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Posts com Tag ‘volvo’

Parem as Máquinas! AkzoNobel, de Martine Grael, vence a 6ª etapa da VOR em Auckland.

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Na madruga kiwi, foi Martine e seus companheiros que cruzaram linha primeiro. Uhuu!

Esta terça-feira que se inicia em terras brasilis, já madrugada de quarta-feira na Nova Zelândia (GMT+13), é histórica para a vela tupiniquim. E novamente quem protagoniza o feito traz um sobrenome legendário nos mares nacionais e planetários: Grael.

Na primeira vez que um velejador brasileiro venceu uma etapa da regata de volta ao mundo, na Holanda, em 2006 (onde pude testemunhar, in loco, na madrugada fria de Roterdam), o comando do inesquecível Brasil 1 estava com um Grael, Torben. Foi ele também, junto com Joca Signorini e Horácio Carabelli (uruguaio-catarinense), que colocou o Brasil no topo ao vencer a VOR 2008/9 no comando do sueco Ericsson 4. Agora, quando pela primeira vez uma velejadora de Pindorama chega à frente numa etapa da Volvo Ocean Race, é a filha dele, Martine, que tem a honra de seguir, renovar e ampliar a incrível saga familiar. Sem falar no já comemorado ouro olímpico no Rio ao lado da parceira Kahena Kunze, no 49erFX. Demais!! Vai Tine!!!

O AkzoNobel, da timoneira e trimmer Martine Grael, que disputou a liderança da sexta perna da regata milha a milha, com o Sun Hung Kai / Scallywag desde que os dois emergiram nas cabeças da flotilha depois de um golpe de ousadia ao rumar, há agora longínquos 20 dias, pro norte (N-NE) logo depois do estreito de Luzon, enquanto o resto da flotilha rumava pro sudeste (E-SE), chegou à frente em Auckland, na Nova Zelândia. sem falar nas jogadas finais de ambos, usando o modo stealth, quando podem ficar “invisíveis” por 12 horas. Bela batalha!

Martine que viveu e navegou muito de Optimist naquelas águas (ganhou umas reganhas, claro) por ocasião da America’s Cup enquanto seu pai era tático do italiano Prada, já tinha previamente marcado um treino/retorno ao 49erFX com Kahena e as amigas/rivais kiwis para desenferrujar da vela olímpica. Vai fazê-lo com um largo sorriso agora!

Depois de mais de quase 6 mil milhas navegadas o AkzoNobel venceu com autoridade, com o Scallywag a apenas poucos minutos depois. Na cola, 4 míseras milhas atrás, vinha o Mapfre, que ultrapassou o Turn the Tide on Plastic nos minutos finais e trouxe o também fortíssimo Dongfeng na cola para desespero da zebra plástica da comandante Dee Caffari que chegou a parecer na liderança em algumas ocasiões depois do equador. Mais destacado, em último na perna, já que o acidentado (sempre ele, que coisa!) Vestas está no estaleiro lá em Auckland mesmo, está o Team Brunel.

A próxima etapa, já com os sete barcos novamente, a maior, com mais de 7500 milhas, pontos dobrados e um ponto extra pro primeiro barco a montar o cabo Horn, deixa Auckland dia 18/3 e ruma direto pra Itajaí (onde este escriba/papagaio vélico estará novamente locutando tudo. Venham todos!). Vamos torcer!!! Brasil-il-il-il!!

Fui!!

Murillo Novaes

 

Time de Martine Grael vence regata de porto de Hong Kong na VOR (com vídeo)

O AkzoNobel venceu, neste sábado (27), a HGC In-Port Race Hong Kong em disputada regata nas águas da baía de Kowloon. A equipe da brasileira Martine Grael ganhou pela primeira vez uma prova costeira, que faz parte do calendário da Volvo Ocean Race 20171-18. Uhuu!!

A equipe holandesa travou uma bela disputa com o Dongfeng Race Team durante a regata, repetindo o que houve na quarta perna da volta ao mundo por mais de 3 mil milhas, quando os sino-gauleses lideravam com o barco da timoneira/reguladora de velas brasuca sempre a menos de três milhas deles. No fim, como sabemos, o local Scallywag venceu a etapa, o Dongfeng foi segundo colocado e o AkzoNobel ficou em terceiro.

Na regata de hoje, os chineses chegaram em segundo lugar e o Team Brunel, também da Holanda, em terceiro. O vento variou de 6 a 10 nós, e estava muito rondado com uma forte corrente dificultaram ainda mais as decisões dos táticos. “A regata hoje foi emocionante, percurso muito curto e rondado, bem do jeito que eu gosto”, contou Martine para nossos leitores.

O Vestas 11th Hour Racing não participou da regata deste sábado. A equipe está fazendo reparos no barco após colidir um um pesqueiro no fim da quarta etapa. Os barcos voltam a competir amanhã, domingo (28), em Hong Kong. A Around Hong Kong Island Race faz parte do programa de regatas para a parada asiática. A largada será às 1h30 (Horário de Brasília) e prova pode ser acompanhada ao vivo pelo site http://www.volvooceanrace.com. Os resultados deste fim de semana vão se juntar para formar a pontuação final da In-Port de Hong Kong. Vamos torcer!

Murillo Novaes (Com Flavio Perez/VOR)

Barco de Hong Kong vence a quarta perna da VOR em… Hong Kong

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O Sun Hung Kai/Scallywag, time “particular” bancado pelo bilionário Seng Huang Lee e comandado pelo australiano David Witt, um novato na Volvo Ocean Race (só fez uma perninha no passado, com Knut Frostad no Innovation Kvaerner), mas um morador de Hong Kong hoje e certamente um especialista no mar das Filipinas, venceu a quarta perna da Volvo Ocean Race em casa. E de forma brilhante!

A tripulação, cujo núcleo e comandante vieram do máxi Ragamuffin 100, quando ainda pertencia a Syd Fisher – o “biliona” nascido na Malásia Seng H. Lee comprou o barco de porteira fechada, incluindo a tripula, e rebatizou de Scallywag –, fez bonito na navegação.

Depois de velejar a parte austral da rota em último lugar, exatamente na ZCIT (Doldrums, Pot au Noir, calmas equatoriais…) quando cruzava o equador, o barco chinês se posicionou a oeste enquanto todo o resto da flotilha foi mais para o leste. Com isso, Witt (que na real foi super “witty”, não resisiti, desculpe) pulou para a liderança que não mais deixaria até o final. Incluindo aí no meio um sempre tenebroso episódio de homem ao mar. Este resolvido em incríveis e sortudos sete minutos apenas de banho do proeiro nadador involuntário e algumas milhas de liderança perdida. Não fez falta!

Agora (veja tabela abaixo) o DongFeng e o Vestas estão brigando pelo segundo lugar, logo depois vem o AkzoNobel, da nossa Martine Grael em quarto e mais atrás liderando o pelotão final está o Mapfre, seguido de Brunel e Turn the Tide. A chegada rio acima em Hong Kong promete emoções para o vice, seja quem for. Fique ligado!

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Murillo Novaes

Incidente de homem ao mar no Scallywag não tira a liderança deles na VOR (com vídeo).

O domingo começou dramático à bordo do líder da terceira perna da Volvo Ocean Race, o barco de Hong Kong Sun Hung Kai/Scallywag, do comandante australiano David Witt. Por volta de meio dia (hora local), com ventos de 15 a 20 nós, enquanto estava pendurado no outrigger (aquela verga pequena que fica à meia nau nos VO65) para uma manobra, o tripulante Alex Gough foi varrido por uma onda e “jogado pra cima como se estivesse em um cavalo”, segundo Witt.

Por sorte, a tripulação agiu rapidamente e apenas sete minutos depois do incidente o nadador involuntário estava fora das águas do Índico. “Foi uma estupidez minha, mas por sorte a galera percebeu logo e virou o barco muito rápido. Estou bem, mas foi assustador”, disse um aliviado Gough. “E lá vamos nós de novo!”, completou se referindo à liderança da perna que sofreu uma baixa de poucas milhas, mas permaneceu com a tripulação que ruma para casa (Hong Kong, 2.300nm à vante) vinda de Melbourne, que está a mais de 4 mil milhas na esteira.

Em segundo, a 13 milhas dos perrengueiros sino-britânicos, seguindo o brilhante desempenho até aqui nesta etapa, está o Akzo Nobel da nossa timoneira e reguladora de velas, Martine Grael. Atrás vem DongFeng (a 14 milhas do Akzo) e Vestas (37 milhas); seguidos da turma mais detrás que têm Mapfre, o líder geral da VOR, a 145 milhas do líder, Brunel um pouco atrás e fechando a tabela, Clean Seas – Turn the tide on Plastic. O ETA (tempo estimado de chegada) do líder é pro dia 19/01. Até lá muita água ainda vai passar debaixo das quilos. Que cheguem todos bem!!

Fui!

Murillo Novaes

Feliz natal do Mapfre, mais líder do que nunca, foi chegando em primeiro lugar a Melbourne na terceira perna da VOR.

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O espanhol MAPFRE foi o vencedor da terceira etapa da Volvo Ocean Race. A equipe comandada pelo campeão olímpico Xabi Fernández cruzou a linha de chegada às 16:07UTC de hoje 24/12 (14:07 em Brasília), mas já pouco depois de 3 da manhã do dia de natal (25/12) no fuso de Melbourne (UTC + 11h), na Austrália, destino final das 6.500 milhas náuticas de prova. Se o bom velhinho chegou à meia noite em ponto na árvore deles deve ter se molhado um pouco…
Os espanhóis fizeram o percurso, que saiu da Cidade do Cabo, na África do Sul, em 14 dias, 4 horas e 7 minutos. O resultado dá 14 pontos ao MAPFRE e mais um de bônus pela vitória na perna pelos mares do sul. O MAPFRE já liderava o campeonato e agora abre, no mínimo, seis pontos para o Dongfeng Race Team. O barco sino-gaulês deve ser o segundo colocado em Melbourne e assumirá o segundo posto na classificação geral da Volvo Ocean Race também.
“Tivemos que lutar muito para a vitória”, disse o herói espanhol Xabi Fernández. “Ainda tem muito campeonato pela frente, mas por enquanto estamos muito bem”.   A terceira etapa foi a mais difícil até agora.
Os barcos, que ainda estão navegando, sofreram pelos mares do sul com ventos extremos, tempestades e frio. A organização estabeleceu um limite para evitar que os times encontrassem os icebergs do sul.   O MAPFRE duelou milha a milha pela liderança com o Dongfeng Race Team. Destaque para um número alto de manobras de mudanças de rumo que ajudaram os espanhóis na regata.
“O destaque da nossa equipe é o conjunto! Os velejadores são bons e dão tudo a bordo. Foi muito difícil, mas tudo deu certo. Agora temos alguns dias para se recuperar e preparar para a próxima”, contou o espanhol.
O time da MAPFRE venceu a segunda etapa consecutiva e na primeira perna chegou em segundo lugar. A quarta etapa da Volvo Ocean Race será de Melbourne, na Austrália, até Hong Kong. O percurso tem ao todo 6.000 milhas náuticas.
Ainda falando sobre a terceira etapa, o Dongfeng Race Team deve chegar ainda neste domingo ao destino final. O Vestas 11th Hour Racing e o Team Brunel lutam pelo terceiro lugar com o Vestas 10mn à vante. Já o Scallywag vem a 300 milhas da chegada, com o Turn the Tide On Plastic mais 46 milhas atrás e, em  último, o “nosso” Akzo Nobel, com Martine Gral à bordo, mais 300 milhas na esteira de Dee Caffari e companhia depois de velejar sem a vela grande por três dias após im jaibe muito ruim que quebrou algumas taxas e arrancou o trilho da grande no mastro. Acontece…
E para você, querido amigo e leitor e queridíssima amiga e leitora (e todos os outros 35 gêneros entre um e outro! Com o máximo respeito e tolerância sempre.) um natal de muita paz, união, harmonia, felicidade, alegria, saúde e, claro, bons ventos! Ho-ho-ho!!!
Feliz tudo para todos!!
Murillo Novaes

AkzoNobel quebra trilho da vela grande em jaibe a mais de 40 nós no oceano austral e fica para trás. Dongfeng lidera.

Como o amigo já sabe, em português não temos a figura do oceano austral (o southern ocean, em inglês, que livre-traduzi há muitos anos desta forma), mas isso não que dizer que as altas latitudes ao sul do Atlântico, Índico e Pacífico as coisas sejam menos severas na portugofonia. E nossa única representante na VOR, Martine Grael, sentiu na pela a força dos mares do sul.

Ontem, o VO65 AkzoNobel rompeu parte do trilho da vela grande em um jaibe (veja vídeo acima) no ventão do sul, às bordas da zona de exclusão de icebergs, onde a flotilha veleja e sente os efeitos de uma enorme baixa pressão que levou rajadas de quase 60 nós para os intrépidos navegadores vôlvicos.

Com isso o Akzo subiu para menores latitudes e se distanciou dos líderes. Mas deve voltar com tudo em breve! Por enquanto a coisa está assim na tabela:

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Vamos torcer!!

Murillo Novaes

Martine chega em quinto na África do Sul. Apenas um minuto separou sexto e sétimo colocados na segunda etapa da VOR

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O AkzoNobel, que chegou a liderar a segunda etapa, chegou em quinto na Cidade do Cabo.

O AkzoNobel, obteve este sábado à noite o quinto lugar na segunda etapa da Volvo Ocean Race, a equipe teve que segurar os nervos quando o vento caiu e rondou perto da linha de chegada, com os dois barcos que vinham atrás se aproximando rapidamente a menos de 4 milhas de distância.

Não é frequente que um quinto lugar pareça uma vitória, mas, a batalha foi tão renhida com o SHK / Scallywag e o Turn the Tide on Plastic, que o skipper Simeon Tienpont estava contente. “Tivemos que lutar todo o percurso. É óbvio que é decepcionante não termos conseguido ficar no vento certo (nota do manza: tiveram que ir mais para o sul, descolando dos líderes), mas permanecemos confidentes. E tivemos uma grande competição de vela até ao final. Estou muito feliz por ter terminado em quinto,em uma chegada tão parelha”, disse o ex-demitido holandês.

Veja as palavras de Martine Grael na chegada:

 

Disputa intensa – Atrás do AkzoNobel, a etapa ainda não tinha terminado e a disputa pelo sexto lugar foi ainda mais intensa.

Na aproximação à Cidade do Cabo, o Sun Hung Kai / Scallywag, do skipper David Witt, conseguiu ganhar duas milhas sobre o Turn the Tide on Plastic de Dee Caffari. Mas já sob a influência da Table Mountain, o vento ficou muito rondado e inconstante e com isto a vantagem foi anulada.

No final, Caffari terminou em sétimo (último) a menos de 0,1 milhas náuticas – menos de 200 metros – numa etapa de 7.000 milhas náuticas. “Nós tivemos o Scallywag no nosso horizonte desde a passagem do equador, e esse resultado não é o que merecemos. Nós merecemos mais, estou triste pelos meus tripulantes”, disse Caffari.

“Nós hoje perdemos duas milhas para eles, e depois conseguimos recuperar até poucos metros. Palmas para os nossos tripulantes por terem tentado tudo, e é por isso que eu queria que o resultado fosse outro”, completou a comandante.

Witt e sua equipa suportaram o assalto final, e depois de navegar à vista do Turn the Tide on Plastic na maior parte da etapa, puderam finalmente respirar, cruzando a linha de chegada com um pouco mais de um minuto de vantagem.

“Todos estavam bem. Ninguém desistiu “, disse Witt, rindo em homenagem à sua equipe. “Nós somos sólidos. Temos garra. Temos que ficar juntos, continuar a lutar e melhorar sempre”, completou.

Com as sete equipas agora em terra, o vencedor da 2ª etapa, o MAPFRE também está no topo da tabela de classificação geral, apenas com um ponto de vantagem sobreo Vestas 11th Hour Racing. O Dongfeng Race Team está dois pontos a trás.

As equipes terão agora um merecido descanso, antes da regata In-Port de 8 de dezembro. A 3ª etapa da Volvo Ocean Race, que vai ligar a Cidade do Cabo até Melbourne, começa no dia 10 de dezembro.

2ª etapa – Resultados Provisórios – sábado 25 de novembro (Dia 21) às 00:18 UTC

  1. MAPFRE – TERMINADO – 15: 10.33 UTC – 19 dias, 01h: 10m: 33s
  2. Dongfeng Race Team – TERMINADO – 18: 02.39 UTC – 19 dias, 04h: 02m: 39s
  3. Vestas 11th Hour Racing – TERMINADO – 19: 37.53 UTC – 19 dias, 05h: 37m: 53s
  4. Team Brunel – TERMINADO – 00: 14.47 UTC – 19 dias, 10h: 14m: 47s
  5. Team AkzoNobel – TERMINADO – 21 : 24.40 UTC – 20 dias, 07h: 24m: 40s
  6. Sun Hung Kai / Scallywag – TERMINADO – 21: 55.21 UTC – 20 dias, 07h: 55m: 21s
  7. Turnthe Tide on Plastic – TERMINADO – 21 : 56.29 UTC – 20 dias, 07h: 56m: 29s

Volvo Ocean Race – Quadro da classificação geral

  1. MAPFRE – TERMINADO – 14 pontos (após a 2ª etapa)
  2. Vestas 11th Hour Racing – TERMINADO – 13 pontos (após a 2ª etapa)
  3. Dongfeng Race Team – TERMINADO – 11 pontos (após a 2ª etapa)
  4. Team AkzoNobel – TERMINADO – 7 pontos (após a 2ª etapa)
  5. Equipe Brunel – TERMINADO – 6 pontos (após a 2ª etapa)
  6. Sun Hung Kai / Scallywag – FINECIDO – 5 pontos (após a 2ª etapa )
  7. Turn the Tide on Plastic – FINALIZADO – 2 pontos (após a 2ª etapa)

Parem as máquinas! Mapfre vence a segunda perna da VOR e deve liderar a regata no geral.

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Viva España! Os vermelhinhos perseguiram de perto sempre e, claro,  ultrapassaram os rivais para vencer com autoridade em Cape Town.

O dia de sol na Cidade do Cabo acaba de testemunhar a chegada do espanhol Mapfre à frente da flotilha de sete barcos da Volvo Ocean Race, na segunda perna da regata de volta ao mundo. Aliás, a segunda maior perna da aventura também, com mais de 7 mil milhas náuticas. A maior chega em Itajaí, em Abril…

Depois de 19 dias no mar, a tripulação liderada pela estrela olímpica hispana Xabi Fernandez mostrou porque é uma das favoritas para vencer – e finalmente levar o caneco para a terra d’el rey pela primeira vez na história. Com a vitória e o ponto extra pela vitória (você não leu errado, a regra é assim agora, sete pontos por chegar em primeiro e mais um extra por ter vencido… Coisas!…) o time vermelho somou mais 8 pontos e, com 14 totais (foi o segundo em Lisboa), deve liderar a coisa toda. O Vestas deve ficar com 13pt e o Dongfeng com onze.

Leg 2. Arrivals from Lisbon to Cape Town. Photo by Ainhoa Sanchez/Volvo Ocean Race. 24 November, 2017.

O segundo a chegar na África deve ser o rival sino-gaulês Dongfeng, a 37 milhas da linha final (veja tabela abaixo), seguido do holandês Vestas, quase 25mn atrás. Nossa Martine Grael está, com seu AkzoNobel, em 5º lugar agora, mas mais de 300 milhas na esteira do 4º colocado, o Brunel. Que, por sua vez, está a 130mn da chegada.

A briga no fim da flotilha vai ser boa já que TTOn Plastic (em 6º) e Scallywag (em 7º e último) estão num raio de 6 milhas. Os três, que perderam contato com o grupo da frente, foram obrigados a mergulhar para o sul para evitar uma zona de poucos ventos e acabaram mais longe ainda dos líderes.  Como dizem em inglês, “the rich get richer”. A história do mundo!…

Fui!

Murillo Novaes
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Na hora da chegada do Mapfre a coisa estava deste tamanho no sul do Atlântico.

No través de Salvador, Martine Grael e o AkzoNobel tomam a liderança na VOR.

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Alegria brasileira no feriadão. Martine e o time lideram a primeira perna da VOR. Viva o leste!

A proclamação da república brasileira foi comemorada em grande estilo pela única brasileira a correr esta edição da regata de volta o mundo. No meio do Atlântico sul, bem de fronte (láaa looonge… a 240 milhas náuticas da terra) da primeira capital da futura república federativa, Salvador, o time holandês Akzo Nobel aparece em primeiro na tabela. Como é bom ver nossa menina de ouro lá em cima! Mesmo que talvez seja momentaneamente já que o Team Brunel e o Dongfeng também sentiram o gosto da liderança por pelo menos uma vez nesta quarta-feira de feriado nacional.

As sete equipes já passaram da metade do caminho entre Lisboa e a Cidade do Cabo. Ao todo, a etapa tem 7.000 milhas. Ventos de até 20 nós foram registrados nesta tarde. Os barcos estão fazendo um arco pela costa brasileira, contornando a “alta de Santa Helena”, antes de apontar de vez para a África.

Como o cérebro eletrônico da regata usa uma equação para calcular quem lidera (na rota ideal) e o objetivo é no leste e o team AkzoNobel está mais a leste e um pouco mais rápido que os demais adversários pulou para o alto da tabela. Que fique assim!!  ”O caminho mais a leste foi para ter um extra de velocidade. Os barcos estão em uma disputa muito rápida e estamos tentando obter um pouco de vantagem sem perder o contato. Assim serão os próximos dias”, disse o navegador do AkzoNobel, Jules Salter,  o Julinho Salgado, campeão junto ao pai de Martine, no Ericsson 4, em 2009 .

O também barco holandês Team Brunel atingiu boa velocidade nessa briga de gato e rato pela liderança. ”Estou feliz com o nosso desempenho. Aprendemos algumas configurações e ajustes importantes de vela, assim como outros nessa etapa”, escreveu Bouwe Bekking, comandante do Brunel.

A previsão indica fim da segunda etapa entre 24 e 25 de novembro. O vencedor da primeira perna foi o Vestas 11th Hour Racing. O team AkzoNobel de Martine Grael foi o quarto. E agora está lá no topo da tabela!! Vamos comemorara!!

Akzo em 4º no expresso atlântico da VOR. Mussulo volta depois de pit stop forçado na TJV. Bouwmeester e Burling são velejadores do ano da World Sailing. Almirante Casaes sucede Paulo Freire na presidência da ABVO.

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Com uma timoneira destas as chances do time holandês de tintas fortes só aumenta. Para cima deles, Tine!

Bom dia querido amigo e mais que querida amiga. Já de volta à cidade maravilhosa (e perigosa!) e antes de tomar o rumo lesto para o cabo (Frio), vamos às poucas e boas do planeta Vela, porque a bolinha azul, que viaja agora a mais de 900.000 km/h no sideral espaço deste universo em expansão, não para.  E ainda tem um monte de gente que, tripulando uma nave megarástica destas, acha que alta tecnologia são aqueles foguetinhos da NASA. Ou o último iPhone… Enfim…

Ao que interessa! Na descida expressa do Atlântico Norte, a flotilha one design de VO65s continua a provar a tese de que barcos iguais produzem regatas mais emocionantes. Bem, se serve de argumento, os quatro ponteiros deste desafio vélico de alta velocidade estão agora praticamente no visual um do outro. O líder Vestas e o terceiro (segundo o computador central), MAPFRE, estão a menos de duas milhas um do outro. Quase ao alcance de um bom berro!…

Dongfeng, em segundo, 10 milhas a leste do líder, e nosso AkzoNobel, em quarto, umas poucas milhas atrás dos sino-gauleses, completam os quatro fantásticos desta primeira zona climática (Alísios de NE no hemisfério norte) da segunda perna. Brunel, 50 milhas atrás do Vestas, TTT on Plastic, a 90mn e Scallywag, a 124mn, completam a tabela. Mas ainda tem mais de 4500 milhas até a África, as calmas equatoriais (doldrums, pot au noir, ITCZ, como queira chamar) e os novos alísios do hemisfério austral para embaralhar a zorra toda, como diria a grande filósofa Ludmila do funk. A ver!!

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Depois do involuntário repouso, o Classe40 Mussulo volta à carga na Transat rumo à Bahia. Axé!!

Já na Transat Jacques Vabre, o  barco brasileiro/angolano Mussulo 40 Team Angola Cables retomou regata, na madrugada desta quarta-feira (8) após ficar quase 24 horas parado em Camaret, na França. A dupla Leonardo Chicourel e José Guilherme Caldas decidiu fazer o pit-stop após constatar falhas de equipamento nos primeiros dias de prova no Canal da Mancha. ”Ainda estamos na briga”, disse Leo Chico antes de deixar Camaret. Sem dúvida!

O velejador baiano espera recuperar as posições perdidas agora. ”Apesar de um pouco frustados por ter parado, estamos com com muita garra para continuar a regata. Realmente não tínhamos outra opção, pois precisávamos de peças para repor nos instrumentos e outro cabo elétrico para nossa fonte de energia, materiais que só chegaram à noite. Mas tudo tem seu lado bom!”. Após a subida no mastro, a dupla fez ainda outras trocas, principalmente de cabos danificados. ”Seguimos firmes e felizes por estar de volta ao mar!”.

A dupla tentava se aproximar do pelotão intermediário da Class40 quando foi obrigada a parar. Agora, os brasileiros precisam se recuperar, já que a vantagem do líder provisório da categoria é superior a 420mn. O Imerys Clean Energy, que está a 3600 milhas de Salvador, abriu pequena vantagem na ponta, na aproximação das costas portuguesas no Atlântico Norte. O líder geral no momento é, claro, o trimarã Ultime (100 pés) Edmond de Rotschild, a 2830mn da linha final. Entre os IMOCA, na ponta está o St.Michel/Virbac a 3400mn da boa terra. Força, Mussulo!!

E na conferência anua da World Sailing (antiga ISAF, a Fifa da vela), em Pueto Vallarta, no México, ontem a noite foi dia de festa no Pátio Los Arcos. Pela segunda vez (na primeira o parceiro Blair Tuke também ganhou) o kiwi voador, medalha de ouro no 49er no Rio, timoneiro vencedor da última Copa América nas Bermudas e, agora, um dos timoneiros do Brunel na VOR, Peter Burling. O cara é demais!! Ainda por cima é super humilde, tranquilo e gente boa. Merecido!

Já entre as meninas não deu pra Martine e Kahena faturarem o bi. Faz parte. A vencedora foi a medalhista de ouro holandesa Marit Bouwmeester. A moça, que teve uma série de contusões após os jogos, voltou no meio deste ano para vencer de forma brilhante o Mundial de Laser Radial e na sequência faturou o Europeu também. Se eu fosse um complexado vira-lata baba-ovo de gringo chamaria de hat trick, mas lá nas vielas de Cabo Frio a gente diz “fez barba, cabelo e bigode” mesmo. No caso da holandesa, barba e bigodes metafóricos, bem entendido!

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O agora ex-comodoro da ABVO, Paulo Freire, coroou o fim da gestão com o belo título geral do Circuito Rio 2017. Com a mão no caneco, além do comandante, vemos um Guilherme e um Gigante. Arrebentatum est!

E, por fim, temos troca de comando na nossa querida e cada vez mais atuante, ABVO, a Associação Brasileira de Veleiros de Oceano. O comodoro Paulo Freire, que coroou o fim de sua vencedora gestão com o título do Circuito Rio no seu BB40 Miragem, passou o bastão pra outro campeão recente em águas fluminenses, nosso eterno galã da armada, o reformado (mas coma fechada super em cima sempre…) almirante Adalberto Casaes, do Skipper30 Maestrale.

A votação online teve 69 votos, sendo dois nulos em um total de 123 associados. Presencialmente, houve quatro votos. Deste total, um não pode ser computado por não ter assinado a lista de presença. A nova chapa foi eleita então com 70 votos. Bingo!!

“O período à frente da ABVO nestes últimos dois anos foi uma espécie de continuação do trabalho que foi iniciado em 2012, com o grupo liderado pelo Lars Grael. Conseguimos aumentar o número de barcos associados de forma descentralizada, com destaque para as flotilhas de São Paulo e do Rio Grande do Sul. O novo site foi uma ferramenta fundamental para a comunicação com os associados, clubes e fabricantes, pois possui informações valiosas como calendário, associados, certificados, além da divulgação constante dos eventos da vela de oceano. O aprimoramento das regras da Copa Brasil com calendário prévio definido, incluído as diversas regras, também foi importante para a consolidação da competição e já estamos no quinto ano da disputa.  Com tantas frentes de trabalho, o aprimoramento contínuo das medições, com a introdução de novas tecnologias, julgo ser a tarefa mais importante , pois vai dar mais credibilidade ao sistema de ratings, fundamental para a atração e retenção de mais barcos nas regatas.  Embora tenhamos crescido nestes últimos anos, ainda temos um grande potencial a ser explorado, com a integração da vela de oceano em uma organização com cobertura nacional. O crescimento também pode viabilizar a profissionalização da ABVO garantindo a sua perenidade, já que hoje a ABVO ainda depende muito do trabalho voluntário de seus abnegados velejadores”, disse Paulo Freire.

“Participei ativamente da comodoria presidida por Lars Grael que, a partir de 2012, reorganizou e colocou a ABVO navegando em águas seguras. Continuei a acompanhar e apoiar o Comodoro Paulo Freire, que imprimiu dinamismo, aprimorou a atual estrutura e agora entrega a ABVO com terreno fértil para novas semeaduras. Desejo seguir o mesmo rumo, contando com o apoio de excelente e diversificada equipe de abnegados, e destaco alguns desafios que tentaremos superar: encontro de soluções para acomodar critério único de medições que neste momento divide as Classes IRC e ORC; perseverar na ampliação de associados com veleiros de todas as Classes e regiões para consolidar a vela oceânica brasileira sob o arcabouço único da legítima entidade ABVO e buscar alternativas para encontrar lugar adequado no cenário da mídia esportiva, conquistando maior visibilidade e oportunidades para a vela oceânica”, falou o novo Comodoro Casaes.  Bons ventos, almirante!! Conte conosco!!

Nova diretoria da ABVO:
Comodoro – Adalberto Casaes -Maestrale
1° Vice Comodoro – Mario Martinez- Rudá
2° Vice Comodoro – Hans Hutzler – Aventureiro

Secretaria Executiva – Christina Frediani
Diretor Jurídico – Francisco Siemsen Bulhões  / Kadja Brandão
Diretor de Comunicação – Mário Martinez

Conselho Fiscal:
Titulares 
Edvaldo Sobreira- Colibri
Luciano Secchin – Bravíssimo
Eduardo Bierkeland – Klimax

Suplentes
Andrea Nicolino – Eurus
Lars A Muller – My Boy

Conselho Técnico:
Lars Grael
Carlos Cuca Sodré
Nelson Ilha
Paulo Freire

Outros cargos não estatutários:
Diretor Técnico – Pierre Joullie – Saravah
Demais cargos: coordenações regionais, representantes das regras BRA-RGS, IRC, MOCRA, Clássicos e ORC, representação junto à CBVela e conselho de ética serão designados pela nova comodoria.

Fui!! Direto para casa porque a saudade é grande!!

Murillo Novaes (com Flavio Perez/TJV e Mari Peccicacco/ABVO) 

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