott (BRA): 50

J/24:
1 – Matias Pereira, Guillermo Bellinotto, Federico Ambrus e Juan Pereyra (ARG): 27
2 – Terry MClaughlin, Sandy Andrews, David Ogden e David Jarvis (CAN): 39
3 – Matías Seguel, Cristobal Lira, Marc Jux e Sergio Roth (CHI): 44
5 – John King, Alexandre Saldanha, Daniel Santiago e Guilherme Hamelmann (BRA): 47

HOBIE CAT 16:
1 – Jason Castillo e Irene Van Blerk (GUA): 30
2 – Mark Modderman e Grace Modderman (EUA): 39
3 – Enrique Figueroa e Franchesca Ortega (PUR): 44
6 – Claudio Luiz Junior e Bruno dos Reis Oliveira (BRA): 46

SNIPE:
1 – Raul Andres de Choudens e Fernando Pacheco (PUR): 20
2 – Luis Soubie e Diego Lipszyc (ARG): 38
3 – Augie Diaz e Kathleen Tocke (EUA):  46
6 – Alexandre Paradeda e Geórgia Rodrigues (BRA): 64

RS:X MASCULINA:
1 – Ricardo Winicki (BRA): 25
2 – David Mier Y Teran (MEX): 32
3 – Mariano Reutemann (ARG): 33

RS:X FEMININA:
1 – Patricia Freitas (BRA): 17
2 – Demita Vega (MEX): 24
3 – Marion Lepert (EUA): 50

49ERFX:
1 – Victoria Travascio e Maria Branz (ARG): 36
2 – Martine Grael e Kahena Kunze (BRA): 43
3 – Paris Henken e Helena Scutt (EUA): 47

LASER:
1 – Juan Maegli (GUA): 39
2 – Robert Scheidt (BRA): 47
3 – Lee Parkhill (CAN): 53

LASER RADIAL:
1 – Paige Railey (EUA): 50
2 – Dolores Moreira (URU): 64
3 – Fernanda Decnop (BRA): 64

Fui!! Feliz!! Parabéns aos bravos velejadores brasileiros!!

Murillo Novaes (Felipe Mendes/ InPress MediaGuide)

Pan, Pan, Pan, Pan!! É hoje! Começam as finais em Toronto!

Na foto de Bruno Miani, Zibimba evolui ontem rumo a mais um ouro pan-americano. Duca!!

Na foto de Bruno Miani, Zibimba evolui ontem rumo a mais um ouro pan-americano. Duca!!

BIMBA CHEGA À REGATA DA MEDALHA DOS JOGOS PAN-AMERICANOS MUITO PERTO DO OURO

Neste sábado, velejador da RS:X só precisa completar a prova para ser tetracampeão consecutivo. Brasil briga por medalhas em outras sete classes.

Como nosso amigo Felipinho resolveu trabalhar ontem, fico à vontade para dar o copia e cola no release dele porque aqui na brastislávica terra da mãe do meu vindouro filhote navegador o calor é senegalês hoje e a preguiça baiana. E mais tarde começam as primeiras regatas da medalaha (a partir de 12:35, em Brasília). Hoje tem as finais das classes X (RS:X masc e fem e 49erFX) e dos Laseres (Radial e Std.). Se liga!!

Ricardo Winicki, o Bimba, está muito próximo do tetracampeonato consecutivo nos Jogos Pan-Americanos. Neste sábado (dia 18), a partir de 12h35 (de Brasília), em Toronto, no Canadá, o velejador só precisa completar a regata da medalha da classe RS:X masculina para subir no topo do pódio. A Equipe Brasileira Vela ainda brigará por medalhas em mais sete classes: neste sábado na Laser, Laser Radial, RS:X feminina e 49erFX. No domingo (dia 19), na Lightning, Sunfish e Hobie Cat 16. Na J24 não há mais chances. Na Snipe, o Brasil não disputará a regata da medalha.

“A comemoração vai ser só amanhã. Ainda tenho a regata da medalha. Nem sabia dos números quando cheguei aqui. Velejo para mim e para os que me apoiam. Este não é o meu último Pan. Posso estar de cheio de cabelo branco, mas enquanto eu tive muque, for o número um do Brasil e estiver entre os dez do mundo como acontece há dez anos vou seguir competindo”, disse Bimba, campeão dos Jogos em Santo Domingo-2003, Rio-2007 e Guadalajara-2011.

Nesta sexta-feira (17), em mais um dia de ventos fracos no Lago Ontário, Bimba obteve dois segundos lugares e um quarto, este último descartado como pior resultado. Com 19 pontos perdidos, ele não tem mais como ser superado pelo mexicano David Mier Y Teran, que soma 29. A regata da medalha terá cinco barcos, com pontuação dobrada. Na pior das hipóteses, se chegar em quinto lugar, Bimba alcançará 29 pontos, enquanto o rival, se vencer a prova, ficará com 31.

Quem também está na liderança é Patricia Freitas, na RS:X feminina. Ela chega à regata da medalha com grandes chances de subir no topo do pódio. Robert Scheidt, na Laser, Fernanda Decnop, na Laser Radial, e Martine Grael e Kahena Kunze, na 49erFX, ocupam a segunda colocação. João Hackerott, na Sunfish, e o trio da Lightning (Claudio Biekarck, Gunnar Ficker e Maria Hackerott) estão em terceiro. Na Hobie Cat 16, Claudio Luiz Junior e Bruno Reis de Oliveira estão em sexto, mas podem brigar pelo bronze.

“O resultado está dentro do esperado diante das condições de vento fraco que se apresentaram durante a semana. Se a situação fosse um pouco mais variável, com dias de ventos fortes e fracos, poderia ter sido melhor. Com vento fraco praticamente todos os dias, a competição fica nivelada”, afirmou o Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), Torben Grael.

Em 15 participações nos Jogos Pan-Americanos, a Equipe Brasileira de Vela soma 70 medalhas. São 32 de ouro, 23 de prata e 15 de bronze.

Confira os resultados dos brasileiros:

RS:X MASCULINA (após 13 regatas):

1 – Ricardo Winicki (BRA): 19 pontos perdidos

2 – David Mier Y Teran (MEX): 29

3 – Mariano Reutemann (ARG): 31

RS:X FEMININA (após 13 regatas):

1 – Patricia Freitas (BRA): 15

2 – Demita Veja (MEX): 20

3 – Marion Lepert (EUA): 44

LASER RADIAL (após 12 regatas):

1 – Paige Railey (EUA): 42

2 – Fernanda Decnop (BRA): 52

3 – Lucia Falasca (ARG): 56

LASER (após 12 regatas):

1 – Juan Maegli Aguero (GUA): 33

2 – Robert Scheidt (BRA): 37

3 – Lee Parkhill (CAN): 41

49ERFX (após 16 regatas):

1 – Victoria Travascio e Maria Branz (ARG): 28

2 – Martine Grael e Kahena Kunze (BRA): 39

3 – Paris Henken e Helena Scutt (EUA): 41

SUNFISH (após 12 regatas):

1 – Luke Ramsay (CAN):35

2 – Jonathan Mawyin (EQU): 37

3 – João Hackerott (BRA): 44

LIGHTNING (após 12 regatas):

1 – Argentina: 21

2 – EUA: 31

3 – Brasil: 33

HOBIE CAT 16 (após 12 regatas):

1 – Jason Castillo e Irene Van Blerk (GUA): 26

2 – Mark Modderman e Grace Modderman (EUA): 33

3 – Enrique Figueroa e Franchesca Ortega (PUR): 42

6 – Claudio Luiz Junior e Bruno dos Reis Oliveira (BRA): 46

J24 (após 12 regatas):

1 – Argentina: 21

2 – Canadá: 31

3 – Chile: 34

5 – Brasil: 45

SNIPE (após 12 regatas):

1 – Raul Andres de Choudens e Fernando Pacheco (PUR): 18

2 – Luis Soubie e Diego Lipszyc (ARG): 30

3 – Augie Diaz e Kathleen Tocke (EUA): 36

6 – Alexandre Paradeda e Geórgia Rodrigues (BRA): 64

Fui!!

Murillo Novaes (Felipe Mendes/InPress MediaGuide)

 

Pan, Pan, Pan, Pan… Finais se aproximam! Brasil bem na fita!!

A um dia do começo das finais, vela brasileira deve estar presente em praticamente todas as regatas da medalha, disputadas no sábado e domingo. Hoje classes finalizam a fase classificatória.

Bom dia amigos e amigas queridos, já na tarde do verão tcheco (praga dos infernos com caldeirão a 34 graus na sombra…) e me preparando para pegar estrada e ir ver os sogros na bela Bratislava (onde a previsão é 38 graus amanhã!), cumpro o dever jornalístico de informar sobre nossa galera em Toronto. Rápido e rasteiro!

Pan – O quinto dia de regatas, ontem, quinta-feira, no lago Ontário foi legal para nós. Por lá as classes já praticamente estão na reta final da fase classificatória e a maioria só tem mais duas regatinhas para fechar a tampa hoje.

Nas pranchas e 49erFX a série é de 16 regatas, sendo que no esquife já rolaram 12 (Martine e Kahena ganharam duas ontem) e nas pranchas já rolaram 10 provas (Pat Freitas ganhou as 3 de ontem e Bimba ganhou duas de três). Com isso, no 49erFX o Brasil está na vice-liderança e na RS:X, dos machos e das fêmeas, estamos em primeirão disparados!! As regatas finais, a da medalha, que conta dobrado e não pode ser descartada e tal, das classes X (as RS:X e 49erFX) são amanhã (sábado). Se liga!!

Nos laseres a coisa foi boa, já que tanto Robert, no Standard, quanto Fernanda Decnop, no Radial, venceram uma das três regatas de ontem. Scheidt, que é rei, já está em segundo geral, empatado com o americano, a 7 pontos do líder guatemalteca. Já Decnopop tem um pouco mais de trabalho. Está em 4º a sete pontos da prata e 15 da líder, Paige Riley, dos EUA. Hoje rolam as duas últimas da série e tudo pode acontecer! Vamos torcer!

Também em 4º geral está nosso peixe-sol João Hackerott. Ele tem boas chances de pódio e está a quatro pontos do bronze, mas a disputa dourada é entre Canadá e Equador 15 ponto à frente de nosso Sunfish. De qualquer forma, meus parabéns ao João pelo brilhante desempenho em uma classe absolutamente nova para ele. E não acabou ainda… Vamos que vamos!!

No HC16, a roleta girou, girou e agora com apenas uma regata a ser disputada hoje antes da Medal Race de domingo nossa dupla aparece em 6º geral dos sete barcos no Pan. Uma pena! Mas está tudo tão embolado em termos de pontos que esta regatinha pode mudar a coisa toda. Força aí, pessoal!!

No J/24 a coisa está, digamos assim, complexa também. Com um OCS (largaram escapado), um 2º e um 5º ontem nossos heróis estão em 4º geral a 10 pontos do segundo. Hoje tem mais duas e a Regata da Medalha é domingo. Vamos mentalizar!!

No Snipe, a aniversariante Geórgia Rodrigues, que chegou de última hora na proa de Xandi Paradeda, pode receber até um presente bom hoje nas duas últimas regatas da série, mas o fato é que a melhor colocação do nosso timoneiro de ouro (2007) e prata (1999) agora em Toronto foi o 4º lugar na segunda prova de ontem. E a 29 pontos do bronze fica complicado sonhar com uma nova bolachinha na coleção. Acontece! Bola pra frente!!

E no relâmpago a coisa flui sempre legal para Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackerott. Não que seja fácil, não me entendam mal… Mas eles ganharam uma das três de ontem, estão em 3º geral e tem chances até de ouro, já que só 6 pontos os separam dos argentinos. Claro que tem os americanos no meio e os chilenos liderados por Tito Gonzales na cola, mas com duas regatas mais a Medal Race, dá pra torcer e sonhar. Sonhemos e torçamos, pois!! Pra cima deles!!

Fui!!

Murillo Novaes

Pan,Pan, Pan de quinta de um jornalista idem!

Quarto dia de regatas em Toronto mantém pranchas na liderança e Lightning em segundo. Robert sobe para terceiro.

Phoenix em terceiro no mundial de TP52.

Bom dia amigos, uma praga direto de outra transmitindo aqui e vamos logo ao ponto… O ponto Toronto, você sabe! Antes, porém uma rapidinha que é sempre bom… Em Maiorca, nosso Phoenix, de Eduardo Souza Ramos, fez três quartos lugares (dois ontem e um hoje) e já parece em terceiro geral no super técnico e disputado Mundial de TP52. Uhuuu! E para quem curte, aqui o filminho do melhor das regatas ontem (2ºdia): http://bit.ly/TPWldD2_2015

Pan – O quarto dia de competição de vela no Ontário foi, mais uma vez, marcado pelo vento fraco. Mas nada que impedisse Bimba e Patricia Freitas de ganhar regatas ontem novamente! Pat, com duas vitórias e um segundo nas três de ontem continua absoluta na RS:X Feminina. E Bimba, com um primeiro, um segundo e um terceiro também reina na RS:X Masculina. Pranchas douradas!! Que siga assim até o fim!!

No Laser Standard, Scheidt continua sua ascensão. Após um terceiro, um primeiro e um quinto ontem, ele soma 26pp e está em 3º geral depois de corridas sete das 12 regatas da série antes da Medal Race. O guatemalteca Juan Aguero lidera com 13 pontos e o canadense Lee Parkhill vem logo atrás com 14pp. Ainda tem uns degraus pra subir, mas tamos chegando!

Já na Laser Radial, Fernanda Decnop, voltou a vencer ontem, mas um 15º, já devidamente descartado (só que colocou um 12º na soma) e um quinto na terceira regata fizeram-na escorregar para quinto geral. Só que com 30pp, Decnopop está a apenas 3 pontinhos da prata. A americana Paige Railey lidera com 19pp e nada é impossível com mais cinco regatas antes da final. Vambora, garota!!

E no peixe-sol tudo continua a brilhar para João Hackerott. Com um 3º, um 4º e outro 3º ontem, ele soma 22pp e subiu para 4º geral depois de 7 regatas das 12 previstas. Na frente dele, o líder equatoriano tem 17pp seguido pelo chileno e o canadense com 19pp cada. Não é fácil, claro, mas também não está tão longe assim! Minha previsão é de bom tempo no Sunfish!

Dia complicado mesmo, ontem, foi para a dupla campeã do mundo e melhores velejadoras do planeta da Isaf, Martine Grael e Kahena Kunze. Com dua provas, para perfazer o total de 8 das 16 previstas na fase classificatória, um 6º (na real, último…) e um OCS (mais 7 pontos) as empurrou para 4º geral com 25pp. As argentinas têm agora 9pp e na prata e bronze estão as atletas das Ilhas Virgens e dos EUA com 20 pontos cada. Dá pra pegar!!

E no Hobie Cat 16, a flotilha mais intermitente em termos de resultados, onde praticamente todos já ganharam regatas e já chegaram lá atrás, a coisa virou novamente. Cláudio Teixeira e Bruno Oliveira tiveram um dia complicado com um 6º, um 4º e um 7º ontem. E depois de oito regatas corridas, com 26pp, foram do céu da liderança ao “inferno” do 5º lugar. Mas está tudo embolado. Os líderes porto-riquenhos têm 19 pontos e tudo pode acontecer hoje! Pra cima deles!!

Na tripula 24 do Jota, Johnny King e seus asseclas continuam penando na merreca torontiana. Com duas regatinhas ontem, com um quinto e um segundo, eles caíram para 4º geral com 21pp. Os argentinos sobram por enquanto com 9 pontinhos e os canadenses com 13pp e os peruanos com 20pp fecham o suposto pódio. Força, galera!!

No Snipe, tudo continua fluindo estranho pros lados de Xandi Paradeda e Geórgia Rodrigues. Com um sétimo e um quinto ontem a dupla tem 39pp após 7 regatas e continua em 7º geral. Os líderes porto-riquenhos tem 9pp e, no bronze, Augie Diaz está com 19pp. Dureza!!

E para fechar sempre em alta, temos ele, a lenda pan-americana e dono de oito medalhas, Claudio Bieckark e seu relâmpago voador. Com duas regatas ontem para fechar sete corridas, nosso Lightning com, Claus, Gunnar Ficker e Maria Hackerott segue na vice-liderança. Só que, com um 4º e um 6º (descartado) ontem, eles agora têm os mesmos 16pp dos americanos e chilenos. Os argentinos lideram com 11 pontos e tudo pode mudar hoje! Quem viver verá!!

Fui!!

Murillo Novaes

Pan,Pan, Pan!! Brasil vai bem no terceiro dia.

Na ilustrativa foto da merreca pan-americo-canadense vemos os vice-líderes do HC16. À frente deles está o Brasil na tabela. Bom!!

Na ilustrativa foto da merreca pan-americo-canadense vemos os vice-líderes do HC16. À frente deles está o Brasil na tabela. Bom!!

Terceiro dia de regatas do Pan tem ventos fracos, mas bons resultados para a equipe verde e amarela.

Bom dia amigos, vamos direto ao ponto… No caso, o ponto Toronto!

Pan – O terceiro dia de regatas no lago Ontário foi novamente marcado pela merreca lacustre, mas rendeu boas notícias para nosso time e outras nem tanto. Curiosamente uma das boas novas é que não houve regatas de RS:X ontem… Eu explico! Com isso tanto Bimba, quanto Pat Freitas continuam liderando as pranchas no verão canadense. Não é nada, não é nada, foi ao menos mais uma noite dourada para os dois… Sigamos!

E comecemos pelo Hobie Cat 16, que estreou com um sempre desegradável último lugar e agora, três dias depois, comemora apenas… A liderança!! Pois é, nossos compatriotas Cláudio Teixeira e Bruno Oliveira mandaram um primeiro e um segundo ontem e agora lideram tudo com 9pp depois de 5 regatas corridas. No encalço vêm os americanos com 10pp e os guatemaltecas com 11pp. Pau neles, meu povo!!

Já na Laser Radial, Fernanda Decnop, que liderava tudo ontem, sofreu para arrancar um sétimo na única prova do dia e agora está com a bolinha bronzeada nos panos, em 3º geral, com 12 pontos perdidos. A americana Paige Railey lidera tudo com 7pp após 4 regatas. Mas tem água ainda pra passar nestas bolinas! Vamos que vamos!

No Laser Standard, Robert Scheidt, sempre eficiente, conseguiu um 3º na única regata de ontem e continua se aproximando do topo da súmula com 17pp, após 4 regatas. Lembrando que o descarte já conta em todas as classes desde a terceira regata. O líder é o americano Charlie Buckingham com apenas 4pp líquidos. Mas dali em diante já começa a embolar. E ainda temos 8 regatas da série de 12 a serem disputadas antes da Regata da Medalha. Força, alemão!! Pra cima deles!

No 49erFX foi dia de duas regatas, para totalizar seis já corridas da série de 16 antes da Medal Race. E Martine e Kahena obtiveram um 4º na primeira e um DSQ na segunda. Detalhe que todas(!!) as competidoras foram desqualificadas na segunda regata porque todas erraram e montaram uma das boias da raia do Hobie16 que estava meio confusa. Acontece até em grandes eventos gentemm! Vai vendo!! Bem, com isso, nossas heroínas estão agora em 3º geral, com 17pp. As líderes argentinas, Travascio/Branz, têm 10 pontos. Dá pra chegar… Sem querer botar pressão, meninas! No sapatinho!!…

No peixe-sol, nosso homem do tempo brilhou. A despeito de ser um completo neófito na classe Sunfish, João Hackerott, mandou um belo segundo lugar na única regata de ontem para eles. Com isso, ele soma 12pp, sobe para 5º geral, se aproxima do pódio e não vê os líderes, chileno e canadense se distanciarem muito com seus 5 pontos cada. Ahhh, moleque!! Se eles derem mole… Crau!!

Na tripula mais 24 do mundo Jota, Johnny King (que nunca perde a majestade), Neném, Spanto e Gui seguem a saga santa (ou não) em Toronto. Com duas regatinhas ontem, um quarto e um sexto (pra esquecer, já que são só seis barcos mesmo…) a galera conseguiu segurar a posição de bronze. Ufa!! Depois de 5 provas são 14pp e os líderes, Argentina e Canadá, derem uma “abrida” com 6 pontos cada um. Força na peruca, galera!!

No Snipe, a coisa continua estranha para Xandi Paradeda e Geórgia Rodrigues. Com um sexto e um oitavo ontem a dupla tem 27pp após 5 regatas e está em 7º geral. Os argentino têm 7pp e os porto-riquenhos também. Em terceiro está a lenda americana Augie Diaz, e sua parceira, com 13 pontos. Não está mole pra ninguém!!

Por fim, para fechar em alta, temos a aposta certa de Claus Bieckark e sua turma no relâmpago. Com duas regatas ontem para fechar 5 já corridas, a classe Lightning está, como sempre, bem disputada. E os barsucas são vice-líderes depois de um segundo e um terceiro nesta terça. Com 9pp perdiso, Claus, Gunnar e Maria seguram nada menos que o forte time americano e a lenda chilena Tito Gonzales e seus asseclas, com 12pp e 13pp respectivamente. Como diziam lá no cerrado, se fosse fácil todo mundo fazia!!

Fui!!

Ah… Um videozinho da Mundial de TP52 em Palma pra descontrair e informar já nosso Phoenix está voando lá também: http://bit.ly/TPWldD1_2015

Murillo Novaes

Resumão de segunda na Terça. Pan, Transatl6antico, VOR, Nacra, Snipe, 49er, Rey, Fastnet, Santos-Rio, 420, Vladivostok, OP e mais!!

No lago Ontário o dia, ontem, foi bem produtivo para os brasileiros.

No lago Ontário o dia, ontem, foi bem produtivo para os brasileiros.

Brasil vai bem no segundo dia da vela em Toronto 2015 e lidera no Laser Radial e nas pranchas, 49FX é vice-líder e J/24 e Lightning estão em terceiro. Lucky é fita azul da Transatlantic Race. Abu Dhabi passa o rodo na Volvo Ocean Race.

E mais: Platoon vence primeira de hoje no Mundial de TP52. Flotilha brasileira tem bom desempenho do Norte-Americano de OP. Bruschetta termina em 8º Mundial de J/70. André e Kyra Misrky são brasileiros melhor colocados no Mundial de Nacra 17. Final totalmente dinamarquesa no Mundial de Match feminino. Amiguinho e Nick Grael são campeões italianos de Snipe. Burling e Tuke continuam incrível série de vitórias no Europeu de 49er, Dante e Thomas são os melhores brasileiros. Robert, em 15º, e Bruno Fontes, em 21º, no mundial de Laser antes do Pan. Meninas do Brasil defendem título da Nation’s Cup em Vladivostok. Chicago-Mackinac enfeita lago Michigan. Larga a Transpac. Groupama lidera Tour de France a la Voile. 

Agenda: Mundial de 420. Copa del Rey. Fasnet Race e Circuito Rio. 

Vídeos: Solitaire du Figaro termina. Ilhabela produz belas imagens na Semana de Vela.

#ihdeumerda clássica atravessando de balão. 

Bom dia querido amigo e queridíssima amiga, modulando direto das zorópias onde rolou velejinho na semana passada com Alex Bocage no ventoso lago Neuchatel, na Suíça, (Valeu, Bro!!) e amanhã rola o inédito velejo no rio Moldava aqui em Praga (coisa de viciados! Valeu, Antonim!), vamos seguindo a saga resumística já que o mundo gira, a Lusitana roda e como diria Cazuza, o tempo não para!

Comecemos por Toronto, porque ontem foi dia bom pra nossa galera por lá!!

Pan2015 – Ontem o lago Ontário foi generoso com os brasileiros. Com vitórias em sete regatas, nosso time estaria neste momento no pódio de seis das dez classes pan-americanas. E teria três ouros!

O destaque continua com as pranchas de Bimba e Pat Freitas que voltaram a vencer regatas na RS:X Masculina e Feminina. Ricardo “Bimba” Winicki lidera com 3 pontos (já com um descarte, após 3 regatas) e Patricia Freitas segue em busca do bi também com 3 pontos perdidos em 4 provas, ou seja, só conta as 3 vitórias. Uhuu!!

Com um 2º e um 3º ontem, Fernanda Decnop, colocou a bolinha dourada na vela e lidera flotilha do Laser Radial com 5pp. Arrebentou! Já Martine Grael e Kahena Kunze largaram escapadas em uma e venceram as outras duas de ontem para ficar na vice-liderança com 6pp, dois atrás da dupla argentina. Arrebentaram também!!

Em plena recuperação está também nossa turma do 24… O J, digo! Liderados por John King, Daniel Santiago, Alexandre Saldanha e Guilherme Hamelmann fizeram um 2º e um 3º ontem e já aparecem em 3º geral com 6pp. Também em terceiro geral estão Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackerott, no Lightning. Com um 3º e um 2º nesta segunda-feira eles têm 4pp e estão na cola dos líderes. Apertado!

Robert Scheidt, também venceu regata ontem, mas um sétimo na segunda do dia ainda o coloca em 8º geral com 15pp. Xandi Paradeda e Geórgia Rodrigues, com um 4º e um 5º, estão em 7º no Snipe e nosso Hobie 16, com Claúdio Teixeira e Bruno Oliveira, com um 4º na única do dia, está também em 4º geral. No Sunfish, João Hackerott fez um 6º e um 5º para garantir o 7º geral. Tá muito bom!! Vamos que vamos!!

Hoje está bem merrecado de novo, mas as regatas estão previstas à partir das 12:35h (Brasília). Fique ligado!!

Transatlantic – Uma regata que começou em 1866 e até hoje representa um enorme desafio para qualquer barco ou velejador é a Trasantlantic, entre Newport, EUA e Cowes, no Solent, sul da Inglaterra.

Ao longo de sua bela história que começou com um desafio entre os barcos de bolina e quilha longa, a prova viu muitas inovações e marcou épocas, como em 1928 quando o Niña desenhado por Starling Burgess foi o primeiro veleiro sem vela de gafetope a vencer a regata.

Ou na edição de 1963, uma das mais acidentadas na história, quando o Dyna, do Comodoro do NYYC, Clayton Ewing, perdeu o leme e navegou mais de mil milhas governando apenas pela trimagem das velas e chegou em 4º na Classe A. Façanha vista como uma das maiores proezas de marinharia na história do clube. Não duvido!

Duas escunas também fizeram história na regata. A lendária Atlantic de 227 pés que estabeleceu, em 1905, com o não menos legendário Charlie Barr no timão, o tempo recorde de 12d, 4h, 1m, 19s. E a Mari-Cha IV que em 2008 fez 9d, 15h, 55m, 23s.

Neste ano o Reichel/Pugh 63 Lucky foi o fita azul com 8d, 22h, 5m, 3s. Mas como as largadas acontecem em dias diferentes para as diversas categorias provavelmente o tempo será batido.

Bem, o Comanche, megamaxi de 100 pés alega que bateu o recorde do Ericsson4, VO70 de Torben Grael, que até então era o monocasco mais rápido do mundo com 596 milhas singradas em 24h na VOR 2008/9. Os comanches navegaram 618 milhas em 24h, à média de 25,75 nós! O conselho de recordes da Isaf deve ratificar a distância. De qualquer forma, a coisa foi tão brutal no barco timoneado por Ken Read que o navegador Stan Honey, o melhor do planeta segundo nove entre dez navegadores, sofreu uma queda e uma contusão grave na cabeça. Que ele melhore logo para ir para a Fasnet!

E, para finalizar, em terceiro veio nada menos que a Mariette, de 1915, o maior, mais pesado e comemorando seu centenário este ano, barco mais antigo neste desafio transatlântico. A tripulação, navegando este projeto de Herreshoff que mede 80 pés de comprimento na água, 108 pés no convés e 138 pés no geral, e desloca 165 toneladas, chegou, com suas velas de gafetope, à soberba velocidade máxima de 17,8 nós. Demais!! Um mar de história e um palco de grandes artistas é o Atlântico Norte! Atlântico sempre!!

VOR – O dileto leitor já deve estar careca de saber (o Xandi Paradeda, por exemplo, tenho certeza!), mas como este manza não mandou a regular missiva resumidora nos últimos dias e acabou a regata de volta ao mundo neste interim, resolvo informar os desinformados. Até por dever profissional e respeito pelo amigo!

E para fazê-lo nada melhor que o velho e bom autoplágio. Como minha coluna no maior jornal náutico do país (e único, mas tudo bem…) versava sobre o tema, reproduzo aqui, já com as vênias necessárias ao Ricardo Amatucci e à galera de AlmaNáutica, parte de meu editorial sobre a VOR publicado na nossa gazeta predileta.

“… Mas o que aconteceu de importante mesmo nestes dias foi o final de mais um edição da Volvo Ocean Race. …

Team Alvimedica cruzou a linha de chegada em primeiro após concluir o percurso entre Lorient, com um pit-stop em Haia, e Gotemburgo em 4 dias e 9 horas. E todos fizeram muita festa para o time mais jovem da competição. ‘Claro que estamos muito felizes por essa vitória. Foi um ótimo resultado, pois conseguimos segurar a liderança obtida antes do pit-stop de Haia’, disse o norte-americano Charles Enright, comandante do barco. ‘Vamos aproveitar o momento e depois pensar na última regata in-port’.

O veleiro turco terminou a prova de 960 milhas náuticas com vantagem de 23 minutos para o Team Brunel, segundo colocado. O MAPFRE, do nosso brasuca André Fonseca e o Dongfeng cruzaram a linha minutos depois. Os últimos a fechar a nona etapa foram Abu Dhabi Ocean RacingTeam Vestas Wind e o feminino Team SCA. Meninas, aliás, que fizeram bonito ao vencer a difícil perna de Lisboa até Lorient. A diferença do primeiro ao sétimo colocado não superou duas horas.

Ao fim, todas as equipes, com exceção do acidentado Vestas, que perdeu mais da metade das etapas depois do encalhe nos recifes de Cargados Carajos, no oceano Índico, ganharam pelo menos uma perna nesta edição da regata. O que demonstra, mais uma vez, que a decisão de ir para o One Design, com barcos rigorosamente iguais, deu super certo.

Mas não pense que acabou! A equipe do Alvimedica ainda iria disputar o desempate na in-port race de Gotemburgo contra o MAPFRE. Ambos somaram 34 pontos perdidos e a colocação final na série de regatas locais vai definir quem fica em quarto e em quinto lugares. ‘Foi uma perna bastante difícil e a parada em Haia praticamente definiu a etapa. O Alvimedica foi melhor, méritos pra eles! Cometemos alguns erros que nos tiraram a vitória’, disse André Fonseca, do MAPFRE. ‘Agora resta a disputa pelo quarto lugar. Vamos fazer a nossa regata sem nos importar com um match race contra o Alvimedica’, completou Bochecha.

O resultado em Gotemburgo também confirmou o pódio final da Volvo Ocean Race 2014/15. O Abu Dhabi Ocean Race (Emirados Árabes Unidos) ficou com a taça, o Team Brunel (Holanda) em segundo e o Dongfeng Race Team (China) no terceiro  degrau do pódio. O britânico Ian Walker, comandante do time árabe, entra para o seleto grupo de medalhistas olímpicos e vencedores da Volta ao Mundo, como o nosso Torben Grael. No Abu Dhabi estava também o espanhol Chunny Bermudez, integrante do Brasil 1 na histórica campanha de 2005/6.

Ainda no píer sueco, a tripulação recebeu o troféu erguido pelo emocionado Ian Walker, que persegue este título há três edições. O último compromisso das equipes é (veja abaixo os resultados finais finais) a supra citada regata in-port sueca, que fechará a maior competição de vela oceânica do planeta. As provas locais agora compõem uma série à parte da VOR e são realizadas em todas as cidades-sede e servem apenas como critério de desempate da série principal. E o Abu Dhabi também é o líder provisório das in-ports! Estão com tudo!! Quem viver verá!”

E, pra finalizar o mico de não ter enviado isso para todos antes, vamos ao resultado final da série de regatas locais (in-port). Em Gotemburgo deu: BrunelSCAMAPFREDongfengAlvimedicaAbu Dhabi e Vestas. Com isso a série terminou com o Abu Dhabi também campeão com 31 pontos, seguido de: Brunel 32pts; SCA 35pts; MAPFRE 37pts; Alvimedica 37pts; Dongfeng 40pts e Vestas 73pts.

E a classificação geral da Volvo Ocean Race 2014/15 ficou assim:

1. Abu Dhabi Ocean Racing – 24pts
2. Team Brunel – 29pts
3. Dongfeng Race Team – 33pts
4. MAPFRE – 34pts
5. Team Alvimedica – 34pts
6. Team SCA – 51pts
7. Team Vestas Wind – 60pts‏

Ainda há pouco, na baía de Palma, o alemão Platoon faturou a primeira regata do Mundial de TP52.

Ainda há pouco, na baía de Palma, o alemão Platoon faturou a primeira regata do Mundial de TP52.

(\_~~ (\_ Rajadinhas (\_~~ ~ (\_

**   Notícia fresca! Começou hoje o mundial de TP52, em Puerto Portals, em Maiorca. E na primeira regata do dia, o alemão Platoon venceu com o Azzurra em segundo, o Quantum em terceiro e o brasuca Phoenix, de Eduardo Souza Ramos, em quarto. Show de bola!! Rola até dia 18… Pra cima deles!!

**  Terminou neste domingo o Campeonato Norte Americano de Optimist em Antígua. A separação nas flotilhas ouro, prata e bronze ocorreu somente no último dia, quando foram realizadas duas regatas com ventos entre 18 e 22 nós e muita ondulação, o que aumentou a dificuldade para os velejadores. No fim, os brasucas melhor colocados entre xxx barcos foram: 17º Nicolas Bernal; 40º Rafaela Salles e 41º Lucas Urmenyi. Outros 17 pequenos brasileiros também competiram. Viva o futuro!! Súmula completa em: http://bit.ly/OP_W2015

**  Essa vem direto da lavra de Flavinha e Alê no canal Mar Brasil… De 6 a 11 de julho, foi disputado nas águas de La Rochelle, na França, o Campeonato Mundial da classe J/70. Com 78 barcos na raia, a equipe Buschetta, comandada por Maurício Santa Cruz, do Iate Clube do Rio de Janeiro, terminou em oitavo lugar, com 115 pontos. Boa, Santa!!

**  E em Rimini, na Itália, rolou o Italiano de Snipe. Com vitória tupiniquim! Alexandre “Amiguinho” Tinoco e Nick Grael faturaram o caneco insular com categoria. Parabéns duplo à dupla!!

**  Terminou em Aarhus, na Dinamarca, o mundial do catamarã olímpico Nacra 17. E o Brasil continua crescendo na nova casse e dominando este verdadeiro cavalo xucro dos mares. Nosso casal 20 de rara beleza, alegria e competência André Mirsky e Kyra Mirsky terminou na quinta posição na flotilha prata (38º no geral), com 90 pontos perdidos. João Bulhões e Gabriela Nicolino chegaram em 9º (42º no geral), com 96. E Juliana Mota e Andres Leandro Azabuya ficaram em 10º (43º no geral), também com 96 pontos perdidos. Seguuura peão!!!

**  Mais Nacra…  Duo que tem dominado a classe desde que se tornou olímpica, os franceses Billy Besson e Marie Riou mantiveram a supremacia e venceram o Mundial pela terceira vez consecutiva. Eles também foram os vencedores do Aquece Rio 2014, evento-teste da vela para os Jogos Olímpicos Rio 2016, realizado em agosto e a dupla deve retornar à cidade maravilhosa no próximo mês para disputar novamente o evento-teste na Baía de Guanabara. Feras!!

**  Esta é velhinha, mas tenho que registrar… No mês passado, Martine Grael e Kahena Kunze conquistaram a medalha de ouro na etapa de Weymouth (Inglaterra) da Copa do Mundo Isaf. A dupla venceu com sobras a regata da medalha e terminou a competição com 32 pontos perdidos, deixando para trás as neozelandesas Alexandra Maloney e Molly Meech, que lideravam a disputa ao fim da fase de classificação. De virada é mais gostoso!

**  Em tempo… Foi a terceira participação de Martine e Kahena em etapas da Copa do Mundo 2015 e o terceiro pódio. Elas agora têm um ouro (Weymouth), uma prata (Hyères, na França) e um bronze (Miami, nos Estados Unidos). Ao todo, o Brasil já soma seis medalhas em etapas da Copa do Mundo 2015. Em Hyères, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan conquistaram o ouro na 470 feminina. Robert Scheidt, na Laser, e Patrícia Freitas, na RS:X feminina, ficaram com o bronze. Vai, time!!!

**  Terminou também o Europeu de 49er, no Porto, em Portugal. Nossas duplas que disputam a vaga olímpica lá estiveram para mais um round de alto nível. E no final Dante Bianchi e Thomas Low-Beer ficaram em 20º na flotilha ouro e Marco Grael e Coveiro terminaram em 19º na flotilha bronze com uma incrível sopa de letrinhas (BFD, DNE, DNC…) de dar nos nervos.  Como sempre, Peter Burling e Bair Tuke (NZL) venceram. Normal! Os caras, desde a prata em Londres 2012, não deixaram de ganhar nenhum campeonato dos 18 que disputaram nestes 3 anos. É mole??

**  Pouco antes do Pan, também no Canadá, os brasileiros Robert Scheidt e Bruno Fontes correram o Mundial de Laser, em Kingston. O bicampeão olímpico, que buscava o seu 11º título mundial, terminou a competição em 15º lugar, entre 158 barcos, com 132 pontos perdidos. Já o catarinense ficou em 21º lugar, com 165 pontos perdidos. Fora da flotilha ouro, João Pedro de Oliveira foi o 35º colocado na flotilha bronze, com 329 pontos perdidos. Foi duro!!

**  Ainda no raio laser… Vice-campeão mundial em 2010 e 2011, o britânico Nick Thompson foi o campeão em Kingston, com 67 pontos perdidos. Bronze no Mundial de 2013 e ganhador de três etapas da Copa do Mundo de Vela na atual temporada, o alemão Philip Buhl chegou em segundo, com 93 pontos perdidos. Medalha de ouro na etapa francesa de Hyères da Copa do Mundo e vice do mundial no ano passado, o australiano Tom Burton completou o pódio, com 97 pontos perdidos. Alto nível!!

**  E logo ali, em Vladivostok, na Rússia (quem jogava War, conhece…), vai rolar a final da Nation’s Cup da Isaf de match race. Como o Brasil foi campeão na Dinamarca em 2013 nossas meninas estão lá (entre os valetes, só gringos) nos representando. Juju Senfft no leme, Tati Almeida como trimmer, Luciana Kopschitz na secretaria e Larissa Juk na proa vão dominar o Platu 25 pátrio que vai enfrentar mais quatro times nas águas de da baía de Amurskiy. Sorte, gatas!!

**  E com o verão no hemisfério norte a coisa está animada na terra do tio Sam. Neste exato momento rola a tradicional Chicago-Mackinac Race, em sua 107ª edição, a prova “de oceano” do lago Michigan com mais de 300 milhas. Apesar da merreca lacustre, o Maxi Z86 Windquest bateu o VO70 Il Mostro e faturou, pelo terceiro ano consecutivo a fita azul ontem. Congrats!!

**  E hoje larga em Los Angeles, rumo à Honolulu a não menos tradicional Transpac. Disputada desde 1906 por inspiração do antigo rei do Havaí, Kalakaua, a prova de 2.225 milhas atrai barcos de todos os tipos. Neste ano, na flotilha de 61 veleiros, destaque para a escuna Martha, de 1907, e para o antigo Groupama 3 (que já foi o mais rápido do mundo), o maxi-tri de 105 pés, rebatizado de Lending Club 2. Vai ser bonito!

**  A dinamite dinamarquesa explodiu forte no primeiro evento da WIM – Women’s International Match Race –, em 2015, o Mundial da categoria em Middelfart (que numa tradução livre do inglês poderia ser algo como, meio peido… Sei lá… Que bobagem!). A final foi, digamos, toda local e levantou a galera, com as equipes de Lotte Meldgaard e Camilla Ulrikkeholm, disputando o título numa melhor de 5 que viu um 3 a 2 emocionante que, por fim, definiu Lotte, Anne Sofie Munk, Nina Grunow, Vivi Lund Møller, Tina Gramkov e Josephine Nissen as novas campeãs do mundo. Show!

**  E está rolando o Tour de France a La Voile. Após 10 dias de regatas, todas as equipes já têm uma boa noção dos trimarãs Diam 24 e algumas estão começando a brilhar. Apesar de uma colisão com o Prince Bretagne na última prova, que os impediu de cruzar a linha, o Spindrift foi o grande campeão na etapa de Roscoff e subiu para o segundo lugar geral, atrás Groupama, de Franck Cammas. A galera embala os barcos e vai para Les Sables d’Olonne, para o 5º Ato, última parada na costa do Atlântico, antes de ir para Roses, no Mediterrâneo. Dez!!

(\_~~ (\_ Agenda (\_~~ ~ (\_

**  Começa na próxima sexta-feira o Campeonato Mundial de 420 em Karatsu, no Japão. E a dupla do Veleiros do Sul Thiago Ribas e Erik Hoffmann embarcou amanhã para a Ásia para defender nosso país em terras nipônicas. O campeonato conta com 170 barcos inscritos e terá a participação de cinco equipes brasileiras — além da dupla do Veleiros do Sul, também correm o campeonato quatro duplas do Yacht Club de Santo Amaro. Os gaúchos terão aconselhamento de alto nível com o técnico argentino Pablo Volker, campeão mundial de 420 em 2011. Sorte a todos!!

**  No dia 16 de agosto rola a clássica Rolex Fasnet Race com recorde de 390 barcos (de 25 países) e mais de 4 mil velejadores. A regata bienal é um marco da vela mundial e um dos grandes desafios de nosso esporte. Neste ano os recém nascidos IMOCA60, que correrão a próxima Vendée Globe vão testar seus novos fólios por lá. Imperdível!

**  De 1º a 8 de agosto rola em Palma de Maiorca a 36ª Copa del Rey. Com 72 barcos inscritos a ORC mostra força no evento e é a maior classe presente. Regatinhas nota 10 sempre!

**  Prepare-se!! Vem aí o Circuito Rio! No dia 26 de outubro acontece a 65ª Regata Santos-Rio e de 30/10 a 02/11 o circuito no ICRJ. As inscrições até 1º de outubro têm bons descontos. Aproveite!!

(\_~~ (\_ Vídeos (\_~~ ~ (\_

**  Terminou a Solitaire du Figaro! O francês de 41 anos Yann Elies, no
Groupe Queguiner – Leucemie Espoir foi o grande vencedor após 4 etapas entre Bordeux, Sanxenxo (ESP), La Cornouaille, via pedra de Fastnet, a Torbay (GBR) e final em Dieppe. Neste vídeo de 13 minutos, a história toda da 46ª edição do desafio solitário! Maneiro!! http://bit.ly/Sol_Fig2015

**  A página de vídeos da Semana de Ilhabela está, por assim dizer… Bela! O videomaker Felipe Castellari cobriu a 42a. Semana de Vela de Ilhabela e colocou ar no três vídeos com as regatas dos primeiros dias do evento. O Team Crioula, do Camiranga, fez um registro histórico da Regata Alcatrazes, quando bateram o recorde do percurso de 60 milhas. Confira!! http://bit.ly/Ilha2015_Vids

(\_~~ (\_ #IHDEUMERDA  (\_~~ ~ (\_

Quem veleja sabe… Atravessadinha básica de balão no estilo terror e pânico (passageiro ou não…).

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(\_~~ (\_ Entre Aspas (\_~~ ~ (\_

“Uma vida sem desafios não vale a pena ser vivida.” Do filósofo Sócrates, o grego e não o corintiano.

Fui!! Tentando fazer valer a pena…

Murillo Novaes

 

 

 

Resumito de segunda! Fim de Ilhabela, começo do Pan!

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

E foi assim que a galera viu os uruguaios no final da Semana de Vela de Ilhbela 2015. Parabéns aos orientais! (Foto: Marcos Mendez/SailStation)

Uruguaios vencem em Ilhabela. Vela brasileira estreia na merreca em Toronto 2015. 

Bom dia querido amigo e mais que querida amiga, transmitindo direto de Praga (uma praga dupla no caso, já que cá estou…) onde vim ficar um pouco com a belamada, nascida aqui do lado, que tem compromisso profissionais por estas plagas, vamos retomando as atividades resumísticas já que o último mês foi meio intenso e quase não escrevi nada. Sorry! A novidade é que nascerá em dezembro mais um velejador ou velejadora, desta feita eslovaco-cabofriense!! Uma vida de aventuras, meus amigos!! Vamos que vamos!!

De qualquer forma, todos sabem que meu perfil público no Feicibuqui está sempre às ordens e com novidades diárias: http://bit.ly/FB_MuNov .

E como a procissão não para, vamos direto para Toronto e Ilhabela porque ontem chegou ao fim um evento importante e o começo outro no planetinha vela. Desta feita, já mando este resumito e, depois, ao longo da semana o Resumão regular com as últimas do Pan também. Ahoy!

Pan2015 – No dia de merrequinha no lago Ontário foram corridas ontem as primeiras regatas do Pan2015. O Brasil está com o time completo e teve resultados diversos no dia que só viu uma prova de cada classe, de até três previstas

O destaque vai para as bem-sucedidas pranchas de Bimba e Pat Freitas que venceram suas regatas na RS:X Masculina e Feminina. Na RS:X masculina, Ricardo “Bimba” Winicki tenta o tetracampeonato consecutivo já que faturou em Santo Domingo, Rio e Guadalajara. E ainda soma uma prata em Winnipeg. Na RS:X feminina, Patricia Freitas segue em busca do bicampeonato seguido depois de faturar o ouro no México. Turma boa!!

Outro destaque é o Lightning, claro. Claus Bieckark, Gunnar Ficker e Maria Hackrott ficaram em segundo na única regata do dia. Claudio Biekarck, ex-técnico de Robert Scheidt na classe Laser participa do evento pela nona vez. Na Lightning, ele busca sua nona medalha. Foi ouro em Caracas, na Venezuela, em 1983; prata na Cidade do México, em 1975, Mar del Plata e Winnipeg; e bronze em Indianápolis, nos Estados Unidos, em 1987, Havana, em Cuba, em 1991, no Rio em 2007 e em Guadalajara. Demais!

Por falar no alemão, a reestreia pan-americana de Robert na classe Laser depois de uma temporada produtiva na Star foi complicada nas condições de ontem. Nosso herói ficou em 7º na flotilha de 16 barcos presentes. E por falar em favoritos eternos (o que é sempre bom para a mídia e ruim para os próprios…), as campeãs mundiais Martine Grael e Kahena Kunze, amargaram um 4º entre os seis veleiros 49FX em águas canadenses. Segundo Martine comentou, o barco que eles estão usando lá estava peladinho da Silva quando chegaram e elas tiveram que lutar contra o tempo para ajeitar tudo. Mas não duvido que elas e Scheidt se recuperem sem grandes dificuldades! Veremos!

No inusitado Sunfish, onde nosso meteorologista João Hackerott começou há velejar há “minutos” e já mostrou competência no pré-pan, a coisa ficou de bom tamanho com um 5º entre 12 barcos. Já para o HC16, de Claudio Teixeira e Bruno Oliveira, foi um dia para esquecer, sétimos entre 7 barcos. Acontece!

No J/24, John King estreou com a difícil missão de substituir o multicampeão Maurício Santa Cruz que teve que desistir na última hora. Com um 4º lugar entre os seis barcos não é nada a se comemorar, mas o time (com Neném, Spanto e Gui) que já venceu alguns Pans, promete! Força na peruca, galera!

Já no Snipe, também com uma substituição de última hora, já que Lucas Aydos teve problemas de saúde e Georgia Rodrigas entrou na proa de Xandi Paradeda, o dia foi ruim também. Com um 8º entre 10 barcos, Xandi, que já foi ouro e prata no Pan, vai com a faca nos dentes para as provas de hoje, previstas a partir da 12:35h (Brasília).

Segundo Torben Grael, dono de cinco medalhas olímpicas, que, pela primeira vez, atuará no Pan como Coordenador Técnico da Confederação Brasileira de Vela (CBVela), “nossa expectativa é boa como costuma ser em Jogos Pan-Americanos. Estamos bem na maioria das classes e vai ser um bom teste para alguns atletas que nunca foram aos Jogos”, como afirmou ontem.

Em 15 participações nos Jogos Pan-Americanos, a Equipe Brasileira soma 70 medalhas. São 32 de ouro, 23 de prata e 15 de bronze. E o Brasil vem de duas participações arrasadoras na vela em Jogos Pan-Americanos. No Rio de Janeiro, em 2007, foram sete medalhas, sendo três de ouro, duas de prata e duas de bronze. Em Guadalajara, no México, em 2011, foram mais sete, sendo cinco de ouro, uma de prata e uma de bronze. Este último é o melhor resultado de láureas douradas da equipe. Já em total de pódios o desempenho mais expressivo aconteceu em Winnipeg, no Canadá, em 1999, quando os brasileiros faturaram nove medalhas (uma de ouro, cinco de prata e três de bronze). Que o Canadá continue dando sorte! Pra frente Brasil!!!

Ilhabela – O imponente barco uruguaio de 48 pés, Cristabella, e sua tripulação rigorosamente uniformizada em vermelho, mantiveram a regularidade durante a semana e venceram a única regata disputada no sábado, último dia da Semana de Vela de Ilhabela 2015. A decisão foi dramática. Na véspera, os uruguaios estavam em terceiro lugar na classificação geral, com 13 pontos perdidos, contra 12 do líder Itajaí Sailing Team e 12,5 do Seu Tatá (RJ).

Além de vencer a regata decisiva no tempo corrigido, o Cristabella foi também o fita azul. Foi a única vitória dos uruguaios, que obtiveram ainda dois segundos lugares em seis regatas. A prova final começou com vento sudoeste de oito nós, o que viabilizou uma barla-sota, com quatro pernas, dentro do canal de São Sebastião. No meio da regata a intensidade caiu para cinco nós e depois praticamente zerou. Os últimos barcos tiveram de se arrastar para concluir a prova.

Desde 2011, com o título do S40 Pisco Sour, do Chile, a Semana de Vela de Ilhabela não contava com um campeão de outro país. Entre as cinco conquistas internacionais registradas ao longo de 42 anos, pela segunda vez a principal competição de oceano do continente tem um vencedor do Uruguai. A primeira foi em 2006, com o Memo Memulini. A Argentina esteve no degrau mais alto do pódio em duas ocasiões: 2007 com o Personal e 2009 com o Cusi 5.

Pela primeira vez em Ilhabela, os velejadores do Yacht Club Uruguayo levarão para Montevideo apenas lembranças positivas da Capital Nacional da Vela. “Fomos recebidos fantasticamente. Corremos bem desde o primeiro dia, na Regata Alcatrazes com vento de 30 nós, situação comum no Uruguai”, relatou o timoneiro do Cristabella, Martin Meerhoff, que incluiu na tripulação o filho Joaquim, de 14 anos, velejador da classe 29er.

“A sexta-feira foi um dia precioso. Deixou os três primeiros colocados separados por apenas um ponto. Neste sábado, conseguimos largar bem e abrimos em relação aos rivais. Quando o vento acabou já estávamos em primeiro e chegamos com mais de oito minutos de vantagem para o segundo colocado. Para os uruguaios, velejar em Ilhabela é um sonho. Vencer, para mim é um orgulho. Nosso país tem mais títulos mundiais na vela do que no futebol”, declarou o campeão Martin.

Itajaí Sailing Team, do Iate Clube de Santa Catarina, e o Seu Tatá, do Iate Clube do Rio de Janeiro, ficaram em segundo e terceiro lugares, respectivamente. Embora tenha sido a estreia da tripulação em Ilhabela, o Cristabella já conhecia as raias do canal de São Sebastião, onde navegou sob comando do tetracampeão brasileiro de C30, Marcelo Massa, antes de ser transferido para o país vizinho.

Massa, aliás, confirmou mais um título – A C30 consagrou o Loyal CA Technologies como o melhor barco da classe no País. Um dia depois de conquistar o tetracampeonato brasileiro, o barco de Marcelo Massa venceu também a SVI. “O Brasileiro era apenas nosso primeiro objetivo. Trouxe mais confiança para a tripulação e partimos para o segundo título. Mais uma vez mostramos que regata se ganha na água”, ratificou Massa. O Loyal somou 12 pontos perdidos, contra 14 do vice Caballo Loco, e 15 do medalha de bronze Zeus Team, de Florianópolis.

A classe HPE 25, maior flotilha do campeonato com 20 embarcações, viveu uma situação inusitada e um final eletrizante. O campeão Suzuki Bond Girl teve o mastro quebrado logo na regata de abertura, para depois conquistar o título com 11 pontos perdidos, apenas um de vantagem sobre o vice, Ginga, que também ficou a um ponto do terceiro colocado, Repeteco Take Ashawer.

“Trocamos o mastro e não sabíamos o que aconteceria. Já vivi experiência semelhante quando fui campeão brasileiro de Pinguim com um mastro torto. Agora virou amuleto. Não sei se vou comprar o mastro emprestado ou um novo. O Ginga, pelos treinos em Ilhabela, sempre é o barco a ser batido e nós conseguimos vencê-los”, comemorou o Rique Wanderley, o comandante campeão.

Asbar II Total Balance, de Sérgio Klepacz; Rainha Empresta Capital, de Leonardo Pacheco; e BL3 Urca, de Pedro Rodrigues, foram os três primeiros na RGS Geral, pela ordem. “Foi uma disputa acirrada, principalmente com o BL3 Urca. Na regata decisiva, estávamos marcando o Urca quando merrecou. Não havia o que fazer e quem se aproveitou da situação foi o Rainha“, Gostaria de dar os parabéns à Comissão de Regatas, que salvou o campeonato nos dias difíceis para se montar a raia”, contou Paulo de Jesus, o Tinah, tático do Asbar II.

Os barcos da classe Star elevaram o nível técnico da competição pelo terceiro ano consecutivo. Marcelo Bellotti e Pedro Bolder conquistaram um título inédito com quatro vitórias em seis regatas. Os argentinos Torkel Borgstrom e Juan Pablo ficaram com a medalha de prata, seguidos pelos campeões sul-americanos Marcelo Fuchs e Ronald Seifert.

“Estou muito feliz depois de batalhar durante um ano e meio para andar bem na classe. O Pedro, na proa, ajudou muito. Fiquei contente com nossa velocidade em um campeonato de alto nível. Conseguimos segurar o Torkel, sempre próximo colocando pressão na gente. Até este domingo de manhã estava muito tenso, mas fiz uma ótima regata”, afirmou Bellotti.

O dia da decisão foi aberto com um desfile das embarcações antes da largada. Mais da metade dos 145 inscritos aceitou o convite da Comissão de Regatas (CR) para o evento informou que levou os barcos a passarem rente ao píer da Vila (centro histórico de Ilhabela.). O público em terra delirou com as manobras mais ousadas e a saudação dos tripulantes. Mais de 500 torcedores se aglomeraram a partir das 10h00 para aplaudir, fotografar e acenar para os velejadores que, embarcados, retribuíam ao carinho com buzinas, apitos e coreografias no convés.

“Apoio plenamente a ideia. A iniciativa contribui para a vela e aproxima o público dos barcos e dos velejadores. O Magia Energisa estará presente”, garantiu o comandante Lars Grael assim que chegou ao Yacht Club de Ilhabela para o dia decisivo. “Foi bom demais. Deveria se tornar uma tradição”, comentou Iriana Bottene, fã da modalidade e que acompanhou toda a movimentação no píer. Com a narração do evento, ao vivo, turistas e moradores tiveram a oportunidade de ver os esportistas em ação e compreender o que acontecia na água, como se estivessem na arquibancada de um estádio ou ginásio.

Pelo segundo ano consecutivo, a Ilhabela Sailing Week premiou o “Diário de Bordo” para a tripulação mais ativa nas mídias sociais. O Maestrale 2, comandado por Adalberto Casaes, foi o vencedor com números expressivos: 39 posts publicados, mais de 200 comentários, 2.200 compartilhamentos, 3.600 visitas únicas e quase 5.000 visualizações.

A fan page oficial do evento também deu um belo salto, saindo de 2.200 para 3.500 seguidores. Já o site subiu ainda mais, dobrou o número visualizações e triplicou os visitantes únicos em relação ao ano passado. Ano que vem tem mais!!

Campeões de cada classe

ORC Geral – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC A – Cristabella (Martin Meerhoff)
ORC B – Santa Fé V (Nelson Avila Thomé)
ORC C To Nessa (Renato Faria)
IRC – Cristabella l(Martin Meerhoff)
C30 – Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
Brasileiro de C30 – Campeão: Loyal/CA Technologies (Marcelo Massa)
HPE 30 – Carioca Jr. (Roberto Martins)
HPE 25 – Suzuki/Bond Girl (Rique Wanderley)
Clássico – Cangrejo (Ricardo Carvalho)
Mini – Jacaré (Pedro Fukui)
RGS Geral – Asbar II (Sérgio Klepacz)
RGS A – Kalymera V (Antonio Carlos Paes Leme)
RGS B BL3 Urca (Pedro Rodrigues)
RGS C Rainha/Empresta Capital (Leonardo Pacheco)
RGS Cruiser Helios II (Marcos Gama Filho)
Bico de Proa A – H2Orça (Hilpert Zamith)
Bico de Proa B Super Bakanna (Alexandre Dangas)
Star – Marcelo Bellotti/Pedro Bolder
Equipes – Iate Clube do Rio de Janeiro (Seu Tatá / Magia / Kalymera / Kybixu)
Diario de Bordo – Maestrale II (ORC/IRC, Adalberto Casaes)

Resultados completos em: http://bit.ly/Ilha_2015

Fui!!

Murillo Novaes

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